segunda-feira, março 29, 2010

Parte II - Concentração e aposta no lado errado

Continuado da parte I.
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O texto do semanário Vida Económica "Pequenos empresários melhoram eficiência das suas empresas" é um texto que aponta e a ajuda as empresas e os empresários a concentrarem-se no lado errado.
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Ronald Baker no seu livro "MEASURE WHAT MATTERS TO CUSTOMERS USING KEY PREDICTIVE INDICATORS" é muito mais eloquente do que eu nesta minha batalha para mudar o modelo mental dominante neste país.
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"When you think about the traditional theory of an enterprise, you would no doubt construct a model similar to this:

Revenue = Capacity X Efficiency X Cost-Plus Price

Efficiency is a word that can be said with perfect impunity, since no one in their right mind would dispute the goal of operating efficiently. In fact, it is well known that in free market economies, efficiency is critical, as it ensures a society’s resources are not going to waste. It is also well established that different levels of productivity largely explain differences in wages across countries. An American farmer will earn more plowing with a tractor than a Cuban farmer with an ox and hand plow; the American farmer is more productive, hence higher wages and more profits.

There is no doubt that increasing efficiency—or at least not sliding into inefficiency—is important. But the pendulum has swung too far in the direction of efficiency over everything else. It seems innovation, dynamism, customer service, investments in human capital, and effectiveness have all been sacrificed on the altar of efficiency. It is critical to bear in mind that a business does not exist to be efficient; rather, it exists to create wealth for its customers. This wealth creation function can be thought of as the difference between the maximum price a customer would be willing to pay minus the opportunity costs of the activities necessary to bring to market the product or service.

Peter Drucker was fond of pointing out that the last buggy-whip manufacturers were models of efficiency. So what? What happens if you are efficient at doing the wrong things? That cannot be labeled progress. In fact, one indicator an industry is in the mature or decline stage of the product/service life cycle is when it is at the apogee of its theoretical level of efficiency.

The point is this: In industry after industry, the history of economic progress has not been to wring out the last 5 to 10 percent of efficiency, but rather to change the model to more effectively create wealth."

Continua.

domingo, março 28, 2010

Acerca do I e D

Trecho retirado de "Como reduzir o défice externo em Portugal?"

publicámos recentemente um artigo em que demonstrámos que a maior produtividade das empresas exportadoras em relação às não exportadoras resulta do maior investimento em I&D (investigação e desenvolvimento) das primeiras.(Moi ici: A realidade é tão complexa… para podermos exportar temos de ser capazes de oferecer algo de forma competitiva. Se exportamos é porque somos competitivos. Se somos competitivos é porque ou vendemos mais barato ou vendemos coisas diferentes. Ao vender coisas diferentes sobe-se na escala de valor, trabalha-se no numerador mais do que no denominador (ver marcadores abaixo), para vender coisas diferentes tem de haver um qualquer investimento em I&D. Para vender mais barato de forma sustentável só há uma via, aumentando o investimento em I&D. BTW, o que propõe o presidento do Forum para a Competitividade? Falo do Forum para a Competitividade não falo de uma qualquer conversa de café … “aumentar a competitividade reduzindo salários!!!”. O que é que estraga todo este raciocínio? ( o meu e o do autor) Já o escrevi aqui há anos… os portugueses são bons a abrir fronteiras, a desbastar novas terras, a ir à frente, a explorar (na linguagem de March, os portugueses são bons na exploration e fracos na expolitation. Embora, também possa dizer que os incumbentes confiam demasiado na exploitation e pouco na exploration) por isso, há cada vez mais empresas a exportar para Angola, não por causa do I&D mas por causa da língua comum, mas por causa do gerente que pôs a mochila às costas e foi à luta.) A ligação entre competitividade e exportações é, por isso, central para o debate em torno do défice externo português. De facto, a melhor maneira de resolver de forma sustentável este problema é através de uma melhoria da competitividade das exportações nacionais. Isto, no entanto, só será possível se as empresas portuguesas apostarem mais em I&D.

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Apesar de, nos últimos anos, Portugal ter assistido a progressos significativos nesta área (de 2004 a 2007, o investimento em I&D aumentou de 0,77 por cento para 1,51 por cento do PIB), tal não é ainda suficiente. Na verdade, o investimento em I&D em Portugal ainda se encontra abaixo do da OCDE, que é de 2,28 por cento do PIB. Para além disso, enquanto em Portugal a maior parte do investimento em I&D provém de subsídios estatais (59,8 por cento do total), na OCDE acontece o contrário (28,1 por cento do total). Isto é uma desvantagem, uma vez que a evidência empírica mostra que os subsídios à I&D não são eficazes no aumento da produtividade das empresas. (Moi ici: Quem atribui os subsídios? Qual a sua experiência de vida? Que critérios são usados para atribuir os subsídios? O que é verdadeiramente inovador começa de pequeno, dirige-se a um mercado pequeno e, por isso, não é atraente para os números de empregos a criar nos critérios políticos. Por outro lado, o que é verdadeiramente inovador demora mais tempo a produzir resultados do que o previsto nos critérios. E até que ponto o subsídio não é uma ajuda encapotada à manutenção da realidade actual?) Primeiro, os subsídios tendem a substituir - em vez de complementar - os fundos próprios das empresas. Segundo, dada a incerteza associada à continuidade no futuro dos subsídios, estes não são utilizados pelas empresas como parte de uma estratégia de longo prazo de aumento da competitividade.

No entanto, basta observar que o sector com um maior crescimento nas exportações em Portugal tem sido o farmacêutico, onde a I&D é central. (Moi ici: Este parágrafo preocupa-me… quer dizer que o autor não conhece a realidade. Olha para as estatísticas e, depois, soma-as a um punhado de estereótipos acerca das farmacêuticas… Para que mercados é que estão a exportar? E que princípios activos estão a exportar? Suspeito que as respostas são: África e América Latina e genéricos) Contudo, continuam a existir muitas resistências por parte dos agentes económicos nacionais a uma reorientação para sectores intensivos em I&D. (Moi ici: Não temos qualquer hipótese, no curto-prazo, para sectores intensivos em I&D, basta atentar no caso único da Bial… o tempo que demora a colher os primeiros frutos é, com sorte, demasiado longo. O que sugiro é, a partir dos sectores tradicionais, dentro dos sectores tradicionais, subir na escala de valor e, para isso recorrer à I&D) Por um lado, os empresários portugueses não têm uma cultura de I&D, uma vez que, no passado, se habituaram a ajudas à competitividade, como subsídios, salários baixos e desvalorizações competitivas. (Moi ici: Enquanto o Estado não deixar de apoiar empresas por tudo e por nada e não se criar um simplex para o encerramento rápido de empresas, continuaremos a ter a economia do passado a sugar os escassos recursos necessários para criar a economia do futuro e com futuro.)

sábado, março 27, 2010

Parte I - Concentração e aposta no lado errado

Para já sem comentários, o trecho retirado do Vida Económica:
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"A maioria dos pequenos empresários (53%) acredita que economizar é a melhor estratégia para manter o seu negócio no actual clima económico, de acordo com um estudo acabado de lançar pela Brother International Corporation. O estudo, intitulado «Brother Small Business Survey», revelou ainda que a maior parte dos pequenos empresários (79 %) vai tentar tornar o seu negócio mais eficiente no decorrer deste ano.
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«Os pequenos empresários sentem-se extremamente ansiosos relativamente à economia e ao seu negócio. Desta forma, estão a economizar o seu dinheiro de forma a garantir que possam sobreviver à crise económica e a posicionar-se para o sucesso a longo prazo», disse John Wandishin, director de marketing de produto e comunicações da Brother International Corporation. «Para ajudar a reduzir os custos, os empresários estão a procurar formas de tornar o seu negócio mais eficiente e uma das formas é através do investimento em equipamentos e consumíveis para a empresa que são fiáveis e irão proporcionar-lhes o melhor retorno do seu investimento».
O estudo revelou ainda que os pequenos empresários estão a considerar tomar medidas drásticas e desesperadas para ajudar a manter o seu negócio. Um exemplo da pressão que sentem é o facto de 15% mencionarem que abdicariam de 10% da sua empresa em troca da garantia que seriam protegidos dos efeitos negativos da economia em 2010. Dos pequenos empresários inquiridos, 51% afirmam que o seu nível de stress nunca foi tão elevado como agora e cerca de 48% pensa na sua empresa antes de adormecer.
A maioria dos pequenos empresários acredita que trabalham mais horas do que se estivessem a trabalhar por conta de outros, metade dos inquiridos aprecia a flexibilidade relacionada com o facto de deter a empresa e um terço admite que a empresa é uma paixão."
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O que é que eu critico no PEC? Tratamento dos sintomas sem ir às causas-raiz.
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Continua.

Iceberg? Prefiro mais da imagem do verdelhão

"Vieira da Silva lembrou que a recuperação da economia está dependente das indústrias de bens transaccionáveis, com capacidade de exportar, mas na actual situação as empresas com esse potencial (oito por cento do total) representam apenas a parte emersa do iceberg. Para o ministro, é no desenvolvimento deste segmento que está "a base de boa parte do sucesso" da economia do Norte e do país."
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Prefiro a imagem do verdelhão.
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As PMEs produtoras de bens transaccionáveis são os verdelhões que têm de alimentar o cuco (Estado e empresas do regime).
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Texto retirado daqui.

O poder da inércia e as bolhas

Esta notícia "Centros comerciais batem recorde", bem como esta "Sonae Sierra inaugura hoje maior centro comercial de Leiria" não podem deixar de me fazer recordar este postal sobre a inércia.
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Como nos desenhos animados, trava-se (?) mas só se pára muito tempo depois...
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Há que melhorar a capacidade de cenarização e futurização.
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Ou seja, num país com 10% de desempregados, num país com um deficit comercial monumental, num país com um baixo PIB per capita, isto "Portugal bate recorde europeu na abertura de shoppings" cheira-me a bolha.

sexta-feira, março 26, 2010

Esquizofrenia analítica... por causa de 0,6%

Ontem de manhã, nas rádios, fui bombardeado nos vários noticiários com as palavras do ministro da Administração Interna sobre os números da "Criminalidade violenta e grave" incluídos no Relatório Anual de Segurança Interna -2009".
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O que foi dito e, sobretudo, a entoação com que foi dito, por causa de uma redução de 0,6% no número total de crimes, violentos e graves, fez-me desconfiar da esquizofrenia analítica.
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Ao final do dia consegui recolher os dados do período 2003 a 2009 o que me permitiu fazer uma análise do comportamento estatístico.
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Para a carta do valor individual e da amplitude móvel obtive os seguintes resultados:
Conclusão?
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Treta...
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Nos últimos 7 anos não houve alterações no nível da criminalidade violenta e grave.
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Ou seja, mais um caso de esquizofrenia analítica.

quinta-feira, março 25, 2010

Modelos mentais e intuições de políticos

E quais são os modelos mentais e as intuições dos políticos que ocupam o ecossistema de oposição e situação em Portugal?
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"José Sócrates pode sublinhar a sua eficácia a reduzir o défice, mas os mercados desconfiam. Não de Sócrates, mas do modelo político em que o dinheiro dos impostos financia as necessidades do Estado. Há já quem brinque que o único negócio com lucro neste momento de crise é cobrar impostos. Basta mandar, que a factura sobe.
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É isso que traduz grande parte do Programa de Estabilidade e Crescimento, o mesmo que as oposições parecem decididas a deixar passar para uma fase legislativa. Não deviam: não porque tenha erros, mas porque desvaloriza a importância que os mercados dão hoje ao modelo de Estado que cresce à custa de impostos."
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Este é o modelo mental que partilham e defendem, todos.
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O livro "Creative Destruction - Why Companies That Are Built to Last Underperform the Market - and How to Successfully Transform Them", de Richard Foster e Sarah Kaplan, faz uma boa descrição do perigo de "lock-in" dos modelos mentais.
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"“Cultural lock-in” – the inability to change the corporate culture even in the face of clear market threats – explains why corporations find it difficult to respond to the messages of the marketplace. Cultural lock-in results from the gradual stiffening of the invisible architecture of the corporation, and the ossification of its decision-making abilities, control systems, and mental models. It dampens a company’s ability to innovate or to shed operations with a less-exciting future. Moreover, it signals the corporation’s inexorable decline into inferior performance.”

“The heart of the problem is the formation of hidden sets of rules, or mental models, that once formed are extremely difficult to change. Mental models are the core concepts of the corporation, the beliefs and assumptions, the cause-and-effect relationships, the guidelines for interpreting language and signals, the stories repeated within the corporate walls.”

““… mental models the “theoretical frameworks that help investors better understand the world.”
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"Mental models are invisible in the corporation. They are neither explicit nor examined, but they are pervasive. When well crafted, mental models allow management to anticipate the future and solve problems. But once constructed, mental models become self-reinforcing, self-sustaining, and self-limiting. And when mental models are out of sync with reality, they cause management to make forecasting errors and poor decisions. The assumption of continuity, in fact, is precisely the kind of disconnect with reality that leads corporations into flawed forecasting and poor decisions.”
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Mintzberg dá o exemplo das palas nos cavalos, perde-se a capacidade de visão a 360º e fica-se apenas preso a olhar em frente, apesar do mundo em volta mudar e exigir novas respostas.
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Como é que se quebram estes modelos mentais?
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Quando se embate violentamente contra a parede da realidade!!! Como o Sporting, e o FCPorto que, tudo indica, na próxima época vão seguir um novo modelo de negócio.
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BTW, recordo as palavras de José Sócrates na última entrevista televisiva que deu. Disse qualquer coisa como "Poupança. Que horror! Dinheiro parado no banco" e as palavras sábias de Avilez Figueiredo:
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Aqui, como no resto da Europa. Comprar dinheiro, e existir quem o venda pelo justo valor, é um dos activos mais determinantes das economias modernas. É por isso que é tão importante incentivar a poupança - dinheiro gera dinheiro é ditado antigo."
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Trechos retirados de "Portugal assusta América"

Intuição e modelos mentais

E como é alimentada a intuição?
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O que está na base do iceberg de Senge? (aqui e aqui)
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Os modelos mentais!
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"Experts are not just accumulating experiences. People become experts by the lessons they draw from their experiences, and by the sophistication of their mental models about how things work."
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"Mental models are developed through experience—individual experience, organizational
experience, and cultural experience. The richer mental models of experts ... include more knowledge and also enable the experts to see more connections. These are two defining features of complexity.
The mental models of experts are more complex than those of other people."
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"With experience we learn more and more patterns. These patterns let us size up situations quickly and accurately. The experience and the patterns enable us to judge what to pay attention to and what to ignore. That way, we usually reserve our attention for the most important cues and aspects of a situation. However, if the situation is deceptive or is different from what we expect, we may focus our attention on the wrong things and ignore important cues. That’s why the concept of ‘‘mindsets’’ creates so much controversy. Our mindsets frame the cues in front of us and the events that are unfolding so we can make sense of everything.
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Experience and patterns produce mindsets. The more experience we have, the more patterns we have learned, the larger and more varied our mindsets and the more accurate they are. We depend heavily on our mindsets. Yet our mindsets aren’t perfect and can mislead us.
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With more expertise, we may become more confident in our mindsets, and therefore more easily misled. As we saw in the previous chapters, every mechanism has limitations.
The mindsets that reflect our experience and power our expertise can, on occasion, cause our downfall. Mindsets aren’t good or bad. Their value depends on how well they fit the situation in which we find ourselves. Mindsets help us frame situations and provide anchors for making estimates."
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É também por isto que fico com os cabelos em pé quando olho para os curricula dos políticos que nos governam, por exemplo aqui e aqui.
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Que modelos mentais é que esta gente transporta? O que é que as habilita a exercer o poder nos tempos que correm? Como é que vêem o mundo?
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Como escreveu Joaquim Aguiar, somos governados por funcionários.
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Trechos retirados de "Gary Klein retirado de “Streetlights and Shadows - Searching for the Keys to Adaptive Decision Making”"

O que significa ter uma moeda forte

1.Escreve Martin Wolf:
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"What the German government is saying is that the eurozone must become a greater Germany." (aqui)
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Must become a greater Germany... o que tenho escrito ao longo dos anos? Somos todos alemães!
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2.Quando a Eslováquia entrou na zona euro escrevi o "Somos todos alemães!", pelas notícias de ontem:
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"Considerando os “ratings” da Fitch, só a Grécia, Eslováquia e Malta têm pior notação financeira que Portugal," (aqui)
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Ou seja, tudo leva a crer que a Eslováquia, com a entrada na zona euro também pôs fim a uma década de saboroso crescimento. E prova, IMHO, que teria sido indiferente para Portugal que a entrada na zona Euro tivesse sido feita com um escudo mais desvalorizado face ao marco alemão.
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3.Um terceiro factor já aqui avançado no blogue:
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quarta-feira, março 24, 2010

Pensamento sistémico

Acabo de fazer 40 minutos de jogging debaixo de uma saborosa chuva miudinha...
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O momento ia sendo estragado por uma entrevista do RCP a um tal de Jorge Sampaio, enviado especial da ONU para o combate à tuberculose. Segundo esse enviado, há que investir em novos medicamentos para combater a tuberculose multi-resistente.
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Mais um evento que emerge de um padrão conhecido, é o mesmo comportamento que gera os PEC's que conhecemos... tratamento sintomático em vez de ir à causa-raiz.
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Em 1999, num quiosque (num quiosque?!) no aeroporto de Los Angeles comprei um livro de Peter Senge que esteve na berra durante essa década "The Fifth Discipline".
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Esse livro, se bem me lembro, começava com a descrição de um jogo e, depois, descrevia o sistema que estava por trás da corrida aos armamentos entre americanos e soviéticos. É esse mesmo arquétipo que está a alimentar o pensamento do enviado especial da ONU.
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Quando se vai à causa-raiz, normalmente a solução até é mais barata está é bem escondida e é preciso "descascar várias camadas de cebola".
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Por que é que existe tuberculose multi-resistente? Como é que ela surge?
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Claro que é muito mais fácil e caro gastar/investir no tratamento dos sintomas.

Ah, se fôssemos mais produtivos !

Está tudo aqui nesta coluna de opinião "Ah, se fôssemos mais produtivos !" do imperdível Camilo Lourenço.
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A referência ao negócio de volume das multinacionais alemãs onde fez sentido a contenção salarial.
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A referência aos hidden-champions que se concentram na criação de valor e não nos custos: "Os alemães conseguiram um notável aumento da produtividade. E o mais interessante é que essa melhoria aconteceu no Mittelstand (PME), a espinha dorsal da economia alemã, e não apenas nas multinacionais."
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Não sou economista mas suspeito que as sebentas das universidades ainda não traduzem a nova realidade económica decorrente de um mundo competitivo onde a oferta é maior que a procura, onde o valor não resulta da equação, custo + um cheirinho, mas da capacidade de seduzir o comprador, da protecção do know-how, da confiança, da diferença...

Benjamim Zander

Gosto da mensagem desta pessoa: "Benjamin Zander, maestro".
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Aquela estória da sobrevivente de Auschwitz quase no final...

Para lá da razão

“We need to blend systematic analysis and intuition. Neither gives us a direct path to the truth. Each has its own limitations.
Analytical and statistical methods can pick up subtle trends in the data that our intuitions would miss. They can show us when the regularities we think we see are really just chance connections. They can help up appraise the size of different effects so we can take the effects into account more accurately. On the other hand, analytical methods often miss the context of a situation, and they can result in misleading recommendations.
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Intuitive judgments reflect the experiences we’ve had and can help us respond quickly to situations. They are sensitive to context and nuance, letting us read situations and also read other people. We can make successful decisions without using analytical methods, but we cannot make good decisions without drawing on our intuitions. Yet our intuitions aren’t foolproof, and we always have to worry that they are going to mislead us.
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Research showing that a statistical formula can outperform an expert doesn’t mean that the expert is flawed. It just means that the statistics do better in certain types of circumstances. Analytical methods can sometimes outperform experts, particularly if these methods improve on the judgments made by experts, but the methods may not be as valuable as their developers argue.”
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Trecho de Gary Klein retirado de “Streetlights and Shadows - Searching for the Keys to Adaptive Decision Making”
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Admitamos que o mundo lá fora existe!
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Os humanos usam os seus sentidos para operarem no mundo. Os humanos usam a razão para operarem no mundo. Contudo a razão, por mais preciosa que seja, e é, não passa de uma ferramenta tosca incapaz de perceber o mundo na sua complexidade.
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Assim, quem confia apenas na razão… vai entrar em contradição, mais tarde ou mais cedo, por que confia numa ferramenta incompleta, vai cair numa teia e perder o pé.

Um exemplo concreto

Trata-se de um simples exemplo, é um evento, um caso que emerge de um padrão (lembro-me da Sonae Sierra em tempos), que resulta de uma estrutura sistémica, que assenta num modelo mental de monopolista normando.
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"A empresa anunciou, em comunicado, que "acaba de sair" do Aeroporto de Lisboa, que mantinha como base operacional desde há 16 anos. Decisão provocada pelo facto de a ANA ter "aumentado, a meio de um exercício anual, as tarifas dos serviços de assistência em escala quarenta vezes mais", aplicando o que a Euroatlantic classifica como "taxas escandalosas"."
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Aqui, na cidade onde vivo, a câmara municipal resolveu duplicar o valor do aluguer anual dos quiosques, isto há cerca de dois anos, resultado: vários quiosques fecharam.

terça-feira, março 23, 2010

Calçado

"Calçado diminui exportações mas aumenta países de destino"
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Alguns números:
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"a indústria portuguesa, que exporta mais de 96 por cento da sua produção"
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"o preço médio do calçado exportado aumentou 2,1 por cento, para 20,38 euros, o segundo maior a nível mundial, apenas sendo superado por Itália."
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"as importações de calçado recuaram 7,6 por cento, para 398 milhões de euros (valor que corresponde sensivelmente a um terço do total exportado por Portugal"

Há que escolher!!! (parte III)

Mais um exemplo retirado do livro de Hermann Simon "Hidden Champions of the Twenty-First Century Success Strategies of Unknown World Market Leaders" que aponta para a necessidade de fazer escolhas sobre onde competir:
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"There are three relevant providers in the market: Konrad (K), Rextar (R), and Aspen (A) (names changed by the author). The market is subdivided into four product segments and four customer segments, giving the competition map 16 cells in all. Fig. 11.10 summarizes the results of the assessment. The letter in each cell shows which company offers the greatest value to customers and is therefore typically the market leader.
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Traditionally, all three competitors aimed to cover as much of the market as possible, being active in every segment and selling the maximum number of units in order to take advantage of economies of scale. This strategy was not particularly successful, because each company had limited resources (for R&D, distribution channels, service, and so on) and one competitor might simply offer greater customer value in a particular cell.
Market shares were fiercely contested, which in turn ruined margins. The competitors therefore started to focus. If we look at the situation shown in


Fig. 11.10, we see that the overall market leader Aspen, a genuine hidden champion, is no longer present in the two right columns of the competition map. Several years ago, Aspen, which is primarily renowned for the quality of its engines but otherwise delivers few frills, withdrew from the full-equipment and turbo/high-performance product segments. The company now concentrates on its four “natural spaces” (each shown with an A) in the two left columns, namely large and small engines for professionals and brand-oriented customers. All of its resources, from R&D to marketing and advertising, are channeled into these segments. The segments of semi-professionals and private customers are of secondary importance, unless these customers are extremely brand-oriented with a correspondingly high willingness to pay. In contrast to Aspen, Rextar and Konrad are less clearly positioned. These companies waste considerable resources on fighting for the cells in the two right-hand columns, which Aspen no longer actively pursues. Konrad is stuck in several less attractive segments and attacks Rextar in the cell of small engines for private customers, apparently to gain leadership in the entire noncommercial segment. Rextar hits back in several cells, repeatedly resulting in price wars and other forms of ruinous competition. So while Rextar and Konrad are fighting price wars in several segments, Aspen keeps its distance. Each company must respect the “natural spaces” of the others. Konrad and Rextar refrain from attacking Aspen’s natural space, while Aspen controls the competition and does not become a pawn in their game. This is the role for which a genuine hidden champion should strive."
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E ainda há quem perceba o alcance da mensagem de Hill "As encomendas mais importantes são aquelas que recusamos"

Palavras para quê (parte II)

Este título "ANA cobra tarifas 30% a 200% mais caras que aeroportos espanhóis" faz recordar os números deste postal "Palavras para quê"

segunda-feira, março 22, 2010

O folclore da auto-avaliação nas escolas

Sábado passado ao almoço brinquei com o meu filho:
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- Tens de estudar durante o fim de semana para os testes da semana que vem! (Eu já sabia a resposta)
- Ui ui, para a semana já não tenho testes, são só auto-avaliações...
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A minha mente começou então a divagar... auto-avaliação?
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Uma auto-avaliação é uma avaliação feita pelo próprio. OK... avaliação pressupõe uma comparação com um referencial.
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Qual o referencial?
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Como é possível fazer uma auto-avaliação sem um referencial? Folclore!!!
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E se no início de cada período lectivo fosse solicitado ao aluno que escrevesse a nota que queria ter e, por que é que iria merecer essa nota. Então, no final do período o professor podia devolver-lhes o desejo inicial (o referencial) e pedir a cada aluno que comparasse o que aconteceu com o seu referencial estabelecido por si.
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Isto não só não seria folclore como promoveria:
  • o pensamento em relações de causa-efeito;
  • o reforço do locus de controlo interno;
E despromoveria a facilidade com que se destrói o conceito de avaliação ao associar a avaliação a um referencial.

Para reflexão

"Gaps in the eurozone ‘football league’"
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"German Central Bank Admits that Credit is Created Out of Thin Air"

Há que escolher!!! (parte II)

Continuado.
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Na revista Harvard Business Review de Março, encontrei um artigo de Pankaj Ghemawat "Finding Your Strategy in the New Landscape" de onde retirei este trecho:
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"Now that the bubble has burst, many firms are being reminded that a significant portion of their global operations subtract, rather than add, economic value. This isn’t just a result of the crisis; it was true in the years leading up to the downturn. Of course, some global investments will pay off in the long run. Nevertheless, in a postbubble world, where the cost and even the availability of capital are issues, firms will need to be more ruthless about terminating long-standing loss makers—and more selective in pursuing new opportunities. Some of this selectivity can be imposed by raising hurdle rates and tightening assumptions around terminal values."
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Leio estas palavras e recordo de imediato "Não há almoços grátis: Há que optar" de onde retirei esta imagem:
A exigência de rentabilidades superiores implicará maior pureza estratégica, implicará escolher e seleccionar onde actuar. É a única via para aumentar o nível de vida dos trabalhadores sem prejudicar a competitividade... E o que fizeram as empresas alemãs?
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Voltando às ideias de Medina Carreira no último Plano Inclinado nada melhor que este texto "Paul Krugman's Anti-China Protectionism Is The One Big Threat To The "Muddle Through""
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Continua.

domingo, março 21, 2010

Bem vinda!

Patriotismo, infantilização e verdade

Estava a ler este artigo "A claim of patriotism is the last refuge of a busted government", no Telegraph inglês, quando o pop-up do Twitter me anunciou este atigo no Público "José Sócrates: PEC deve ser assumido “pelo país”".
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"Financial markets have little difficulty seeing through the assurances of a discredited administration. Disingenuous promises of solidity backfire, as was pointed out by Robert Johnson, a former chief economist to the US senate banking committee: “In trying to soothe markets, officials often elevate the sense of unease. Investors in uncertain times ask themselves: 'Why do they feel the need to reassure us? Are they not just drawing attention to how anxious things really are … Is this talk a substitute for concrete action?’ ”"
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Outra semelhança, acerca da infantilização do eleitorado:
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"In keeping with his rivals, Alistair Darling and George Osborne, Mr Cable fears telling us the truth. He dreads the impact it will have on an infantilised electorate, trained by Labour to believe that it can keep demanding more and more, because there will always be another fool to foot the bill. Very soon cruel reality will smash this illusion." (Trecho retirado daqui.)

Há que escolher!!!

A revista The McKinsey Quarterly em 2005 publicou o artigo "The vanishing middle market", também Bruce Chew no artigo "The Geometry of Competition" desenvolveu o mesmo tema.
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O espaço competitivo em que as empresas cada vez mais competem é uma paisagem que já não dá vantagem a quem compete na média, no meio termo. Ou se é bom no nicho topo de gama, ou se é bom no grande volume de preço mais baixo e ponto.
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Muitas empresas, apesar da abertura de fronteiras com a adesão à UE, continuaram na modorra de produzirem para os mesmos clientes de sempre, na média, para conseguir ir a todas ("Você está a dizer que é preciso dizer que não a alguns clientes?!")
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Com a polarização dos mercados só há uma forma de agir.
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Escolher!
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Especializar-se na gama alta do mercado, ou especializar-se na gama baixa do mercado. (A Electrolux soube como jogar com as duas realidades ... Ah! Isto faz-me lembrar a Saloio... aqui e aqui)
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A estrutura-base da economia alemã é composta pelas empresas pequenas que apostam no nicho da gama alta (há 20 anos interrogava-me "Como é que as empresas alemãs podem ter sucesso se são mais caras e arrogantes?" Hoje percebo muito bem. E a arrogância que eu via não era arrogância, era concentração no cliente-alvo e não entrar pela customização que o cliente não está disposto a pagar) e pelas gigantes (como a VW) normalmente concentradas no negócio do preço (comparar a diferença nos lucros entre a VW e a Porsche... bem me dizia um colega da indústria automóvel, há cerca de 15 anos "A industria automóvel é a indústria do tostão")
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Voltando ao livro de Hermann Simon "Hidden Champions of the Twenty-First Century":
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"Numerous hidden champions take their market definitions even further and specialize in extremely narrow niches. Some “create” their markets so that there are no real competitors and they have 100% market share. The list of such companies adds up to hundreds."
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Especialização é a receita, e especialização é uma outra forma de identificar e concentrar tudo no cliente-alvo.
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Na base da especialização estão abordagens como:
  • "patent protection,
  • powerful trademark or logo,
  • intensive relationships and familiarity with customers, and
  • artistic designs with frequent updates."
Especialização não é volume:
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"Superniches limit growth opportunities and make the deliberate decision not to grow, ..., an obvious choice. Size and niche can conflict with one another."
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Não é preciso ser gigante.
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Perante este cenário o que é que aconteceu, os alemães colhem o mercado da gama alta e os chineses o da gama baixa. As empresas que não se especializam... ficam presas e atoladas no pântano do mercado do meio-termo e levam porrada de um lado e do outro.
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A teoria de Helena Garrido, de Vitor Bento e de Daniel Amaral entre outros é que é preciso baixar salários... para competir com os chineses.
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A teoria de Medina Carreira ontem no Plano Inclinado é a do proteccionismo...
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Não resulta!

sábado, março 20, 2010

IMHO a solução não passa por aí...

Ao ler este artigo de opinião de Helena Garrido no Jornal de Negócios "Ah, se os alemães fossem às compras como nós..." não consigo deixar de fazer o paralelismo com aquela ideia "Não vale a pena impedir a entrada de imigrantes pois eles vão fazer os trabalhos que os nacionais se recusam a fazer."
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Ainda há meia dúzia de meses os mesmos que defendem estas ideias andavam com o governo nas palmas por este apoiar a substituição de carros velhos por carros novos... quem fabrica grande parte desses carros? Os alemães e os franceses!!!
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E onde está a abordagem do factor demográfico e do seu impacte no consumo e na poupança?
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IMHO a solução não passa por aí, passa por reconhecer quais as implicações de uma moeda forte e de quais as situações em que é viável competir com esse factor. Os macro-economistas só vêem um caminho, a deflação... o que só nos levaria a um empobrecimento garantido como o que está a acontecer com os japoneses nas últimas décadas.
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IMHO a solução passa por nos concentramos na criação de valor e não na redução de custos. IMHO a solução passa por pensarmos e agirmos como os alemães.


Acerca da formulação de estratégias

Hermann Simon no seu livro “Hidden Champions of the Twenty-First Century” escreve estas palavras acerca da estratégia:

“Strategy is the art and science of developing and employing a company’s resources to secure profitable, long-term survival. As strategy itself always implies creating something original and different, strategy development cannot be a pure science. The French philosopher Henri Bergson pointed out in 1907 that science must deal with repeatable phenomena if new laws are to be discovered. Strategy, on the other hand, cannot be repeated or imitated. The great error of many strategists is that they are continuously looking for the laws of strategy. They study the success stories of yesterday in order to imitate them. This is the wrong course, even if it involves following the lead of the hidden champions. Superior strategies result only from creativity, originality, and lateral thinking. An American proverb states, “Find out what everybody else is doing, then do it differently.” The only problem is that no one tells us what “differently” means. We have to find this out for ourselves.”

Algumas sugestões para a formulação da estratégia:

There is not even a standard procedure for strategy development. The right approach, taking either the market or the company’s competencies as a starting point, must be determined for each case individually.

Despite this warning against one-size-fits-all approach, the strategy development process usually encompasses the following stages:

  • Analyzing the current position: Where do we stand?
  • Setting strategic goals: Where do we want to go?
  • Defining the business/market: What is our business? In which market do we want to do business?
  • Analyzing internal competencies: What are we capable of? What skills do we have? Innovativeness, financial resources, and personnel are examined here.
  • Analyzing the market/customers: How large is our market? How quickly is it growing? Who are the customers? What do they expect from us? How much are they willing to pay?
  • Analyzing the competition: Who are our current and potential competitors? What are our competitive advantages and disadvantages? This aspect includes the issue of costs.
  • Establishing plan of action: Who will do what, and when?
  • Anticipating outcome analysis/forecast: What outcomes do we expect?”

Eu prefiro começar pela definição dos clientes-alvo, prefiro começar pelo fim. Um negócio sustentável só o é se conseguir satisfazer um conjunto de clientes-alvo. Esses clientes-alvo vão ficar satisfeitos em consequência de experiências que vão sentir com os produtos e serviços oferecidos. O que é que um negócio tem de fazer para proporcionar e comunicar essas experiências? Esta é a ponte para a identificação dos processos críticos. Daí vem o passo seguinte: Quais são as competências necessárias para satisfazer os clientes-alvo, ou seja, para operar esses processos críticos?

E como vamos fazer a diferença? Até pode ser pela relação que vamos criar, nutrir e desenvolver…

sexta-feira, março 19, 2010

Em vez de culpar a economia ou de pedir apoios, subsídios e proteccionismo...

Agarrar o touro pelos cornos, assumir os comandos do volante, fazer uso do locus de controlo interior e seguir em frente.
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And BTW perante "Crédito malparado volta a aumentar em Janeiro" convém ter em conta:
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"Banks don't want to hear sob stories. They just want their money, and they want to know you're getting serious about your financials. Keep an honest and dispassionate dialogue, and maybe, just maybe, they won't pull your line of credit. We're also asking vendors for a 90-day extension on the company's receivables. Creditors would rather see their money eventually than never, and most are agreeing to 60 days. We'll take it." (Aqui)

Há qualquer coisa que não bate certo

"Grecia amenaza con incumplir el plan de ajuste si la UE no sale al rescate"
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""Si tenemos que seguir endeudándonos con tipos de interés muy altos, y éste es el problema que tenemos, no podremos mantener la reducción del déficit, que queremos conseguir con estas severas medidas"."
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Há qualquer coisa que não bate certo neste discurso... se a Grécia não reduzir o deficit ainda vai pagar taxas de juro mais elevadas. Não percebo a lógica...

Qual é a estratégia?

Pergunta, e bem, Ricardo Arroja no Vida Económica "Qual é a estratégia?":
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"Ora, neste quadro de emagrecimento, a questão que se coloca é: donde virá o crescimento económico? Trata-se de uma questão essencial, pois, apesar das estimativas conservadoras do Governo, a verdade é que, depois dos dados referentes ao PIB, divulgados na semana passada, a economia portuguesa parece mais próxima de uma segunda recessão técnica do que de outra coisa qualquer. Assim, para que o PEC bata certo, o crescimento terá de materializar, caso contrário, lá estaremos a fazer contas de novo. (Moi ici: estamos sempre condenados a fazer contas de novo porque o PEC só faz o tratamento dos sintomas e não vai às causas-raiz) Deste modo, a única via, aquela que tem sido repetidamente apregoada como a panaceia para os nossos males, é o crescimento da economia a partir das exportações. Infelizmente, o PEC, ao aumentar a carga fiscal e ao manter os custos de contexto (leia-se, burocracia pública), nada faz para melhorar a posição competitiva das empresas portuguesas no mercado europeu, muito menos no mercado internacional, dominado pelos asiáticos. Por isso, pensar que nos safamos à custa das exportações é uma mera fantasia."
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No mesmo semanário encontro uma aproximação da resposta à pergunta de Arroja no artigo "Cotec apoia criação de projectos inovadores e de alcance global":
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O que vai fazer crescer a economia portuguesa são as empresas que ainda não existem». É desta forma que Daniel Bessa, economista e director-geral da Cotec, sintetiza a importância da inovação e do empreendedorismo para o desenvolvimento da economia nacional."
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Ontem numa empresa, por causa deste raciocínio, durante a realização de uma análise SWOT, aquilo que começou por ser apresentado como uma ameaça "A situação económica das empresas portuguesas (potenciais clientes)", transformou-se numa oportunidade "As empresas do futuro e com futuro vão ter de apostar no ..." porque vão ter de ser empresas diferentes com abordagens diferentes.
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quinta-feira, março 18, 2010

A coisa está a ficar preta...

Bolsa de Atenas afunda 4% e risco da dívida grega dispara

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Alemanha atira responsabilidade de salvar Grécia para o FMI

Euro escorrega com tragédia grega

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Grécia pede ajuda financeira aos líderes europeus

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Juros da dívida grega a dois anos disparam 32 pontos base

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Atenas lança novo "SOS" à Europa

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German Calls for Austerity Have Europe Grumbling

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Greek worries return to unsettle investors

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte V)

Continuado.
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- Mas por que é que dizem que a nossa proposta só ataca os sintomas?
- Na última auditoria da qualidade o auditor chagou-me a cabeça por causa disso, mas acabou por não escrever nada sobre isso no relatório final.
- Mas o que é que querem dizer com isso de atacar sintomas?
- Por que é que aumentou a quantidade de defeitos que entregamos ao cliente?
- Não sei, sei lá, eu só trato das compras de matérias-primas!
- Temos um problema chamado reclamação do cliente. Qual o sintoma, qual a manifestação da existência do problema?
- O aumento da quantidade de defeitos que entregamos ao cliente!
- E por que é que esse sintoma se está a manifestar?
- Sei lá! Se soubesse já tinha actuado!
- Mas nós já actuamos!
- Já?!?!
- Sim, ao reforçar o controlo da qualidade com a contratação de dois controladores. Só que essa acção representa um sacrifício da nossa margem sem ir ao âmago da questão que é "Porque aumentaram os defeitos que entregámos ao cliente?"
- Pois, gastamos dinheiro com mais controlo da qualidade e continuamos a produzir produto defeituoso, que controlamos e rejeitamos dentro da nossa casa. O cliente já não o recebe mas ele continua a acontecer.
- Com esta actuação fazemos um sacrifício e reduzimos o sintoma...
- Mas continuamos a produzir defeitos...
- Até parece a cena do PEC, o aumento de impostos é o mesmo que o nosso sacrifício da margem. Contudo, não se vai às causas.
- É como tomar uma aspirina para eliminar o sintoma da temperatura elevada... sem sabermos porque é que ela acontece.
- É só cosmética...
- É só cosmética...
- E como se vai ao âmago da coisa?
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Continua.

The Lunatics Have Taken Over the Asylum

Ao som desta música dos anos 80? ler estes delírios:
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Convém recordar "“The Roving Cavaliers of Credit”"

Para reflexão

Aqui.

Um conselho

Um conselho para quem tem de fazer apresentações "SYSTEMS THINKING: Death by bullet points"
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"In all fairness, PowerPoint is not the problem; operator error is what contributes to the dysfunctional communication in organizations."

Para reflexão

Neste artigo "E se o problema do euro estiver na Alemanha e não na Grécia?" há um factor que não é tido em conta... a demografia.
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Qual a idade média da população alemã?
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À medida que uma pessoa envelhece o perfil do seu consumo e da sua poupança vai-se alterando, se agregarmos os comportamentos de milhões de pessoas na mesma trajectória...

quarta-feira, março 17, 2010

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte IV)

Um parêntesis nesta estória só para encaixar este flash:
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Tal como um cliente ameaça um fornecedor que não quer ou não sabe melhorar o seu desempenho...
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"admitiu hoje que um país europeu seja obrigado, em último recurso, a sair da zona euro se, “repetidamente, não cumprir as condições” necessárias para se manter na moeda única."
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Faz lembrar aquela citação de Gertz e Baptista, qualquer coisa do tipo, "Cortar, cortar numa empresa até ao crescimento."
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O PEC de 2010 é só uma amostra do que aí virá em 2011 e 2012 e por aí fora.
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Pudera, se nos ficamos pelo tratamento sintomático.

Migração de valor

O desemprego, a incerteza quanto ao futuro, a desconfiança face aos políticos, o aumento dos impostos...
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Qual a reacção da massa de consumidores?
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A revista strategy+business vem recordar a migração de valor em curso, vem-nos ajudar a recuar e a perspectivar o conjunto. Para perceber a nova frugalidade, a migração de valor em curso.
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"A new frugality, characterized by a strong value consciousness that dictates trade-offs in price, brand, and convenience, has become the dominant mind-set among consumers in the United States — and probably in other wealthy countries as well. Two-thirds of American shoppers are cutting coupons more frequently, buying low price over convenience, and emphasizing saving over spending. Per capita consumption expenditure has declined across demographic groups. Consumer sentiment remains weak. These trends are not going to change, no matter the pace of economic change."
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"In short, the Great Recession has forced consumers to shift their behaviors, and many of these new behaviors will stay in place. As consumers persist in more frugal behaviors — such as trading down to private labels and buying packaged foods rather than eating out — companies that rely on pre-recession strategies and tactics will find themselves struggling against strong headwinds.
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Given the fundamental shifts in consumer behavior, consumer marketers and retailers — across categories as varied as food and beverage, home improvement, consumer electronics, and apparel — should be changing their product assortments, pricing strategies, advertising, and promotions. Companies that do this well will find the winds far more favorable, and they will prosper first and most in the new value-driven marketing environment."
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Trechos destacados de: "The New Consumer Frugality"

Para reflexão

"Martin Wolf: China, Germany Commiting World to Deflation"

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte III)

Voltamos à PME da parte II e à sala de reuniões onde está novamente reunida a equipa de Direcção.
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- O cliente não aceitou a nossa proposta!
- Não aceitou!?!?
- Dizem que a nossa proposta só ataca os sintomas...
- Só os sintomas? O que é que isso quer dizer?
- Dizem que a nossa proposta não é estrutural, não vai à raiz do problema. E mais, dizem que se estamos dispostos a aumentar os custos adicionando dois controladores da qualidade, então querem uma reunião connosco para discutir uma redução dos preços.
- Mas quem é que eles pensam que são? - Gritou o Director da Produção.
- Clientes que pagam a tempo e horas. - Respondeu o Director Comercial com um tom de voz destroçada.
- Mas por que é que dizem que a nossa proposta só ataca os sintomas?
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Continua.