"Our thesis is you have to invest in a product to have a chance at the digital media business. [Netflix chief executive] Reed Hastings believes that. What is striking to me is how few people [in news] have tried this. A lot of people are just trying to keep things from falling away.” The New York Times on Tuesday cut 68 jobs, largely in advertising, sparing the newsroom..‘The industry was so flush’Industry executives admit that the news business responded disastrously to the advent of the internet. Premium content was given away for free, while the publisher’s role between reader and advertiser was left wide open for others to intermediate, or replace..“We were extraordinarily naive, because the industry was so flush,” says Terry Egger, a veteran of the news business who recently retired as publisher of the Philadelphia Inquirer. “In the mid-1990s, there was so much profit . . . the internet was a novelty not taken seriously....The question is how far the subscriber model will stretch and whether it could ever replace the income from advertising. “Subscription revenue is more sustainable, it is recurrent, it has a lot of advantages,” says Kristin Skogen Lund, chief executive of Schibsted, the biggest publisher in Scandinavia, the region with the world’s highest density of news subscriptions. “The problem . . . is that the revenue base is simply not large enough. You would need to charge so much for a subscription to sustain the entire cost of running a media site.”
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sábado, junho 27, 2020
Um provinciano muito à frente
No FT, edição americana, de ontem podia ler-se "Coronavirus rips a hole in newspapers’ business models":
Recordar "O futuro do jornalismo" (Dezembro de 2017) e "Uma novela sobre Mongo (parte XV)" (Janeiro de 2017)
sexta-feira, outubro 19, 2018
Organizem-se!
Adultos, perante os mesmos factos, chegam a diferentes conclusões!
"Número de milionários em Portugal dispara" versus "Há menos milionários em Portugal mas riqueza média está a aumentar"
Organizem-se!
terça-feira, dezembro 26, 2017
O futuro do jornalismo
Há anos que escrevo aqui sobre a reacção dos media à internet. Perante a "invasão chinesa" da internet, que seduziu os clientes overserved, os media tiveram a resposta instintiva de irem atrás dos clientes que perderam, pensando que era uma questão de preço (daí terem sido inundados de estagiários e recibos verdes). Ao fazerem-no perderam aqueles que poderiam ter continuado como clientes, os underserved, aqueles que estariam dispostos a pagar mais, (sim, o burro era eu), por algo que não implicasse vergonhas deste tipo:
Um sintoma de que há mercado para servir clientes underserved?Uma vergonha que não honra o legado de Emídio Rangel https://t.co/5LyxSGhPru— Carlos Vaz Marques (@cvazmarques) December 21, 2017
Tem-se temido muito pelo futuro da informação mas todos os dados que temos e experiências que vão sendo feitas nos dizem que o futuro do jornalismo está em fazer jornalismo. https://t.co/iEMbOcR5Jm— Paulo Ferreira (@pauloferreira1) December 23, 2017
- Tendências para a evolução dos media (Agosto de 2017)
- Jornalismo com futuro (Maio de 2017)
- Uma novela sobre Mongo (parte XV) (Janeiro de 2017)
- Estratégias ajustadas e desajustadas (Janeiro de 2017)
- Um exemplo a seguir com atenção (parte III) (Junho de 2016)
- "o incumbente não se define e pensa que é só uma questão de preços" (Novembro de 2014)
- Sonho? Tomo a nuvem por Juno? Ou será o jornalismo do Estranhistão? (Novembro de 2013)
domingo, agosto 27, 2017
Tendências para a evolução dos media
Trechos retirados de "Future files : 5 trends that will shape the next 50 years" de Richard Watson.
"an increased demand for snack-sized formats and content available in a variety of sizes or lengths. Equally, the old model of edit first and publish second will be reversed, with content being published first and edited second (filtered by the audience). Long copy and rigorous analysis will become a specialist demand available on a pay-per-view basis, with journalists being compensated the same way. [Moi ici: Em linha com o que sempre escrevemos aqui, em vez de competir pelo pelo preço e tentar chegar a milhões, optar por trabalhar para nichos ou tribos underserved] Conversely, people will seek out quality content (judged, increasingly, by external links) regardless of format, length or even language. All of this will also create a high demand for quality search, editing and “sifting” of information and entertainment.
...
Users will shift media to suit their particular requirements. For example, video on demand (or mobile video) will alter the way people watch television, much in the same way that podcasting has already changed the way people listen to radio. Both put the audience squarely in charge of programming. In the future, people will watch, read and listen to what they want, when they want, on any device they want, and content will be designed, edited and personalized for specific physical locations and situations.
...
What are people paying for? The answer is scarcity. If the cost of creating and distributing digital content becomes practically zero, content will be ubiquitous and largely valueless as a result. Personalization and particularly physicalization (e.g. live events and experiences) will, on the other hand, be highly sought after. We will watch movies at home but we will pay more to experience them with other people in a cinema. Add to this a general flight to quality and media such as the best newspapers, magazines, television and radio could do very well in the future.
...
In the future, it will be easier than ever to turn on, tune in and drop out, because while mainstream media channels and events will continue to exist, so too will a plethora of micromedia appealing to every conceivable interest, belief, prejudice and opinion. The top-down model, whereby media owners hold the attention of millions and then sell that attention to other people such as advertisers, is being replaced by companies and individuals who attract the fleeting attention of large, promiscuous audiences and by niche operators who capture the hearts and minds of very tiny audiences.
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In other words, the media universe is becoming polarized between very large and very small players. Moreover, the content produced by these totally different types of media organization will also be at two extremes, with the larger companies clustering around proven formulae and the smaller operators pushing the boundaries with original ideas. Both will obviously aim to appeal to as large an audience as possible, but only one will be able to survive when the audience is tiny. Equally, anyone stupid or unlucky enough to get caught in the middle will be history."
segunda-feira, junho 26, 2017
Juntar as peças
Há umas pessoas que defendiam défices mais elevados ao mesmo tempo que defendiam níveis de dívida mais baixos sem perceberem a contradição. Lembro-me do grande Ortega y Gasset falar dos que lançam ideias sem a capacidade de idear, quando deparo com textos escritos por quem não tem capacidade de reflectir nas incoerências que transmite.
Ontem passei-me quando confrontei o título deste artigo, "Falta mão de obra ao líder das exportações nacionais", com uma boa parte do seu conteúdo:
Como é que é a curva da oferta e da procura?
Se o sector está a bombar, se a procura por mão-de-obra está a crescer e se a oferta de mão-de-obra é insuficiente... o que manda é o mercado, de nada adianta estar preocupado com o salário mínimo.
Ontem passei-me quando confrontei o título deste artigo, "Falta mão de obra ao líder das exportações nacionais", com uma boa parte do seu conteúdo:
"o setor metalúrgico assume-se como o grande setor da economia portuguesa. Entre os maiores problemas está a falta de mão-de-obra qualificada.E segue-se um trecho extenso sobre a falta de mão-de-obra no sector:
...
Por falar em estabilidade, o que pensa o presidente dos metalúrgicos sobre a subida do salário mínimo?
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Terá reflexos na indústria? Aníbal Campos sublinha que “as pequenas e médias empresas são afetadas pela subida do salário mínimo, mas há também empresas estrangeiras que estão em Portugal e que vão ser afetadas”. Sobretudo se a comparação for feita “com o que se passa na antiga cortina de ferro que tem salários muito mais baixos”. Ainda assim o presidente da principal associação do setor refere que está “à vontade” porque para além da sua empresa Silampos “não praticar salários mínimos”, também na AIMMAP, desde que está à frente da associação, “o salário do setor sempre foi superior ao mínimo nacional”. Uma regalia que, adianta, é dada “em troca de outras condições, como são a flexibilidade e o banco de horas”.
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“Andamos sempre à frente do salário mínimo, mas esta subida é considerável não podemos ir à frente”. E deixa o alerta: “Se não houver bom senso isto vai ter consequências para a economia”."
"“O setor não tem número de formandos necessários e isto é uma tragédia e com a taxa de desemprego a baixar, este é um problema que se vai agudizar”, sublinha."E a jornalista não juntou as peças?
Como é que é a curva da oferta e da procura?
Se o sector está a bombar, se a procura por mão-de-obra está a crescer e se a oferta de mão-de-obra é insuficiente... o que manda é o mercado, de nada adianta estar preocupado com o salário mínimo.
sábado, maio 13, 2017
Jornalismo com futuro
Ao longo dos anos escrevo aqui acerca da erosão e decadência do modelo económico dos jornalismo pago pela publicidade:
Acredito que o jornalismo regressará baseado num novo modelo de negócio baseado na subscrição paga e no serviço aos clientes underserved. E foi o que encontrei ao ler "The Local News Business Model":
"In short, the business model [Moi ici: Baseado na publicidade, apelando à maior audiência possível] drove the content, just as it drove every other piece of the business. It follows, though, that if the content bundle no longer makes sense — which it doesn’t in the slightest — that the business model probably doesn’t make sense either. This is the problem with newspapers: every aspect of their operations, from costs to content, is optimized for a business model that is obsolete. To put it another way, an obsolete business model means an obsolete business. There is nothing to be saved.O artigo continua e reforça a necessidade de uma forte disciplina de corte:
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It is very important to clearly define what a subscriptions means. First, it’s not a donation: it is asking a customer to pay money for a product. What, then, is the product? It is not, in fact, any one article (a point that is missed by the misguided focus on micro-transactions). Rather, a subscriber is paying for the regular delivery of well-defined value.
...
This last point is at the crux of why many ad-based newspapers will find it all but impossible to switch to a real subscription business model. When asking people to pay, quality matters far more than quantity, and the ratio matters: a publication with 1 valuable article a day about a well-defined topic will more easily earn subscriptions than one with 3 valuable articles and 20 worthless ones covering a variety of subjects. Yet all too many local newspapers, built for an ad-based business model that calls for daily content to wrap around ads, spend their limited resources churning out daily filler even though those ads no longer exist."
"It’s also worth noting what a subscription business model does not — must not — include:
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Content that is widely available elsewhere. That means no national or international news (except what has a local impact, and even that is questionable), no non-local business content, no lifestyle section.
Non-journalistic costs centers.
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This is perhaps the easiest change to make, and the hardest for newspaper advocates to accept. A subscription business is just that: a business that must, through its content, earn ongoing revenue from customers. That means understanding what those customers want, and what they don’t. It means focusing on the user experience, and the content mix. And it means selling by every member of the organization."
quarta-feira, fevereiro 08, 2017
"the rebound in the paid-for model"
Recordar o que aqui se tem escrito acerca do futuro do jornalismo:
- Jornais, futuro e modelo de negócio (Abril de 2015)
- Um exemplo a seguir com atenção (Junho de 2016)
- Estratégias ajustadas e desajustadas (Janeiro de 2017)
"There are solid indications that more people are willing to pay for news. This is reason for prudent optimism when contemplating the future — but a clarification is required before going further: this applies to genuine value-added/original news produced by newsrooms, not to ersatz, largely recycled, superficial commodity information. [Moi ici: Recordar a comoditização via Lusa, por exemplo] Big difference. The former is inherently expensive and difficult to streamline. The latter is cheap to produce at scale and some players in this category will continue to thrive in distributed content ecosystems, mostly on video.[Moi ici: Paulo, your point]Trechos retirados de "Quality news shifts to a paid-for model. And that’s good thing. But…"
...
This should be a cause for celebration. But it order to consolidate this shift, news organizations— especially legacy ones — need to undergo substantial transformation in the way they treat their clients.
...
All of the above makes me believe — to my utmost regret — that traditional publishers might not take advantage of the rebound in the paid-for model."
sábado, janeiro 21, 2017
Uma novela sobre Mongo (parte XV)
Parte I, parte II, parte III, parte IV, parte V, parte VI, parte VII, parte VIII, parte IX, parte X, parte XI, parte XII, parte XIII e parte XIV.
Trechos retirados de "The Great Fragmentation : why the future of business is small" de Steve Sammartino
"Media then/media now.Como não recordar o que escrevo aqui há milhões de anos sobre as alternativas positivas para o futuro do jornalismo... e não passam pelo low-cost.
The main job of the media used to be about delivering content to its audience: filling the schedule for each channel, and matching the day parts of programming with the demographic profile. Whoever had the best content won the audience. Today the most important job of major media players is to provide a platform that enables the creation of content by us that we really want to see, hear and engage with, not the average stuff that was forced down our throats over the second half of the twentieth century.
...
All of the new-media darlings are providing publishing platforms for fragmented and niche media content.
...
How to live in niche land.
Even if we can’t own a platform, the play is still pretty clear: we have to provide niche content or curate the madness of the content deluge.
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The reason platforms have become so successful is because the evolution of the media has told us that people don’t have average interests. For example, when we go to the general store, we don’t buy general items, we buy specific items. When we engage with media, we’re not interested in general content, but specific content. And the breadth of what we want knows no boundaries.[Moi ici: Parágrafo dedicado ao @joaops e ao @CascataNC]
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Because there’s so much content, we need both content creators and content curators: those who make it and those who sort it. It’s something brands need to pay more attention to. While some brands are prepared to invest the long leads and compound effort to build a platform or channel of their own — such as Red Bull media — others lack the foresight, patience and willingness to invest the required resources. A valid angle of attack is to become the curator of all things good in a category, or the expert of the über niche. While it may seem like something of a sideshow, it can be both brandbuilding and profitable."
"Os jornais e os media tradicionais em geral, acossados pelos "chineses" da internet, responderam de forma errada querendo actuar como disruptores quando deviam ter apostado na diferenciação para servir os clientes underserved que continuariam a comprar jornais com melhores conteúdos."
Trechos retirados de "The Great Fragmentation : why the future of business is small" de Steve Sammartino
domingo, dezembro 04, 2016
Os capachos
Li o artigo "Cofres cheios engordam 41%, o ritmo mais alto desde a troika" e fui ver o nome do autor, Luís Reis Ribeiro.
Mas este mesmo tipo não se insurgia, e bem digo eu, contra a ideia dos cofres cheios de Maria Luís e, agora, usa-a ele próprio?
Basta pesquisar e recuar a Março de 2015 para encontrar do mesmo autor ""Cofres cheios" da ministra têm mais de 17 mil milhões de euros". Reparem como em 2015 cofres cheios estavam entre aspas. Reparem agora sobre o que se escrevia em 2015:
Mas este mesmo tipo não se insurgia, e bem digo eu, contra a ideia dos cofres cheios de Maria Luís e, agora, usa-a ele próprio?
Basta pesquisar e recuar a Março de 2015 para encontrar do mesmo autor ""Cofres cheios" da ministra têm mais de 17 mil milhões de euros". Reparem como em 2015 cofres cheios estavam entre aspas. Reparem agora sobre o que se escrevia em 2015:
"O nível de numerário e depósitos do setor público nunca foi, de facto, tão alto, segundo dados do Banco de Portugal. O problema é que tem de se pagar juros por estes recursos.Basta ler este artigo de 2015 para deixar de perceber o título de 2016 e a narrativa nele incluída
...
Mas este dinheiro é dívida. Não é um excedente gerado pelo bom desempenho orçamental deste governo, mas antes pelas sucessivas idas aos mercados para contrair mais empréstimos."
quinta-feira, junho 23, 2016
"So, dear politicians, please think first before you act"
Sempre que o mundo económico muda, os prejudicados aproximam-se do governo de turno com a mão estendida em busca de um apoio, de um subsídio, de uma protecção. E, quase sempre, o governo de turno resolve atrasar a mudança diminuindo os incentivos à transformação por parte dos coitadinhos dos prejudicados:
Trechos retirados de "Who says paper is dead? business model innovation in the newspaper industry"
"a typical behavior of an industry under attack. Instead of changing their business model they attack somebody else. It is much easier to blame somebody else and play the victim instead of blaming oneself for not being innovative and for holding too long to a dated business model.Recordar "Um perfil diferente"
...
Times have changed but the business models have not. So, dear politicians, please think first before you act."
Trechos retirados de "Who says paper is dead? business model innovation in the newspaper industry"
terça-feira, junho 21, 2016
Um perfil diferente
Nos postais:
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Assim, de acordo com aquela previsão, vão desaparecer muitos empregos no retalho, empregos para "just warm bodies" mas ao mesmo tempo vão aparecer muitos empregos (embora menos do que os que vão desaparecer) para um tipo de perfil diferente de vendedor ou de funcionário de loja, um ajudante, um conselheiro que ajuda a co-construir experiências de valor acrescentado. Idem no jornalismo.
.
Serão uma versão do que aconteceu aquela fábrica de calçado que não conseguia vender sapatos a 20€ e que hoje prospera a vendê-los a 230€.
Trecho retirado de "42% of Canadian jobs at high risk of being affected by automation, new study suggests"
BTW
- Um exemplo a seguir com atenção (parte III);
- Parte IV - ainda experimentando mais com mais experiências.
Referimos dois exemplos, o dos jornais e o dos centros comerciais, dois casos em que a internet está a arrasar os sectores. É o caso clássico da disrupção em favor dos que se sentem overserved.
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Por isso, não admira esta previsão sobre os empregos que mais vão desaparecer:
"The report said the top five occupations — in terms of number of people employed in them — facing a high risk of automation are:Qual a solução que preconizo para as empresas que querem fazer face a este tipo de disrupção? Desistir de reconquistar o grosso dos antigos clientes, perdidos para sempre para o preço baixo, encolher e aprender a trabalhar para os underserved, os que estão dispostos a pagar mais por uma oferta diferente.
- Retail salesperson.
- Administrative assistant.
- Food counter attendant.
- Cashier.
The institute put a 70 per cent or higher probability that "high risk" jobs will be affected by automation over the next 10 to 20 years, and it said workers in the most susceptible jobs typically earn less and have lower education levels than the rest of the Canadian labour force."
- Transport truck driver.
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Assim, de acordo com aquela previsão, vão desaparecer muitos empregos no retalho, empregos para "just warm bodies" mas ao mesmo tempo vão aparecer muitos empregos (embora menos do que os que vão desaparecer) para um tipo de perfil diferente de vendedor ou de funcionário de loja, um ajudante, um conselheiro que ajuda a co-construir experiências de valor acrescentado. Idem no jornalismo.
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Serão uma versão do que aconteceu aquela fábrica de calçado que não conseguia vender sapatos a 20€ e que hoje prospera a vendê-los a 230€.
Trecho retirado de "42% of Canadian jobs at high risk of being affected by automation, new study suggests"
BTW
"El comercio electrónico prácticamente se ha triplicado en España entre 2009 y 2014,
...
El continente latinoamericano ha cuadruplicado el volumen de ventas online con una Tasa Compuesta de Crecimiento Anual del 34% en el periodo 2009-14,"
domingo, junho 19, 2016
Um exemplo a seguir com atenção (parte III)
Parte I e parte II.
Trecho retirado de "The Hourglass Is 'Nearing Empty' on the Newspaper Industry"
"2015 marked the newspaper sector’s worst year since the Great Recession, with average weekday circulation for both print and digital subscriptions falling another 7 percent, the biggest dip since 2010. It’s not just circulation—most of the stats point down. In 2015, publicly traded newspaper companies’ overall advertising revenue fell 8 percent, the greatest decline since 2009. Accordingly, newsroom employment has continued to plunge, with an overall loss of about 20,000 positions (39 percent) over the past 20 years.Nesta série estamos a ver um exemplo de um sector, centros comerciais, a fazer experiências para dar a volta e arranjar alternativas para ultrapassar disrupção a servir os overserved. O que é que a imprensa arcaica está a fazer? Estão exactamente na mesma situação, a ser disrompidos pela internet a favor dos overserved. Recordar o choradinho de Janeiro passado em que circulava movimento para pedir ao Estado que obrigasse os contribuintes a pagar a sua existência, sem experiências, sem fuçar, sem evolução:
...
The death of newspapers seems imminent.
...
In other words, newspapers no longer own the news. And not just financially. Newspapers are losing their grasp end to end, as tech companies become more integral to the news experience by introducing new distribution platforms (e.g., Facebook’s Instant Articles) and overtaking the core elements that have traditionally defined the newspaper industry."
@ccz1 @PGorjao num recente artigo a.l.coelho pedia benfeitores e fundos p jornais, mesmo se ninguém os comprasse.— José Gomes André (@JGAndre) January 3, 2016
Trecho retirado de "The Hourglass Is 'Nearing Empty' on the Newspaper Industry"
quinta-feira, junho 16, 2016
Um exemplo a seguir com atenção (parte II)
Parte I.
Depois do exemplo da parte I esta espécie de estado de negação, este testemunho de quem ainda não descobriu as alternativas:
BTW,
Trechos retirados de "Metade dos utilizadores online informa-se pelas redes sociais"
Depois do exemplo da parte I esta espécie de estado de negação, este testemunho de quem ainda não descobriu as alternativas:
"Metade dos utilizadores de internet acede às notícias pelo Facebook e outras redes sociais, indica um estudo do Instituto Reuters que alerta para consequências profundas no jornalismo tradicional e de qualidade.[Moi ici: Este "de qualidade" é de rir]O que faz falta é virar a página e seguir em frente. Abraçar a nova realidade em vez de a combater e denegrir. Então, poderão começar a descobrir novos modelos de negócio. Até parece que num mundo de tribos não há mercado para notícias a sério, com investigação e especialização. Não pode é ser um jornal de negócios que escreve para funcionários públicos, com todo o respeito para os mesmos, ou jornal de economia em que os jornalistas escrevem erros económicos de palmatória.
...
Dele destaca-se, principalmente, que 51 por cento dos utilizadores ‘online’ preferem as redes sociais para aceder às notícias, em detrimento dos canais tradicionais.
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Plataformas como o Facebook deixaram “de ser apenas o local onde se descobrem as notícias e passaram a ser destinos para o próprio consumo de notícias”.
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À medida que aumenta o acesso às notícias através de plataformas de terceiros, “vai-se tornando cada vez mais difícil, para a maioria dos meios de comunicação social, destacarem-se no meio da multidão, [Moi ici: Não concordo, o que os média fizeram foi antes tentar combater a China nos custos. Assim, perderam qualidade e tornaram-se iguais uns aos outros] ligar-se mais diretamente aos utilizadores e fazer dinheiro."
BTW,
tanto trabalho para jornalistas https://t.co/t50xHAkkJc— Carlos P da Cruz (@ccz1) June 12, 2016
não são é no sítio onde os vossos avós trabalhavam
Trechos retirados de "Metade dos utilizadores online informa-se pelas redes sociais"
quarta-feira, junho 15, 2016
Um exemplo a seguir com atenção
Ao longo dos anos tenho usado o exemplo do jornalismo como um mau exemplo da reacção a uma disrupção clássica em que alguém vem servir os overserved. Recordar:
- Como não reagir a uma disrupção (Dezembro de 2012)
- Disrupção nas universidades? (Novembro de 2013)
- Sonho? Tomo a nuvem por Juno? Ou será o jornalismo do Estranhistão? (Novembro de 2013)
- Perceber a disrupção em curso (Abril de 2014)
O truque é concentrar a atenção nos underserved. Melhorar a qualidade e diferenciação do jornal/publicação, aumentar preço e confiar no efeito assimétrico na curva do isolucro:
Assim, considero muito interessante este exemplo "Prevention Magazine Will Become Ad-Free":
"going ad-free would reduce Prevention’s operating expenses by more than 50 percent. [Moi ici: Começa bem!]Um exemplo a seguir com atenção. Será que fará reflectir alguém no meio jornalístico português?
...
“If we were going to continue with advertising, I could never see a future where we would be profitable.”
...
By going ad-free, Ms. Rodale said, Prevention will reduce its operating expenses by more than 50 percent. The savings will come in part because the magazine will no longer have to maintain a certain circulation level — a number very important to advertisers — which can result in magazines doing things like printing many copies of issues and offering steep discounts or giving them away free. Prevention has also cut its print sales staff.
...
Of course, Prevention, which has a circulation of about 1.5 million, will also be giving up print ad revenue of roughly $12 million a year. But as part of the new business model, it is doubling its subscription price, from $24 to $48. It has already increased the cost of a single copy by a dollar, to $4.99.
...
the new editor in chief, emphasized the editorial freedom that the magazine would have without ads. She said she planned to “bring in controversial stories” on topics such as medical errors, toxic cosmetics and the anti-aging industry."
sexta-feira, março 11, 2016
Aprenda a duvidar dos media (parte XXVI)
O que aconteceu às previsões dos comentadores encartados da nossa praça acerca da evolução da economia e da austeridade expansionista?
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Como explicar o festival de tolices que é retratado na série "Aprenda a duvidar dos media" já com 25 partes.
Trechos retirados de "Journalists need to get out more"
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Como explicar o festival de tolices que é retratado na série "Aprenda a duvidar dos media" já com 25 partes.
"Most people distrust us and have stopped buying our products. Populists in particular, from Marine Le Pen to Donald Trump, make a living out of insulting us..
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Worse, they have a point.
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In today’s populist moment, the media — like every establishment group — need to change. Journalists should spread into the provinces and listen to ordinary people.
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National media have probably always over-covered the metropolis. When I began reading British newspapers as a teenager in London, I assumed I was reading local London editions, because almost all the news was about London (north of the river). The first time I went somewhere else in Britain and bought a national newspaper, I realised: it is a London paper. It’s just called a national newspaper.
...
The obvious solution is to station more journalists “out there”. That would save reporters the bother of dashing around the metropolis covering what the historian Daniel Boorstin called “manufactured pseudo-events”, such as lying press conferences that, anyway, are now streamed online. It would end the absurdity of having the American commentariat take the nation’s pulse from Brooklyn. It would show people “out there” that the media know they exist.
...
Sending educated young people to the countryside may sound like a Maoist re-education campaign but the media need a shake-up. Just 43 per cent of Europeans now trust the written press, reports the European Commission."
Trechos retirados de "Journalists need to get out more"
sábado, março 05, 2016
Números ... megafones ou ignorantes?
Tanta gente que seguiu Humanidades no 10º ano de escolaridade para fugir à Matemática e que, depois, acaba sempre a fazer truques com os números e a não perceber que algo não bate certo.
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Hoje leio "Carris e Metro perderam 65 milhões de passageiros entre 2009 e 2013".
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Não me esqueço de ter lido em 2013 "2012. Carris e Metro perdem 75 milhões de passageiros".
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Algo não bate certo.
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Ninguém investiga, ninguém tem base de dados, ninguém faz contraditório, ninguém se prepara... megafones apenas ou desconhecimento básico das quatro operações da Matemática?
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Hoje leio "Carris e Metro perderam 65 milhões de passageiros entre 2009 e 2013".
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Não me esqueço de ter lido em 2013 "2012. Carris e Metro perdem 75 milhões de passageiros".
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Algo não bate certo.
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Ninguém investiga, ninguém tem base de dados, ninguém faz contraditório, ninguém se prepara... megafones apenas ou desconhecimento básico das quatro operações da Matemática?
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segunda-feira, janeiro 11, 2016
"get used to it"
A propósito dos jornalistas e da sua campanha para que os contribuintes tenham de pagar uma taxa para suportar os jornais:
O mesmo se passa com a sua empresa, o mesmo se passa com os suinicultores, o mesmo se passará com o retalho tradicional perante os deflacionistas do retalho online.
"In a web world where you want the content to flow freely, how do you use exclusivity - holding content back - to your advantage?
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Information is abundant, and almost any content can easily be found for free. For any person or company trying to monetize scarce or premium content on the social web, there is always somebody else out there willing to provide the same webinar, video, or eBook for nothing, destroying your idea of a scarce resource. Chris Anderson's book Free: The Future of a Radical Price codifies this idea by basically saying "get used to it" - you have to find adjacencies and other revenue streams because people expect Internet-based content and services to be free.
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Is there anything scarce on the Internet?
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Yes, there is, according to digital marketing savant Christopher S. Penn of SHIFT Communications. "Scarcity is actually more powerful than ever on the social web," he said. "While content may be free, what has become extremely scarce is time, attention, and influence. These are hot commodities, rare commodities. As an example, I have tens of thousands of followers on Twitter. I can't tell you the number of direct messages and tweets, Facebook messages, and emails I receive every day asking, 'Hey, can you promote my whatever' because they know that it means something. Moving content creates true value. So in that regard, scarcity is a weapon that is in play like never before." On the other side of the coin, providing exclusive or limited access to content can create the perception of scarcity that can make the content move. [Moi ici: Claro que isto é exactamente o contrário do que se faz, cada vez mais manchas noticiosas obtidas no supermercado low-cost da Agência Lusa que todos serve igual e comoditiza. Onde está a especialização? Onde está o profissionalismo?]
O mesmo se passa com a sua empresa, o mesmo se passa com os suinicultores, o mesmo se passará com o retalho tradicional perante os deflacionistas do retalho online.
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Como não recordar os jogos evolutivos em que se conclui que não há nenhuma estratégia vencedora, todas são transientes, todas são transitórias.
Trechos retirados de "The Content Code"
Trechos retirados de "The Content Code"
quinta-feira, dezembro 31, 2015
A salvação tem de começar por dentro
A propósito deste texto "Para não acabar de vez com os jornais (e a democracia)", vejamos como um consultor anónimo da província abordaria o desafio:
- vendas em baixa;
- leitores em baixa;
- custos demasiado elevados.
Lançaria questões:
- Fará sentido um produto em papel? Ver "Montreal-based La Presse ends 131 years of daily printed news"
- Qual será o ecossistema da procura? Quem serão os clientes-alvo desse produto? Quem estará disposto a pagar por informação? Que valor terá o acesso a cada tipo de leitor que paga por informação, para outros agentes? Qual a viabilidade de um produto gratuito pago pelo acesso aos leitores? Pago vs grátis implica diferenças de conteúdo, diferenças de leitores-alvo, diferenças de valor por leitor, diferentes vias de monetização.
- Haverá lugar para publicações salami slicers?
"Isto não deve ser confundido com a fantasia dos “cidadãos-jornalistas”. Há cidadãos e há jornalistas, os jornalistas serão cidadãos, mas o contrário não é verdadeiro. Os cidadãos só são jornalistas se o forem. Os leitores não devem substituir os jornalistas, que para o bem de todos, e como acontece com bombeiros ou médicos, devem ser preparados para o que fazem e honrar um código de conduta."E voltando à citação dos salami slicers:
"Get brutally self-aware of your business. To do that, seek feedback from current, previous and potential members and analyse usage, financial, competitive and business data to understand the strengths, weaknesses and opportunities for your business."Conheço tanta gente que deixou de comprar o Público não por causa do dinheiro mas por causa do conteúdo. E não encontro no texto uma referência a uma única auto-crítica relativamente a esse ponto. Um pouco de locus de controlo no interior mudaria a perspectiva, a salvação não tem de vir de fora, a salvação tem de começar por dentro.
sábado, dezembro 19, 2015
Curiosidade do dia
Ainda a propósito da curiosidade de ontem mais um exemplo de modelo de negócio a testar hipóteses para encontrar uma fórmula de futuro com futuro em "Dutch pay-per-article platform Blendle to launch in the United States in early 2016"
Fiquei surpreso... mas sou um anónimo engenheiro da província (parte II)
Parte I.
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Ainda se admiram com o declínio do jornalismo generalista em Portugal (e no resto do mundo)?
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O acriticismo generalizado é surpreendente!
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Começam uma semana a relatar que a deslocalização foi a grande destruidora de emprego em Portugal desde 2008. Depois, acabam a mesma semana a escrever isto "Construção eliminou 342 mil postos de trabalho nos últimos anos" sem perceberem que as duas mensagens são contraditórias...
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Recordar "Evolução do desemprego no sector da Construção".
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Basta ter alguém na redacção, ou melhor ter um especialista avençado, alguém que conheça e estude os números. Os comentadores dos medias, são especialistas da treta, nunca esquecer André Macedo e as suas previsões de 2008 em "Cuidado com as generalizações, não há "sunset industries"". Confundem especialista com quem formula julgamentos com base nos relatos das capas dos jornais. Quase como achar que Catarina Furtado é especialista em bancos porque só fez anúncios a bancos que tiveram problemas.
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Ainda se admiram com o declínio do jornalismo generalista em Portugal (e no resto do mundo)?
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O acriticismo generalizado é surpreendente!
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Começam uma semana a relatar que a deslocalização foi a grande destruidora de emprego em Portugal desde 2008. Depois, acabam a mesma semana a escrever isto "Construção eliminou 342 mil postos de trabalho nos últimos anos" sem perceberem que as duas mensagens são contraditórias...
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Recordar "Evolução do desemprego no sector da Construção".
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Basta ter alguém na redacção, ou melhor ter um especialista avençado, alguém que conheça e estude os números. Os comentadores dos medias, são especialistas da treta, nunca esquecer André Macedo e as suas previsões de 2008 em "Cuidado com as generalizações, não há "sunset industries"". Confundem especialista com quem formula julgamentos com base nos relatos das capas dos jornais. Quase como achar que Catarina Furtado é especialista em bancos porque só fez anúncios a bancos que tiveram problemas.
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