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sábado, setembro 18, 2010

Isto não é acerca dos portugueses!

É verdade, isto não é acerca dos empresários portugueses!!!
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É voz corrente afirmar-se que Portugal tem os piores empresários do mundo, aliás, segundo os caviares as empresas deviam ser nacionalizadas e a sua gestão entregue a gente como o autor deste postal.
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Porque não têm estratégia, porque não modernizaram as suas empresas, porque ... tudo argumentos para demonstrar que são a vergonha do país e que Portugal estaria melhor sem eles.
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Ontem, no meio duns quinze dias alucinantes que aí vêm, arrisquei começar a ler "Crisis in the 21st Century Garment Industry and Breakthrough Unified Strategies" de David Birnbaum.
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Basta ler o Prefácio para fechar o livro e reflectir sobre os modelos mentais mais populares no universo politíco-mediático.
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Afinal não é um problema português!
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Afinal não é um problema dos empresários portugueses!
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Afinal é um problema geral!
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Ora, se é um problema geral, então não é problema. É um facto da vida.
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É tão natural como a lei da gravidade.

terça-feira, agosto 03, 2010

The market is a bottom-up world with nobody in charge

"Like biological evolution, the market is a bottom-up world with nobody in charge.
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'Nobody planned the global capitalist system, nobody runs it, and nobody really comprehends it. This particularly offends intellectuals, for capitalism renders them redundant. It gets on perfectly well without them.'
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As islands of top-down plamming in a bottom-up sea, big companies have less and less of a future.
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merchants make wealth; chiefs nationalise it.
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Merchants and craftsmen make prosperity; chiefs, priests and thieves fritter it away.
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The dirigiste mentality that dominated the second half of the twentieth century was always asking who is in charge, looking for who decided on a policy of trade. That is not how the world works. Trade emerged from the interactions of individuals. It evolved. Nobody was in charge.
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The effect of the Phoenicians must have been to create a burst of specialisation all around the Mediterranean. Villages, towns and regions would have discovered their comparative advantages in smelting metals, manufacturing pottery, tanning hides or growing grain. Mutual dependence and gains from trade would have emerged in unexpected places.
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But in truth, was there ever a more admirable people than the Phoenicians? They knitted together not only the entire Mediterranean, but bits of the Atlantic, the Red Sea and the overland routes to Asia, yet they never had an emperor...
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Trechos retirados de "The Rational Optimist" de Matt Ridley.
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Isto no dia em que leio "Função Pública, salários e competitividade" o que me faz voltar a Matt Ridley para acrescentar:
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"governments gradually employ more and more ambitious elites who capture a greater and greater share of the society's income by interfering more and more in people's lives as they give themselves more and more rules to enforce, until they kill the goose that lays the golden eggs.
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Because it is a monopoly, government brings ineficiency and stagnation to most things it runs; government agencies pursue the inflation of their budgets rather than the service of their customers; pressure groups form an unholy alliance with agencies to extract more money from taxpayers for their members."
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domingo, julho 04, 2010

Ignorância e caviar, uma mistura explosiva

"Empresas de Terceiro Mundo" um postal de Daniel Oliveira no blogue "Arrastão".
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Nele pode ler-se:
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"Segundo o estudo, 61,3 por cento dos trabalhadores por conta de outrem têm até ao terceiro ciclo do ensino básico, 20,4 por cento têm o ensino secundário e 18,3 por cento o ensino superior. Nos patrões, os números mudam um pouco: 71,7 por cento têm até ao terceiro ciclo do ensino básico, 12,2 por cento o ensino secundário e 16,1 por cento o ensino superior. Ou seja, há muito mais trabalhadores com o ensino secundário completo (mais 67,2 por cento) e com o ensino superior (mais 13,7 por cento) do que empresários.

Como não é plausível que quem tem melhores qualificações tenha menos apetência para o risco, é possível tirar daqui outras conclusões. (Moi ici: Não é plausível? Com que bases é feita esta afirmação? Ver nota 1)

O que estes números evidenciam é que, para além de alguns empresários em nome individual que são, na realidade, trabalhadores por conta de outrem, grande parte do nosso tecido empresarial é de tipo familiar, dirigido por pessoas com uma baixíssima preparação técnica. Não sucede assim nos países realmente desenvolvidos. Não só as pequenas empresas têm menor peso na economia (Moi ici: Caro Daniel Oliveira o único país do mundo onde tal acontece, as grandes empresas representarem a maioria do tecido empresarial, é na Rússia, por legado da economia centralizada para os oligarcas. Em qualquer país europeu as PMEs representam a maioria das empresas e do emprego. Recordar que em Portugal as 1000 maiores empresas representam cerca de 8% do emprego. Ver nota 2) como, mesmo para dirigir uma pequeníssima empresa, é exigível algum grau de preparação." (Moi ici: Pronto, se o BE chegar ao poder as PME's serão expropriadas a quem não for doutor, engenheiro ou arquitecto. Olha, lá se vai a Inarbel...)
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Nota 1: "4. Os estudantes universitários portugueses demonstram intenções empreendedoras?
Os estudantes universitários portugueses, sendo os futuros agentes de desenvolvimento da sociedade e do tecido empresarial português, não demonstram grandes intenções empreendedoras. O estudo desenvolvido pelo Observatório do Empreendedorismo de Base Tecnológica (2005) mostra que 40,8% dos alunos inquiridos não manifestam intenções empreendedoras, sendo que 7% revelam intenções empreendedoras e apenas 5,1% revelam fortes intenções empreendedoras."
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Nota 2: "SMEs represented 99.8 % of all EU-27 enterprises in the non-financial business economy in 2006, employing two thirds of the workforce (67.4 %) and generating 57.7 % of total value added;" ... "SMEs employed 81.0 % of the non-financial business economy workforce in Italy in 2006, a share that fell close to 50 % in Slovakia and the United Kingdom;"
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BTW, por que é que só as empresas que não têm licenciados à sua frente é que vão à falência nestes tempos que correm? E empresas como a Qimonda?