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terça-feira, julho 11, 2017

As oportunidades e ameaças que se revelam com o ranger das placas tectónicas


Ao ler, só nos últimos dias:
Basta usar a ferramenta do Business Model Canvas para visualizar as alterações em curso com o ranger das placas tectónicas:
  • alteram-se canais de distribuição (prateleiras);
  • altera-se a forma como se desenvolve a relação com os clientes;
  • altera-se a proposta de valor (de eficiência para rapidez, para flexibilidade, para customização, para design, ...);
  • alteram-se os clientes-alvo;
  • alteram-se as actividades-chave;
  • alteram-se os recursos-chave;
  • alteram-se os parceiros-chave.
O mundo que uma empresa conhece a mudar.

Que oportunidades e ameaças se vão revelar?


terça-feira, junho 27, 2017

Fiquei com curiosidade ...

Ao ler "Inovafil apresenta Nidyarn" fiquei a pensar sobretudo nas implicações deste trecho:
"«A estratégia é não sermos só moda, é passarmos também a ser desporto e técnicos»"
Despedi-me do meu primeiro emprego, trabalho que adorava pois tinha a melhor tarefa do mundo, engenheiro de produto, porque estava mergulhado no mundo técnico (fornecer a VW, super racional) e fui transferido do dia para a noite para o mundo da moda (o mundo do toque, do brilho, da subjectividade).

Fiquei com curiosidade em saber o que é que a Inovafil vai fazer a nível a nível do lado direito do canvas de Osterwalder:
A proposta de valor vai ser diferente porque o job to be done vai ser diferente. Os clientes-alvo procuram e valorizam coisas diferentes, têm mindsets diferentes, estão em ecossistemas diferentes, têm ritmos diferentes, vão a feiras diferentes, estão susceptíveis a coisas diferentes, visitam prateleiras diferentes.

Que alterações vão fazer a nível comercial?

Vão ter pessoas diferentes a fazer o desenvolvimento para cada área do negócio ou vão ter uma só?



sábado, janeiro 07, 2017

Mais do que o custo

"Our research into business model innovation in Asia uncovered two distinct, yet overlapping, waves of innovation: one decades old and still going, and one that ... is evolving now.
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The first wave, as we call it, primarily exploited differences in labor and other input costs between developed and developing markets. By contrast, the second wave is driven primarily by business model innovation and typically leverages new technology. [Moi ici: Em tom quasi irónico direi que apostam em dumping legislativo. Sociedades mais abertas à mudança e com menos direitos adquiridos pelos incumbentes] These companies are characterized by extensive and often radical reconfigurations of the profit formula, resources, processes, and relationships within a broader stakeholder ecosystem.
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The first wave of innovation from emerging markets in Asia has been predicated on the replication of existing business models at lower cost. As the model has evolved, it has become increasingly sophisticated,
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Nonetheless, we believe the second wave could be even more disruptive than the first wave was. There are three reasons why, all of which reveal the ability of second-wave companies to achieve scale while remaining nimble.
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The first reason is that second-wave companies fundamentally reimagine various facets of the business model. The second is that second-wave companies find new, often digitally enabled, ways in which resources and processes can be leveraged, ... The third is that second-wave companies identify creative ways for partners, stakeholders, and customers to be involved in value creation and capture, [Moi ici: Co-criação e ecossistemas]
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If you want to reimagine your own business model, the first step is challenging the fundamental assumptions about what it means to be a business, employee, partner, or customer."

Trechos retirados de "The Next Wave of Business Models in Asia"

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Subir na escala da abstracção (parte III)

Parte I e parte II.
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Da leitura do texto sobre a Wlrod fico com a ideia que o fulcro do seu modelo de negócio assenta nas máquinas, um recurso-chave.
IMHO, a empresa devia aproveitar esta vantagem competitiva para desenvolver a relação com os clientes-alvo, para se tornar conhecida e fazer parte da mística da tribo das motas. A empresa devia trabalhar com calma, com autenticidade, com profundidade na transferência do fulcro do modelo de negócio para a concentração nos clientes-alvo:
Baseado na service dominant logic, mais importante do que o produto é o serviço que o cliente contrata ao integrar o recurso (o produto) na sua vida. 
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A Wlrod pode usar o produto como alavanca para entrar mas não perder de vista que há muito mais oportunidades quando se entra no domínio do JTBD.



domingo, dezembro 06, 2015

Subir na escala da abstracção (parte II)

Parte I.
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Mergulhemos então no artigo sobre a Wlrod,  "Há “denim” em Famalicão que melhora com a idade".
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A figura que se segue é a recolha dos elementos do texto:
Qual é a estratégia da empresa? Em que é que assenta a sua vantagem competitiva? Qual é a escassez com que faz batota?
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A empresa trabalha com máquinas dos anos 30, máquinas muito ineficientes, quando comparadas com o padrão actual. Por isso, são máquinas que quase já não existem. Essas máquinas permitem fazer tecido à moda antiga, tecido capaz de durar uma vida. A diferenciação assenta nos tecidos que consegue produzir. Como a empresa vende artigos com margens elevadas o negócio não são minutos, o negócio não é eficiência das máquinas.
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Continuemos a subida na escala de abstracção e olhemos para o caso desta empresa com base no canvas de Osterwalder:

Quem são os clientes-alvo?
1. As tribos ligadas ao universo das motas.

Quais os canais de escoamento do produto?
2. Venda online directamente aos consumidores.
3. Venda através de lojas. 

Quais os meios que a empresa prevê para desenvolver um relacionamento com os clientes?
3. Através das lojas.

Qual é a proposta de valor?
4. Roupa à antiga.
4. Roupa durável,
4. Artigos para a vida
"Uniformes" para as tribos das motas.

Quais os recursos-chave?
5. Teares dos anos 30 do século XX. 

Quais as fontes de receita?
2. Vendas online
3. Vendas em lojas

Que conselho dou a estes empresários?
Não sei qual a dimensão, qual a verdadeira importância que eles pretendem dar às lojas físicas. No texto leio:
""Queremos vender lá para fora, online, directamente ao consumidor final. Sabemos que a par desta estratégia temos que fazer um caminho apoiado em lojas, porque as pessoas têm que conhecer e experimentar o nosso material", adianta o empresário."
Sublinhando que estou de fora e que uma estratégia empresarial não é uma ciência newtoniana, também tem muito do que querem os empresários fazer, do que gostam, da sua experiência, da sua paciência estratégica, arrisco propor:
  • Eliminar as lojas da equação;
  • O produto é caro, o produto não é para o cidadão comum, o produto é para os membros de uma tribo estejam eles onde estiverem no mundo;
  • Venda exclusivamente online;
  • Apostar no desenvolvimento da marca, da mística da marca junto dos clientes-alvo e, sobretudo de influenciadores. Quantas concentrações motard existem no Norte da Europa? Quantos clubes motard existem? Quantas revistas motard existem? Quantos sites motard existem? Quem são os influenciadores no mundo motard? Pessoalmente trabalharia o marketing para esta área. Maior custo inicial sem pôr em causa margens futuras. 
Claro que estas máquinas dos anos 30 me fazem lembrar o comentário a este postal:
"Hoje em dia o denim mais procurado pelos especialistas é o japonês, feito com is teares comprados aos americanos quando estes os trocaram por outros mais eficientes."
E me fazem recordar estas outras dos anos 50 em "Têxteis produzidos em países de mão-de-obra cara":
"Most premium jeans' cotton denim fabric comes from the primary maker of high-end denim fabric used in the U.S. and Europe: Greensboro, N.C.-based Cone Denim, a unit of the International Textile Group. There, in a plant known as White Oak, shuttle looms dating from the 1950s weave the denim fabric that winds up in many premium denim brands, including J Brand. The looms are older, narrower, and slower than highly efficient modern looms, but they weave fabric with slight irregularities known as slubs, which impart a texture and character that modern looms lack."
E a sua empresa, tem desafios deste tipo que deviam ser discutidos? Não deviam ser exploradas mais alternativas? Quais os prós e contras de cada uma delas? Não precisa de um advogado do diabo? Não precisa do olhar de um outsider? Talvez possamos ajudar?
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Este caso merece ainda uma outra abordagem na escala da abstracção; por isso, continua numa parte III.

sábado, maio 02, 2015

"Can Artists Be Entrepreneurs? Absolutely"

Em sintonia com Mongo:
"According to a number of business authorities, morphing your personal talent and passionate interest into a full-time business is a terrible plan. But a growing number of artists and creative entrepreneurs disagree. Research supports their position. About 34% of US artists are self-employed, according to the Kauffman Foundation. (Translation: entrepreneurs.) Contrary to the stereotype of “starving artists” who’ve given up hope of life’s comforts, a burgeoning category of creative entrepreneurs are building wealth, creating jobs and becoming a major force in national and global economies.[Moi ici: Tudo a ver com Mongo, com a ascensão das tribos, com o triunfo do Estranhistão onde "we are all weird" e orgulhosos disso]
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In the UK, for example, the creative economy grew in 2007 at twice the rate of the rest of the economy and has been pegged as the second highest contributor to GDP.
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Thanks to the Internet and explosive growth of the “freelance economy’” thousands of creatives are dispelling the notion that adulation and wealth is available for only a few. [Moi ici: Ainda na semana passada, ao ver o trabalho de artista de um amigo, desafiei-o, com sucesso, a desenharmos um canvas de um modelo de negócio, para fazer do hobby um negócio a sério] And beyond the renowned talents that embody the title of artist lies the well of participants who serve as dealers, brokers, teachers, agents, managers, writers and publishers in the business of art (which applies to music, dance and theater, too). Others divert from the role of artist to “artisans,” as some would describe them, who create or paint on commission or devise ways to translate their creativity into products they can sell and deliver en masse."
O artigo fica mesmo bom quando começa a caracterizar o trabalho destes artistas/artesãos:
"Demand is uncertain. ... the demand for the product will lie in the eye of market beholder. It will be up to the artist to find or create the ideal audience in order to create market traction while also remaining true to their artistic sensibilities and personal goals.
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Creative workers care about their product. An artist’s passion for her product may be one of the most compelling drives for the business; however the artist’s passion can make her less objective in her plans for advancing the business. These are factors you must take into account.
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Some creative products require diverse skills. Taken to an extreme, for example, the unique ability to channel inspiration or energy may be a skill that resides with the artist alone. The more unique the offerings, the more challenging it will be for the production of the service or product to scale.
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Differentiated products. Beyond other industries, artistic products are unique, which will create both advantages and disadvantages as the artist works to communicate his offering to the audiences that he is working to find and to grow.
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Vertically differentiated skills. Metallurgy? Manufacturing? Unique production, such as the creation of artesanal vinegars? (Yes, this is a business being created by of one of our mutual friends). The skills an artist’s business requires may be challenging to learn or to find."
No século XX, século da normalização, século da produção em massa, o emprego era uma coisa. Em Mongo, acredito que voltaremos a um tipo de ocupação pré-industrial, em muitas áreas económicas. Artistas e artesãos, munidos da internet, farão a diferença, mesmo com o auxílio de tecnologia de produção.
Trechos retirados de "Can Artists Be Entrepreneurs? Absolutely"

segunda-feira, novembro 24, 2014

E quem puder dar esse acompanhamento superior (parte II)

Parte I.
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Agora, depois do preâmbulo da parte I, vamos ao texto recomendado pelo Ricardo Proença, "Portugal é paraíso para designers de moda internacionais".
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Trata-se de um texto muito rico e que, de certa forma, resume um dos desafios estratégicos que lanço às PME, para fugir do rolo compressor de quem vive de vender minutos, trabalhando para o segmento mais baixo.
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Com base no texto é possível identificar um conjunto de actores que podem fazer parte de um ecossistema associado às confecções que trabalham para pequenas encomendas de marcas pequenas:
Os agentes estão de fora pois não estão nem preparados nem interessados em trabalhar estas quantidades.
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Uma leitura do texto permitiu seleccionar o conjunto de 30 frases e palavras que se seguem:
Vamos usar o canvas de Osterwalder, para organizar as frases e palavras e ver como se conjugam para reforçar um modelo de negócio para as confecções que trabalham para marcas novas, marcas pequenas e designers independentes:
Continuemos, com o "desenho" dos clientes-alvo:
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Quem são os clientes-alvo?
- jovens designers, pequenas boutiques e criadores independentes. Têm marcas próprias novas ou ainda pequenas.
Onde vivem?
- europeus, sobretudo ingleses e franceses. A proximidade permite visitas rápidas ás fábricas, podem chegar pela manhã a Pedras Rubras e sair no mesmo dia à noite com amostras debaixo do braço.
O que procuram?
- sonham crescer, ganhar notoriedade, vender.
O que exigem?
- exigem alta qualidade, precisam de pequenas quantidades, produzidas com a flexibilidade de mudar e alterar encomendas rapidamente em função das reacções do mercado;
- dão muita atenção à qualidade e querem visitar a produção;
- querem acompanhar e esperam acompanhamento;
- valorizam cada modelo da colecção;
- têm preocupações sociais, por vontade própria ou por respeito aos valores dos consumidores finais das suas criações;
- têm receio de ver a marca manchada com acusações de dumping social ou de uso de químicos perigosos ou proibidos.
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Na parte III, vamos desenhar a proposta de valor que uma empresa de confecção pode oferecer, para seduzir estes clientes-alvo.

quarta-feira, agosto 27, 2014

A proposta de valor são os sapatos de correr?

Neste postal "The Future of Strategy and Innovation: Computer Aided Design (CAD)" encontrei esta imagem:
(destaques a vermelho feitos por mim)

Então a proposta de valor de uns prestadores de serviços da Nike é "sapatos de correr"?
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Se desenharmos o  ecossistema de procura podemos identificar vários actores: os utilizadores; os prescritores; os donos das prateleiras; ... todos eles querem "sapatos de correr" da Nike?
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IMHO os sapatos de correr da Nike são um instrumento, um avatar, um artefacto para chegar a algo mais importante que cada uma desses actores quer.

quinta-feira, maio 22, 2014

O essencial é co-criar à medida de cada um, a sua experiência

Em 2010, em "Mais uma sugestão de modelo de negócio" propus este modelo de negócio para desenvolver o turismo no Douro Internacional para birdwatchers endinheirados:

Lembrei-me logo dele quando, ao ler "The Power of Co-Creation", descobri o caso do Club Tourism, uma empresa japonesa que se especializou a desenvolver programas turísticos baseados em experiências. A sua metodologia é interessante:
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Chamo a atenção sobretudo para o desenvolvimento da "Customer relationships":
"The simplest form of engagement platform is the meeting where people congregate with a specific purpose and a structured process through which they will co-create, thereby playing a central role in defining the product or service experience. A good example of this approach is Club Tourism. A division of Japan's second-largest tourist agency, Kinki Nippon Tourist, Club Tourism has more than 7 million community members avid exemplifies the power of building such thematic communities.' Club Tourism not only sells tours, it also co-creates experiences with its customers, employees, and travel partners, which include airlines and hotel chains. The enterprise has generated more than two hundred different theme-based clubs for people with a common interest—say, tea drinking.
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At Club Tourism, specially designated employees called "Friendly Staff" constantly interact with the clubs to brainstorm ideas about new trips, modifications to existing trips, and desirable new experiences. Through this process, the company generates early ideas of new potential trips and related activities. Now, imagine being invited by Club Tourism to a large Tokyo or Osaka office building with ten or fifteen people who share your passion for tea. With the help of a Friendly Staff facilitator, the Tea Drinking Club designs a trip, identifying activities of potential interest such as visiting tea plantations or learning about the medicinal virtues of tea. Club Tourism taps expert resources like tea connoisseurs and specialists relevant to the club's theme. The Club engages customers who have been on previous related trips, encouraging them to contribute photos and other content. One of the authors attended just such a club meeting, at which a member and a staff person shared photos in a slide show, while other members began conversing and offering ideas about how to enhance future trips, for instance by sampling different types of tea and activities involving the rituals of tea drinking.
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Club Tourism is an example of the co-creative power of live, face-to-face interactions with consumers. While some conventional travel agencies do some of these activities as well, Club Tourism's uniqueness is that it also focuses attention on the before- and after-travel experiences. The company describes the travel experience as a cycle that starts with an imaginative design, carries through the actual trip, involves a formal debrief of the trip, and eventually gen-erates memories. Employees view their business as supporting the entire cycle, not simply organizing the trip in the middle. Club Tourism has been successful because it has redefined its role as that of a "nodal" company-connecting customers with travel partners and community resources - which allows it to escape the commodity dynamics of the travel business."
Nos tempos que correm, com o que a tecnologia disponibiliza, o antes e o depois da experiência, a interacção, a co-produção e a co-criação podem ser facilitadas pela Internet, pelas redes sociais, pelas aplicações, ...
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O essencial é co-criar à medida de cada um, a sua experiência.

segunda-feira, janeiro 27, 2014

Um modelo de negócio para um 'alfaiate' de férias para ciclistas em Portugal

Mal comecei a ler "Rede 'bikeotels', um 'alfaiate' de férias para ciclistas em Portugal" comecei logo a desenhar mentalmente o business model canvas. A primeira versão foi esta:
Depois, comecei a pensar que tudo aquilo que estava colocar na proposta de valor não era a proposta de valor. Tudo aquilo são requisitos a respeitar pelos alojamentos para pertencerem à rede. Os clientes não são atraídos pelos atributos mas pelo que podem fazer com eles. Assim, refiz a coluna da proposta de valor:
Presumo que a relação se inicie com a inscrição na página na internet e com a co-construção do percurso. Contudo, como o contacto no terreno é feito pelos alojamentos, como é que vão desenvolver a relação?
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Eu, cicloturista, posso ficar um grande fã do... alojamento e percurso. E, da próxima vez porque não farei by-pass ao intermediário que me separa dos meus conhecidos?

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Diferentes modelos de negócio em torno das sucatas

Em 2011, numa formação para empresários, no âmbito de um exercício, uma equipa desenvolveu este business model canvas para um negócio em torno dos carros abatidos:


Depois, discutimos os vários tipos de clientes, as margens potenciais envolvidas, onde é que uma empresa novata poderia fazer a diferença e, resolveram concentrar-se no nicho dos coleccionadores:


Ontem, encontrei na net este artigo "Netpeças: Como encontrar peças de automóveis nas sucatas"... próximo passo, trabalhar para nichos

terça-feira, dezembro 03, 2013

"Surf e Portugal de pão-de-forma" um modelo de negócio

Há 3 anos fizemos o esquema de um modelo de negócio, com potencial de plataforma, ou seja, capaz de associar vários tipos de intervenientes, ver caixa dos "parceiros-chave", em "Mais uma sugestão de modelo de negócio".
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Ontem, descobri "Surf e Portugal de pão-de-forma" e visualizei logo um esquema para o modelo de negócio:

sábado, junho 29, 2013

Outra proposta de canvas

Via @pauloperes cheguei a mais esta proposta de canvas "Introducing the Happy Startup Canvas".
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Como não concordei com a ordem original propus umas alterações:
O autor escreve:
"To help with this use the value proposition designer (also by Osterwalder)." (Moi ici: Ver versão mais recente)
Será que faz sentido?
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BTW, a propósito da sequência que proponho:
"A (2)problem looks like a job that your (1)customer needs to get done at a specific time, in a specific situation and in the proper context. The problem looks like the important unmet needs your customer uses to measure how well the job gets done. It doesn’t get much simpler than that." 
Trecho retirado daqui.

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Alugar em vez de comprar

"Agora pode alugar jeans em vez de comprar"
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Alugar em vez de comprar, uma tendência em expansão.
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É uma mudança do modelo de negócio:


  1. a receita vem de um fluxo não de uma transacção;
  2. o cliente é conhecido, pode ser convidado para actividades de co-criação e co-produção;
  3. os canais de distribuição podem ser outros já que os clientes são conhecidos
  4. a proposta de valor pode incluir a reciclagem
Aqui só olhei para a metade do canvas que interage com o cliente; no entanto, o mesmo se passa para a metade interna, por exemplo, na estrutura de custos:
"O serviço de aluguer de jeans arrancou no início do ano e até ao momento tem umas centenas de clientes. Mas o van Son acredita que pode ser uma forma de recuperar matéria prima valiosa que, de outro modo, poderia não ser aproveitada e, ao mesmo tempo, aumentar a fidelidade dos clientes à marca.
Os jeans são produzidos com algodão orgânico turco,  material "bastante caro" e difícil de obter, logo este sistema de aluguer permitiria aumentar de 40% para 50% a quantidade de material reutilizado, cortando nos custos. Quando os jeans são reenviados pelo cliente ou são lavados, reparados e voltam ao serviço de aluguer ou então são usados na produção de outros modelos, o que teria também benefícios do ponto de vista ambiental."
"Don’t Buy Those Expensive Jeans—Lease Them Instead"

segunda-feira, novembro 12, 2012

Adaptabilidade

Este texto de Gary Hamel, "What is Adaptability?" serve tanto para as empresas como para todos os outros tipos de organizações humanas e não só:
"Strategic adaptability, by contrast, refers to a company’s capacity to reconfigure its underlying business concept, by dramatically rethinking . . .
  • Its core mission
  • Its primary value proposition
  • The identify and nature of the end customer
  • The method or channels of distribution
  • Its revenue or pricing model
  • The markets or industries in which it competes
  • Its core competencies
  • Its ecosystem of business partners
  • The degree to which it is vertically or horizontally integrated
  • The basic way in which it produces products and services"
Num mundo em mudança acelerada, em mudança turbulenta, é preciso estar preparado para mudar...  esta lista de Hamel quase  preenche todos os campos do business model canvas de Osterwalder.
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Ficar a lamber feridas e a brandir direitos adquiridos perdidos não serve para nada, o objectivo é seduzir clientes.
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Seth Godin neste artigo "Seth Godin: 5 Ways to Grow Your Market" dá vários excelentes exemplos de mudanças:
"Position your product or service at the "logical extreme" of some aspect of your product category. For example, if the typical product in your market is expensive but comes with free service, make your product free and charge a subscription fee for the service. If you're making a commodity product, go for something either huge or tiny."

sexta-feira, novembro 09, 2012

Empreendedorismo e planos de negócio... um retrato da superficialidade

Ontem, o JdN trouxe o suplemento "investimento & inovação & pme" com o tema principal "Incubadoras são um trampolim para o mundo".
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Na página II encontrei esta notícia "PME com ajuda na consultoria" onde se lia:
"As Pequenas e Médias Empresas (PME) vão poder beneficiar de apoios comunitários para pagar despesas com serviços de consultoria, apoio à inovação e protecção de propriedade intelectual, com um limite de 200 mil euros durante três anos. A alteração ao regulamento do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, torna elegíveis as despesas com este tipo de serviços e cria um "Vale Empreendedorismo" para apoiar empresas com menos de um ano na elaboração de planos de negócios e protecção e comercialização de direitos de propriedade intelectual e industrial."
Depois, na página VII são apresentadas 5 dicas para quem pensa em incubar um negócio:
  1. Definir a ideia
  2. Fazer um plano de negócio
  3. Escolher a incubadora
  4. Aproveitar o networking
  5. Não fechar a porta à saída
Interessa-me a dica nº2, onde ainda se pode ler:
"Estude a viabilidade económico-financeira do seu projecto, tenha em conta o mercado e questione..."
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Juntar empreendedorismo, inovação, statups e ... plano de negócio é uma ideia tão obsoleta!!! Por onde têm andado? Não têm assistido à revolução no mundo das startups?
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Steven Blank em "The Four Steps to the Epiphany" escreve:
"A fundamental truth about startups that is completely ignored ... is that they are not all alike. One of the radical insights that guides this book is that startups fall into one of four basic categories:
• 1.Bringing a new product into an existing market
• 2.Bringing a new product into a new market
• 3.Bringing a new product into an existing market and trying to resegment that market as a low-cost entrant
• 4.Bringing a new product into an existing market and trying to resegment that market as a niche entrant."
As  startups não são todas iguais. Uma colega da minha mulher abriu, aqui em Estarreja, mais um ponto de venda de jornais e revistas (escolha 1), dois trabalhadores saem de uma empresa e montam uma nova, para produzir o mesmo tipo de peças injectadas que a empresa de onde saíram (escolha 1)... nestas empresas com menos de um ano de idade faz sentido falar em plano de negócio. Contudo, nos exemplos de startup apresentados no suplemento (iClio; BikeTreino e Biosurfit) temos outros tipos (escolhas 2, 3 e 4(?)). Nestes casos, como é possível falar de plano de negócio logo à partida? O produto está definido? Quem são os clientes-alvo? Qual o tamanho do mercado? Ainda ontem de manhã estive numa empresa industrial onde há anos um dos empresários me contou, enquanto se ria, como o plano de negócios que tinha feito com tanto cuidado para a sua startup, ficou desactualizado no dia em que o entregou, para obter um subsídio, ao ler um artigo numa revista técnica.
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"What’s important to know now is that the traditional product development model at times succeeds in getting a product out the door into a known market with known customers (choice 1). Executing past practices in this Market Type may work if the market is similar to past experiences. However, since the majority of startups are not going after known markets (falling into the second and third categories), they don’t have a clue where their customers are."
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"Since the four types of startups have very different rates of customer adoption and acceptance, their sales and marketing strategies differ dramatically. Even more serious, is that each Market Type have radically different cash needs. A company creating a new market might be unprofitable for 5 or more years, while one in an existing market might be generating cash in 12-18 months. As a result, the product development model is not only useless, it is dangerous. It tells the finance, marketing and sales teams nothing about how to uniquely describe and sell for each type of startup, nor how to predict the resources needed for success."
...
"I’ve argued that the product development model leads to fundamental and often fatal errors in the first year or two of a startup’s life. We can sum up these errors in terms of three unrealistic expectations:
• That the product development diagram can be relied upon to guide activities that have nothing to do with product development—namely, finding customers, a market, and a viable business model.
• That Customer Development will move on the same schedule as product development.
• That all types of startups and all new products will achieve acceptance and deployment at the same rate, namely starting at First Customer Ship.
In addition to these three errors, there is one more. Startups face enormous pressure from their investors to become profitable. Sometimes, to get funded, these new ventures make unrealistic financial assumptions – about market size, growth or simply ignoring the consequences of the Market Type they have chosen. These optimistic expectations become the plan of record, forcing execution towards unrealistic and unachievable goals."
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Depois, Steven Blank recorda a figura que descobri com Geoff Moore:
Quando uma startup, quando um grupo de empreendedores não está na escolha 1, ainda tem de desenvolver o cliente, ainda tem de descobrir, de criar o mercado. E os clientes da novidade (entusiastas tecnológicos e visionários) pertencem a uma estirpe diferente do "mainstream market" (pragmáticos e conservadores), por isso é que Moore fala de "The Chasm"... os entusiastas e visionários podem estar entusiasmados mas nunca haver massa crítica para a empresa avançar para lá de um pet-project  Nessas condições não faz sentido falar de um plano de negócio. Um plano de negócio concentra uma empresa, uma startup, na execução... mas executar o quê? Já têm o produto estabilizado? Já sabem quem é o cliente? Já sabem qual a dimensão potencial do mercado? Já sabem quais os canais onde apostar? Como tantos dizem, um plano de negócio desse tipo, já está obsoleto antes da tinta com que é impresso secar no papel. Vale a pena procurar na internet o exemplo do fracasso da Webvan, um falhanço em grande, tinham dinheiro e avançaram em grande para a execução do plano de negócio... numa escolha 2.
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Steve Blank, um serial startuper bem sucedido, costuma dizer
"“No business plan survives first contact with customers.”"
"Instead, Blank and the others have been pushing business models as an alternative means for capturing the essence of your business. Blank argues, “A business model describes how your company creates, delivers and captures value. It’s best understood as a diagram that shows all the flows between the different parts of your company. This includes how the product gets distributed to your customers and how money flows back into your company. And it shows your company’s cost structures, how each department interacts with the others and where your company can work with other companies or partners to implement your business.”
Rather than investing 3 – 6 months in researching the market, (Moi ici: Claro que os consultores que vivem da produção de planos de negócio não gostam) developing hypotheses and writing a 100 page tome that no-one (not even your investors) will ever read, the business model evangelists argue that time would be better spent designing and TESTING the hypotheses of your model. And the mechanism for tracking your business model should be a single canvas rather than the traditional report."
Depois, em 2009, Alex Osterwalder publica "Business Model Generation" e surge uma forma de ultrapassar a escrita dos Planos de Negócio (basta ouvir os primeiros 60 segundos)
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Em 2012, Steve Blank e Bob Dorf publicam "The Startup Owner's Manual" de onde retiro:
"A startup is not a smaller version of a large company. A startup is a temporary organization in search of a scalable, repeteable, profitable business model."
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"Winners recognize their startup is a series of untested hypotheses.
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On Day one, a startup is a faith-based initiative,,, it's unknown whether the features appeal to customers.
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Relentless execution without knowing what to execute is a crime." (Moi ici: E o que é um plano de negócio? Executar com base em quê? Com base na fé pura e simples?)
Quem trata destes "Vale Empreendedorismo" e quem escreve estes suplementos não devia saber destas coisas? Que mensagem, que sinais transmitem?


domingo, novembro 04, 2012

Novos modelos de negócio na Saúde e não só

Há dias, mão amiga fez-me chegar este interessante artigo "Death of a (Medtech) Salesman?".
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Interessante pois ilustra, com um sector concreto, como os modelo de negócio maduros, bem sucedidos, testados e validados ao longo de décadas estão a ficar obsoletos.
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Usando o canvas de Osterwalder, para ilustrar as partes que compõem um modelo de negócio, podemos facilmente perceber como a disrupção actua:
"Only a few years ago, a medical device sales representative (“rep”) could establish a relationship with a clinician,(Moi ici: O clínico, embora não fosse o pagador, era o elo mais importante, era ele que prescrevia o uso do dispositivo. A relação era estabelecida com o clínico, ele era a chaveconvince this provider of a new product’s clinical benefit, (Moi ici: Esta era a proposta de valor que influenciava a decisão do clínico) and close a sale. These days, throughout the medtech industry, we often hear horror stories of hospital systems taking purchasing decisions away from clinicians, large group purchasing organizations (GPOs) stifling innovation, and physician-owned distributors trying to replace sales reps. What in the heck is going on with medtech sales?" (Moi ici:  Só no parágrafo inicial, o artigo mostra logo como três caixas do canvas estão a ser alteradas. E se muda a proposta de valor, e se mudam os clientes... têm de mudar os canais... todo o lado direito do canvas muda)
Há anos que, em conversa com agentes da saúde, falo da proletarização da classe médica:
"With the advent of “Big Medicine”, as described in a brilliant recent New Yorker article by Atul Gawande, doctors are migrating from private practices to large hospital systems. Now, instead of doctors making the decisions, hospital systems have increasingly sophisticated and bureaucratic practices for cost savings. With this evolution, “black box” product committee decisions (and non-decisions) are becoming more common.(Moi ici: BTW, não estou nada de acordo com esta visão idílica da "Big Medicine" assente no eficientismo. Não creio que vá produzir os resultados pretendidos... ainda vai sair mais caro)
Agora as alterações no lado esquerdo do canvas:
"In the United States, buying decisions will shift from surgeons to cost-conscious hospital buyers. And that may create demand for keep-it-simple medical devices – designs that provide 50 percent of the bells-and-whistles of current devices for 15 percent of the cost. In addition, he cited the need for more clinical information on efficacy and safety, to help hospital administrators justify medical device purchases."(Moi ici: Uma diferente proposta de valor tem de ser fruto de um diferente ecossistema. Diferentes exigências internas a nível de actividades, recursos e parcerias. Lá se vai o lado esquerdo do canvas)
Claro que as alterações não ocorrem de forma homogénea nas diferentes categorias de um mesmo sector:
"Taking a step back, I realized that the conflicting views were actually all justified; problems described were actually dependent on the type of device that they had experience selling. Simply put, devices can be broken out into three categories: high-volume and low-cost commodities (e.g. needles), low-to-mid volume with mid-to-high cost with comparables (hip implants) and first-in-category products (such as a new drug-eluting bioabsorable stent for the sinus)."
As alterações descritas neste sector não são exclusivas dele, estão a acontecer em todos os sectores económicos. A velha ordem, assente em modelos de negócio estabelecidos (como no exemplo dos jornais, ou do retalho físico) está a ser varrida por ventos de mudança. Cabe a todos, incumbentes e novatos, fazer face à mudança, desenvolvendo novos modelos de negócio que se ajustem à nova realidade.
"As hospitals adjust to the policy changes, different channels for selling medical devices have been created, as detailed in a recent commentary by Marakon. I was able to validate in my interviews that there are four main hospital segments emerging:
1.Traditional: physician preferences still rules
2.Price-sensitive: willing to force the use of certain devices to save costs
3.Partners: using a preferred vendor to reduce cost and/or improve offers in unique ways
4.Centers of excellence: building “best-in-class” capabilities with the latest and greatest devices
Each category requires specific strategies for achieving sales success."
Os que não são capazes de fazer as mudanças necessárias, os que não são capazes de desenvolver um modelo de negócio competitivo, ajustado à nova realidade... não têm futuro.
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Isto está a acontecer em todos os sectores, e em todos os sectores vemos respeitadas organizações a serem incapazes de se reinventarem para os novos tempos... talvez também por isto "Empathy represses analytic thought, and vice versa"

sexta-feira, agosto 31, 2012

Clientes-alvo - A importância da caracterização dos "porquês"

Excelente artigo de Alex Osterwalder, "Achieve Product-Market Fit with our Brand-New Value Proposition Designer", que vem complementar a ferramenta, o business model canvas, com uma aplicação dedicada a melhorar a identificação dos "porquês" dos clientes-alvo e a formulação da proposta de valor.
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Relativamente aos "porquês" dos clientes-alvo:
Não basta identificar os clientes-alvo, é preciso perceber as razões que os podem atrair:

  • Customer jobs - "It could be the tasks they are trying to perform and complete, the problems they are trying to solve, or the needs they are trying to satisfy."
  • Customer gain - "the benefits your customer expects, desires or would be surprised by. This includes functional utility, social gains, positive emotions, and cost savings"
  • Customer pain - "describe negative emotions, undesired costs and situations, and risks that your customer experiences or could experience before, during, and after getting the job done"
Relativamente à proposta de valor a oferecer aos clientes-alvo:
  • Products & services - "Ask yourself which products and services you offer that help your customer get either a functional, social, or emotional job done, or help him/her satisfy basic needs?"
  • Gain creators - "How do they create benefits your customer expects, desires or would be surprised by, including functional utility, social gains, positive emotions, and cost savings?"
  • Pain relievers - "How do they eliminate or reduce negative emotions, undesired costs and situations, and risks your customer experiences or could experience before, during, and after getting the job done?"
Desta forma, a construção de um business model canvas, mais do que nunca, tem de começar pela identificação do segmento de clientes, os clientes-alvo, que pretendemos servir, tudo o resto é em função deles, o que procuram e valorizam, a experiência.


domingo, junho 17, 2012

Modelos de negócio e co-criação

A propósito das páginas 18/19 do caderno de economia do Expresso deste fim de semana, perguntaram-me:
"1- os negs Mai's interessantes nao Sao os premiados.
Proposta M++ : o bm é a propria co-criaçao de valor. Concorda?"
O que é um modelo de negócio (bm)?
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Segundo Alex Osterwalder e Yves Pigneur em "Business Model Generation" a definição de modelo de negócio é:
"A business model describes the rationale of how an organization creates, delivers, and captures value"
A verdade é que uma organização não cria valor. 
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Ainda há dias referi o artigo "Service as business logic: implications for value creation and marketing" de Christian Grönroos e Annika Ravald que, acerca da criação de valor escrevem:
"value is not produced; resources out of which value can be created are produced. In the same manner, we need to distinguish between co-production and value co-creation.
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the value of an object is related to what individuals want objects to be and do for them, i.e. which role they want goods, service activities and relationships to various actors on the market to have in their lives. The object needs to gain value for the customer as an individual, and this becomes possible only when the object is enclosed within his/her own value creating activities. (Moi ici: BTW, completamente off-topic, esta é uma das razões fortes para o aumento da desigualdade nas sociedades, produzir já não é relevante) The salient role of the customer in the process of value creation is hereby accentuated. Hence, it can be concluded that the consumer or user of resources such as goods or service activities is the one who creates value-in-use.
Adopting a service logic and a customer perspective on value creation, the obvious conclusion is that the customer is the value creator.
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In a supplier-customer relationship, value facilitation can be regarded as a prerequisite or foundation for value creation, and hereby also a reason for customers to seek a relationship with a supplier. By providing its customers with such inputs into their value-creating processes, suppliers facilitate value creation.
Fundamentally, the supplier is a producer of the resources the customer integrates in his process of value creation.
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The customers create value for themselves. However, during interactions with customers, the supplier gets opportunities to influence the process of value creation, in the best case enhancing the level of value the customers create out of a service activity or a good. Thus, although the customer is the value creator, the supplier becomes a co-creator of value with its customers. Customers produce value for themselves independently, but suppliers may offer assistance. Value co-creation necessarily requires interactions between the supplier and the customer. Co-creation opportunities that suppliers have are strategic options for creating value.
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although customers always are the value creators, during interactions with its customers, on top of being a value facilitator, the supplier gets opportunities to co-create value with its customers in a process of joint value creation."
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Depois, os autores apresentam esta figura:
para sistematizar o seu pensamento.
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Modelo de negócio é um conjunto alinhado de muita coisa como bem ilustra o canvas de Osterwalder. Coisa diferente é falar de co-produção e co-criação.
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Nos projectos M++, GOCLAPP e TIES4LIFE, por exemplo, penso que existe potencial para co-produção e co-criação. 
Nos projectos THE NEW LEATHER, DESIGN LOVES PORTUGAL, PLAYLAB, 4PS, por exemplo, penso que existe pouco potencial para co-produção e co-criação. Isso não é intrinsecamente mau, é uma abordagem diferente. A vantagem da co-produção e co-criação é a customização que reduz a possibilidade da comoditização.
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Não podemos dizer que um modelo de negócio é a co-criação de valor, talvez possamos dizer que um modelo de negócio apresenta como alicerce uma proposta de valor que depende muito da capacidade da interacção influir numa co-produção que resulte em co-criação de valor. BTW, não confundir co-produção com co-criação!
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Uma empresa pode fazer o que o cliente lhe pede (co-produção), o cliente até pode ficar contente com o que lhe entregam - exactamente o que pediu (co-criação). Contudo, depois, durante o uso, como o cliente não é um expert, algumas das coisas que pediu interferem negativamente com o que pretende ao integrar os recursos (o que comprou) na sua vida e, assim, há destruição de valor.
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BTW, repare na quantidade de projectos assentes em plataformas. Uma plataforma como por exemplo a TASKHUNTERS não requer co-produção... ontem descobri a Odesk.