terça-feira, abril 14, 2015

Mapas da estratégia (parte I)

"Although most companies make some effort to tie their performance measures to the organization’s strategy, these links are often based on management intuition or organizational folklore about these relations rather than rigorous analysis.
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One important reason for the intuitive approach to choosing performance measures is the absence of any formal attempt to understand how the company’s various financial and non-financial measures are expected to fit together or produce desired strategic results. Many proponents of strategic performance measures argue that companies should develop causal ‘business models’ or ‘value driver maps’ that articulate the cause-and-effect relations among performance measures, and show how improvements in these measures are expected to improve long-term strategic and economic performance. However, less than 30 per cent of the companies we surveyed have developed these strategic ‘business models’ or ‘value driver maps’, and even fewer actually test whether the specific performance measures they have chosen are associated with expected results. In fact, only 21 per cent of the companies we surveyed even attempt to demonstrate that improvements in their strategic performance measures actually influence future financial results."
E na sua empresa:

  • monitorizam-se indicadores não-financeiros?
  • estão relacionados com a estratégia?

Trechos retirados de "Moving from Strategic Measurement to Strategic Data Analysis" de Christopher D. Ittner e David F. Larcker. Capítulo do livro "Controlling Strategy Management, Accounting, and Performance Measurement" editado por Christopher Chapman.

segunda-feira, abril 13, 2015

O choque de gestão em curso

Via Instituto Informador Comercial estes números:
E comparar com estes resultados:
"A avaliar pelos dados do comércio internacional mais recentes divulgados pelo INE, o volume de vendas acumuladas do sector, de Janeiro a Dezembro de 2014, cresceu 13% face ao ano anterior, ficando acima de 1,3 mil milhões de euros."
E comparar com estes resultados:
"2014 foi o melhor dos últimos 11 para as exportações da indústria têxtil e vestuário portuguesa, que cresceram 8% face a 2013 e somaram 4,6 mil milhões de euros.
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o vestuário foi a principal categoria de produtos exportada, representando 60% do total das exportações do setor, no valor de 2,8 mil milhões de euros, tendo crescido 9%."

Bom para chamar a atenção para a heterogeneidade dos sectores económicos, para a turbulência e para a renovação do tecido empresarial.
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É o choque de gestão a operar.


Trechos retirados de "Portas em Milão com empresas portuguesas" e "Acerca das exportações de 2014"


Iludidas com a democratização do luxo (parte II)

Parte I.
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Ainda há dias descobri que até a Chanel se está a ressentir da ilusão da democratização do luxo, "Louis Vuitton sigue los pasos de Chanel con una bajada de precios del 18% en China".
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Por isso, cuidado com estas histórias "Deluxe. O luxo quando nasce é para todos"

Outra vez a vantagem dos ignorantes

Gosto do título, "For innovators ignorance is an asset", e da mensagem.
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Por isso, é que em tempos de mudança do mundo e dos seus paradigmas, os "ignorantes" encontram mais facilmente os novos modelos de negócio do que os conhecedores e especialistas do paradigma anterior.
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Recordar o que por aqui se tem escrito acerca dos empresários "ignorantes":


"analisamos os meios que temos e imaginamos futuros possíveis" (parte II)

Parte I.
"So, if we can't predict the future should you do?
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Create it.
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Instead of spending a lot of time thinking about what might happen in the face of uncertainty, entrepreneurs plunge in and see. In other words, instead of trying to predict the future, they create it.
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Act your way into a new way of thinking, instead of thinking your way into action."[Moi ici: Isto é "Act Like a Leader, Think Like a Leader" de Herminia Ibarra mas também "effectuation"]
Acerca da effectuation, li, recentemente, "Effectuation – The best theory of entrepreneurship you actually follow, whether you’ve heard of it or not":
"Effectuation is generally defined as a form of reasoning or problem solving which assumes the future is largely unpredictable, but that it can be controlled through human action. This is in stark contrast to another form of reasoning, Causality, which assumes the future is theoretically predictable based on prior events.
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entrepreneurs are indeed Effectual thinkers who start with a given set of Means and find new and different Ends, which are not necessarily pre-determined. Entrepreneurs in her studies follow the adage “If I can control the future, I do not need to predict it”.
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Bird in Hand Principle – Start with your means Entrepreneurs start with what they have: [Moi ici: Voltar à parte I!!!] Who they are, what they know and who they know
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Affordable Loss Principle – Set affordable loss...
entrepreneurs are more concerned with analyzing the down-side of their actions to manage their risk, which can often be accurately calculated – If they can afford the cost (of an experiment), they jump into the venture and if they can’t, they choose something else they can afford.
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Lemonade Principle – Leverage contingencies...
entrepreneurs must be flexible above all else, not recalcitrant – that entrepreneurs must expect to exploit the unexpected, not existing knowledge.
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Crazy-Quilt Principle – Form partnerships...
This principle basically encourages entrepreneurs to be networking machines – period.
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Just start with what you have, risk what you can afford, be open to pleasant surprises, and seek relationships with others"
E sim, também algo de Malcolm Gladwell em "David & Goliath":
"David’s opportunities: the occasions in which difficulties, paradoxically, turn out to be desirable. The lesson of the trickster tales is the third desirable difficulty: the unexpected freedom that comes from having nothing to lose. The trickster gets to break the rules.
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You see the giant and the shepherd in the Valley of Elah and your eye is drawn to the man with the sword and shield and the glittering armor. But so much of what is beautiful and valuable in the world comes from the shepherd, who has more strength and purpose than we ever imagine."
Nunca esquecerei o relato que Gladwell fez da luta dos Impressionistas. Lutaram, lutaram e lutaram, para fazer parte do mainstream da pintura francesa (legislada e tutelada pelo governo de França). Então, perceberam que não precisavam de fazer parte desse mundo, podiam criar o seu próprio mundo, com as suas próprias regras.

Trecho inicial retirado de "The Best Way to Predict the Future Is to Create It"

A propósito da produtividade

Ainda na sequência do texto de Teixeira dos Santos:
"Herdamos do passado um setor produtivo subcapitalizado e com baixa produtividade que apostou numa competitividade assente em atividades trabalho-intensivas, de mão de obra barata e pouco qualificada."
Como se pode aumentar a produtividade?
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A produtividade é medida por um rácio.
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Por isso, tem um numerador e um denominador. Por isso, a produtividade pode ser aumentada ou fazendo o numerador crescer, ou fazendo o denominador encolher. Com a Revolução Industrial, com o século XX, com o mercado de massas, ninguém pensava em mudar a oferta, apenas em ser mais eficiente a produzir o que já se produzia. Assim, sempre que se fala em aumentar a produtividade, pensa-se logo no denominador e parte-se do princípio que o numerador permanece constante.
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Como aqui no blogue somos fanáticos pelo crescimento da produtividade à custa do crescimento do numerador, aqui fica esta figura:

domingo, abril 12, 2015

Curiosidade do dia

No Sábado passado, a propósito dos desejos de volta à normalidade, escrevi no Twitter:

No Domingo passado, Helena Matos em "Porque não volta Guterres?" expôs muito bem a nova normalidade:
"Os “tempos normais” acabaram quando acabou o dinheiro. Claro que vamos ter breves momentos de ilusão. Os próximos meses com eleições legislativas e presidenciais vão ser marcados por eles. Mas tudo será breve e de novo, mais dura ainda, a realidade se imporá. É por isso que Guterres não volta. Porque sabe que não teremos “tempos normais”."
O texto de Helena Matos é fantástico a descrever toda a gama de personagens que aspiram à volta da normalidade:
"Em boa verdade aquilo a que nos últimos anos temos ouvido chamar contestação mais não é do que o sussurro de um pedido, um pedido de regresso aos “tempos normais”. 
Entretanto, este texto "America: The "Nursing Home" Economy", serve para lançar mais achas para a fogueira da impossibilidade de voltar aos "tempos normais":
"It was Alexis de Tocqueville who observed that democracy was doomed. He said it would soon degrade into tyranny. As soon as politicians realized that they could win elections by promising the voters more of other people’s money, it was just a matter of time until they overdid it.
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Had he imagined how old people would get, he wouldn’t have been so optimistic. As things developed, politicians noticed two important things: that young people (especially those who hadn’t been born yet) didn’t vote… and old people’s votes could be bought fairly cheaply, at least so it appeared at first."
Por fim, tudo isto me fez recordar um texto de 2012 assinado por Vítor Bento, "O dia seguinte", e que comentei em "O anónimo engenheiro da província pensava...".
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Nós vivemos os novos tempos normais, tempos muito mais sãos, tempos difíceis para quem só pensa no dia de hoje e esquece-se dos que virão a seguir. Os tempos também são difíceis para os que pensam no longo prazo, como eu, mas sabemos que existe um propósito que nos ultrapassa, deixar um mundo melhor para quem não foi ouvido nas decisões do passado e precisa de espaço para contribuir à sua maneira.
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Vítor Bento pensava que depois da troika teríamos de construir a nova economia, quando foi a troika, com a sua falta de democraticidade, que ao quebrar aquela rotina viciada que Tocqueville previu, criou as condições para que os anónimos construíssem a nova economia.

Até onde teriam ido?

Escreve Teixeira dos Santos em "Crescimento, precisa-se":
"Herdamos do passado um setor produtivo subcapitalizado e com baixa produtividade que apostou numa competitividade assente em atividades trabalho-intensivas, de mão de obra barata e pouco qualificada. Sobreviveu à custa da desvalorização da moeda, uma terapia que deixou de ser possível com o euro. Desde então, a nossa competitividade deteriorou-se, alimentando o desequilíbrio externo crónico do país. Em consequência, o endividamento agravou-se. A necessidade de aumentar a poupança, para aliviar o peso do endividamento, não permite que seja a procura interna a puxar pela economia."
Não sei se alguma vez vai ser possível provar ou rejeitar a opinião que vou emitir de seguida.
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A adesão à então CEE, que proporcionou liberdade comercial, conjugada com a "terapia" da desvalorização da moeda, fez de Portugal um paraíso europeu para a mão-de-obra barata. A taxa de desemprego chegou a baixar dos 4%, na primeira metade dos anos 90 do século passado.
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O que deu cabo disso não foi o euro. Poderíamos ter continuado a ser o paraíso da mão-de-obra barata dentro da "fortaleza UE", mesmo com os países do bloco de Leste, haveria trabalho para todos.
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O que deu cabo disso foi esta diferença:
Os números são de 2013. Há uma década que os salários chineses crescem bem, por imposição governamental, por isso, já só são uma pálida ilustração do que se passava aquando da liberalização comercial de 2001, que coincidiu com o big bang do euro.
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Imaginem que Portugal não estava no euro. Imaginem a pressão dos empresários, imaginem o choradinho no parlamento... se não fosse o euro, até onde é que os políticos portugueses iriam na desvalorização da moeda para tentar competir com a China?

No caminho da "magia" (parte II)

Parte I.



"CES 2015: Ultrahaptics' Ultrasonic Tactile Display for Virtual Controls"

BTW, mais pontos para a cruzada de Tsoukalos... os deuses eram astronautas!

Este não pode ser o caminho do futuro

Arrepia-me ler textos assim "Can US manufacturing compete with China?"
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Vou dar um exemplo europeu com o calçado português:
O calçado europeu procura ocupar nichos de valor, em vez de chocar de frente com a produção chinesa.
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O calçado português, goza de boa saúde, assim como muitos outros sectores, como o têxtil:
"Exports of leather goods continue to grow in Portugal. Since 2008 their value nearly tripled and now amounts to 143 million euros.
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Good quality, good customer service and quick response are strong arguments in favour of the Portuguese companies."
Como comparam os custos salariais portugueses com os chineses?

Qual é a via americana? A via da falta de paciência estratégica (mais aqui):
"Manufacturers are bullish on the US these days, and for good reason. Unit labour costs are dropping even as productivity is increasing compared with many countries in Europe at the same time that US energy costs have gone down.
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There is also good reason to believe that the US can be competitive even with China, the world’s manufacturing powerhouse for the few last decades. Which raises the question: Can the US, in fact, be the new rising star in manufacturing?
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“We are hands down more competitive than Europeans both because of energy costs and because of lower labour costs,” [Moi ici: Apetece perguntar; Ri de quê? De sair vitorioso de uma race to the bottom?]
E continua com:
“We should, if projections of the direction of Chinese labour costs are right, be more competitive than China right about now—even if we, too, will have some wage inflation coming as slack in the economy decreases,”
 Este não pode ser o caminho do futuro, o caminho com futuro é o da race to the top, é o do valor mais do que o dos custos.

A marca do século XXI

Tantas ideias que tenho em mente para este postal que, sem disciplina, daria para um longo capítulo de um livro sobre Mongo.
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O material começou a ser recolhido na passada quinta-feira, durante uma viagem de comboio ao princípio da noite, com a leitura de "Protecting IP from 3D Printing: What Companies Need to Know".
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O autor parte do exemplo de como a indústria musical não se soube proteger do digital, para dar conselhos às empresas grandes sobre como protegerem a sua propriedade intelectual, num mundo em que os bits comandam a adição de átomos, através das impressoras 3D.
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Quando li o texto no Cabinet, escrevi:


Então, perante o advento das impressoras 3D em cada casa, em cada bairro, em cada Staples, em cada Worten, o autor só pensa em copiar, só pensa que as pessoas vão copiar!?!?!?! Come on! Copiar é burrice, a produção numa impressora 3D é mais cara que a produção em massa.
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Depois, sexta ao fim da tarde, no Twitter, descobri este gráfico:
Em 1875 existiam nos Estado Unidos mais de 3500 produtores independentes de cerveja. Depois, o comboio, a Revolução Industrial, a produção em massa, o marketing de massas, e a consolidação eficientista começaram a concentrar a produção em cada vez menos produtores, cada vez maiores e mais eficientes. Então, o presidente James Carter, nos anos 70 do século passado, publica uma lei que liberaliza a produção, permitindo que pequenas unidades independentes possam produzir e comercializar cerveja. E foi um Big Bang!!! 
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Agora, em 2015, o número de produtores de cerveja volta ao nível de 1875 e os produtores independentes já representam 11% do mercado.
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Apesar do poder do marketing, apesar da eficiência, cada vez mais gente opta por beber cerveja artesanal. E a cerveja artesanal, copia os sabores dos produtores grandes?
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Não! A sua força está na variedade, na experimentação, no sabor.
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Ainda ontem à tarde, durante uma caminhada, encontrei este artigo sobre as impressoras 3D em África, "The 3D printing revolution":
"In February, a young Togolese entrepreneur, Afate Gnikou, stunned the world by winning first prize at the 10th International Conference of Barcelona’s Fabrication Laboratory. The winning technology was a 3D printer. The design did not come from one of Africa’s top universities or research institutes. Gnikou and his team assembled their prize-winning printer from electronic waste collected in dumpsites around the Togolese capital of Lomé.
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The technology turns traditional manufacturing upside down. Instead of centres of mass production, it makes possible decentralised production by the masses.[Moi ici: Voltar atrás e reler este parágrafo]
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The potential for printing other household products is only limited by people’s imagination and the size of the printer.
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The power of 3D printing lies in tapping into local needs and inspiring creativity. It does not require formal structures to do this, and everyone can participate in the technology. For example, 3D printing can enable rural women to rapidly prototype agricultural tools adapted to their culture, cropping systems and environments."
Em "We Are All Weird - Um manifesto sobre Mongo" sublinho, com as palavras de Seth Godin, algo que escapa a muita gente.:
"The mass market — which made average products for average people  was invented by organizations that needed to keep their factories and systems running efficiently.
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Stop for a second and think about the backwards nature of that sentence.
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The factory came first. It led to the mass market. Not the other way around."
Com as impressoras 3D, com a cultura DIY, com a IoT ou IoE, com a democratização da produção, com a criatividade em acção, por que haverão as pessoas de copiar o que as empresas grandes vão oferecer? Os prosumers vão ignorar a oferta da massa, como os consumidores de cerveja artesanal fogem do "lowest common denominator"
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Esta é a revolução que vai marcar o século XXI, o fim da massa:
"mass market. About mass politics, mass production, mass retailing, and even mass education.
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The defining idea of the twentieth century, more than any other, was mass.
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Mass gave us efficiency and productivity,
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And now mass is dying.
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We see it fighting back, clawing to control conversations and commerce and politics. But it will fail; it must. The tide has turned, and mass as the engine of our culture is gone forever."
Não vai ser fácil, muita gente que trabalha no mercado de massas, que vive do mercado de massas, que imposta o mercado de massas, vai rebelar-se contra a possibilidade de uma liberalização económica anárquica, local, relacional, co-criativa.
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Seria interessante ter um POTUS libertário... nesta altura chave do processo.

sábado, abril 11, 2015

Curiosidade do dia

Mais um artigo de Mintzberg com o qual não concordo em grande parte "Levelling the Level Playing Field".
No entanto, devia ser lido por muita gente que clama pela concorrência perfeita e pretende nivelar tudo, começando por uniformizar fiscalidade e legislação laboral.

Disrupção a caminho

Muito interessante este desenvolvimento "LinkedIn to Acquire lynda.com" referido também aqui "Why LinkedIn's Buying Spree Won't Stop at Lynda.com"

A propósito da evolução do modelo de negócio das universidades, recentemente registamos aqui no blogue:
Havendo menos jovens para captar, há cada vez mais adultos trabalhadores disponíveis para continuar a aprender.
Problema para os incumbentes?
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Claro, pedagogia não funciona com adultos independentes e, andragogia exige demais dos professores instalados:

Acerca dos custos da mão de obra e das estatísticas

A propósito deste texto:
"Soubemos esta semana, através do Eurostat, que o custo da mão de obra em Portugal caiu 8,8% no último trimestre de 2014, face ao mesmo período do ano anterior, naquele que foi o maior recuo entre os estados da União Europeia. Este é o tipo de notícia que me faz disparar todos os alertas, pois indicia uma irritante e gravosa persistência de um modelo de competitividade assente na mão de obra barata."
Podem interrogar-se, como é que cai o custo da mão de obra?
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1. População envelhecida:
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Apreciem bem este impressionante gráfico de Edward Hugh
  • Trabalhadores com os salários mais elevados, ao reformarem-se, retiram massa salarial de forma desproporcional;
  • Trabalhadores novos a aceder ao mercado de trabalho são cada vez menos (demografia e desemprego jovem) e entram com salários mais baixos que os reformados que saem.
2. Incerteza quanto ao futuro:
"Após contracções das receitas de 15% em 2012 e de 2% em 2013, a facturação agregada dos negócios portugueses de trabalho temporário registou, em 2014, um aumento de 4,5%. Para este ano [2015], estima-se um novo aumento de cerca de 7%."
Por todo o lado esta desatenção para o que está por trás das estatísticas. O mundo muda e as estatísticas continuam a ser analisadas pelo seu valor facial... como no mundo da qualidade, é perigoso comparar médias sem atender às distribuições que as geram.
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É a deflação por causa do smartphone, é o PIB a descer enquanto o PIB per capita sobe, é as vendas de retalho a baixar, porque não contam com as vendas online, é ...

Também sobre o choque de gestão

Gosto muito desta figura:


Recorda-me a figura que faço, tantas e tantas vezes, ao tentar convencer a gestão de uma empresa, para a vantagem de uma reflexão estratégica. A minha taxa de sucesso não é invejável.
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Julgo que a figura ajuda a explicar muito desta distribuição referida aqui:
Empresários muito atarefados com o dia-a-dia e, com pouco tempo, para se abstraírem e observarem os padrões que se escondem por trás das rotinas.
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Em tempos publiquei aqui no blogue esta reflexão "Sobre PMEs no Norte de Portugal que não se ensina nas faculdades".
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Hoje, encontrei mais um texto que se encaixa nesta sequência, "Build an Organization That’s Less Busy and More Strategic":
"were flat-out busy doing everything except thinking about strategy.
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Even if your organization is successful, being too busy isn’t a good thing, because you can’t sustain a frenzy of activity. But it’s much worse if the activities themselves don’t cohere strategically and your company’s performance is suffering as a result.
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So, what does it take to build an organization that’s less busy and more coherent?
An outsider’s perspective.
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As insiders to our companies, when we look at what we do, we see only activity.
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This leads to an operational mindset.
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A strategic mindset is outside-in. Position yourself across the street, so to speak, and focus your attention on your firm’s competitiveness. Ask yourself questions like: “Why would I want to buy from them?” and “Why would I want to work for them?” When you look at your company this way, the world becomes one of outcomes, not activity — and it becomes much easier to establish a few key  performance criteria. Then you can ask yourself “So what?” to set priorities."

Ainda acerca do choque de gestão

Acerca do choque de gestão, proposto pelo JdN, ver aqui e aqui.
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Ao fazer uma arrumação no escritório reencontrei o suplemento dos Encontros da Junqueira, relativo a 6 de Fevereiro de 2013, que citei aqui e aqui.
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Logo os meus olhos procuraram  esta figura e citação:

"o grande problema é a cauda não a média. A empresa mediana portuguesa está ao nível da americana. A grande dificuldade é termos esta cauda tão grande. Há tantas empresas mal geridas em Portugal. Muito mal geridas, ou pouco produtivas."
E por que é que a cauda é tão grande?
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Por que é que a troika quis "liberalizar" certos sectores?
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E não é a cultura dos governos portugueses tão atreita a salvar e proteger os coitadinhos que vêm para os media pedir protecção?
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Aqui:
""... faltou sempre o dinheiro que o "Portugal profundo" preferiu gastar na "ajuda" a "empresas em situação económica difícil"..."
Como consequência...
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Sem protecção, empresas mal geridas acabam ou por se regenerar e melhorar ou morrer.

sexta-feira, abril 10, 2015

Curiosidade do dia

Interessantes, estes números do Observatório Racius:
Não fazia ideia que as empresas unipessoais tinham este peso nas constituções.

Acerca das exportações

Apesar da quebra das exportações para Angola (cerca de 30% menos que no ano passado, no mesmo período), apesar de ainda não se sentir o impacte da quebra do valor do euro face ao dólar:
"Em fevereiro de 2015, as exportações de bens aumentaram 4,4% e as importações de bens diminuíram 3,6% face ao mês homólogo (-2,4% e -9,8% em janeiro de 2015, respetivamente).
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Em fevereiro de 2015 as exportações Intra-UE aumentaram 6,8% face ao mês homólogo de 2014,
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Em fevereiro de 2015 as exportações para os Países Terceiros diminuíram 1,7% face a fevereiro de 2014,"[Moi ici: Interessante o crescimento de 6% para os Estados Unidos e 40% para Moçambique]
Trechos retirados de "Estatísticas do Comércio Internacional - Fevereiro 2015"

Acerca do lucro

"profit maximization is rarely the sole objective for a firm but just one of many dimensions to be considered, [Moi ici: Nunca esquecer a lição dos nabateus] so a good starting point is to consider the company’s balanced scorecard and draw its strategy map.
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Then, as the focus shifts specifically to value capture, everyone should be reminded of some basic truths. First: Market share is a dangerous key performance indicator (KPI). [Moi ici: Nunca esquecer a lição de Hermann Simon] It is a backward-looking measure and likely to lead to price wars as soon as one competitor challenges the status quo with a low-price strategy. Second: Revenues and sales metrics should never be used in isolation [Moi ici: Nunca esquecer "Volume is vanity, Profit is sanity"] to determine rewards or decisions of any kind, but only in conjunction with the contribution margin and profit figures. Practitioners sometimes justify their top-line focus by arguing that revenue is much easier to measure than profit (which is sometimes even confidential). In such a situation, the company has to define proxy variables that prevent fighting for nonprofitable deals. Third: When value capture objectives are not aligned within a company, the result is inconsistent behavior and frustration. [Moi ici: E a triste procissão de números alarmantes na série "Tecto de vidro"] Conversely, a shared sense of what must be achieved creates the climate for productive cross-functional collaboration.
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poor alignment on priorities is a serious obstacle to capturing value.
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Managers should always try to maximize profits, except when they should not. The occasions when they should not are when other strategic priorities must be considered, and are explicitly taken into account."
E muito mais haverá a dizer sobre a importância do desenvolvimento das relações com os clientes, apostando na interacção e co-criação de valor para ganhar um maior retorno.

Trechos retirados de "8 Reasons Companies Don’t Capture More Value"

Que clientes negligenciar? (parte III)

Parte I e parte II.
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Mais um exemplo sobre que clientes negligenciar ou privilegiar. Agora em "Six in 10 may get bigger pension due to lower life expectancy":
"More than six in 10 Irish people could receive an enhanced income in retirement – because ill health and/or poor lifestyle means they are not likely to live as long as their peers.
That is the “encouraging” news from Irish Life, the largest pension provider in the State, which is promoting its new enhanced annuity product.
Irish Life claims people could get 25 per cent more income from their annuity, depending on the severity of their medical conditions or history and their lifestyle."
Por exemplo, há empresas com elevado risco de incêndio que não conseguem um seguro. Há condutores com um cadastro que os torna clientes indesejados para muitas companhias de seguros... poderiam ser os preferidos de outra empresa, com outro modelo de negócio?