Esta manhã ao ler um artigo delicioso, aborda o tema da estratégia sobre uma perspectiva psicológica que nunca tinha lido, a certa altura escrevi na borda do texto digital: (cromos, galeria, Zapatero, cemitérios).
Agora acrescento "realidade aumentada" segundo esta abordagem em "
Para assentar ideias". Neste texto escrevo que, tal como no artigo que ando a ler, a realidade existe, mas nós não somos capazes de ver a realidade, nós só somos capazes de ver aquilo que a nossa experiência nos preparou para ver. Por isso, quando o mundo muda, é fundamental ter gente sem
mapas cognitivos castrados em posições de poder, para não estarem demasiado prisioneiros do passado. Por isso, escrevi que o melhor era
Zapatero sair. Por isso, coleccionei a
galeria de cromos, gente formatada numa época e incapaz de partir o molde onde foi educada. Como não recordar Napoleão:
Por isso, apontei "cemitérios" por causa de uma frase de
Max Planck: "Uma nova verdade científica não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo-os ver a luz, mas porque seus oponentes finalmente morrem e uma nova geração que está familiarizada com ela cresce".
Em Portugal, com as mesmas caras há décadas nos cargos de poder parece que continuamos sempre a combater os desafios de hoje com a mentalidade que formatou essa mesma gente no tempo em que não havia nem internet, nem União Europeia.
Em ""
The Great Sparrow Campaign" - gente perigosa" escrevi mais uma vez sobre os jogadores amadores de bilhar, um tipo de gente muito perigoso. Gente que Reich apelidaría de Zé-Ninguém, só capaz de ter um horizonte temporal entre o que almoçou e o que vai jantar.
Em
Março e Dezembro de 2016 escrevia aqui que havia uns aprendizes de feiticeiro à frente da APROLEP. essa gente queria acabar com as importações de leite, esquecendo que Portugal exportava mais leite do que aquele que importava. Claro,
em 2018 a brincadeira rebentou-lhes na mão, a medida que defendiam em 2016 para impedir as importações de leite, arrasou as importações de leite em Espanha, leite que era exportado por ... Portugal.
Esta semana li um texto que me fez lembrar os aprendizes de feiticeiro à frente da APROLEP, desta feita acerca das importações de carne... here we go again, "
Defender a Agricultura, defender Portugal":
"A agricultura é a arte de produzir alimentos para a sociedade, [Moi ici: Estou farto de escrever aqui no blogue que a função do agricultor não é alimentar a sociedade, a função do agricultor é ganhar dinheiro através da prática da agricultura. A sociedade não quer saber dos agricultores, quer produtos agrícolas baratos nem que venham da Ucrânia. Por isso, o agricultor não deve ser trouxa e deve trabalhar para quem valoriza o fruto da sua actividade. Adiante] ocupando o território e fixando pessoas, que, através da sua actividade agrícola, mantêm os territórios limpos e ordenados, contribuindo para a manutenção da fauna e flora autóctones. [Moi ici: Sim, a começar pelos eucaliptos, não é?]
...
Portugal é deficitário em carne, e nesse sentido deve apostar em equilibrar a sua balança comercial através do aumento da sua produção nacional.[Moi ici: Cuidado com a estratégia cancerosa, que destrói a joalharia]
...
É com este tipo de medidas que iremos conseguir reduzir a nossa pegada carbónica, ao contrário do que nos tentam vender dizendo que a carne importada até é mais barata… e onde os custos ambientais já não são tidos em conta, como é o exemplo do recente acordo da UE com o Mercosul. A Fenapecuária é literalmente contra este acordo, considera mesmo que é um acordo desleal para com o sector e solicita a todos os partidos políticos que reflictam bem sobre o que está em causa.[Moi ici: Gente ao nível de um Nuno Melo e do seu grito contra os paquistaneses. A um produtor de carne eu aconselharia a subir na escala de valor, a fugir da concorrência pela quantidade e preço e que apostasse na joalharia]
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Os portugueses merecem saber que as condições e regras de produção não são as mesmas, os portugueses merecem saber que o sector pecuário nacional é moderno, respeita as regras ambientais, cumpre com o bem-estar animal,"[Moi ici: Indo por este caminho, alimentamos o discurso que legitima alguém na Alemanha, ou em França, dizer que a carne portuguesa é produzida em condições e regras de produção que não são as mesmas. O karma é lixado!]"