quarta-feira, março 24, 2010

Para lá da razão

“We need to blend systematic analysis and intuition. Neither gives us a direct path to the truth. Each has its own limitations.
Analytical and statistical methods can pick up subtle trends in the data that our intuitions would miss. They can show us when the regularities we think we see are really just chance connections. They can help up appraise the size of different effects so we can take the effects into account more accurately. On the other hand, analytical methods often miss the context of a situation, and they can result in misleading recommendations.
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Intuitive judgments reflect the experiences we’ve had and can help us respond quickly to situations. They are sensitive to context and nuance, letting us read situations and also read other people. We can make successful decisions without using analytical methods, but we cannot make good decisions without drawing on our intuitions. Yet our intuitions aren’t foolproof, and we always have to worry that they are going to mislead us.
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Research showing that a statistical formula can outperform an expert doesn’t mean that the expert is flawed. It just means that the statistics do better in certain types of circumstances. Analytical methods can sometimes outperform experts, particularly if these methods improve on the judgments made by experts, but the methods may not be as valuable as their developers argue.”
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Trecho de Gary Klein retirado de “Streetlights and Shadows - Searching for the Keys to Adaptive Decision Making”
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Admitamos que o mundo lá fora existe!
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Os humanos usam os seus sentidos para operarem no mundo. Os humanos usam a razão para operarem no mundo. Contudo a razão, por mais preciosa que seja, e é, não passa de uma ferramenta tosca incapaz de perceber o mundo na sua complexidade.
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Assim, quem confia apenas na razão… vai entrar em contradição, mais tarde ou mais cedo, por que confia numa ferramenta incompleta, vai cair numa teia e perder o pé.

Um exemplo concreto

Trata-se de um simples exemplo, é um evento, um caso que emerge de um padrão (lembro-me da Sonae Sierra em tempos), que resulta de uma estrutura sistémica, que assenta num modelo mental de monopolista normando.
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"A empresa anunciou, em comunicado, que "acaba de sair" do Aeroporto de Lisboa, que mantinha como base operacional desde há 16 anos. Decisão provocada pelo facto de a ANA ter "aumentado, a meio de um exercício anual, as tarifas dos serviços de assistência em escala quarenta vezes mais", aplicando o que a Euroatlantic classifica como "taxas escandalosas"."
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Aqui, na cidade onde vivo, a câmara municipal resolveu duplicar o valor do aluguer anual dos quiosques, isto há cerca de dois anos, resultado: vários quiosques fecharam.

terça-feira, março 23, 2010

Calçado

"Calçado diminui exportações mas aumenta países de destino"
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Alguns números:
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"a indústria portuguesa, que exporta mais de 96 por cento da sua produção"
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"o preço médio do calçado exportado aumentou 2,1 por cento, para 20,38 euros, o segundo maior a nível mundial, apenas sendo superado por Itália."
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"as importações de calçado recuaram 7,6 por cento, para 398 milhões de euros (valor que corresponde sensivelmente a um terço do total exportado por Portugal"

Há que escolher!!! (parte III)

Mais um exemplo retirado do livro de Hermann Simon "Hidden Champions of the Twenty-First Century Success Strategies of Unknown World Market Leaders" que aponta para a necessidade de fazer escolhas sobre onde competir:
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"There are three relevant providers in the market: Konrad (K), Rextar (R), and Aspen (A) (names changed by the author). The market is subdivided into four product segments and four customer segments, giving the competition map 16 cells in all. Fig. 11.10 summarizes the results of the assessment. The letter in each cell shows which company offers the greatest value to customers and is therefore typically the market leader.
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Traditionally, all three competitors aimed to cover as much of the market as possible, being active in every segment and selling the maximum number of units in order to take advantage of economies of scale. This strategy was not particularly successful, because each company had limited resources (for R&D, distribution channels, service, and so on) and one competitor might simply offer greater customer value in a particular cell.
Market shares were fiercely contested, which in turn ruined margins. The competitors therefore started to focus. If we look at the situation shown in


Fig. 11.10, we see that the overall market leader Aspen, a genuine hidden champion, is no longer present in the two right columns of the competition map. Several years ago, Aspen, which is primarily renowned for the quality of its engines but otherwise delivers few frills, withdrew from the full-equipment and turbo/high-performance product segments. The company now concentrates on its four “natural spaces” (each shown with an A) in the two left columns, namely large and small engines for professionals and brand-oriented customers. All of its resources, from R&D to marketing and advertising, are channeled into these segments. The segments of semi-professionals and private customers are of secondary importance, unless these customers are extremely brand-oriented with a correspondingly high willingness to pay. In contrast to Aspen, Rextar and Konrad are less clearly positioned. These companies waste considerable resources on fighting for the cells in the two right-hand columns, which Aspen no longer actively pursues. Konrad is stuck in several less attractive segments and attacks Rextar in the cell of small engines for private customers, apparently to gain leadership in the entire noncommercial segment. Rextar hits back in several cells, repeatedly resulting in price wars and other forms of ruinous competition. So while Rextar and Konrad are fighting price wars in several segments, Aspen keeps its distance. Each company must respect the “natural spaces” of the others. Konrad and Rextar refrain from attacking Aspen’s natural space, while Aspen controls the competition and does not become a pawn in their game. This is the role for which a genuine hidden champion should strive."
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E ainda há quem perceba o alcance da mensagem de Hill "As encomendas mais importantes são aquelas que recusamos"

Palavras para quê (parte II)

Este título "ANA cobra tarifas 30% a 200% mais caras que aeroportos espanhóis" faz recordar os números deste postal "Palavras para quê"

segunda-feira, março 22, 2010

O folclore da auto-avaliação nas escolas

Sábado passado ao almoço brinquei com o meu filho:
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- Tens de estudar durante o fim de semana para os testes da semana que vem! (Eu já sabia a resposta)
- Ui ui, para a semana já não tenho testes, são só auto-avaliações...
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A minha mente começou então a divagar... auto-avaliação?
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Uma auto-avaliação é uma avaliação feita pelo próprio. OK... avaliação pressupõe uma comparação com um referencial.
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Qual o referencial?
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Como é possível fazer uma auto-avaliação sem um referencial? Folclore!!!
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E se no início de cada período lectivo fosse solicitado ao aluno que escrevesse a nota que queria ter e, por que é que iria merecer essa nota. Então, no final do período o professor podia devolver-lhes o desejo inicial (o referencial) e pedir a cada aluno que comparasse o que aconteceu com o seu referencial estabelecido por si.
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Isto não só não seria folclore como promoveria:
  • o pensamento em relações de causa-efeito;
  • o reforço do locus de controlo interno;
E despromoveria a facilidade com que se destrói o conceito de avaliação ao associar a avaliação a um referencial.

Para reflexão

"Gaps in the eurozone ‘football league’"
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"German Central Bank Admits that Credit is Created Out of Thin Air"

Há que escolher!!! (parte II)

Continuado.
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Na revista Harvard Business Review de Março, encontrei um artigo de Pankaj Ghemawat "Finding Your Strategy in the New Landscape" de onde retirei este trecho:
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"Now that the bubble has burst, many firms are being reminded that a significant portion of their global operations subtract, rather than add, economic value. This isn’t just a result of the crisis; it was true in the years leading up to the downturn. Of course, some global investments will pay off in the long run. Nevertheless, in a postbubble world, where the cost and even the availability of capital are issues, firms will need to be more ruthless about terminating long-standing loss makers—and more selective in pursuing new opportunities. Some of this selectivity can be imposed by raising hurdle rates and tightening assumptions around terminal values."
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Leio estas palavras e recordo de imediato "Não há almoços grátis: Há que optar" de onde retirei esta imagem:
A exigência de rentabilidades superiores implicará maior pureza estratégica, implicará escolher e seleccionar onde actuar. É a única via para aumentar o nível de vida dos trabalhadores sem prejudicar a competitividade... E o que fizeram as empresas alemãs?
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Voltando às ideias de Medina Carreira no último Plano Inclinado nada melhor que este texto "Paul Krugman's Anti-China Protectionism Is The One Big Threat To The "Muddle Through""
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Continua.

domingo, março 21, 2010

Bem vinda!

Patriotismo, infantilização e verdade

Estava a ler este artigo "A claim of patriotism is the last refuge of a busted government", no Telegraph inglês, quando o pop-up do Twitter me anunciou este atigo no Público "José Sócrates: PEC deve ser assumido “pelo país”".
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"Financial markets have little difficulty seeing through the assurances of a discredited administration. Disingenuous promises of solidity backfire, as was pointed out by Robert Johnson, a former chief economist to the US senate banking committee: “In trying to soothe markets, officials often elevate the sense of unease. Investors in uncertain times ask themselves: 'Why do they feel the need to reassure us? Are they not just drawing attention to how anxious things really are … Is this talk a substitute for concrete action?’ ”"
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Outra semelhança, acerca da infantilização do eleitorado:
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"In keeping with his rivals, Alistair Darling and George Osborne, Mr Cable fears telling us the truth. He dreads the impact it will have on an infantilised electorate, trained by Labour to believe that it can keep demanding more and more, because there will always be another fool to foot the bill. Very soon cruel reality will smash this illusion." (Trecho retirado daqui.)

Há que escolher!!!

A revista The McKinsey Quarterly em 2005 publicou o artigo "The vanishing middle market", também Bruce Chew no artigo "The Geometry of Competition" desenvolveu o mesmo tema.
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O espaço competitivo em que as empresas cada vez mais competem é uma paisagem que já não dá vantagem a quem compete na média, no meio termo. Ou se é bom no nicho topo de gama, ou se é bom no grande volume de preço mais baixo e ponto.
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Muitas empresas, apesar da abertura de fronteiras com a adesão à UE, continuaram na modorra de produzirem para os mesmos clientes de sempre, na média, para conseguir ir a todas ("Você está a dizer que é preciso dizer que não a alguns clientes?!")
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Com a polarização dos mercados só há uma forma de agir.
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Escolher!
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Especializar-se na gama alta do mercado, ou especializar-se na gama baixa do mercado. (A Electrolux soube como jogar com as duas realidades ... Ah! Isto faz-me lembrar a Saloio... aqui e aqui)
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A estrutura-base da economia alemã é composta pelas empresas pequenas que apostam no nicho da gama alta (há 20 anos interrogava-me "Como é que as empresas alemãs podem ter sucesso se são mais caras e arrogantes?" Hoje percebo muito bem. E a arrogância que eu via não era arrogância, era concentração no cliente-alvo e não entrar pela customização que o cliente não está disposto a pagar) e pelas gigantes (como a VW) normalmente concentradas no negócio do preço (comparar a diferença nos lucros entre a VW e a Porsche... bem me dizia um colega da indústria automóvel, há cerca de 15 anos "A industria automóvel é a indústria do tostão")
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Voltando ao livro de Hermann Simon "Hidden Champions of the Twenty-First Century":
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"Numerous hidden champions take their market definitions even further and specialize in extremely narrow niches. Some “create” their markets so that there are no real competitors and they have 100% market share. The list of such companies adds up to hundreds."
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Especialização é a receita, e especialização é uma outra forma de identificar e concentrar tudo no cliente-alvo.
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Na base da especialização estão abordagens como:
  • "patent protection,
  • powerful trademark or logo,
  • intensive relationships and familiarity with customers, and
  • artistic designs with frequent updates."
Especialização não é volume:
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"Superniches limit growth opportunities and make the deliberate decision not to grow, ..., an obvious choice. Size and niche can conflict with one another."
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Não é preciso ser gigante.
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Perante este cenário o que é que aconteceu, os alemães colhem o mercado da gama alta e os chineses o da gama baixa. As empresas que não se especializam... ficam presas e atoladas no pântano do mercado do meio-termo e levam porrada de um lado e do outro.
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A teoria de Helena Garrido, de Vitor Bento e de Daniel Amaral entre outros é que é preciso baixar salários... para competir com os chineses.
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A teoria de Medina Carreira ontem no Plano Inclinado é a do proteccionismo...
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Não resulta!

sábado, março 20, 2010

IMHO a solução não passa por aí...

Ao ler este artigo de opinião de Helena Garrido no Jornal de Negócios "Ah, se os alemães fossem às compras como nós..." não consigo deixar de fazer o paralelismo com aquela ideia "Não vale a pena impedir a entrada de imigrantes pois eles vão fazer os trabalhos que os nacionais se recusam a fazer."
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Ainda há meia dúzia de meses os mesmos que defendem estas ideias andavam com o governo nas palmas por este apoiar a substituição de carros velhos por carros novos... quem fabrica grande parte desses carros? Os alemães e os franceses!!!
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E onde está a abordagem do factor demográfico e do seu impacte no consumo e na poupança?
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IMHO a solução não passa por aí, passa por reconhecer quais as implicações de uma moeda forte e de quais as situações em que é viável competir com esse factor. Os macro-economistas só vêem um caminho, a deflação... o que só nos levaria a um empobrecimento garantido como o que está a acontecer com os japoneses nas últimas décadas.
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IMHO a solução passa por nos concentramos na criação de valor e não na redução de custos. IMHO a solução passa por pensarmos e agirmos como os alemães.


Acerca da formulação de estratégias

Hermann Simon no seu livro “Hidden Champions of the Twenty-First Century” escreve estas palavras acerca da estratégia:

“Strategy is the art and science of developing and employing a company’s resources to secure profitable, long-term survival. As strategy itself always implies creating something original and different, strategy development cannot be a pure science. The French philosopher Henri Bergson pointed out in 1907 that science must deal with repeatable phenomena if new laws are to be discovered. Strategy, on the other hand, cannot be repeated or imitated. The great error of many strategists is that they are continuously looking for the laws of strategy. They study the success stories of yesterday in order to imitate them. This is the wrong course, even if it involves following the lead of the hidden champions. Superior strategies result only from creativity, originality, and lateral thinking. An American proverb states, “Find out what everybody else is doing, then do it differently.” The only problem is that no one tells us what “differently” means. We have to find this out for ourselves.”

Algumas sugestões para a formulação da estratégia:

There is not even a standard procedure for strategy development. The right approach, taking either the market or the company’s competencies as a starting point, must be determined for each case individually.

Despite this warning against one-size-fits-all approach, the strategy development process usually encompasses the following stages:

  • Analyzing the current position: Where do we stand?
  • Setting strategic goals: Where do we want to go?
  • Defining the business/market: What is our business? In which market do we want to do business?
  • Analyzing internal competencies: What are we capable of? What skills do we have? Innovativeness, financial resources, and personnel are examined here.
  • Analyzing the market/customers: How large is our market? How quickly is it growing? Who are the customers? What do they expect from us? How much are they willing to pay?
  • Analyzing the competition: Who are our current and potential competitors? What are our competitive advantages and disadvantages? This aspect includes the issue of costs.
  • Establishing plan of action: Who will do what, and when?
  • Anticipating outcome analysis/forecast: What outcomes do we expect?”

Eu prefiro começar pela definição dos clientes-alvo, prefiro começar pelo fim. Um negócio sustentável só o é se conseguir satisfazer um conjunto de clientes-alvo. Esses clientes-alvo vão ficar satisfeitos em consequência de experiências que vão sentir com os produtos e serviços oferecidos. O que é que um negócio tem de fazer para proporcionar e comunicar essas experiências? Esta é a ponte para a identificação dos processos críticos. Daí vem o passo seguinte: Quais são as competências necessárias para satisfazer os clientes-alvo, ou seja, para operar esses processos críticos?

E como vamos fazer a diferença? Até pode ser pela relação que vamos criar, nutrir e desenvolver…

sexta-feira, março 19, 2010

Em vez de culpar a economia ou de pedir apoios, subsídios e proteccionismo...

Agarrar o touro pelos cornos, assumir os comandos do volante, fazer uso do locus de controlo interior e seguir em frente.
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And BTW perante "Crédito malparado volta a aumentar em Janeiro" convém ter em conta:
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"Banks don't want to hear sob stories. They just want their money, and they want to know you're getting serious about your financials. Keep an honest and dispassionate dialogue, and maybe, just maybe, they won't pull your line of credit. We're also asking vendors for a 90-day extension on the company's receivables. Creditors would rather see their money eventually than never, and most are agreeing to 60 days. We'll take it." (Aqui)

Há qualquer coisa que não bate certo

"Grecia amenaza con incumplir el plan de ajuste si la UE no sale al rescate"
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""Si tenemos que seguir endeudándonos con tipos de interés muy altos, y éste es el problema que tenemos, no podremos mantener la reducción del déficit, que queremos conseguir con estas severas medidas"."
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Há qualquer coisa que não bate certo neste discurso... se a Grécia não reduzir o deficit ainda vai pagar taxas de juro mais elevadas. Não percebo a lógica...

Qual é a estratégia?

Pergunta, e bem, Ricardo Arroja no Vida Económica "Qual é a estratégia?":
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"Ora, neste quadro de emagrecimento, a questão que se coloca é: donde virá o crescimento económico? Trata-se de uma questão essencial, pois, apesar das estimativas conservadoras do Governo, a verdade é que, depois dos dados referentes ao PIB, divulgados na semana passada, a economia portuguesa parece mais próxima de uma segunda recessão técnica do que de outra coisa qualquer. Assim, para que o PEC bata certo, o crescimento terá de materializar, caso contrário, lá estaremos a fazer contas de novo. (Moi ici: estamos sempre condenados a fazer contas de novo porque o PEC só faz o tratamento dos sintomas e não vai às causas-raiz) Deste modo, a única via, aquela que tem sido repetidamente apregoada como a panaceia para os nossos males, é o crescimento da economia a partir das exportações. Infelizmente, o PEC, ao aumentar a carga fiscal e ao manter os custos de contexto (leia-se, burocracia pública), nada faz para melhorar a posição competitiva das empresas portuguesas no mercado europeu, muito menos no mercado internacional, dominado pelos asiáticos. Por isso, pensar que nos safamos à custa das exportações é uma mera fantasia."
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No mesmo semanário encontro uma aproximação da resposta à pergunta de Arroja no artigo "Cotec apoia criação de projectos inovadores e de alcance global":
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O que vai fazer crescer a economia portuguesa são as empresas que ainda não existem». É desta forma que Daniel Bessa, economista e director-geral da Cotec, sintetiza a importância da inovação e do empreendedorismo para o desenvolvimento da economia nacional."
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Ontem numa empresa, por causa deste raciocínio, durante a realização de uma análise SWOT, aquilo que começou por ser apresentado como uma ameaça "A situação económica das empresas portuguesas (potenciais clientes)", transformou-se numa oportunidade "As empresas do futuro e com futuro vão ter de apostar no ..." porque vão ter de ser empresas diferentes com abordagens diferentes.
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quinta-feira, março 18, 2010

A coisa está a ficar preta...

Bolsa de Atenas afunda 4% e risco da dívida grega dispara

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Alemanha atira responsabilidade de salvar Grécia para o FMI

Euro escorrega com tragédia grega

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Grécia pede ajuda financeira aos líderes europeus

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Juros da dívida grega a dois anos disparam 32 pontos base

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Atenas lança novo "SOS" à Europa

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German Calls for Austerity Have Europe Grumbling

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Greek worries return to unsettle investors

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte V)

Continuado.
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- Mas por que é que dizem que a nossa proposta só ataca os sintomas?
- Na última auditoria da qualidade o auditor chagou-me a cabeça por causa disso, mas acabou por não escrever nada sobre isso no relatório final.
- Mas o que é que querem dizer com isso de atacar sintomas?
- Por que é que aumentou a quantidade de defeitos que entregamos ao cliente?
- Não sei, sei lá, eu só trato das compras de matérias-primas!
- Temos um problema chamado reclamação do cliente. Qual o sintoma, qual a manifestação da existência do problema?
- O aumento da quantidade de defeitos que entregamos ao cliente!
- E por que é que esse sintoma se está a manifestar?
- Sei lá! Se soubesse já tinha actuado!
- Mas nós já actuamos!
- Já?!?!
- Sim, ao reforçar o controlo da qualidade com a contratação de dois controladores. Só que essa acção representa um sacrifício da nossa margem sem ir ao âmago da questão que é "Porque aumentaram os defeitos que entregámos ao cliente?"
- Pois, gastamos dinheiro com mais controlo da qualidade e continuamos a produzir produto defeituoso, que controlamos e rejeitamos dentro da nossa casa. O cliente já não o recebe mas ele continua a acontecer.
- Com esta actuação fazemos um sacrifício e reduzimos o sintoma...
- Mas continuamos a produzir defeitos...
- Até parece a cena do PEC, o aumento de impostos é o mesmo que o nosso sacrifício da margem. Contudo, não se vai às causas.
- É como tomar uma aspirina para eliminar o sintoma da temperatura elevada... sem sabermos porque é que ela acontece.
- É só cosmética...
- É só cosmética...
- E como se vai ao âmago da coisa?
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Continua.

The Lunatics Have Taken Over the Asylum

Ao som desta música dos anos 80? ler estes delírios:
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Convém recordar "“The Roving Cavaliers of Credit”"

Para reflexão

Aqui.

Um conselho

Um conselho para quem tem de fazer apresentações "SYSTEMS THINKING: Death by bullet points"
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"In all fairness, PowerPoint is not the problem; operator error is what contributes to the dysfunctional communication in organizations."

Para reflexão

Neste artigo "E se o problema do euro estiver na Alemanha e não na Grécia?" há um factor que não é tido em conta... a demografia.
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Qual a idade média da população alemã?
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À medida que uma pessoa envelhece o perfil do seu consumo e da sua poupança vai-se alterando, se agregarmos os comportamentos de milhões de pessoas na mesma trajectória...

quarta-feira, março 17, 2010

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte IV)

Um parêntesis nesta estória só para encaixar este flash:
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Tal como um cliente ameaça um fornecedor que não quer ou não sabe melhorar o seu desempenho...
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"admitiu hoje que um país europeu seja obrigado, em último recurso, a sair da zona euro se, “repetidamente, não cumprir as condições” necessárias para se manter na moeda única."
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Faz lembrar aquela citação de Gertz e Baptista, qualquer coisa do tipo, "Cortar, cortar numa empresa até ao crescimento."
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O PEC de 2010 é só uma amostra do que aí virá em 2011 e 2012 e por aí fora.
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Pudera, se nos ficamos pelo tratamento sintomático.

Migração de valor

O desemprego, a incerteza quanto ao futuro, a desconfiança face aos políticos, o aumento dos impostos...
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Qual a reacção da massa de consumidores?
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A revista strategy+business vem recordar a migração de valor em curso, vem-nos ajudar a recuar e a perspectivar o conjunto. Para perceber a nova frugalidade, a migração de valor em curso.
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"A new frugality, characterized by a strong value consciousness that dictates trade-offs in price, brand, and convenience, has become the dominant mind-set among consumers in the United States — and probably in other wealthy countries as well. Two-thirds of American shoppers are cutting coupons more frequently, buying low price over convenience, and emphasizing saving over spending. Per capita consumption expenditure has declined across demographic groups. Consumer sentiment remains weak. These trends are not going to change, no matter the pace of economic change."
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"In short, the Great Recession has forced consumers to shift their behaviors, and many of these new behaviors will stay in place. As consumers persist in more frugal behaviors — such as trading down to private labels and buying packaged foods rather than eating out — companies that rely on pre-recession strategies and tactics will find themselves struggling against strong headwinds.
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Given the fundamental shifts in consumer behavior, consumer marketers and retailers — across categories as varied as food and beverage, home improvement, consumer electronics, and apparel — should be changing their product assortments, pricing strategies, advertising, and promotions. Companies that do this well will find the winds far more favorable, and they will prosper first and most in the new value-driven marketing environment."
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Trechos destacados de: "The New Consumer Frugality"

Para reflexão

"Martin Wolf: China, Germany Commiting World to Deflation"

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte III)

Voltamos à PME da parte II e à sala de reuniões onde está novamente reunida a equipa de Direcção.
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- O cliente não aceitou a nossa proposta!
- Não aceitou!?!?
- Dizem que a nossa proposta só ataca os sintomas...
- Só os sintomas? O que é que isso quer dizer?
- Dizem que a nossa proposta não é estrutural, não vai à raiz do problema. E mais, dizem que se estamos dispostos a aumentar os custos adicionando dois controladores da qualidade, então querem uma reunião connosco para discutir uma redução dos preços.
- Mas quem é que eles pensam que são? - Gritou o Director da Produção.
- Clientes que pagam a tempo e horas. - Respondeu o Director Comercial com um tom de voz destroçada.
- Mas por que é que dizem que a nossa proposta só ataca os sintomas?
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Continua.

terça-feira, março 16, 2010

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte II)

Portugal não tem poupança suficiente. Assim, todos os anos tem de ir buscar financiamento ao exterior para se manter. Uma empresa só existe virada para o exterior, pois, a única forma de se sustentar é conseguir seduzir clientes que estejam dispostos a trocar dinheiro por produtos e serviços.

Consideremos uma PME que acaba de receber uma carta do seu principal cliente:

“Segue em anexo um gráfico que visualiza o Vosso desempenho nos últimos 12 meses. Nele podem reparar que Vos foi atribuída a categoria de fornecedor de nível C. De acordo com o nosso contrato têm um mês para apresentar um programa que nos elucide sobre o que vão fazer para deixarem de ser fornecedor C.

Recordamos que os fornecedores tipo C deixam de ser nossos fornecedores preferenciais e, por isso, as encomendas a colocar à Vossa empresa serão reduzidas em 50%”

O Director Comercial termina a leitura da carta, pousa-a na mesa e fita os olhos dos seus colegas de Direcção.

- Quem é que temos de “untar” desta vez para resolver isto?

- Desta vez isso não vai resultar, com estes tipos isso não funciona.

- Bom, nesse caso vamos ter de fazer sacrifícios e cortar um pouco na nossa margem.

- Não creio que eles estejam a pedir uma redução do preço. Estão a pedir um plano para reduzir a quantidade de defeitos que lhes chegam a casa.

-Bom, então sempre temos de fazer sacrifícios e reduzir a nossa margem. Temos de reforçar o controlo da qualidade, vamos contratar mais dois controladores da qualidade para que se evite que os defeitos cheguem a casa deles.

-Todos de acordo? OK! Então vamos responder-lhes com um programa que prevê o reforço do controlo da qualidade.

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Continua

Aprender com os erros dos outros

Hoje, quando o Governo assinalar "A nova estratégia nacional para a energia que o ministro da Economia, Vieira da Silva vai anunciar hoje contrasta com o clima de restrição do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). O volume total de investimento previsto para o sector, até 2020, é de 31 mil milhões de euros, para 130 mil a 140 mil novos postos de trabalho."(aqui)
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Era interessante que algum jornalista perguntasse ao ministro uma opinião sobre a experiência espanhola:
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"El informe muestra el terrible coste laboral y económico que está provocando el modelo energético implantado en España, consistente en el desvío de enormes recursos públicos al fomento de las energías renovables. Entre 2000 y 2008, el Gobierno español ha comprometido un total de 28.671 millones de euros -descontada la inflación- en subsidios públicos al fomento de energías renovables para los megavatios instalados sólo en dicho período. Un dinero que ha sido o será "sufragado íntegramente por el bolsillo de los ciudadanos, ya sea mediante nuevas subidas en el precio de la luz o aumento de impuestos", advierte.
...
Como resultado, este despilfarro de recursos ha provocado la destrucción neta de 113.000 puestos de trabajo en la economía española, según el informe. Es decir, 2,2 trabajos destruidos por cada “empleo verde” generado por este sector gracias a la subvención."
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Ou seja, usando a referência espanhola, a estratégia do Governo ao promover esta bolha nas energias renováveis irá destruir cerca de 290 a 310 mil postos de trabalho.
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Julgo que foi Confúcio que disse que a forma suprema de inteligência era aprender com os erros dos outros para os não repetir:

segunda-feira, março 15, 2010

Qual a diferença entre o tratamento sintomático e o ataque às causas-raiz? (parte I)

Para reflexão

Ando para começar a ler o livro "The Third Chapter - Passion, Risk and Adventure in the 25 Years after 50"... pois foi dele que me lembrei ao ler este artigo de jornal "Starting over at 55":
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"A study by Babson College and Baruch College found that Americans age 55 and above started 18.9 percent of all businesses created in 2008, compared with 10 percent in 2001. The 55-and-overs are playing a larger role in entrepreneurship partly because the number of Americans in that age category is rising rapidly. (The Center for Retirement Research at Boston College found only a small increase in the percentage of those older than 55 who are self-employed since 2001, although it found a spurt upward since mid-2008.)"
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E já agora... aqui.

Destruir oferta?

Isto "Is China's Politburo spoiling for a showdown with America?" e isto "Taking on China" anda à volta disto "Cenários: O que diz Roubini (parte I)"

Estratégia vs processos

Recebi, do outro lado do Atlântico, esta questão:
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Estou então buscando conceitos que me amparem para a defesa desta tese, principalmente que demonstrem de forma inequívoca como se faz a conexão da estratégia com os processos de negócio. Nas minhas pesquisas cheguei ao seu livro “Balanced Scorecard - Concentrar uma organização no que é essencial” e gostaria de confirmar contigo se encontrarei no mesmo a conceituação sobre a ligação entre a estratégia e os processos de negócio. Principalmente como fazer o desdobramento da estratégia até o nível operacional de processos.
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Eis a minha tentativa de resposta "Estratégia vs processos".

domingo, março 14, 2010

A paixão por procedimentos (parte II)

Continuado.
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"Procedures can erode expertise.
When we get comfortable with procedures, we may stop trying to develop more skills. Why bother, if the procedures usually get the job done?
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A number of studies have shown that procedures help people handle typical tasks, but people do best in novel situations when they understand the system they need to control. People taught to understand the system develop richer mental models than people taught to follow procedures."
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"Procedures can mislead us.
The biggest worry is that following procedures can lead us in the wrong direction and that we won’t notice because the reliance on procedures has made us so complacent."
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Á atenção dos auditores "Skilled performers need latitude to depart from procedures."
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Recordo um velho episódio de um dos meus heróis dos anos 80 "Macgyver". Um episódio em que MacGyver tem de vencer Sandy, um computador:
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"MacGyver: Well, old Sandy sure has a mind of her own, doesn't she?
Jill: Yes, but she thinks like me. So I should be able to think it through and find her pattern, logically and rationally.
MacGyver: Without the emotion, right?
Jill: That's what gives her the edge. People and emotion can't get in her way.
MacGyver: Well, I say we trust our instincts—go with our gut. You can't program that. That's our edge."
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"In summary, we can see that procedures are insufficient, can get in the way, can interfere with developing and applying expertise, and can erode over time. Procedures work best in well-ordered situations in which we don’t have to worry about changing conditions and we don’t have to take context into account to figure out how to apply the procedures, or when to jettison them"
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"Procedures are most useful in well-ordered situations when they can substitute for skill, not augment it. In complex situations—in the shadows—procedures are less likely to substitute for expertise and may even stifle its development.
Here is a different statement that I think works better: In complex situations, people will need judgment skills to follow procedures effectively and to go beyond them when necessary."
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Portanto, quando um consultor que nunca teve outra ocupação para além de consultor, postula, decreta, ordena a criação de procedimentos por tudo e por nada... beware!!!
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"Like all tools, procedures have strengths and weaknesses. Although I have been describing their limitations, we certainly shouldn’t discard them. Here is what they buy us:
  • They are training tools. They help novices get started in learning a task.
  • They are memory aids. In many jobs they help workers overcome memory slips.
  • They can safeguard against interruptions.
  • They reduce workload and make it easier to attend to critical aspects of the task.
  • They are a way to compile experience and historical information. Procedures are useful when there is a lot of turnover and few workers ever develop much skill.
  • They can help teams coordinate by imposing consistency. If the people on the team know the same procedures, they can predict one another’s next moves."
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"The downside of procedures is that they usually aren’t sensitive to context. In complex situations we may not know when to start and end each step. The people making up procedures usually try to substitute precision and detail for tacit knowledge."
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Para terminar, uma sugestão que descobri na prática, não há muito tempo:
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"When we do want to teach some procedures, the typical way is to present the standard procedures and make everyone memorize them.
Here is another way to teach procedures: Set up scenarios for various kinds of challenges and let the new workers go through the scenarios. If the procedures make sense, then workers should get to see what happens when they depart from the optimal procedures. When procedures are taught in a scenario format, people can appreciate why the procedures were put into place and can also gain a sense of the limitations of the procedures. This scenario format seems to work better than having people memorize the details of each step."

A acompanhar com interesse

"Prateleiras inteligentes revolucionam o retalho e prometem aumentar vendas"
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Nevertheless, aconselho a estudarem a evolução da proposta de introdução da Sensomatic nas lojas.

Fractais

Um jovem natural de França, pequena aldeia a cerca de 20 km de Bragança, (onde, BTW, em pleno Agosto se podem apanhar saborosas cerejas da árvore) que tire uma licenciatura em Engenharia Química e que queira desenvolver a sua actividade profissional nesse ramo, quase de certeza que terá de abandonar esse pequeno paraíso e emigrar para o litoral.
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Subindo na escala de abstracção... "Top Spanish scientist heading to the US"

sábado, março 13, 2010

Ah! Grande Queirós

Auditorias internas que acrescentam valor (parte VI)

Acetatos relativos à sexta sessão podem ser encontrados aqui.

A paixão por procedimentos (parte I)

De 1 a 7, em que 1 é "discordo totalmente" e 7 é "concordo totalmente" como classificaria a frase:
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"Teaching people procedures helps them perform tasks more skillfully"
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BTW, tenho previsto na minha agenda para hoje, criar uma instrução escrita sobre como elaborar uma lista de verificação no âmbito da preparação de uma auditoria, para distribuir numa acção de formação em curso...
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"The process of transforming skills into procedures is irresistible. All we have to do is break a complex task down into steps and provide some tips about when to start and finish each step. Then we hand the procedures out so that workers can perform this task even without years of practice."
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E quero que as pessoas sigam religiosamente a instrução?
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Se vou criar a instrução é porque julgo que terá algum valor, porque julgo que pode ser útil para quem nunca teve de traduzir um critério de auditoria num conjunto de questões a colocar, ou de observações a realizar durante uma auditoria. E eu, sigo a instrução? ... às vezes. Já realizei tantas auditorias, já preparei tantas listas de verificação que às vezes, perante um caso concreto resolvo fazer uma experiência e seguir outra abordagem.
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"By the time people become proficient, they are seeing situations instead of calculating procedures. Experts rely on their immediate intuitive responses.
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Procedures, including checklists, are tools. Every tool has limitations, and I am not arguing that we should do away with procedures."
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E agora algo que perturbará a mente cartesiana de alguns que tudo querem legislar:
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"In complex settings in which we have to take the context into account, we can’t codify all the work in a set of procedures. No matter how comprehensive the procedures, people probably will run into something unexpected and will have to use their judgment. It often takes government regulation to force organizations to compile reasonably comprehensive sets of procedures, and those procedures usually have some gaps.
Even the routine task of flying an airplane can move beyond procedures. And in emergencies, procedures may be cast aside."
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Quantas vezes já vimos isto:
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"... a common problem and a consequence of trying to make procedures sufficiently comprehensive. The more comprehensive the procedures, the more voluminous they become. And the more voluminous, the more forbidding they appear, the more work to find what is needed, and the lower the chances that anyone will try."
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"Procedures are often out of date because work practices keep evolving.
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Because procedures keep evolving, procedural guides are rarely complete"
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"Over time, some procedures became obsolete or even counterproductive. The people doing the job learned workarounds. They used their experience to adapt, just as we would expect in a complex domain. But how often could the managers revise the procedural manuals?"
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"Inevitably, the procedures lagged behind the actual way people did their work. Up-to-date procedures had to be interpreted and carried out by workers using their judgment and experience, and obsolete procedures created even more headaches.
But there is a bigger problem than the fact that procedures are rarely sufficient and often out of date. In many cases, procedures can make performance worse, not better. They can lull us into mindlessness and complacency, and an erosion of expertise. In some cases, procedures can mislead us.
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Procedures can lead to mindlessness and complacency.
Procedures can lull people into a passive mindset of just following the steps and not really thinking about what they are doing. When we become passive, we don’t try to improve our skills. Why bother, if all we are doing is following the procedures? So the checklists and procedural
guides can reduce our motivation to become highly skilled at a job."
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Mas então vale a pena seguir, manter procedimentos?
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Continua
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Trechos destacados do livro "Streetlights and Shadows - Searching for the keys to Adaptive Decision Making" de Gary Klein.

O Grande Geometra

Os impostos aumentam, o desemprego aumenta, o país em risco de entrar novamente em recessão. A Europa à beira de um novo afundanço económico.
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A mentalidade centralizadora de Grande Geometra que sabe o melhor para todos, melhor que os próprios, manifesta-se "Governo pede aos empresários do turismo para não descerem preços"

Pre-conceitos

O que é que pensamos sobre a China?
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Talvez isto ajude a repensar alguns pré-conceitos: "Whats Happening to China's Migrant Workers? A New Generation Coming and Going"

sexta-feira, março 12, 2010

O PEC e Peres Metelo (parte I)

A propósito dos sacrifícios de que fala Peres Metelo começo, acerca de saber se o PEC é o adequado ou não, com uma pergunta:Os carros cubanos andam?
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Queria ter um para a sua vida diária?
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Pois, a nossa economia começa cada vez mais a parecer-se com um carro cubano. Só remendos!!!
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Continua.

Comunicação, comunicação, comunicação

A cola que mantém uma organização e concentra, sintoniza e alinha recursos, atenções e motivações.
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"Virtually everyone is aware that they are operating in a different environment. More important than measuring employee recognition of change, companies should be trying to understand whether employees are aligned with the new organizational strategy. Chances are that they are not.
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Research by CEB's HR consulting and workforce survey division, CLC Genesee, recently discovered that productivity of the employees that both experienced change and expect more change to come decreased by 66%. Simply put, almost two-thirds of all employees are 33% as productive as they can be because they don't understand what they are now asked to do."
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ADENDA: E que tal realizar uma auditoria interna ao sistema de gestão com este objectivo:
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Para reflexão

"Eurozone could risk 'sovereign debt explosion'"
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quinta-feira, março 11, 2010

Para lá da esquizofrenia

A propósito dos números do PIB publicados hoje pelo INE comecei por, qual Peres Metelo, ceder à tentação esquizofrénica de comparar um número, o último, com outro, o penúltimo, e daí construir uma narrativa do que está a acontecer.
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Rapidamente me lembrei do que costumo pregar nas formações que dou sobre controlo estatístico de processos e resolvi aplicar as fórmulas...
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Os números retirei-os do Quadro 2 deste ficheiro do INE, com eles comecei por fazer um gráfico da evolução temporal do PIB em torno do PIB médio (8 resultados, um para cada trimestre de 2008 e 2009)
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Depois, perguntei-me, o que querem dizer estes resultados, podem ser resultados normais de um processo em controlo estatístico? Há flutuações anormais nestes 8 trimestres? Ou podemos considerar que não passam de variação aleatória dentro de um mesmo sistema?
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A resposta não podia ser mais clara...
As cartas de controlo não evidenciam qualquer sinal de actuação de causas especiais, nestes últimos 8 trimestres o PIB tem flutuado pela mesma razão que em lançamentos sucessivos de dois dados os números ora sobem ora descem em torno da média (6).
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Os dados de cada mês podem fazer parte de um sistema estável entre os limites superior de controlo (LSC) e inferior de controlo (LIC)
Ou seja, estatisticamente não se pode concluir outra coisa que não seja que nos últimos dois anos o PIB esteve estável a decrescer, em média, a 1,3% ao trimestre e tudo indica que assim continua.
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Apesar disso, temos:

Recordar: Não há erro humano!!!

Afirmar que existe erro humano é uma forma de proteger o status-quo ponto!
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