sexta-feira, março 18, 2016

Locus de controlo ou a sua ausência

Lembrei-me logo dos produtores de leite e dos suinicultores, que agora andam em manifestações de rua a pedir soluções, ao ler "A Bias for Action and Locus of Control":
"As I am reading Charles Duhigg’s new book, Smarter, Faster, Better, I am reminded that a “bias for action” and a “locus of control,” (believing that you have a choice and can complete some arduous task) is the foundation of motivation.
  • When we win deals, we talk about what we did to win, as if it was all our volition. When we lose deals, we pretend that certain factors beyond our control caused our loss, that we were powerless. The problem with believing that forces beyond your control are what causes your losses is disempowering. It means that you have no control, that you have to sit passively while the world acts on you.
  • The time to take the actions that ensure you win deals - or greatly improve your chances - is now. The time to deal without whatever obstacle you believe will cause you to lose is before you have lost. No one is coming to rescue you and your deal. You are going to have to save yourself."

Alinhar a empresa, a jornada sem fim

Ontem estive a trabalhar com uma empresa que cresceu, no mundo das pequenas séries e dos clientes pouco organizados, até que percebeu que já estava a trabalhar para vários clientes das séries grandes com bons resultados e com melhores rentabilidades. Então, resolveu especializar-se em servi-los.
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Estivemos a realizar a primeira sessão de trabalho que nos há-de levar à construção do mapa da estratégia. Quando a sessão começou esforcei-me por transmitir a mensagem de que estão a iniciar uma jornada sem fim, estão a mudar de vida, têm de mudar de cultura: a mentalidade do desenrasca tem de dar lugar à mentalidade da disciplina e do planeamento. Enquanto lhes dizia isto a minha mente visualizou este postal de Julho de 2006 "Faz sentido continuar a apostar num negócio?" e o seu:
"De manhã, quando um gestor (no caso do género masculino) de uma empresa deste tipo está a fazer a barba, deve concentrar o seu pensamento num desafio quotidiano: “Onde podemos, hoje, cortar nos custos?”"
Depois, há noite, encontrei e li "The Fine Line Between When Low Prices Work and When They Don’t":
"Winning with low prices is not merely a game of math in which you stay one notch below the competition; it is far more a game of culture and attitude. It takes a special kind of company, from the CEO on down, to make a low-price position sustainable and profitable. The skills and traits to pull that off — such as cost-consciousness, relentless efficiency, and customer-driven design — must be anchored in the company and its culture from the very beginning.
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A healthy low-price position has a long-term orientation built on consistency and sustainability, not quick results.
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The allure of discounting and the adrenaline rush of a price war seem irresistible, but they are delusions that have nothing to do with a low-price position. The best cure I have found for these delusions is a cultural one. Don’t start price wars. Don’t fight them. Don’t engage in over-the-top discounting that trains customers, both in B2C and B2B markets, to buy cleverly on price and price alone.
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Large manufacturers such as Honda can indeed compete against ultra-low-price suppliers in emerging markets, but not by cutting prices on their existing products. Success requires a radical reorientation and redesign, massive simplification, local production, and extreme cost consciousness.
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No matter what strategic price position a CEO chooses, he or she must still fulfill two additional and essential roles: aligning each function of the company with that price position, and then defending it against threats from inside and outside the company."

Os Trump do leite e a preguiça dos media

Há cada coisa...
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Já ouviram de certeza a lengalenga dos produtores de leite contra as importações de leite. Por exemplo, esta cadeia de distribuição teve de vir a terreiro defender-se "Pingo Doce diz que 80% do leite que compra é nacional":
"A APROLEP considera as importações de produtos lácteos, estimadas em 500 milhões de euros, um "escândalo" e reivindica respostas por parte da grande distribuição, exigindo mais compras de leite nacional e regras concretas para a rotulagem de origem do leite."
A produção de leite em 2015 cresceu cerca de 3%. O consumo de leite continua em queda "Distribuição desafia produtores de leite a adaptarem-se às novas tendências de consumo":
"A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) lembrou hoje que o consumo de produtos lácteos está em queda, desceu 6,7% entre 2011 e 2014, e desafiou os produtores a adaptarem-se às novas especificidades e tendência do mercado."
Agora visitem este site, entrem nas estatísticas do leite e lacticínios e reparem na evolução das importações e exportações de leite:

Esta gente da APROLEP sabe que há mais de 10 anos que se exporta mais leite do que aquele que se importa? Acaso querem proibir as importações e poderem continuar a exportar?
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As pessoas não conseguem calçar os sapatos do outro?
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Alguma vez viram alguém nos media questionar os dirigentes da APROLEP sobre isto?

quinta-feira, março 17, 2016

Curiosidade do dia

Uma tristeza:
Como não um esquecer um título de há alguns anos "Portugal é um país de incumbentes"

Um exemplo de paciência estratégica

Um excelente texto "Why Clothing Startups Are Returning To American Factories", um pouco contra o que aqui costumo escrever, um pouco atónito, acerca da falta de paciência estratégica dos gringos e a paranóia do preço como critério único de sedução dos clientes (ainda ontem).
"When Bali started his company three years ago, his decision to manufacture locally wasn't motivated primarily by a desire to bring back business to dying factories or to ensure that workers were being well treated.
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I simply couldn't produce the clothes I wanted to make overseas."
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Bali wanted to create his own technical fabrics, monitor quality, and have the flexibility to scale up his business as quickly as possible.
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Two years before launching Yogasmoga, it occurred to Bali that a large proportion of yogawear on the market is made of nylon and spandex, both of which are very dated fabrics, invented by DuPont in 1938 and 1958, respectively. [Moi ici: Recordar o recente "Sintomas de Mongo"] And even though he had spent his career at Goldman Sachs and didn't have a lick of textile manufacturing experience, he wanted to see exactly how hard it would be for him to develop new materials that would be ideal to wear for the practice of yoga.
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That search led him to Invista, a company spun-off by DuPont in 2003, which develops synthetic fibers. "It turns out that while many companies are still using nylon in their clothes, there has been a huge amount of technological advancement in textiles," Bali says. However, developing new fabrics is expensive and requires a lot of time collaborating with specialty companies like Invista, which is why it is easier to rely on existing synthetic materials that are abundant and cheap.
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He's spent the last few years working closely with Invista, testing out how different combinations of fibers feel and perform when they come together.
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Bali eventually worked with scientists to create 30 different technical fabrics that use various combinations of synthetic and organic fibers to create specific effects
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Bali explains that it would have been impossible to manufacture these garments overseas. Asian factories would not have had the infrastructure to produce these brand new fabrics: Bali had to source out a speciality mill in California to turn the Invista fibers into cloth. And on a basic level, communication would have been a challenge, especially given that Asian factories would never have encountered the fabrics he had just invented. If there were issues with quality, he would not have been able to spot them until too late, which might result in a lot of expensive fabric going to waste."

Decomoditizar!

Ontem de manhã estive numa reunião onde, uma e outra vez se falou da importância, para os produtos agrícolas, criar marca associada ao território, às práticas seguidas e às estirpes utilizadas.
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Entretanto, já à noite o @veryhighalpha no Twitter faz-me chegar este tweet:
Recordar a confusão que por aí anda por causa da suinicultura e o excesso de oferta de um produto comoditizado.
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Pela leitura do artigo percebe-se que para os produtores alentejanos está tudo bem, ainda que deixem uma fatia tremenda de valor potencial ser capturado, e com justiça, por quem tem trabalhado e bem a narrativa do produto.
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BTW, também segundo o @veryhighalpha cheguei a "Spain offsets Europe’s pig herd decline" e julgo que dá algumas pistas sobre "Por isso, gostava de saber o porquê"

Workshop ISO 9001:2015

Na sequência deste "Desafio aceite" cá vai:



Um Workshop sobre o uso da ISO 9001:2015 para mais, muito do que a simples certificação. Desta feita o âmbito é toda a norma e não, como em workshops anteriores, só a abordagem baseada no risco.
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Pormenores aqui.
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Inscrições via Comenius ou via metanoia@metanoia.pt

Contamos com a Vossa presença.

Aprenda a duvidar dos media (parte XXVIII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XIIparte XIIIparte XIVparte XVparte XVIparte XVIIparte XVIIIparte XIXparte XXparte XXIparte XXIIparte XXIII, parte XXIVparte XXVparte XXVI e parte XXVII.


As previsões eram:

Entretanto "Capacidade do aeroporto da Portela acima dos 30 milhões de passageiros"
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O homem que queria um TGV para servir de metro.

quarta-feira, março 16, 2016

Curiosidade do dia

"Nunca haverá soluções justas e sustentadas construídas no imaginário e na ilusão, onde todos sejam inocentes e ninguém seja culpado, ou onde se escolhe um para expiar as culpas de todos. O que esteve mal? Décadas de culpados mascarados de inocentes, onde, porque ninguém confessou, ninguém teve de se arrepender. É por isso que todos estão presos numa rotunda onde não encontram saída."
Trecho retirado de "Os culpados inocentes"

O activismo político é tramado

Quando li "Capoulas Santos lamenta que se adie o financiamento para reduzir produção de leite" desconfiei que faltava contar alguma coisa.
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Bastou uma pesquisa rápida para a encontrar. Ler, por exemplo, "EU farm chief questions own milk scheme":
"The EU commission will now let dairy trade organisations create voluntary agreements to limit production.
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But it is difficult to see how a voluntary scheme will solve the problem.
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Imagine EU country A has a scheme under which its farmers limit milk production. How do you stop producers in country B from flooding the market of country A with cheap milk, EUobserver asked Hogan.
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“You can't,” he told this website and a handful of other journalists on Monday evening."
Portanto, conversa de biombos e copos mentruais para ninguém ficar mal na foto. Solução: empurrar com a barriga.
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Posso combinar com o meu vizinho. Reduzo a produção, vendo-lhe algumas das minhas vacas, recebo o subsídio e, depois, volto a comprá-las.
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O activismo político é tramado.

"a human touch becomes more important than ever"

Porque acredito em Mongo, a minha posição tem sempre sido de alguma cautela acerca do Big Data, há muitos anos que apelo ao olhar olhos nos olhos e a ter cuidado com os fantasmas estatísticos:


Muita da conversa de "Achieving Hyper-Segmentation To Reach Personalization At Scale" é demasiado técnica para mim. No entanto:
"With the rising adoption of machine learning and automation, a human touch becomes more important than ever. Companies that have figured out how to utilize data to create deeper personalization are not only improving the overall customer experience by talking in a language customers appreciate; they’re also winning more deals and generating more revenue dollars.
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[Moi ici: Depois, o artigo começa a dar uma receita para optimizar o Big Data] Prioritize Segments And Personalize Outreach
Both prioritization and personalization are key when it comes to your hyper-segmentation strategy. Rather than creating a few rigid personas or a large list based on broad firmographic characteristics, hyper-segmentation allows you to use all of your customer data to pinpoint specific marketing problems you can solve for smaller customer groups, aka a “segment of one.” [Moi ici: Oh, wait! Com segmentos de um para que preciso de Big Data? Esta é a vantagem das PME!!!]
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With a highly segmented profile, you can speak to each prospect as an individual [Moi ici: Deve haver algo aqui que me escapa. Ignorância minha certamente, como é que gigantes conseguem lidar com segmentos de um?]"
Um outro artigo, ainda mais interessante e sobre o mesmo tema "Here’s How An Old Pair of Sneakers Saved Lego":
"As accurate as big data can be while connecting millions of data points to generate correlations, it is often compromised whenever humans act like, well, humans. As big data continues helping us cut corners and automate our lives, humans in turn will evolve simultaneously to address and pivot around the changes technology creates. Big data and small data are partners in a dance, a shared quest for balance - and information.
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In our small data lies the greatest evidence of who we are and what we desire, even if, as Lego executives found out more than a decade ago, it’s a pair of old Adidas sneakers with worn-down heels."

Tit for tat

A falta de paciência estratégica e a disponibilidade de dinheiro para fazer deslocalizações nunca permitiu que a economia manufactureira americana desse o salto que a alemã ou a portuguesa deram. Por isso, o reshoring que vemos acontecer na América está muitas vezes manchado por este pecado original da focalização paranóica no custo:

Assim, não admira que este sentimento esteja na moda "On Trade, Angry Voters Have a Point". Claro que a multidão gosta de pensar na próxima jogada e esquece que isso tem consequências, retaliações, nas jogadas seguintes.

Estarreja, um exemplo

A propósito desta notícia "Fundição de metais leves para a indústria automóvel negoceia instalação em Estarreja" e da foto nela presente do Eco Parque em Estarreja:

Há dias fiz uma caminha matinal e resolvi actualizar a foto:
A amarelo unidades construídas no último ano ou em fase final de construção. A verde áreas desmatadas recentemente e a azul o espaço onde a obra da Eurocast cresce a olhos vistos.
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Estranho, há esta notícia de 23 de Fevereiro "Assembleia Municipal de Estarreja reúne na sexta-feira, 26 de fevereiro", ver ponto 3.3. No entanto, no dia 2 de Fevereiro tirei esta foto da obra:

Voltemos ao ponto deste postal. O dinamismo do investimento industrial em Estarreja... e todos os dias, TODOS, recebo informações em primeira-mão de exemplos de regresso do mundo 1.
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Pena que o esforço e sacrifício dos últimos anos esteja a ser desbaratado num festival de orgia despesista outra vez.



terça-feira, março 15, 2016

Curiosidade do dia

Um exemplo paradigmático do que se passa com quem lida com a política do país.
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Ontem lia-se "Copos menstruais com IVA reduzido":
"O PS e o BE viabilizaram uma proposta do PAN para que os copos menstruais tenham a taxa de de IVA de 6%."
Entretanto, hoje pode ler-se "Copos menstruais: Parlamento aprova medida que já existia":
"Deputados deram luz verde a uma alteração que já se verificava desde 2011. Os copos são vendidos com o IVA a 6%."
A treta elevada à categoria de arte.
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Como não recordar o advogado que na TV, sobre o caso Camarate, avançava com explicação que implicava a validade da alquimia medieval.
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Como não imaginar a quantidade de legislação discutida e aprovada com este nível de treta.

Mais sintomas do regresso do mundo 1

O regresso do mundo 1, mais sintomas:




"a focus on profitability"

Às vezes, em projectos de reflexão estratégica, sinto uma forte concentração da equipa no crescimento da facturação.
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Chamo sempre a atenção para o topo do mapa da estratégia, a perspectiva financeira tem duas vertentes: facturar mais e mais produtividade. E que facturar mais em detrimento de uma menor produtividade é um tiro no pé. Assim, como não sublinhar este trecho:
"We find that a focus on profitability, rather than revenue growth or value creation, offers a surer path to enduring exceptional performance across all three measures.
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our research shows that growth tends to be more volatile than profitability overall, this suggests that steady growth in absolute terms is unlikely to result in long-run exceptional growth"
Trecho retirado de "Exceptional performance a nonrenewable resource"

Admirável mundo novo

Dois exemplos a juntar à colecção do "É meter código nisso!"
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São eles:

"Many of the exhibits sound too strange and too poetic to be real, and yet they are. We are shown robotic bees from the Harvard School of Engineering and Applied Sciences, health-monitoring 'smart collars' for cows and building bricks grown from living fungus. A scientist has recorded the mating calls of insects, in order to lure further insects to their deaths with 'sonic pesticide'."
"A prototype shoe using new energy technology can generate enough power to charge a dead phone, via a USB port on the side of the sneaker. It can also run electronics embedded in the shoe itself, like a Wi-Fi hotspot or a tracker that could be used to located someone in lost in rubble after an earthquake.

A tracking device could be used for children or someone with a medical condition. Because the sole touches someone's foot, it can also monitor vital signs and send alerts if something is wrong. A firefighter might use the tracking device in their boots. Tracking could also be useful for someone who just needs better directions inside a GPS dead spot; the tracking function works both with and without GPS.
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In a disaster, the shoe could help first responders find victims. "In the first five to six hours the chances of survival are the highest, then they very rapidly drop," says Krupenkin. "So finding people is very difficult, and if someone is wearing a shoe like that, then the signal from the shoe would point operators to where he is." The shoe could also indicate which victims are still alive, so rescuers reach them first.
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"There are many more applications," he says. "We're designing the system so the electronics module is replaceable by the user, so if you want a new function, you can pull the existing module out of the shoe and plug in the new one.""

"Merely begin"

Um texto curto e simples de Seth Godin:
"You've permitted magical to walk on by. Not to mention good enough, amazing and wonderful.
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Waiting for the thing that cannot be improved (and cannot be criticized) keeps us from beginning.
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Merely begin."
O que o desespero muitas vez obriga a fazer é este "begin".
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O que a queda na zona de desconforto obriga a fazer é este "begin"
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Muitas vezes o "begin" começa com o tal "brincar".
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Muitas vezes o "begin" leva a uma co-evolução entre as capacidades da organização e as oportunidades no exterior.
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Por isso, junto a minha voz "Merely begin".

Trecho retirado de "While waiting for perfect"

segunda-feira, março 14, 2016

Curiosidade do dia

E em 2015 ainda deve ter sido mais elevado.

Aprenda a duvidar dos media (parte XXVII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XIIparte XIIIparte XIVparte XVparte XVIparte XVIIparte XVIIIparte XIXparte XXparte XXIparte XXIIparte XXIII, parte XXIV, parte XXV e parte XXVI.
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O regresso à ribalta desta personagem "“Acho que não existe um plano B”" faz-me recuar a 2008 e a "Outro arrepio... e revolta.":

Gente que ocupa lugares de poder e que entra em pânico facilmente ... um perigo.
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Recomendo a leitura de Laurence Gonzales e o seu fabuloso livro "Deep Survival". Em especial, logo no princípio, o que ele escreve sobre as pessoas "cool". Pessoas cool são as que não "tripam" e perdem a cabeça quando as coisas aquecem.

A grande prioridade

A nossa linguagem, o nosso conselho. Os trechos que se seguem quase que podiam ser retirados deste blogue:
"In my mind, there is an enormous business potential here that is being wasted. The analogy is wine. Wine and olive oil are not the same thing but they have similarities. If you took off all labels of imported wine and just replaced them with really good wine, the value of Bordeaux and really good wine would go down. What they [unethical olive oil producers] have done is driven it into a commodity status, all based on priceIt seems to me they [fine olive oil makers] could do what the wine makers do. They could have a Grande Cuvee and other levels. It seems to me a huge economic and business potential. What you need to do is decommoditize. A few players are going to slug each other until they all fall down. What’s happening with commodity olive oil is the margins are getting so small, even the big guys are not making much money. It’s a risky proposition.
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People are going up the curve. The problem is that in a lot of places in America, good olive oil is just not available. You can’t go to the store and buy it. Many consumers associate taste flaws with what olive oil really is. They are used to drinking it twisted and rancid.
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The buyers for major supermarket chains are selling tooth brushes one day, olive oil the next. They look for price. All the big name companies – Bertolli  and Filippo Berio – they order oil from anywhere and label it “packed in Italy.” But it’s no more Italian than I am. It’s the classic bottled in Italy. Bertolli is owned by the Spanish conglomerate Grupo Deoleo. Filippo Berio – is owned by a Chinese company. These companies are not truly Italian. They are not selling oil from Italian trees. But it’s being marketed as Italian. If the Greeks were selling enough oil and were selling to consumers who make a difference, this could be a banner year to make a difference. The fact is they are up against a labeling shell game. And few consumers can tell the difference. What’s in the bottle is anybody’s guess.
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Consumer education through food pairing and high-level chefs. In store demos where people are told how to taste olive oil and what to taste – that fruit juice thing. Most people don’t get it and won’t get it form the labels. They have to understand this doesn’t have to be an industrial fad. Great olive oil is a gourmet delight and a fresh fruit juice that really should be on par in quality with a great vintage of wine. People need to think in those kinds of terms: Diversity and not sameness, thousands of kinds of oils you can make. Every year it changes. A universe of olive oil on par with a universe of wine. Without consumer education, it won’t matter. As soon as consumers wake up and start demanding the good stuff, they will get it."
Não se aplica só ao azeite, não se aplica só à agricultura. Decomoditização é a grande prioridade. Fugir da concentração no custo para apostar na concentração no preço.


Trechos retirados de "How To Eliminate Fraud And Unlock Growth In The Olive Oil Industry"

O ponto de partida afecta a forma de ver o mundo

A histerese...
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O ponto de partida afecta a forma de ver o mundo ...
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Comparar "Shops to showrooms" e "A Trip Through Amazon’s First Physical Store" (quem vem do online para o retalho físico) com "Um templo de experiências" (o que pensa quem está no retalho físico).
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Como não recordar o caso da Intel... o que faríamos se não fôssemos donos desta empresa e estivéssemos do lado da concorrência? Despejando o efeito dos custos afundados, como é o mundo?

Outras competitividades

"As clusters mature, it becomes increasingly difficult for small players to remain competitive due to increasing volumes of production flow required for competitive efficiency. The corner lemonade stand is less efficient than a lemonade factory, as measured by the cost per gallon of lemonade produced. As efficiency-increasing innovations diffuse through a cluster, the production volume required for each participant to survive increases. The cluster only supports one or two participants with the lowest costs and highest mature volumes of minimum production due to scale and experience curve effects, assuming the addressable market’s unit volume is fixed. Smaller players literally get squeezed out. Figure 8.3 shows how cost efficiencies shrink the number of viable competitors in a stable-revenue cluster over time, as each seeks economies of scale. Only higher volume producers survive as learning curve effects raise the efficiency needed to compete. Investors aware of this experience curve effect should seek the most efficient operating firms, as measured by cost per unit of value delivered."
Este é modelo mental dominante. No entanto, as PME portuguesas são um exemplo vivo de uma realidade oposta. Nos últimos 15 anos a dimensão média das empresas diminui para se adaptar a competitividades não baseadas exclusivamente no preço.
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Há, para quem acompanha estas coisas há quase duas décadas, a visualização de uma evolução, de um eterno retorno... os grandes crescem, especializam-se e tornam-se muito eficientes e rígidos. Depois, quando o mundo muda... são os ratinhos que aproveitam não os dinossauros. A metáfora da Torre de Babel.


Trechos retirados de "The nature of value : how to invest in the adaptive economy" de  Nick Gogerty

domingo, março 13, 2016

Curiosidade do dia

A memória de André Macedo é penosamente frágil. Pequena que não use o INE ou o PORDATA:
"Nos anos 80 e início de 90 destruiu-se uma parte relevante da capacidade produtiva do país em nome da coesão europeia."

A evolução do calçado e do têxtil foi assim:


E foi a mesma em praticamente todos os sectores. Com a adesão à CEE Portugal era a china da Europa antes de haver China, empresas de todos os países da CEE deslocalizaram-se para Portugal.
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Houve nesta fase uma minoria de empresas prejudicadas, as que pertenciam à nossa nata, ou fecharam ou vocacionaram-se para o preço.
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André Macedo deve estar a fazer confusão com as pescas e a agricultura e mesmo aí, será que achava que poderíamos manter os 28,6% da população activa empregada no sector primário como em 1980?
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Dupla precaução em relação a este senhor.


Trecho retirado de "Livres?"


Vantagens da falta de dinheiro

Ler "Galvanized":
"Often, our best work happens when we're in a situation we wouldn't have chosen for ourselves. The hard part is choosing to be in that sort of situation in the first place, the uncomfortable one where we have no choice but to do better work.
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Find a galvanizer if you can. If you care."
E recordar Zaratustra e Nietzsche... são as dificuldades que moldam o nosso carácter para chegar mais além.
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A falta de dinheiro foi o que salvou a indústria em Portugal. Quem não tem dinheiro teve de apostar na paciência estratégica.
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Oh! Esquecia-me... é politicamente incorrecto falar em sair da zona de conforto para a legião dos que optam pela gratificação imediata.

Um exemplo que gostava de estudar


É a metáfora com que fico na cabeça depois de ter lido "Manuel Azevedo trocou a reforma por uma fábrica de meias".
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Tem tudo para dar mal, com base no meu modelo mental, (mal não quer dizer necessariamente prejuízo, antes ineficiências, antes curva de Stobachoff com uma forma reveladora) a não ser que produzir meias tenha máquinas dedicadas e seja uma produção muito automatizada, onde seja fácil de aplicar o PWP de Skinner. No entanto, parece que dá bem!!!
"O objetivo é ganhar balanço para calçar cada vez mais pés com uma oferta diversificada, da meia básica ao segmento funcional e técnico.
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É um negócio construído sem marca própria, a vender para outras empresas, simplesmente porque impor uma insígnia “custa muito dinheiro e exige tempo.
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Um dos projetos futuros é começar a trabalhar a MFA como marca, mas sem investimentos em marketing.
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Para avançar mais rapidamente, a MFA tem um projeto de investigação e desenvolvimento a decorrer em parceria com o Citeve — Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal para uma solução técnica a patentear que ainda está no segredo dos deuses.
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A trabalhar para captar clientes que tinham deslocalizado encomendas para a Ásia e estão, agora, a regressar à Europa,[Moi ici: Mais um exemplo do regresso do mundo 1] a MFA está pronta a seguir as indicações de quem compra, mas também oferece o desenvolvimento do produto, desde a prototipagem às embalagens.
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No seu portefólio de soluções funcionais cabem componentes antibacterianas, antifricção, antiestáticas, de regulação térmica, de gestão de suor e de compressão, entre outras.
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No mercado, a diversidade de uma oferta à medida de todos os pés reflete-se na amplitude da escala de preços de venda ao público “entre os €4/10 pares e os €60/par”. Na fábrica, um dos indicadores é o tempo de produção: a MFA tricota umas meias em 40 segundos e outras em sete minutos."
Ora aqui está um exemplo que gostava de estudar. Conseguem ganhar dinheiro com todos os quatro mundos?


Valor, contexto e interacção

"Four fairly new insights are challenging our traditional beliefs:
1. Value creation happens at the point of use, not the point of production;
2. Mass solutions are not as competitive as contextual solutions;
3. Transactions are replaced by interactions because contextual value creation cannot take place without interaction;
4. Open networks and reach and richness of networking are more valuable than control of proprietary assets."
Não são novidades aqui no blogue.
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O ponto 4, em sintonia com "Uma evolução interessante", vem suportar o que penso: o avanço dos restaurantes não é por causa do controlo, é por causa da autenticidade.
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Trechos retirados de "Work and the games we play"

Por isso, gostava de saber o porquê

Mais uma semana, mais um artigo no Público, "Prejuízos diários dos suinicultores “são insuportáveis”", sobre a suinicultura e continuamos sem resposta ao mistério dos preços espanhóis.
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Por que é que os compradores grandes em Portugal preferem porcos espanhóis mais caros? (Recordar "Os compradores portugueses são burros?")
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Atenção, eu acredito na racionalidade dos compradores portugueses e defendo, mesmo no B2B, que o preço não é tudo. Por isso, gostava de saber o porquê.

sábado, março 12, 2016

Curiosidade do dia

Esta caldeirada de desequilíbrios "Beef-Mad Argentina Preparing for Unthinkable as Meat Costs Soar" foi criada e alimentada por mais de uma década de socialismo intervencionista. Os engenheiros sociais que não sabem gerir a sua vida mas acreditam que estão predestinados para criar amanhãs que cantam, sociedades novas com Homens Novos.
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No nosso país esta situação "Portugal vai propor à UE quotas de produção para o leite e carne de porco" também é fruto do mesmo tipo de activismo político que resulta de pensar que um grupo restrito de bem intencionados consegue cyberSynar a economia real. 

Tolos!

Um optimista sem ser cor de rosa (parte II)

Acerca do regresso do mundo 1 referido na parte I:
Acho eloquente este exemplo que o @nticomuna referiu no Twitter "Águeda atrai investimento asiático no setor das duas rodas":
"O presidente da Fritz Jou Manufacturing, empresa de Taiwan dedicada ao fabrico de bicicletas de gama média alta, anunciou na terça-feira em Taipé que a empresa deverá abrir uma nova fábrica em Águeda até ao final do ano.
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Vamos produzir onde está o mercado, reduzir tempos e melhorar a nossa flexibilidade. Esse é o nosso objetivo final”, disse Fritz Jou Jou, presidente da companhia.
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Em Taipé foi anunciado que a nova fábrica da Fritz Jou Manufacturing terá uma capacidade de 250 mil unidades por ano, esperando a empresa estar a laborar em Águeda ainda este ano.
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Notícias numa publicação da especialidade, ainda não confirmadas por aquele “gigante” do setor, dão conta de que a Cronus Bikes quer fazer uma nova fábrica em Portugal, precisamente em Águeda, com capacidade para 600 mil unidades por ano."



Cuidados!!!


Esta figura, retirada de "Creating a Strategy That Works" tem tudo a ver com as mudanças em curso referidas em "Um optimista sem ser cor de rosa".
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Cuidado com o crescer por crescer sem uma identidade. Como é que uma PME não pode ter dificuldade nisto quando as "volvo" não o conseguiram fazer apesar de tantos consultores e dinheiro e cursos superiores?
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Cuidado com o tentar ser bom a tudo, ser um Bruce Jenner... os salami slicers ficam com os trunfos todos.
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Cuidado com o market driven que leva à construção de tectos de vidro, é preferível ser market driving.
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E a sua empresa, que cuidados deve ter? A sua estratégia é clara? A sua identidade está definida? Como vai resistir aos salami slicers?
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Podemos ajudar?

Um optimista sem ser cor de rosa

Uma parte importante do meu trabalho inicial de facilitador de reflexões estratégicas em PME passa pela identificação dos clientes-alvo.
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Há dias usei pela primeira vez uma terminologia que funcionou bastante bem, a dos mundos. Uma PME pode servir quatro mundos:
O mundo 1 é o mundo do Normalistão, o que resta do século XX e do mercado de massas. É um mercado apetecível mas onde a China tem os trunfos todos.
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O mundo 3 é o mundo a evitar a todo o custo, encomendas pequenas e margens pequenas têm tudo para fazerem parte da zona assinalada na figura que se segue, têm tudo para serem destruidoras de valor (recordar a curva de Stobachoff nos marcadores):
Um segredo, quando chego a uma PME, 25 a 30% dos clientes fazem parte deste mundo!!!
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O mundo 2 é o mundo das margens boas conjugadas com as séries maiores, são uma raridade e devem ser tratadas como um tesouro embora dificilmente sustentem uma empresa.
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O mundo 4 é o mundo onde quase sempre a reflexão estratégica acaba por nos levar, onde é que uma PME portuguesa pode competir no mercado internacional? Séries pequenas e margens grandes!!!
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Esta notícia "Ministro das Finanças chinês diz que subida dos salários “é insustentável”" vem dar suporte a uma tendência que comecei a notar no calçado e no têxtil no último trimestre: o mundo 1 está a voltar a Portugal para seduzir fábricas. Espero que os empresários aproveitem as lições de Skinner (recordar nos marcadores, sobretudo "The Focused Factory")
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Outra novidade. O que é que se escreve aqui no blogue?
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Estamos a caminho de ... Mongo, do Estranhistão!
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As empresas grandes, ao tentarem ajustar-se ao Estranhistão vão procurar produtores perto e com experiência de pequenas/médias séries e não muito caros (porque a sua marca não é luxo das pequenas séries) ... as fábricas do centro da Europa estão prontas para esse desafio? Têm custos? Têm ADN? Têm máquinas? Têm flexibilidade? Nope!!! (ADENDA: O reshoring da Ásia começou pela falta de rapidez e flexibilidade e agora já vai no preço. Entretanto, as empresas do mundo 1 que produzem na Europa não estão preparadas para o Estranhistão das pequenas séries e do trabalho manual, não têm os artesãos à la Hermés nem as margens para lhes pagar)
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Estão a ver o paralelismo com a agricultura de joalharia vs o Mar del Plastico?
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Sim, híbridos entre o mundo 4 e o mundo 2 a caminho, também.
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O cor de rosa do título não é político é de ingénuo

Exportações e jornalismo em Portugal

Quanto é que as exportações de mercadorias portuguesas cresceram em 2014 face a 2013?
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1,6%
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Quanto é que as exportações de mercadorias portuguesas cresceram em 2015 face a 2014?
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3,6%
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Como foi o desempenho das exportações de mercadorias portuguesas em Janeiro de 2015?
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Caíram 1,8%!!! (Agora que os números foram revistos sabemos que foi -3,4%)
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O que é que eu escrevi em Março de 2015? Fácil, "Boas Notícias?". A minha previsão acabou por se concretizar, 2015 foi melhor que 2014 em termos de exportações. BTW, reparem no que escrevia o Jornal de Negócios em Março de 2015, reparem no título "Exportações arrancam ano com queda de 1,8%". Sim, era o governo do "pafioso" Passo Coelho e tudo servia para os jornalistas, na oposição, carregarem de chumbo os tons das exportações. Recordar "Um outro olhar sobre os números das exportações"
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Façamos a comparação com os números ontem publicados.
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Como foi o desempenho das exportações de mercadorias portuguesas em Janeiro de 2016?
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Caíram 1,5%!!!
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O que escreve o Jornal de Negócios em Março de 2016? Reparem no título "Exportações aumentaram 0,7%, balança comercial melhora". Repararam na duplicidade de critérios dos jornalistas? Agora que fazem parte da situação fazem tudo para branquear o cenário da geringonça. Usando o mesmo critério em 2015 o título teria sido "Exportações aumentaram 0,9%". Quem não conhecer os jornalistas tugas que os compre.
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Entretanto, o que tenho a dizer dos números das exportações de Janeiro de 2016? Primeiro, convido a reler o que escrevi no texto de 2015 porque vou manter o mesmo critério. Não mudo de critério só porque mudam os inquilinos do governo.
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Confesso que estava com medo dos números das exportações por causa de África mas depois de os analisar fiquei optimista.
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Quanto caíram as exportações homólogas de Janeiro? 56 milhões de euros.
Só em automóveis, em combustíveis e ferro fundido caíram 148 milhões de euros (tudo commodities, tudo produtos de preço), o que quer dizer que naquilo que depende da gestão portuguesa e do seu esforço, as exportações continuam a subir e muito!!!
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Impressionante o desempenho da metalurgia e metalomecânica (sem contar com os automóveis) que  cresceu 29 milhões de euros!!!
Os bens de consumo cresceram 31 milhões de euros!!!
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Num outro tipo de leitura podemos concluir:

  • máquinas, reactores e material ferroviário cresceu 32 milhões de euros;
  • borrachas e plásticos cresceram 31 milhões de euros;
  • têxtil e vestuário cresceu 20 milhões de euros;
  • mobiliário cresceu 18 milhões de euros;
  • produtos farmacêuticos cresceram 16 milhões de euros;
  • calçado cresceu 310 mil euros.
Por isso, continuo optimista, apesar do emprego (IEFP) não estar a reagir.

BTW, por países, as exportações para África + Brasil + China caíram cerca de 137 milhões de euros. Ou seja, não estamos a perder quota de mercado nesses países, o mercado nesses países é que está a encolher.

sexta-feira, março 11, 2016

Curiosidade do dia

Como é que isto, "Ministro da Economia apela aos portugueses para não abastecerem em Espanha", qualifica alguém  para o cargo de ministro da Economia?
"O ministro da Economia apelou esta sexta-feira, 11 de Março, aos portugueses para que não abasteçam os carros em Espanha. A decisão, defende Manuel Caldeira Cabral, prejudica Portugal em detrimento do país vizinho."
Há que ter dupla precaução para com quem usa a catequese laica em detrimento de alguma racionalidade como critério para a tomada de decisões económicas.

Aprenda a duvidar dos media (parte XXVI)

O que aconteceu às previsões dos comentadores encartados da nossa praça acerca da evolução da economia e da austeridade expansionista?
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Como explicar o festival de tolices que é retratado na série "Aprenda a duvidar dos media" já com 25 partes.
"Most people distrust us and have stopped buying our products. Populists in particular, from Marine Le Pen to Donald Trump, make a living out of insulting us.
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Worse, they have a point.
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In today’s populist moment, the media — like every establishment group — need to change. Journalists should spread into the provinces and listen to ordinary people.
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National media have probably always over-covered the metropolis. When I began reading British newspapers as a teenager in London, I assumed I was reading local London editions, because almost all the news was about London (north of the river). The first time I went somewhere else in Britain and bought a national newspaper, I realised: it is a London paper. It’s just called a national newspaper.
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The obvious solution is to station more journalists “out there”. That would save reporters the bother of dashing around the metropolis covering what the historian Daniel Boorstin called “manufactured pseudo-events”, such as lying press conferences that, anyway, are now streamed online. It would end the absurdity of having the American commentariat take the nation’s pulse from Brooklyn. It would show people “out there” that the media know they exist.
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Sending educated young people to the countryside may sound like a Maoist re-education campaign but the media need a shake-up. Just 43 per cent of Europeans now trust the written press, reports the European Commission."
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Trechos retirados de "Journalists need to get out more"

Uma evolução interessante

Uma evolução interessante "Why This New York Restaurant Chain Is Buying Its Own Farm".
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Quantos produtores agrícolas nacionais podem antecipar esta evolução e tomarem a iniciativa de propor este tipo de relação a restaurantes do segmento premium?
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Claro que teriam de deixar de pensar que vendem hortaliças e legumes... pois, Ariely.
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Qual teria de ser o JTBD?
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Qual teria de ser a proposta de valor?

"how people want to feel"

"Instead of thinking about what you want to sell, consider how you want people to feel. [Moi ici: Ou melhor ainda, IMHO, consider how people want to feel] Even dull computer chips can be seem sexier when sold not on processing speed but on the experiences they enable for people. Ask yourself, “What business are we really in?” You may be running a restaurant, but are you helping people bond as a community? You may be selling an insurance solution, but are you creating the next office hero? The more emotional your appeal, the more persuasive it is likely to be.
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Ariely also presented evidence that environment matters, more than we think.
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Companies can tap into the power of environment to build their brands. Small details of the experience - including smells and sounds in a retail store, or colors and creative messages online - can be designed to express and deliver on brand attributes and values.
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Great brands avoid selling products - they know it’s far more effective to seduce people through emotion, engagement, and experience than to push products on them."
Confesso que muitas vezes sinto falta disto ao auditar a área de marketing das empresas. Muita "comunicação à engenheiro", sobre o produto, sobre as especificações, sobre a empresa e, pouca sobre "how people want to feel"

Trechos retirados de "To Win Customers, Stop Selling And Start Seducing"

O exemplo do têxtil

Depois de quase uma década de crescimento e de exemplos positivos no calçado, estamos a ver cada vez mais exemplos do mesmo tipo e com mais frequência no têxtil e vestuário. Por exemplo, "Fábrica de Guimarães tece nova produção".
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Agora, em vez do tradicional choradinho e postura de coitadinho, sempre em busca de protecção dos políticos, um discurso novo e inteligente com muito mais locus de controlo interno:
"Aposta passa, cada vez mais, por produtos de valor acrescentado.
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Para atingir estas metas, a  Trimalhas está a apostar em produtos de valor acrescentado, que vende a marcas, por exemplo, da Inditex, entre outras, sobretudo na Europa. "O importante é a margem. Entre fazer um produto básico, com uma margem de 16 ou 17%, e outro em que ganho 40%, ninguém discute qual é que faz mais sentido""
Como não relacionar este trecho:
"Capacidade de adaptação ao que os mercados querem, com o investimento na produção. A Trimalhas avançou até para a compra de máquinas antigas, porque trabalhavam uma malha que voltou a estar na moda."
Com estes exemplos:



quinta-feira, março 10, 2016

Curiosidade do dia

São tantas as cambalhotas que já se torna penoso e causador de vergonha alheia comentar Krugman.
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Que dizer de mais esta "Krugman Then and Now on Trade"?
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Será que há uma corrente que acredita que a única forma de salvar a economia americana das consequências da ascensão de Wall Street sobre a Main Street é fechar as importações?
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A crença gringa na competição pelo preço, e consequente aposta na produção na Ásia, não permitiu a evolução feita pelos alemães e em Portugal em sectores como o mobiliário, o calçado, o têxtil e vestuário, a desindustrialização foi massiva e não restou massa crítica para recuperar os clusters.

Acerca da evolução do retalho

O pensamento gringo, como simplifica com propriedade o @nticomuna, o pensamento gringo só conhece o factor preço, por isso, só se concentra no corte dos custos.
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Quem se concentra nos custos entra numa espiral que o afasta da experiência, da surpresa, da emoção. Depois, temos isto: "STARBUCKS CEO: We're witnessing a 'seismic change' in retail".
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Lembro-me de entrar numa loja da Papelaria Fernandes e murmurar "Surpreendam-me!" e sair frustrado de mãos vazias. Agora, acontece-me o mesmo com a FNAC.
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E volto ao templo das experiências.

Aprenda a duvidar dos media (parte XXV)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XIIparte XIIIparte XIVparte XVparte XVIparte XVIIparte XVIIIparte XIXparte XXparte XXIparte XXIIparte XXIII e parte XXIV.
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Sempre que os media passam o comentário de alguém, um leitor pode partir do princípio que houve algum tipo de mediação, que os jornalistas fazem uma triagem e não passam lixo.
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Uma parte importante dos habitantes do Luxemburgo é de origem portuguesa. Quando se compara a produtividade luxemburguesa com a produtividade portuguesa constata-se que a segunda é quase 1/3 da primeira. Como é que é possível que trabalhadores portugueses com pouca escolaridade tenham uma produtividade tão elevada?
Recordar ao vivo e a cores o episódio aqui.


"conduzem mais do que são conduzidas"

"Elite athletes use visualization techniques to prepare for games, and the evidence shows they improve their focus and help them perform better.
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It turns out we could all benefit from doing something similar,
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If we run through events ... in our head before we take them on, we’re better prepared and more able to react to the unexpected,
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Creating mental models “primes our brain to be able to pay attention to the right things,”
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“If you want to do a better job of paying attention to what really matters, ” Duhigg wrote, “narrate your life as it’s occurring.”"
Juro que é isto que sinto que acontece, quando uma empresa constrói e interioriza um mapa da estratégia e as cascatas de escolhas, de renúncias e de prioridades. As pessoas concentram-se, estão mais atentas e "conduzem mais do que são conduzidas"

Trechos retirados de "Here’s a technique the most productive people use to stay focused"

Falta de alinhamento?

Ontem à tarde tive oportunidade de ler "Value cocreation in service interactions: Dimensions and antecedents" onde se pode ler:
"Proposition 1: Communication frequency positively influences value cocreation.
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Proposition 2: Bidirectional communication positively influences value cocreation.
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Proposition 3: Communication content relevance positively influences value cocreation.
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Proposition 4: Interpersonal trust between customers and employees positively influences value cocreation.
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Proposition 5: Commitment between customers and employees positively influences value cocreation.
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Proposition 6: A connection between customers and employees positively influences value cocreation.
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Proposition 7: Information seeking positively influences value cocreation.
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Proposition 8: Information sharing positively influences value cocreation.
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Proposition 9: Feedback positively influences value cocreation."
À noite, ia caindo da cadeira quando li "MEET HILTON HOTELS' ROBOT RECEPTIONIST".
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Ao escrever no Google "Hilton hotels", o Google sugeriu-me logo "hilton hotels brand differentiation through customer relationship management"... por que é que fui ao Google? Para confirmar o posicionamento da cadeia Hilton Hotels.
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Sorri quando vi este CRM:

Agora voltemos ao robot recepcionista:
"Connie the robot, named after the hotel chain’s founder Conrad Hilton, is able to greet guests upon arrival and answer questions about hotel amenities, services and hours of operation. It is also able to use Watson’s application program interface (API) to suggest local attractions.
...
“Watson helps Connie understand and respond naturally to the needs and interests of Hilton’s guests—which is an experience that’s particularly powerful in a hospitality setting, where it can lead to deeper guest engagement.”
...
It is not the first time a robot has been employed as a hotel receptionist. Last year, a hotel staffed entirely by robots was opened near Nagasaki, Japan, in the hope that employing “actroid androids” - robots that mimic humans - would be able to significantly reduce costs.[Moi ici: IMHO não faz sentido. Algo que pertence ao mundo do low-cost não alinha coerentemente com o tal CRM da figura. Clientes querem pessoas... e volto às proposições lá de cima sobre a co-criação]
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[Moi ici: A frase que se segue é tão LOL! Isto é a mentalidade gringa no seu pior!!! Então os clientes da cadeia Hilton preferem interacção com robot a interacção com humanos?!?!]“We’re focussed on reimagining the entire travel experience to make it smarter, easier and more enjoyable for guests,” said Jonathan Wilson, vice president of product innovation and brand services at Hilton."


quarta-feira, março 09, 2016

Curiosidade do dia

Sem novidade: ""Lisboa, temos um problema". Portugal pode estar a caminho de um terceiro resgate, diz WSJ".
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Recuando a Outubro de 2015 e a:
Recordar também isto.

Não é um sprint é uma ultramaratona

Recordando os factores de sucesso para uma estratégia de luxo ao ler:
"O presunto mais caro do mundo – um pata negra com uma edição muito limitada
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por ano apenas 80 exemplares chegam ao mercado e são todos vendidos ao domicílio e através da internet"
 Pensei logo em:
"Volume and market share must remain within strict limits: Observing volume and market share limits - especially if limited editions have been promised - is a must in the luxury goods market. Companies have to resist the temptation to go for a “bigger” volume or market share, no matter how attractive this may seem in the short term."
Pelo título "Presunto mais caro do mundo está a 45 minutos da fronteira" fico com a ideia de que pensam: se é feito tão perto, cá também se pode fazer o mesmo. Recordar o que escrevi recentemente sobre o vinho espanhol. Para ter um artigo de luxo não basta ter um produto, é preciso ter uma mística, uma estória, um sentimento, voltando a Hermann Simon:
"The primary factor in price setting is the customers’ willingness to pay: Willingness to pay is decisive, while variable costs play a relatively smaller role"
Ou seja, não é um sprint é uma ultramaratona.