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quinta-feira, setembro 22, 2016

Acerca das insolvências

Na mesma semana pode ler-se "Insolvências sobem ao ritmo de 20 por dia":
"Houve 5002 empresas insolventes até agosto, mais 9% do que o ano passado. Criação de novas empresas cai 3,5%"
E ler-se "Criação de empresas aumenta e encerramentos recuam":
"Já as insolvências estão também a recuar nos primeiros oito meses do ano (-22%)."
A primeira relata os números do Observatório de Negócios da Ignios e a segunda os números da InformaDB.
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Acredito que cada entidade tem um universo diferente fruto de opções de negócio. Desconfio que esta diferença reside na consideração ou não dos independentes nas contas.

terça-feira, julho 21, 2015

Evolução da economia real

Evolução do números de empresas criadas e encerradas nos anos 2010 a 2014:
Evolução do ano de 2015:

Imagens do Informa DB.
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Conjugar com "Criação de novas empresas cresce 10% no primeiro semestre":
""Estes resultados são evidências de que o universo empresarial em Portugal é resiliente e que está em recuperação com alguma sustentabilidade. 2013 e 2014 foram os melhores anos de nascimentos desde 2009. E desde 2013 que o número de insolvências tem vindo a descer""




segunda-feira, julho 06, 2015

"Crise fecha 13 empresas por dia"

Segundo uma fonte, o Barómetro BD Informa, a evolução dos encerramentos de empresas em Portugal nos últimos anos foi esta:
Em 2014 já encerraram menos empresas que em 2010.
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A mesma fonte dá este desempenho para 2015:
2015 ainda está melhor que 2014.
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E o que resolve escrever o JN, um jornal do Norte, a região que está a reganhar algo que tinha perdido desde os anos 80 do século passado?

Pois, isto está tudo relacionado:




terça-feira, maio 05, 2015

A recuperação continua

"De acordo com os dados, foram criadas 11.646 empresas entre janeiro e março deste ano, mais 8,7% que há um ano, registando-se 3.603 encerramentos, menos 7,9% que no primeiro trimestre de 2014.
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Também as insolvências diminuíram face a igual período, um recuo de 9,7% para 1.228.

"Em todos os setores decresceu o número de insolvências", no entanto "em número de processos, o retalho passou a ser o setor com mais insolvências".
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A construção, que liderava as insolvências no ano passado, registou uma quebra de 21,4%."
Imagens retiradas do "Barómetro Informa DB Abril de 2015"
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Trecho retirado de "Empresas criadas no 1.º trimestre sobem 8,7% e insolvências recuam"

sexta-feira, abril 10, 2015

Curiosidade do dia

Interessantes, estes números do Observatório Racius:
Não fazia ideia que as empresas unipessoais tinham este peso nas constituções.

Decididamente há aqui alguma coisa que não bate certo ... (parte II)

Parte I.
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Em "Mais de 4 mil empresas de restauração fecharam em 2014" leio:
"A AHRESP apresenta os dados do setor, segundo os últimos resultados publicados pelo Observatório Racius, que acompanha o ritmo de constituição, dissolução e insolvência de empresas, entre 2010 e 2014. Nesse relatório verifica-se que "o ritmo de insolvências e dissoluções, de empresas de restauração e bebidas, mantém-se insustentável, confirmando-se um brutal aumento de encerramento de empresas"."
Não consigo ter acesso à informação concreta do Observatório Racius. No entanto, via Barómetro Informa DB de Janeiro de 2015 e via Barómetro Empresarial Anual 2012 pude construir esta tabela:
A inversão do total ocorreu em 2012!
O crescimento das dissoluções naturais em 2014 é facilmente explicável pelo aparecimento do sorteio dos Audis, aliás previsto por mim no Twitter, onde aconselhei a fechar e a abrir a actividade com outro NIF, para não levantar suspeitas na AT.
Evolução das constituições:
2010 - 2972
2011 - 3360
2012 - 3239
2013 - 3733
2014 - 3853

BTW, "Restaurantes recuperam após cinco anos de “fome”"

sexta-feira, fevereiro 20, 2015

Não há boleias da macroeconomia ...

Ontem, ao final da tarde aproveitei para ir cortar o cabelo. Enquanto esperava folheei o Jornal de Notícias e encontrei esta notícia "Mais 280 desempregados. Banca chumba viabilização da Arco Têxteis".
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Recordei de Dezembro último "Fábrica dos sapatos Camport fecha e deixa mais de 300 no desemprego".
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O sector do calçado e do têxtil vivem anos de crescimento, o melhor ano de sempre para um e o melhor dos últimos 11 anos para outro. Contudo, há empresas com história que continuam a desaparecer.
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E recuo a Novembro de 2006 e a este mito:
"Quando a maré sobe, ou seja, quando o PIB cresce, todos os barcos sobem, ou seja, todas as empresas crescem, todas as empresas aproveitam."

Cada empresa é um caso e cada caso precisa da sua estratégia e das suas escolhas. Não há boleias da macroeconomia que valham a empresas que não preparam o seu futuro.
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BTW,
"Em Janeiro deste ano, o número de empresas insolventes caiu 8,7% face ao mesmo período do ano passado. No mesmo mês, foram criadas mais 4447 empresas, o que representa um crescimento homólogo de 4,6%. A taxa de criação de novas empresas por insolvência foi de 6,6, que compara com a da criação de 5,7 novas empresas por uma insolvente no primeiro mês de 2014."

segunda-feira, janeiro 12, 2015

Isto não aparece na narrativa oficial dos media

"Encerramento de empresas atinge valor mais baixo dos últimos sete anos".
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Pessoalmente prefiro salientar estes outros números:
"De acordo com os dados da Informa D&B, divulgados esta segunda-feira, os encerramentos desceram 13,2% no ano passado, para 13.952 – o valor mais baixo desde 2007. Por outro lado, o rácio nascimentos/encerramentos foi o mais elevado dos últimos sete anos. Em 2014, por cada empresa que encerrou actividade, nasceram 2,5 novas entidades.
...
Ao mesmo tempo, as insolvências caíram 20,6% - passando de 5.545 para 4.401."
Gráficos aqui.
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BTW, especial atenção para o quadro da página 11:

sexta-feira, novembro 28, 2014

"timing is everything"

Um estudo do ISCTE, a que a Rádio Renascença teve acesso, revela que 51% das PME que foram criadas entre 2010 e 2011 acabaram por fechar dois anos depois.
"Para a autora do trabalho, Ana Isabel Couto, estes dados revelam a “perda de dinamismo da iniciativa e atividade económica na última meia década”.
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Há mais empresas a fechar do que novas empresas a serem criadas, desde o início da crise, revela um estudo do ISCTE. Segundo dados do INE, em 2006, eram cerca de 6% as empresas que sobreviviam." (aqui)
Quando trabalho com uma empresa e temos de recolher dados, pergunto sempre se o período que vamos analisar é representativo, ou está afectado de alguma tendência não normal. 2011 foi um período normal na economia portuguesa?
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Basta olhar para a evolução do número de desempregados desde 2011:

Os gráficos apresentados aqui "Metade das PME não sobrevive mais de dois anos", apesar de muito interessantes têm um problema, acabam em 2011 ou 2012 e já estamos em 2014. E, como escreve Spender, o "timing is everything".
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Recordar:

segunda-feira, novembro 24, 2014

Curiosidade do dia

"Até outubro, a IGNIOS registou 29.705 constituições de negócios, o que dá uma média de 97,7 empresas criadas a cada dia destes dez meses.
Estão assim a nascer 5,2 empresas por cada uma que fecha, não sendo, no entanto, especificado o número de novas empresas criadas em substituição de anteriores em falência.
Os dados mostram que no bolo de empresas criadas, outubro foi um mês recorde e fundamental para a constituição de novos negócios."
Com a ressalva dos problemas do CITIUS:
"Os números hoje divulgados hoje pela IGNIOS, mostram que entre janeiro e outubro deste ano, fecharam 5698 empresas. O número ainda é muito elevado, mas está já 15,6% abaixo do registado nos mesmos dez meses de 2013 - 6748."

Deve ser o impacte da queda do BES.
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Recordar "Decoupling!!! YES!!!"
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Trechos retirados de "Número de insolvências cai 15,6% até outubro"

sexta-feira, julho 25, 2014

No tal país que definha (parte III)

Parte I e parte II.
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Enquanto as Cassandras "lesboetas" se entretêm a envenenar o ambiente, produzindo os resultados esperados, "Maioria dos portugueses receia que pior da crise ainda está para vir", há gente que não espera que aconteça e faz acontecer:

Até na Construção e no Imobiliário já nascem mais e desaparecem menos empresas que no ano passado.
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Fonte: Barómetro Informa DB de Julho de 2014.

segunda-feira, junho 23, 2014

Porquê a diferença?

No DN em "Número de insolvências aumenta 8,1% até Maio" lê-se:
"O número de insolvências de empresas em Portugal continua a subir, e nos primeiros cinco meses do ano o valor total registado no Ministério da Justiça aumentou 8,1% face a igual período do ano passado. Até maio deste ano foram registadas 3.797 insolvências de empresas em Portugal, de acordo com os mais recentes dados da IGNIOS, empresa especialista em soluções integradas de gestão de risco para o setor empresarial."
No Informa DB de Maio deste ano, na página 24 lê-se:
O que é que cada uma das empresas mede? Por que chegam a estes resultados opostos?

sexta-feira, março 02, 2012

O processo em curso

Enquanto por cá, segundo o Eurostat, o desemprego atinge a taxa de 14,8%.
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Enquanto por cá, segundo Instituto Informador Comercial, a cavalgada das insolvências continua, com um crescimento homólogo de 48% nos dois primeiros meses do ano.
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Entretanto, temos gente que vai fuçando, vai fazendo a sua parte de forma anónima:
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"As PME portuguesas querem aproveitar o forte crescimento do mercado interno de um país com mais de 190 milhões de pessoas, diz António Bustorff, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, afirmando que actualmente há "centenas ou mesmo milhares de PME que estão numa fase de prospecção de oportunidades de investimento e encontram no Brasil um mercado alternativo para o escoamento de produtos"."
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Os resultados continuam a acontecer, segundo o Eurostat:
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"Fábricas: Portugal é o 2º país com maior subida na produção" em Janeiro de 2012.
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Talvez faça sentido recordar a abertura do capítulo 1 de " Built to change : how to achieve sustained organizational effectiveness " de Lawler e Worley..
"All organizations are experiencing a business environment characterized by rapid change. This is not news to most people— their lives have changed because of it. What may be news is just how much the speed of change has increased. An analysis of Fortune 1000 corporations shows that between 1973 and 1983, 35 percent of the companies in the top twenty were new.
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The number of new companies increases to 45 percent when the comparison is between 1983 and 1993. It increases even further, to 60 percent, when the comparison is between 1993 and 2003. Any bets as to where it will be between 2003 and 2013? An early indicator is that the 2004 list shows a 10 percent change in comparison to the 2003 list."
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Sim, eu sei os números deles são sobre mega-corporações. A ideia, é pensar que estamos a assistir a uma reformulação do tecido empresarial português, virado para fora, muito mais à custa de capitais próprios. 
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A dimensão dessa reformulação hoje, é tanto maior, quanto a dimensão do apoio insustentável que alguns sectores tiveram na última década e meia. Os sectores associados aos bens transaccionáveis, lançados aos lobos, já terão feito parte importante da transformação. Os sectores que viviam do consumo interno e do "so-called investimento público" estão em pleno choque violento contra a parede.
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BTW, já sofro com a futura marretada que estas empresas anónimas que estão a salvar o país vão sofrer, quando a troika se for embora, para suportar o regresso aos direitos adquiridos de quem não corre o risco do desemprego.
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BTW, quando Silva Lopes, citado por Pedro Santos Guerreiro, diz " ou se descem salários ou teremos fábricas de desempregados"... é porque ainda não olhou para os números atuais, ainda fala de cor baseado nos números de antigamente, convinha estar atento à evolução do padrão do desemprego.


quinta-feira, dezembro 01, 2011

Stop digging!

Como comparo a Economia à Biologia, estes acontecimentos:
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"Já por setores de atividade, os com maior número de insolvências neste período foram a indústria transformadora (973), a construção e obras públicas (832), os serviços (662), o comércio por grosso (659) e o comércio a retalho (639). Em termos percentuais, os setores que apresentam um maior aumento foram a electricidade, o gás, água (333,3%) e a agricultura, caça e pesca (90,6%)."
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São equivalentes a uma grande mortandade... São sectores a sofrerem fortes transformações.
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Acham que em Lisboa, na AR ou no governo, alguém faz uma ideia desta revolução, do seu significado, do seu impacte?
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Ainda acham que os salários não vão baixar? 
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Mas mais estranho, ainda, é, empresários do sector continuarem a olhar para o futuro como uma repetição do passado, após esta confusão por que passamos actualmente.
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Pensem bem... a EDP propõe-se pagar juros de 6% por obrigações a 2 anos. A EDP deve cerca de 15 mil milhões de euros. Será que vai continuar com o ritmo de obras do passado?
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A construção civil não deve retomar nos próximos anos...
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Stop digging!
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Trecho retirado de "Insolvências aumentam 35,8%"