Ao longo dos anos aqui no blogue uso o rótulo de "tríade" para identificar o conjunto de académicos, políticos e comentadores que, estando nós no século XXI, estando nós a entranhar-nos em
Mongo, estando a economia a evoluir para uma explosão de propostas de valor, canais e, sobretudo, uma explosão do lado da procura em termos de tribos, cada vez mais tribos e mais segmentadas e mais intransigentes no seu gosto e mais informadas, continuam a ver o mundo e a propor soluções que resultaram no século XX da produção e do consumo de massas.
.
Recomendo a leitura desta excelente metáfora "
Ye gods: an efficient orchestra!"
.
Torna viva e materializa de forma fácil a treta que é a conversa da tríade:
"If this student had instead chosen a factory, nobody would be laughing, perhaps least of all the people in that factory."
Como já aqui escrevi muitas vezes e afirmei em muitas salas de reunião, o que salvou as PME exportadoras foi o não ligarem à tríade. Imaginem que um empresário do calçado em 2005, (quando o sector atingiu o ponto mais baixo e
Daniel Bessa passava a certidão de óbito e
André Macedo enterrava o caixão), ouvia as previsões de Ferreira do Amaral, ou as bocas dos gurus
desta série e as levasse a sério... teria desistido certamente.
.
Daí ter favoritado:
Por isso, a tríade não percebe este desempenho, aliás, aposto que nem o conhecem:
Uma empresa que compete no mercado pelo custo mais baixo compete de forma diferente e dirige-se a clientes diferentes dos de uma empresa que compete pela rapidez e flexibilidade, dos de uma empresa que compete pela autenticidade, dos de uma empresa que compete pela inovação, dos de uma empresa que compete pela marca, dos de uma empresa que compete pela ...
.
Claro, a tríade acha que é tudo igual, recordar "
Voltar ao Lugar do Senhor dos Perdões".
.
BTW, foi por este tema que estranhei a escolha de alguém com a cultura
SONAE (custo) para a
Viriato.