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terça-feira, março 12, 2013

Mais tempo, mais agonia

Não podia estar mais de acordo com o editorial do Jornal de Negócios de ontem, assinado por Helena Garrido e com o título "Ganhos e perdas em tempos de troika":
"Devíamos ter tido mais tempo e mais dinheiro? Os economistas poderão um dia responder a esta pergunta: teríamos tido menos desemprego e menos recessão com mais tempo e dinheiro, para reequilibrar financeiramente o país? Intuitivamente a resposta é não. E não teríamos tido menos desemprego nem menos recessão pura e simplesmente porque a economia portuguesa estava apoiada em sectores como a construção que não conseguiam, mesmo com mais tempo e mais dinheiro, continuar a produzir."
Recordar que só nos dois últimos anos o sector da construção perdeu mais de 30% das pessoas empregadas.
"Basta falar com algumas empresas para percebermos que nem tudo corre mal e há negócios que correm até melhor. (Moi ici: Esta é a minha experiência pessoal, 2013 está a ser melhor que 2012. Qual será a representatividade da minha amostra?) Não vale é a pena olhar para os sectores que pertencem ao passado, como a construção. E esperemos que o Governo, na sua tentação de ganhar as eleições autárquicas e de acelerar a recuperação, não cometa o erro de orientar o pouco crédito que há para a construção. (Moi ici: Infelizmente tudo se conjuga para isso, como escreve o Paulo Vaz, passarmos de uma fase "stop" para uma nova fase "go" onde o Estado enterra dinheiro na construção)
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As perdas que a troika nos impôs só se transformam em ganhos se o Governo não cometer o erro habitual do eleitoralismo que se começa a detectar em anúncios de apoios à construção. Deixem as empresas, as novas empresas, trabalhar." (Moi ici: As novas e as outras, as que já fizeram o desmame, ou nunca precisaram de o fazer porque não dependeram nunca do Estado)

sábado, março 20, 2010

IMHO a solução não passa por aí...

Ao ler este artigo de opinião de Helena Garrido no Jornal de Negócios "Ah, se os alemães fossem às compras como nós..." não consigo deixar de fazer o paralelismo com aquela ideia "Não vale a pena impedir a entrada de imigrantes pois eles vão fazer os trabalhos que os nacionais se recusam a fazer."
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Ainda há meia dúzia de meses os mesmos que defendem estas ideias andavam com o governo nas palmas por este apoiar a substituição de carros velhos por carros novos... quem fabrica grande parte desses carros? Os alemães e os franceses!!!
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E onde está a abordagem do factor demográfico e do seu impacte no consumo e na poupança?
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IMHO a solução não passa por aí, passa por reconhecer quais as implicações de uma moeda forte e de quais as situações em que é viável competir com esse factor. Os macro-economistas só vêem um caminho, a deflação... o que só nos levaria a um empobrecimento garantido como o que está a acontecer com os japoneses nas últimas décadas.
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IMHO a solução passa por nos concentramos na criação de valor e não na redução de custos. IMHO a solução passa por pensarmos e agirmos como os alemães.