segunda-feira, janeiro 02, 2012
Então?
"Cavaco Silva quer “agenda para o crescimento da economia e para o emprego”
.
Então, o Presidente da República não sabe que foram anos sucessivos de agendas para o crescimento da economia que nos trouxeram até aqui?
.
Então, o Presidente da República não sabe que o emprego não é um objectivo mas uma consequência?
.
Então, o Presidente da República não sabe que foram anos sucessivos de agendas para o crescimento da economia que nos trouxeram até aqui?
.
Então, o Presidente da República não sabe que o emprego não é um objectivo mas uma consequência?
domingo, janeiro 01, 2012
Colhemos o que semeamos
Cuidado com as comparações
Comparações económicas que não se fazem entre períodos homólogos são comparações da treta.
.
Ontem, entrei na A25 em Angeja, ao km 20, e segui em direcção à Guarda. Só vi, e ultrapassei dois pesados, duas cisternas de combustíveis, ao km 63. Saí da A25 e entrei na A23 já depois da Guarda... não vi nenhum pesado em direcção à fronteira
.
Ontem, entrei na A25 em Angeja, ao km 20, e segui em direcção à Guarda. Só vi, e ultrapassei dois pesados, duas cisternas de combustíveis, ao km 63. Saí da A25 e entrei na A23 já depois da Guarda... não vi nenhum pesado em direcção à fronteira
Votos de um 2012 cheio de oportunidades
As dificuldades criam, geram, proporcionam, escondem oportunidades.
.
"In the middle of difficulty lies opportunity" (Einstein).
.
As dificuldades podem ser a chispa que desencadeia a revolução que estava por detrás da rolha, o tsunami preso pelas comportas.
.
As crises podem ter o condão de criar a oportunidade de libertar os factores aprisionados a velhas fórmulas, a velhos modelos.
.
Claro, os incumbentes de espírito tentarão até à última defender o status-quo... os que não têm nada a perder arriscam e constroem o futuro
.
"In the middle of difficulty lies opportunity" (Einstein).
.
As dificuldades podem ser a chispa que desencadeia a revolução que estava por detrás da rolha, o tsunami preso pelas comportas.
.
As crises podem ter o condão de criar a oportunidade de libertar os factores aprisionados a velhas fórmulas, a velhos modelos.
.
Claro, os incumbentes de espírito tentarão até à última defender o status-quo... os que não têm nada a perder arriscam e constroem o futuro
sábado, dezembro 31, 2011
Vectores em desenvolvimento em 2012
- "China manufacturing activity falls again"
- "M.I.T. Game-Changer: Free Online Education For All"
- "France approves soda tax"
- O by-pass aos bancos"
- "Comércio a retalho continua em forte queda" e "Quebra no consumo das famílias leva a recuo de 9,7% nas vendas a retalho" em conjunto com esta questão "IS THERE A COMPELLING REASON TO GO BUY FROM SEARS, KMART, OR YOU?"
- "Sarkozy quer manter empregos baixando salários"
- "Dieter Helm: Shale Gas Will Transform Europe's Energy Roadmap"
- E, por que não se pode fugir a Mongo, "Why 2012 will be year of the artist-entrepreneur", "Make it magic", "The Shape of Things to Come: GE and the Future of Manufacturing"
Custo versus experiência
Retomando este postal, e compondo a figura ficamos com:
Ocorreu-me esta ilustração ontem, ao seguir no twitter uma conversa sobre hotéis de 5 estrelas que estão a cortar custos em plena radioclubização que só leva ao "hollowing".
.
As empresas que estão no campeonato do preço mais baixo concentram-se na cadeia de actividades que levam até ao ponto de venda, até ao momento da compra. Realizam o mínimo de actividades possível, idealmente só fazem as que o cliente paga, procuram realizar essas actividades da forma mais eficiente possível.
No campeonato do preço mais baixo as empresas definem as especificações com que se comprometem no ponto de venda, e daí, trabalham para trás para o oferecer ao custo mais baixo.
.
Quando a procura baixa, e como fazem do preço o "order winner", e como só conhecem essa alavanca o que é que fazem?
.
Baixam o preço!!!! Será que algum conhece os números de Dolan e Marn? Ou os de Marn e Rosiello?
.
As empresas que estão no campeonato do valor, as que querem legitimamente subir preços num universo competitivo, não desprezam os custos das actividades que levam até ao momento da compra, mas não os colocam no altar dos "order winner", preferem olhar para eles como "order qualifyer".
.
As empresas que estão no campeonato do valor, preocupam-se sobretudo com as actividades que, de certa forma, estão fora do seu controlo directo, preocupam-se com as actividades que vão ser executadas pelos clientes na sua vida e com as consequências tangíveis e intangíveis que vão emergir durante a experiência de uso... focam-se nas experiências que os clientes vão sentir.
.
Quando a procura baixa, estas empresas não vão a correr baixar o preço, procuram reformular a proposta de valor e/ou a sua comunicação, sempre concentradas nas experiências que os clientes vão viver/sentir. Por exemplo, o modelo que apresentámos há um ano para birdwatchers endinheirados preocupar-se-ia com a qualidade das observações de aves, com a "máquina" de divulgação do que se viu, do que se sentiu, buzz, buzz, buzz assente na mensagem dos clientes que já viveram a experiência e actuam como referenciadores, como prescritores, como apóstolos. Por exemplo, procuraria que os seus guias ornitológicos marcassem presença em seminários, revista da especialidade e, no limite até publicassem artigos científicos... não para publicidade contraproducente mas para credibilizar a proposta de valor. E que tal contratar um aguarelista para criar e expor criações sobre as paisagens e observações no site da empresa...
Ocorreu-me esta ilustração ontem, ao seguir no twitter uma conversa sobre hotéis de 5 estrelas que estão a cortar custos em plena radioclubização que só leva ao "hollowing".
.
As empresas que estão no campeonato do preço mais baixo concentram-se na cadeia de actividades que levam até ao ponto de venda, até ao momento da compra. Realizam o mínimo de actividades possível, idealmente só fazem as que o cliente paga, procuram realizar essas actividades da forma mais eficiente possível.
No campeonato do preço mais baixo as empresas definem as especificações com que se comprometem no ponto de venda, e daí, trabalham para trás para o oferecer ao custo mais baixo.
.
Quando a procura baixa, e como fazem do preço o "order winner", e como só conhecem essa alavanca o que é que fazem?
.
Baixam o preço!!!! Será que algum conhece os números de Dolan e Marn? Ou os de Marn e Rosiello?
.
As empresas que estão no campeonato do valor, as que querem legitimamente subir preços num universo competitivo, não desprezam os custos das actividades que levam até ao momento da compra, mas não os colocam no altar dos "order winner", preferem olhar para eles como "order qualifyer".
.
As empresas que estão no campeonato do valor, preocupam-se sobretudo com as actividades que, de certa forma, estão fora do seu controlo directo, preocupam-se com as actividades que vão ser executadas pelos clientes na sua vida e com as consequências tangíveis e intangíveis que vão emergir durante a experiência de uso... focam-se nas experiências que os clientes vão sentir.
.
Quando a procura baixa, estas empresas não vão a correr baixar o preço, procuram reformular a proposta de valor e/ou a sua comunicação, sempre concentradas nas experiências que os clientes vão viver/sentir. Por exemplo, o modelo que apresentámos há um ano para birdwatchers endinheirados preocupar-se-ia com a qualidade das observações de aves, com a "máquina" de divulgação do que se viu, do que se sentiu, buzz, buzz, buzz assente na mensagem dos clientes que já viveram a experiência e actuam como referenciadores, como prescritores, como apóstolos. Por exemplo, procuraria que os seus guias ornitológicos marcassem presença em seminários, revista da especialidade e, no limite até publicassem artigos científicos... não para publicidade contraproducente mas para credibilizar a proposta de valor. E que tal contratar um aguarelista para criar e expor criações sobre as paisagens e observações no site da empresa...
Marcadores:
birdwatcher,
desenhar experiências,
dolan,
hollowing,
hotéis,
hotelaria,
marn,
modelo de negócio,
order winner,
originação de valor,
radio clube,
rosiello
Curiosidade
Gostava de relacionar isto "Cerâmica de Valadares aumenta exportações" onde se pode ler:
.
"Actualmente, além de disputar a liderança no mercado nacional, cerca de 60 por cento da sua produção é exportada"
.
"Actualmente, além de disputar a liderança no mercado nacional, cerca de 60 por cento da sua produção é exportada"
.
.
Será que tem a ver com isto?
.
Será que tem a ver com uma queda das vendas para além do breakeven? Será que se pensou estar perante uma situação conjuntural e não perante uma recalibração estrutural?
sexta-feira, dezembro 30, 2011
Simplesmente delicioso (parte II)
A propósito de "Saab declara falência depois de falhar venda a chineses" interessante este exemplo de mensagem publicitária da empresa:
.
"Researchers on consumer studies concluded that when targeting men, advertisers should associate the product with a single compelling message and feature it at the beginning of the ad. In contrast, when targeting women, they concluded that the ads should make use of ample cues that evoke positive associations and images. An automobile advertisement shows a Saab intently pursuing a straight path at a junction where large white arrows painted on the road point right and left. The headline reads: “Does popular acceptance require abandoning the very principles that got you where you are?” According to the ad, while other car manufacturers may compromise their design to win popular acceptance, Saab NEVER will! Never compromise is the single reason presented to buy a Saab."
.
Trecho retirado de "Gut feelings : the intelligence of the unconscious" de Gerd Gigerenzer.
.
"Researchers on consumer studies concluded that when targeting men, advertisers should associate the product with a single compelling message and feature it at the beginning of the ad. In contrast, when targeting women, they concluded that the ads should make use of ample cues that evoke positive associations and images. An automobile advertisement shows a Saab intently pursuing a straight path at a junction where large white arrows painted on the road point right and left. The headline reads: “Does popular acceptance require abandoning the very principles that got you where you are?” According to the ad, while other car manufacturers may compromise their design to win popular acceptance, Saab NEVER will! Never compromise is the single reason presented to buy a Saab."
.
Trecho retirado de "Gut feelings : the intelligence of the unconscious" de Gerd Gigerenzer.
.
Qual a proposta de valor para o potencial cliente?
.
Uma mensagem sobre a marca... centrada no fabricante.
It's not the euro, stupid! (parte IV)
Parte I, parte II e parte III.
.
Comecemos tendo em conta as imagens e a mensagem deste postal "As mudanças em curso na China - parte II" e esta imagem
retirada deste postal "O choque chinês num país de moeda forte (parte II)". Hoje, corrigiria o título para "O choque chinês num país com salários mais elevados". Os norte-americanos não têm uma moeda forte e, mesmo assim sofreram o mesmo impacte chinês como nós em Portugal.
.
A figura é elucidativa do que acontece com o choque chinês:
Comecemos tendo em conta as imagens e a mensagem deste postal "As mudanças em curso na China - parte II" e esta imagem
retirada deste postal "O choque chinês num país de moeda forte (parte II)". Hoje, corrigiria o título para "O choque chinês num país com salários mais elevados". Os norte-americanos não têm uma moeda forte e, mesmo assim sofreram o mesmo impacte chinês como nós em Portugal.
.
A figura é elucidativa do que acontece com o choque chinês:
- muitas empresas desaparecem;
- as empresas maiores desaparecem mais do que as mais pequenas, o nº de trabalhadores por empresa diminui;
- a quantidade total produzida diminui.
BTW, não percam os outros gráficos que se seguem nesse mesmo postal.
.
Ontem, este "amigo" apresentou-me este outro "amigo": "An Alternative Theory of the Plant Size Distribution with an Application to Trade" de Thomas J. Holmes e John J. Stevens" publicado em Abril de 2010.
.
Por um lado pensei "Duh! É o que andamos a dizer há anos neste blogue", por outro lado também pensei, "Meu Deus, se isto é assunto para artigo publicado é porque é novidade, logo... ainda vai durar a entrar na mente dos encalhados... bem dizia Max Planck:
.
"Uma nova verdade científica não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo-os ver a luz, mas porque seus oponentes finalmente morrem e uma nova geração que está familiarizada com ela cresce" (Moi ici: Mas Max Planck esqueceu-se da linha de montagem que os oponentes comandam nas escolas).
.
Vamos lá ao que escrevem Holmes e Stevens no artigo, começamos pelo fim, pelas conclusões:
.
"This paper develops a model in which industries are made up of mass-production factories making standardized goods and specialty plants making custom or niche goods. (Moi ici: Os governos e encalhados acham que uma unidade de produção pequena pode ou deve fazer o mesmo que uma grande) The paper uses a combination of confidential and public Census data to estimate parameters of the model and, in particular, produces estimates of plant counts in the specialty and standardized segments by industry. The estimated model fits the observed plant size/geographic concentration relationship relatively well. The estimates reveal that, for those industries that have been heavily affected by a surge of imports from China, there has been a dramatic decline in plant counts for the standardized segment, while the specialty segments have been relatively stable. (Moi ici: Em sintonia completa com a nossa recomendação de anos: fujam do campeonato de preço mais baixo. Esse campeonato joga-se com produtos maduros, grandes quantidades e é para quem pode e não para quem quer)
.
The paper also shows that for the China surge industries, locations with large concentrations of the industry and large plants, like High Point, North Carolina, have declined relative to the rest of the country. (Moi ici: Recorrendo mais uma vez ao exemplo do calçado, recordar estes postais sobre o declínio das multinacionais do calçado em Portugal- aqui, aqui e aqui. Recorrendo ao exemplo do têxtil estes postais sobre a TMG e o renascer do sector - aqui e aqui) These results are consistent with the hypothesis that products made in China are close substitutes to the products of big plants (like those in High Point), and not so close substitutes to the products of the small plants that are diffuse throughout the country. The results are inconsistent with standard theories that assert that small plants are just like large plants, except for having a low productivity draw. (Moi ici: DUH!!!!! Que teoria tão tola e afastada da realidade... peca por desprezar o valor potencial do que se produz... É claro que se medirmos a produtividade em quantidade de coisas produzidas por unidade de tempo as fábricas maiores são mais produtivas. No entanto, se medirmos a produtividade num rácio entre o que se ganha a vender e o que se precisa de gastar para produzir o que se vende, a história é bem diferente como demonstram os outros gráficos do postal acima referido)
In our theory, if a plant in the United States is huge, it is a signal that the plant is potentially vulnerable to competition from China. A huge plant is likely making something that can be traded across space–something that can be put in a container and shipped–as a local market would not likely be able to absorb all the output of a given huge plant."
.
O que é estranho é que estas conclusões, para a comunidade científica são ... novidade!!!
.
Do abstract retiro:
.
"There is wide variation in the sizes of manufacturing plants, even within the most narrowly defined industry classifications used by statistical agencies. Standard theories attribute all such size differences to productivity differences. This paper develops an alternative theory in which industries are made up of large plants producing standardized goods and small plants making custom or specialty goods. ... the predictions of the model for the impacts of a surge in imports from China are consistent with what happened to U.S. manufacturing industries that experienced such a surge over the period 1997—2007. Large-scale standardized plants were decimated, while small-scale specialty plants were relatively less impacted." (Moi ici: Os encalhados da tríade não fazem ideia disto... )
...
Isto vai ficar comprido mas vale a pena:
.
"Take wood furniture as an example. The large plants in this industry with more than a thousand employees are concentrated in North Carolina, particularly in a place called High Point. These plants make the stock bedroom and dining room furniture pieces found at traditional furniture stores. Also included in the Census classification are small facilities making custom pieces to order, such as small shops employing skilled Amish craftsmen. Let us apply the standard theory of the size distribution to this industry.
.
Entrepreneurs that enter and draw high productivity parameters would likely open up megaplants in High Point, North Carolina; those that get low draws might open Amish shops in other locations. The Melitz model and the BEJK model both predict that the large North Carolina plants will have large market areas, while the small plants will tend to ship locally. So far so good, because this result is consistent with the data, as we will show. But what happens when China enters the wood furniture market in a dramatic fashion, as has occurred over the past 10 years? While all of the U.S. industry will be hurt, the Melitz and BEJK theories predict that the North Carolina industry will be relatively less affected because it is home to the large, productive plants. In fact, the opposite turns out to be true in the data.
.
To address this shortcoming, our theory takes into account that most industries have some segment that provides specialty goods, often custom-made goods, the provision of which is facilitated by face-to-face contact between buyers and sellers. (Moi ici: Há anos que chamamos a atenção para a importância da proximidade, do desenvolvimento de relações amorosas, da flexibilidade, da rapidez, da relação) This specialty segment is the province of small plants. Large plants tend to make standardized products. ... When China enters the wood furniture market, naturally it follows its comparative advantage and enters the standardized segment of the market, making products similar to the stock furniture pieces produced in North Carolina. Thus, in our theory, the North Carolina industry is hurt the most by China’s entry into the industry, as actually happened.
...
We show that over the period 1997 to 2007, in industries where exports from China have surged, the domestic industry has shifted toward large metropolitan areas, places where average plant size has typically been small.
.
These are places where we expect to see a large demand for specialty and custom goods.
.
And we also expect to find there a large supply of inputs suited for specialty and niche products. These are different from the low-skill inputs used in mass production of standardized products in large plants–inputs readily available in China and places like High Point.
.
(Moi ici: O mesmo no sector têxtil) That study explained how large plants in places like North Carolina tended to mass-produce standardized garments like nurses’ uniforms, while the small plants in New York City tended to produce fashion items. The new development is that China has entered to play the role of North Carolina, while New York still plays New York (Moi ici: É assim tão difícil perceber o que aconteceu por cá também?) (albeit in a relative sense, given the overall decline of manufacturing as a share of the domestic economy).
...
When we take into account that plants vary in productivity as well as in function (with small plants specializing in specialty goods), we cannot tell a priori whether a given large plant will be more likely to survive a trade onslaught than a small plant."
.
Por um lado pensei "Duh! É o que andamos a dizer há anos neste blogue", por outro lado também pensei, "Meu Deus, se isto é assunto para artigo publicado é porque é novidade, logo... ainda vai durar a entrar na mente dos encalhados... bem dizia Max Planck:
.
"Uma nova verdade científica não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo-os ver a luz, mas porque seus oponentes finalmente morrem e uma nova geração que está familiarizada com ela cresce" (Moi ici: Mas Max Planck esqueceu-se da linha de montagem que os oponentes comandam nas escolas).
.
Vamos lá ao que escrevem Holmes e Stevens no artigo, começamos pelo fim, pelas conclusões:
.
"This paper develops a model in which industries are made up of mass-production factories making standardized goods and specialty plants making custom or niche goods. (Moi ici: Os governos e encalhados acham que uma unidade de produção pequena pode ou deve fazer o mesmo que uma grande) The paper uses a combination of confidential and public Census data to estimate parameters of the model and, in particular, produces estimates of plant counts in the specialty and standardized segments by industry. The estimated model fits the observed plant size/geographic concentration relationship relatively well. The estimates reveal that, for those industries that have been heavily affected by a surge of imports from China, there has been a dramatic decline in plant counts for the standardized segment, while the specialty segments have been relatively stable. (Moi ici: Em sintonia completa com a nossa recomendação de anos: fujam do campeonato de preço mais baixo. Esse campeonato joga-se com produtos maduros, grandes quantidades e é para quem pode e não para quem quer)
.
The paper also shows that for the China surge industries, locations with large concentrations of the industry and large plants, like High Point, North Carolina, have declined relative to the rest of the country. (Moi ici: Recorrendo mais uma vez ao exemplo do calçado, recordar estes postais sobre o declínio das multinacionais do calçado em Portugal- aqui, aqui e aqui. Recorrendo ao exemplo do têxtil estes postais sobre a TMG e o renascer do sector - aqui e aqui) These results are consistent with the hypothesis that products made in China are close substitutes to the products of big plants (like those in High Point), and not so close substitutes to the products of the small plants that are diffuse throughout the country. The results are inconsistent with standard theories that assert that small plants are just like large plants, except for having a low productivity draw. (Moi ici: DUH!!!!! Que teoria tão tola e afastada da realidade... peca por desprezar o valor potencial do que se produz... É claro que se medirmos a produtividade em quantidade de coisas produzidas por unidade de tempo as fábricas maiores são mais produtivas. No entanto, se medirmos a produtividade num rácio entre o que se ganha a vender e o que se precisa de gastar para produzir o que se vende, a história é bem diferente como demonstram os outros gráficos do postal acima referido)
In our theory, if a plant in the United States is huge, it is a signal that the plant is potentially vulnerable to competition from China. A huge plant is likely making something that can be traded across space–something that can be put in a container and shipped–as a local market would not likely be able to absorb all the output of a given huge plant."
.
O que é estranho é que estas conclusões, para a comunidade científica são ... novidade!!!
.
Do abstract retiro:
.
"There is wide variation in the sizes of manufacturing plants, even within the most narrowly defined industry classifications used by statistical agencies. Standard theories attribute all such size differences to productivity differences. This paper develops an alternative theory in which industries are made up of large plants producing standardized goods and small plants making custom or specialty goods. ... the predictions of the model for the impacts of a surge in imports from China are consistent with what happened to U.S. manufacturing industries that experienced such a surge over the period 1997—2007. Large-scale standardized plants were decimated, while small-scale specialty plants were relatively less impacted." (Moi ici: Os encalhados da tríade não fazem ideia disto... )
...
Isto vai ficar comprido mas vale a pena:
.
"Take wood furniture as an example. The large plants in this industry with more than a thousand employees are concentrated in North Carolina, particularly in a place called High Point. These plants make the stock bedroom and dining room furniture pieces found at traditional furniture stores. Also included in the Census classification are small facilities making custom pieces to order, such as small shops employing skilled Amish craftsmen. Let us apply the standard theory of the size distribution to this industry.
.
Entrepreneurs that enter and draw high productivity parameters would likely open up megaplants in High Point, North Carolina; those that get low draws might open Amish shops in other locations. The Melitz model and the BEJK model both predict that the large North Carolina plants will have large market areas, while the small plants will tend to ship locally. So far so good, because this result is consistent with the data, as we will show. But what happens when China enters the wood furniture market in a dramatic fashion, as has occurred over the past 10 years? While all of the U.S. industry will be hurt, the Melitz and BEJK theories predict that the North Carolina industry will be relatively less affected because it is home to the large, productive plants. In fact, the opposite turns out to be true in the data.
.
To address this shortcoming, our theory takes into account that most industries have some segment that provides specialty goods, often custom-made goods, the provision of which is facilitated by face-to-face contact between buyers and sellers. (Moi ici: Há anos que chamamos a atenção para a importância da proximidade, do desenvolvimento de relações amorosas, da flexibilidade, da rapidez, da relação) This specialty segment is the province of small plants. Large plants tend to make standardized products. ... When China enters the wood furniture market, naturally it follows its comparative advantage and enters the standardized segment of the market, making products similar to the stock furniture pieces produced in North Carolina. Thus, in our theory, the North Carolina industry is hurt the most by China’s entry into the industry, as actually happened.
...
We show that over the period 1997 to 2007, in industries where exports from China have surged, the domestic industry has shifted toward large metropolitan areas, places where average plant size has typically been small.
.
These are places where we expect to see a large demand for specialty and custom goods.
.
And we also expect to find there a large supply of inputs suited for specialty and niche products. These are different from the low-skill inputs used in mass production of standardized products in large plants–inputs readily available in China and places like High Point.
.
(Moi ici: O mesmo no sector têxtil) That study explained how large plants in places like North Carolina tended to mass-produce standardized garments like nurses’ uniforms, while the small plants in New York City tended to produce fashion items. The new development is that China has entered to play the role of North Carolina, while New York still plays New York (Moi ici: É assim tão difícil perceber o que aconteceu por cá também?) (albeit in a relative sense, given the overall decline of manufacturing as a share of the domestic economy).
...
When we take into account that plants vary in productivity as well as in function (with small plants specializing in specialty goods), we cannot tell a priori whether a given large plant will be more likely to survive a trade onslaught than a small plant."
It's not the euro, stupid! (parte III)
Parte I, parte II.
.
Ontem, durante o jogging, ouvi uma uma parte do livro "Gut feelings : the intelligence of the unconscious" de Gerd Gigerenzer".
.
No capítulo 6 com o delicioso título: "Why Good Intuitions Shouldn't be Logical" gigerenzer chama a atenção para esta particularidade:
.
"Mark got angry and Mary left.
Mary left and Mark got angry.
.
Verona is in Italy and Valencia is in Spain.
Valencia is in Spain and Verona is in Italy.
.
We understand in a blink that the first pair of sentences conveys opposite causal messages, whereas the second pair is identical in meaning. Only in the last pair is the and used in the sense of the logical AND. Even more surprising, we also know without thinking when and should be interpreted as the logical OR, as in the sentence
.
We invited friends and colleagues.
...
To this day, linguists are still working on spelling out the rules of thumb that underlie this remarkably intelligent intuition. No computer program can decode the meaning of an and sentence as well as we can. These are the interesting unconscious processes that we only partly understand, but which our intuition masters in the blink of an eye."
.
Escrevo isto porque não me canso de me surpreender com o que os investigadores escrevem sobre a competitividade e a produtividade das empresas. A tríade de encalhados usa modelos obsoletos para explicar a realidade e, quando os modelos deixam de explicar a realidade... deixam de falar na realidade e continuam, como lapas, agarrados a ideias antigas que agitam sem contraditório.
.
Ainda mais surpreendente, os investigadores que descobrem que os modelos estão obsoletos e avançam para a realidade para formularem modelos mais robustos, depois de muita investigação, depois de um caminho árduo, chegam ao topo da montanha onde já me encontro há alguns anos...
.
Arrogância intelectual da minha parte? Não!
.
O contacto permanente com PMEs que têm sucesso a exportar e a reflexão... por que é que estas empresas têm sucesso apesar da procissão de desgraças que os encalhados da tríade previram? Por que é que os gerentes das PMEs, muitos com a 4ª classe, fizeram o que Daniel Bessa postulava como sendo impossível?
.
O percurso que me tem levado a Mongo, a "somos todos alemães", à vantagem do numerador e da eficácia sobre o denominador e a eficiência está retratado neste blogue e pode ser condensado neste postal de Agosto último "Promotor da concorrência imperfeita e de monopólios informais".
.
Ainda hoje ouvimos os governos apelarem às empresas pequenas a seguirem o exemplo das empresas grandes, ainda hoje ouvimos dizer que as empresas grandes são mais competitivas que as empresas pequenas, que têm produtividades, que podem ser mais resistentes a choques de competitividade.
.
Continua na parte IV, que tentarei escrever ainda hoje, com um exemplo que deita por terra todas estas ideias com um vector chamado China!
.
Ontem, durante o jogging, ouvi uma uma parte do livro "Gut feelings : the intelligence of the unconscious" de Gerd Gigerenzer".
.
No capítulo 6 com o delicioso título: "Why Good Intuitions Shouldn't be Logical" gigerenzer chama a atenção para esta particularidade:
.
"Mark got angry and Mary left.
Mary left and Mark got angry.
.
Verona is in Italy and Valencia is in Spain.
Valencia is in Spain and Verona is in Italy.
.
We understand in a blink that the first pair of sentences conveys opposite causal messages, whereas the second pair is identical in meaning. Only in the last pair is the and used in the sense of the logical AND. Even more surprising, we also know without thinking when and should be interpreted as the logical OR, as in the sentence
.
We invited friends and colleagues.
...
To this day, linguists are still working on spelling out the rules of thumb that underlie this remarkably intelligent intuition. No computer program can decode the meaning of an and sentence as well as we can. These are the interesting unconscious processes that we only partly understand, but which our intuition masters in the blink of an eye."
.
Escrevo isto porque não me canso de me surpreender com o que os investigadores escrevem sobre a competitividade e a produtividade das empresas. A tríade de encalhados usa modelos obsoletos para explicar a realidade e, quando os modelos deixam de explicar a realidade... deixam de falar na realidade e continuam, como lapas, agarrados a ideias antigas que agitam sem contraditório.
.
Ainda mais surpreendente, os investigadores que descobrem que os modelos estão obsoletos e avançam para a realidade para formularem modelos mais robustos, depois de muita investigação, depois de um caminho árduo, chegam ao topo da montanha onde já me encontro há alguns anos...
.
Arrogância intelectual da minha parte? Não!
.
O contacto permanente com PMEs que têm sucesso a exportar e a reflexão... por que é que estas empresas têm sucesso apesar da procissão de desgraças que os encalhados da tríade previram? Por que é que os gerentes das PMEs, muitos com a 4ª classe, fizeram o que Daniel Bessa postulava como sendo impossível?
.
O percurso que me tem levado a Mongo, a "somos todos alemães", à vantagem do numerador e da eficácia sobre o denominador e a eficiência está retratado neste blogue e pode ser condensado neste postal de Agosto último "Promotor da concorrência imperfeita e de monopólios informais".
.
Ainda hoje ouvimos os governos apelarem às empresas pequenas a seguirem o exemplo das empresas grandes, ainda hoje ouvimos dizer que as empresas grandes são mais competitivas que as empresas pequenas, que têm produtividades, que podem ser mais resistentes a choques de competitividade.
.
Continua na parte IV, que tentarei escrever ainda hoje, com um exemplo que deita por terra todas estas ideias com um vector chamado China!
.
Marcadores:
china,
denominador,
distribuição de produtividades,
eficácia,
eficiência,
encalhados,
Gerd Gigerenzer,
gut feelings,
mongo,
numerador,
produtividade,
somos todos alemães,
tríade
Satisficers (parte II)
"A lone, hungry rat runs through what psychologists call a T-maze.
It can turn either left or right. If it turns left, it will find food in eight out of ten cases; if it turns right, there will only be food in two out of ten cases. The amount of food it finds is small, so it runs over and over again through the maze. Under a variety of experimental conditions, rats turn left most of the time, as one would expect. But sometimes they turn right, though this is the worse option, puzzling many a researcher. According to the logical principle called maximizing, the rat should always turn left, because there it can expect food 80 percent of the time. Sometimes, rats turn left in only about 80 percent of the cases, and right 20 percent of the time. Their behavior is then called probability matching, because it reflects the 80/20 percent probabilities. It results, however, in a smaller amount of food; the expectation is only 68 percent.3 The rat’s behavior seems irrational. Has evolution miswired the brain of this poor animal? Or are rats simply stupid?
.
We can understand the rat’s behavior once we look into its natural environment rather than into its small brain. Under the natural conditions of foraging, a rat competes with many other rats and animals for food.
If all go to the spot that has the most food, each will get only a small share. The one mutant organism that sometimes chooses the second-best patch would face less competition, get more food, and so be favored by natural selection. Thus, rats seem to rely on a strategy that works in a competitive environment but doesn’t fit the experimental situation, in which an individual is kept in social isolation."
.
Interessante... quando se pensa na dispersão de produtividades, na dispersão de dimensões, na dispersão de produtos e serviços, na dispersão de mercados... na economia. E, já agora, no destino económico ser a mongolização, o aumento exponencial da dispersão de opções.
.
Trecho retirado de "Gut feelings : the intelligence of the unconscious" de Gerd Gigerenzer.
It can turn either left or right. If it turns left, it will find food in eight out of ten cases; if it turns right, there will only be food in two out of ten cases. The amount of food it finds is small, so it runs over and over again through the maze. Under a variety of experimental conditions, rats turn left most of the time, as one would expect. But sometimes they turn right, though this is the worse option, puzzling many a researcher. According to the logical principle called maximizing, the rat should always turn left, because there it can expect food 80 percent of the time. Sometimes, rats turn left in only about 80 percent of the cases, and right 20 percent of the time. Their behavior is then called probability matching, because it reflects the 80/20 percent probabilities. It results, however, in a smaller amount of food; the expectation is only 68 percent.3 The rat’s behavior seems irrational. Has evolution miswired the brain of this poor animal? Or are rats simply stupid?
.
We can understand the rat’s behavior once we look into its natural environment rather than into its small brain. Under the natural conditions of foraging, a rat competes with many other rats and animals for food.
If all go to the spot that has the most food, each will get only a small share. The one mutant organism that sometimes chooses the second-best patch would face less competition, get more food, and so be favored by natural selection. Thus, rats seem to rely on a strategy that works in a competitive environment but doesn’t fit the experimental situation, in which an individual is kept in social isolation."
.
Interessante... quando se pensa na dispersão de produtividades, na dispersão de dimensões, na dispersão de produtos e serviços, na dispersão de mercados... na economia. E, já agora, no destino económico ser a mongolização, o aumento exponencial da dispersão de opções.
.
Trecho retirado de "Gut feelings : the intelligence of the unconscious" de Gerd Gigerenzer.
OMG... E vão viver de quê (parte XI)
"Portugal já exportou mais do que importou de Espanha":
.
"As exportações portuguesas para Espanha ultrapassaram em outubro, pela primeira vez, as importações, com as vendas a atingirem o valor recorde de 1,9 mil milhões de euros, anunciou a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola.
.
Devido a este facto inédito, Portugal ascendeu, em outubro, ao quarto lugar do 'ranking' dos principais países fornecedores de Espanha, adianta o mesmo organismo em comunicado, citando os dados mais recentes da Agência Tributária espanhola.
.
As importações de Espanha atingiram, no mesmo mês, 1,8 mil milhões de euros.
.
Portugal vende para Espanha, sobretudo, artigos de moda (roupa, sapatos e produtos para bebés) e de lazer (óculos, motociclos, bicicletas e artigos desportivos)."
.
Impressionante este desempenho nacional... é que não é à custa da redução das importações, que baixaram, mas à custa do aumento das exportações:
.
"De acordo com os dados oficiais espanhóis, para o volume de exportações portuguesas para o país vizinho contribuiu o setor dos bens de consumo, que aumentou, em outubro, 479 por cento face ao período homólogo de 2010, para os 1,2 mil milhões de euros."
...
"Contabilizando, no entanto, a totalidade dos dez primeiros meses de 2011, Portugal comprou mais a Espanha do que vendeu: o volume de exportações (8,8 mil milhões de euros) ficou quase a metade do das importações (14,2 mil milhões de euros)."
.
"As exportações portuguesas para Espanha ultrapassaram em outubro, pela primeira vez, as importações, com as vendas a atingirem o valor recorde de 1,9 mil milhões de euros, anunciou a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola.
.
Devido a este facto inédito, Portugal ascendeu, em outubro, ao quarto lugar do 'ranking' dos principais países fornecedores de Espanha, adianta o mesmo organismo em comunicado, citando os dados mais recentes da Agência Tributária espanhola.
.
As importações de Espanha atingiram, no mesmo mês, 1,8 mil milhões de euros.
.
Portugal vende para Espanha, sobretudo, artigos de moda (roupa, sapatos e produtos para bebés) e de lazer (óculos, motociclos, bicicletas e artigos desportivos)."
.
Impressionante este desempenho nacional... é que não é à custa da redução das importações, que baixaram, mas à custa do aumento das exportações:
.
"De acordo com os dados oficiais espanhóis, para o volume de exportações portuguesas para o país vizinho contribuiu o setor dos bens de consumo, que aumentou, em outubro, 479 por cento face ao período homólogo de 2010, para os 1,2 mil milhões de euros."
...
"Contabilizando, no entanto, a totalidade dos dez primeiros meses de 2011, Portugal comprou mais a Espanha do que vendeu: o volume de exportações (8,8 mil milhões de euros) ficou quase a metade do das importações (14,2 mil milhões de euros)."
Mongo de braço dado com a batota
"consumers are moving away from conspicuous consumption and instead are spending more on digital experiences, both digital and physical (Moi ici: As experiências durante a compra fazem parte do campeonato da batota)
.
Mass customisation is no longer just a small business - NikeID turned over $100M in revenue in the niche category of custom sneakers last year (I love their product)!
...
This consumer trend towards ‘experiential retailing’ also lends itself quite well to the online mass customisation space.
(Moi ici: A mass customization é o campeonato de Mongo) Why would you want to buy a normal pair of shoes when you can have the experience of designing your own shoes and having them made for you? Why settle for off the rack shirts and suits when you can design these too? There are a number of great companies providing this service, such as Joe Button, Blank Label, YouTailor and Indochino, that are all doing well. And why settle for a standard chocolate bar when you can select your own ingredients?.
Mass customisation is no longer just a small business - NikeID turned over $100M in revenue in the niche category of custom sneakers last year (I love their product)!
.
Trecho retirado de "Retailer’s Perspective – The Next Phase: Experiential Retail"
.
Recordando este postal "It's not the euro, stupid! (parte I)", a solução para o comércio tradicional resistir à grande distribuição não é a redução de custos, não é competir ombro a ombro no preço mais baixo. A solução é inovar, fazer batota e proporcionar experiências.
quinta-feira, dezembro 29, 2011
It's not the euro, stupid! (parte II)
Parte I.
.
A partir deste "amigo" cheguei a este "amigo" que me levou a este "amigo" (abençoada Internet).
.
Em "Trade Induced Technical Change? The Impact of Chinese Imports on Innovation, IT and Productivity" de Nicholas Bloom, Mirko Draca e John Van Reenen, publicado em Janeiro de 2011 descubro uma alma gémea. Já li o corpo do artigo duas vezes e ainda não encontrei nada com o qual não concordasse... tudo o que é apresentado vem suportar as teses que defendo há anos aqui no blogue.
.
Convém recuar ao Portugal de 1996... salários baixos, dentro da fortaleza Europa...
.
"A vigorous political debate is in progress over the impact of globalization on the economies of the developed world.
...
One major benefit of Chinese trade had been lower prices for manufactured goods in the developed world. We argue in this paper that increased Chinese trade has also induced faster technical change from both innovation and the adoption of new technologies, contributing to productivity growth. (Moi ici: O mesmo efeito que a ausência de patentes impõe no mundo da moda) In particular we find that the absolute volume of innovation (not just patents per worker or productivity) increases within the firms and industries more affected by exogenous reductions in barriers to Chinese imports. (Moi ici: Uma outra forma de dizer: subir na escala de valor, fugir do campeonato do preço e entrar no do valor)
...
A contribution of our paper is to confirm the importance of low wage country trade for technical change using a large sample of over half a million firms and exploiting China’s entry into the World Trade Organization (WTO) to identify the causal effect of trade.
...
The rise of China and other emerging economies such as India, Mexico and Brazil has also coincided with an increase in wage inequality and basic trade theory predicts such South-North integration could cause this. ... What may be happening is that trade is stimulating technical progress, which in turn is increasing the demand for skilled labor.
...
First, on the intensive margin, Chinese import competition increases innovation, TFP and management quality within surviving firms. Firms facing higher levels of Chinese import competition create more patents, spend more on R&D, raise their IT intensity, adopt more modern management practices, and increase their overall level of TFP. Second, Chinese import competition reduces employment and survival probabilities in low-tech firms - e.g. firms with lower levels of patents or TFP shrink and exit much more rapidly than high-tech firms in response to Chinese competition. Thus, our paper jointly examines the effects of trade on survival/selection and innovation. The combined impact of these within firm and between effects is to cause technological upgrading in those industries most affected by Chinese imports. An additional set of results shows that Chinese imports significantly reduce prices, profitability and the demand for unskilled workers as basic theory would suggest. (Moi ici: Tudo, tudo a suportar o que defendemos neste blogue há anos!!! Baixar salários? Aumentar o tempo de trabalho para fazer face aos chineses? Get a life!!! Quem o defendo só ilustra assim a sua ignorância dos números e não percebe o que se passa/passou)
...
Chinese imports reduce the relative profitability of making low-tech products but since firms cannot easily dispose of their “trapped” labor and capital, the shadow cost of innovating has fallen. Hence, by reducing the profitability of current low-tech products and freeing up inputs to innovate, Chinese trade reduces the opportunity cost of innovation. (Moi ici: É o salto para a frente, há empresas que são inovadoras por causa do seu ADN, está-lhes na massa do sangue. Há muitas mais que só inovam quando a necessidade aperta!!!)
...
First, import competition from low wage countries like China has a greater effect on innovation than imports from high wage countries. This occurs because Chinese imports have a disproportionate effect on the profitability of low-tech products, providing greater incentives to innovate new goods. Second, firms with more trapped factors (as measured by industry-specific human capital, for example) will respond more strongly to import threats.
...
for labour economics we find a role for trade with low wage countries in increasing skill demand (at least since the mid-1990s) through inducing technical change.
...
Our paper uses new patenting, IT, R&D, management and productivity data to establish that trade drives out low-tech firms (reallocation) and increases the incentives of incumbents to speed up technical change.
...
important role of trade on technical change. In particular, our finding that (i) the positive trade effect is on innovation (rather than just compositional effects on productivity via offshoring or product switching)
...
we find that about half of the increase in innovation following the fall in trade barriers against China comes from within firms (they expand the number of patented innovations, spend absolutely more on R&D and modernize their management practices) implies that changing composition is not the whole story.
...
size is not an adequate proxy for productivity, finding that small plants actually do relatively better than larger plants following an increase in Chinese import. (Moi ici: Em toda a linha!!! Até este tópico da dimensão das empresas e a vantagem das PMEs vem suportar as teses deste blogue!!!)
...
In their model, small firms survive by operating in product niches rather than the standardized products competing with China. (Moi ici: Nichos, outro conselho recorrente deste blogue!!!)
.
Chinese imports are associated with an increase in the wage-bill share of college educated workers, suggesting Chinese trade raises the demand for skills. ... This is consistent with the model that Chinese trade leads firms to switch from producing older low-tech goods to the design and manufacture of new goods, which is likely to increase the demand for skilled workers.
...
in the face of Chinese import competition European firms change their product mix."
.
Só gostava de conhecer um estudo com números, com suporte em amostra estatisticamente significativa que comprove que o problema da nossa economia é a falta de competitividade do sector de bens transaccionáveis... ao menos um.
.
A partir deste "amigo" cheguei a este "amigo" que me levou a este "amigo" (abençoada Internet).
.
Em "Trade Induced Technical Change? The Impact of Chinese Imports on Innovation, IT and Productivity" de Nicholas Bloom, Mirko Draca e John Van Reenen, publicado em Janeiro de 2011 descubro uma alma gémea. Já li o corpo do artigo duas vezes e ainda não encontrei nada com o qual não concordasse... tudo o que é apresentado vem suportar as teses que defendo há anos aqui no blogue.
.
Convém recuar ao Portugal de 1996... salários baixos, dentro da fortaleza Europa...
.
"A vigorous political debate is in progress over the impact of globalization on the economies of the developed world.
...
One major benefit of Chinese trade had been lower prices for manufactured goods in the developed world. We argue in this paper that increased Chinese trade has also induced faster technical change from both innovation and the adoption of new technologies, contributing to productivity growth. (Moi ici: O mesmo efeito que a ausência de patentes impõe no mundo da moda) In particular we find that the absolute volume of innovation (not just patents per worker or productivity) increases within the firms and industries more affected by exogenous reductions in barriers to Chinese imports. (Moi ici: Uma outra forma de dizer: subir na escala de valor, fugir do campeonato do preço e entrar no do valor)
...
A contribution of our paper is to confirm the importance of low wage country trade for technical change using a large sample of over half a million firms and exploiting China’s entry into the World Trade Organization (WTO) to identify the causal effect of trade.
...
The rise of China and other emerging economies such as India, Mexico and Brazil has also coincided with an increase in wage inequality and basic trade theory predicts such South-North integration could cause this. ... What may be happening is that trade is stimulating technical progress, which in turn is increasing the demand for skilled labor.
...
First, on the intensive margin, Chinese import competition increases innovation, TFP and management quality within surviving firms. Firms facing higher levels of Chinese import competition create more patents, spend more on R&D, raise their IT intensity, adopt more modern management practices, and increase their overall level of TFP. Second, Chinese import competition reduces employment and survival probabilities in low-tech firms - e.g. firms with lower levels of patents or TFP shrink and exit much more rapidly than high-tech firms in response to Chinese competition. Thus, our paper jointly examines the effects of trade on survival/selection and innovation. The combined impact of these within firm and between effects is to cause technological upgrading in those industries most affected by Chinese imports. An additional set of results shows that Chinese imports significantly reduce prices, profitability and the demand for unskilled workers as basic theory would suggest. (Moi ici: Tudo, tudo a suportar o que defendemos neste blogue há anos!!! Baixar salários? Aumentar o tempo de trabalho para fazer face aos chineses? Get a life!!! Quem o defendo só ilustra assim a sua ignorância dos números e não percebe o que se passa/passou)
...
Chinese imports reduce the relative profitability of making low-tech products but since firms cannot easily dispose of their “trapped” labor and capital, the shadow cost of innovating has fallen. Hence, by reducing the profitability of current low-tech products and freeing up inputs to innovate, Chinese trade reduces the opportunity cost of innovation. (Moi ici: É o salto para a frente, há empresas que são inovadoras por causa do seu ADN, está-lhes na massa do sangue. Há muitas mais que só inovam quando a necessidade aperta!!!)
...
First, import competition from low wage countries like China has a greater effect on innovation than imports from high wage countries. This occurs because Chinese imports have a disproportionate effect on the profitability of low-tech products, providing greater incentives to innovate new goods. Second, firms with more trapped factors (as measured by industry-specific human capital, for example) will respond more strongly to import threats.
...
for labour economics we find a role for trade with low wage countries in increasing skill demand (at least since the mid-1990s) through inducing technical change.
...
Our paper uses new patenting, IT, R&D, management and productivity data to establish that trade drives out low-tech firms (reallocation) and increases the incentives of incumbents to speed up technical change.
...
important role of trade on technical change. In particular, our finding that (i) the positive trade effect is on innovation (rather than just compositional effects on productivity via offshoring or product switching)
...
we find that about half of the increase in innovation following the fall in trade barriers against China comes from within firms (they expand the number of patented innovations, spend absolutely more on R&D and modernize their management practices) implies that changing composition is not the whole story.
...
size is not an adequate proxy for productivity, finding that small plants actually do relatively better than larger plants following an increase in Chinese import. (Moi ici: Em toda a linha!!! Até este tópico da dimensão das empresas e a vantagem das PMEs vem suportar as teses deste blogue!!!)
...
In their model, small firms survive by operating in product niches rather than the standardized products competing with China. (Moi ici: Nichos, outro conselho recorrente deste blogue!!!)
.
Chinese imports are associated with an increase in the wage-bill share of college educated workers, suggesting Chinese trade raises the demand for skills. ... This is consistent with the model that Chinese trade leads firms to switch from producing older low-tech goods to the design and manufacture of new goods, which is likely to increase the demand for skilled workers.
...
in the face of Chinese import competition European firms change their product mix."
.
Só gostava de conhecer um estudo com números, com suporte em amostra estatisticamente significativa que comprove que o problema da nossa economia é a falta de competitividade do sector de bens transaccionáveis... ao menos um.
It's not the euro, stupid! (parte I)
It was China!
.
RESSALVA: Não pretendo insultar ou ser indelicado com ninguém, estou só a manipular uma expressão que ficou conhecida.
.
"A última década foi a pior de que há memória para a economia portuguesa e o mau desempenho deve-se mais às restrições causadas pela união monetária que a erros políticos, diz o economista João Ferreira de Amaral.
...
Acumularam-se desequilíbrios gigantescos nas balanças de pagamentos, nomeadamente em Portugal, na Grécia e também, em parte, em Espanha."
.
RESSALVA: Não pretendo insultar ou ser indelicado com ninguém, estou só a manipular uma expressão que ficou conhecida.
.
"A última década foi a pior de que há memória para a economia portuguesa e o mau desempenho deve-se mais às restrições causadas pela união monetária que a erros políticos, diz o economista João Ferreira de Amaral.
...
Acumularam-se desequilíbrios gigantescos nas balanças de pagamentos, nomeadamente em Portugal, na Grécia e também, em parte, em Espanha."
...
Porque não temos condições de crescimento nenhumas, e o nosso aparelho produtivo continuará talvez anda mais ineficiente que agora""
.
Trechos retirados de "Ferreira do Amaral: "Nunca tivemos década tão má" como a do euro"
.
Por que é que nenhum dos jornalistas, estagiários saídos das escolas da Revolução Industrial, habituados a receber "press releases" e a servir de megafones, nunca confrontam Ferreira do Amaral com os números da economia que compete com o euro como moeda forte?
.
Por que é que aceitam acriticamente tudo o que ele diz? Sim, eu sei, a culpa não é deles, quando estiverem a começar a sair da casca e a querer fazer perguntas e investigar... acaba a comissão de serviço... nada de pessoal, vicissitudes do modelo actual do negócio dos jornais.
.
Os jornais são como Ferreira do Amaral, e muitos outros a quem chamo encalhados ou membros da tríade. Os jornais estão num combate com a Internet, a Internet está para os jornais como a concorrência chinesa está para as empresas que produzem bens transaccionáveis, ou da grande distribuição está para o comércio tradicional.
.
Como é que os jornais combatem a Internet... reduzindo custos, tentando competir no mesmo campo que dá vantagem à Internet. Só que a Internet é imbatível, é gratuita... é como uma escola privada querer competir com uma escola do Estado pelo custo... é uma guerra perdida à partida.
.
Esqueçamos a eurozona e pensemos no caso norte-americano, como é que Ferreira do Amaral explica que as consequências que ele atribui ao euro possam ser visualizadas, até talvez com mais ênfase, na economia norte-americana?
.
O que é que é comum à eurozona e à economia norte-americana?
.
A entrada da China na WTO e o fim de muitas barreiras às importações com origem em países de mão-de-obra barata!!!
.
As empresas que produziam bens transaccionáveis, quase de um momento para o outro, foram sujeitas a um tsunami competitivo assente em custos muito, muito, muito baixos!
Esta tabela, presença habitual neste blogue, ilustra o que se passou... percebem o massacre a que a economia de bens transaccionáveis foi sujeito na última década por todo o mundo?
.
Apreciem este gráfico:
Ferreira do Amaral não conhece este números?
.
"Para Ferreira do Amaral, a "transferência de recursos de sectores de bens transaccionáveis para bens não transaccionáveis" é resultado de Portugal fazer parte de um espaço com uma "moeda forte".
.
"O aparelho produtivo reorientou-se para sectores protegidos da concorrência externa, porque a moeda é forte e não fazia sentido concorrer com produtos importados", argumenta. "Isso não foi um erro de política económica, o erro foi aderir a essa zona [de moeda forte].""
"O aparelho produtivo reorientou-se para sectores protegidos da concorrência externa, porque a moeda é forte e não fazia sentido concorrer com produtos importados", argumenta. "Isso não foi um erro de política económica, o erro foi aderir a essa zona [de moeda forte].""
.
Será que Ferreira do Amaral acha que o nosso sector de bens transaccionáveis resistiria melhor ao impacte chinês se ainda tivéssemos o escudo? Mesmo com aquele diferencial no custo da mão-de-obra?
.
Quando Ferreira do Amaral diz "e não fazia sentido concorrer com produtos importados"", está a referir-se a produtos importados da China ou da Europa do Norte?
.
Isolemos e excluamos o factor China. Como se comportou a economia de bens transaccionáveis de 1986, ano de entrada na CEE, até 2001 no do começo físico do euro? (O que tolda este exercício é a entrada do ecu em prática)
.
Perdemos gente e capacidade produtiva em sectores arcaicos como a agricultura e as pescas, incapazes de competir com os preços mais baixos do pescado espanhol ou dos cereais franceses. E na indústria como foi? Foram os nossos anos de ouro.
.
Como começou o fim? Com a saída das multinacionais que compravam minutos de mão-de-obra barata, para os padrões ocidentais, e com a sua deslocalização para a China.
.
Qual é a receita deste blogue?
.
Para competir com a China, para ter sucesso com uma moeda como o marco, para os jornais competirem com a Internet, para o comércio tradicional competir com a grande distribuição e para as escolas privadas competirem com os chineses do Estado, só há um campeonato, o campeonato do valor! Tudo o resto é albanização que nos leva a ser a Sildávia do Ocidente.
.
Ou seja:
Optar por ser uma empresa que trabalha para aumentar preços, não como o Estado o faz com os reféns que são os contribuintes e utentes.
.
Na economia as empresas é que são reféns da vontade dos seus clientes e eles só aceitarão pagar mais se durante o uso do produto/serviço sentirem que emerge mais valor para as suas vidas.
.
Tudo isto é o que tenho aprendido ao longo de quase cerca de 20 anos de trabalho como consultor, depois de quase dez anos a trabalhar na indústria, assenta no que tenho visto resultar e não resultar na vida real conjugado com a reflexão que os livros e a Internet me proporciona.
.
Na parte II que espero escrever ainda hoje vou-me calar e deixar outros falarem por mim.
Cuide do seu queijo
"Most companies I know have been running pretty hard lately. And, like the White Rabbit in Alice in Wonderland, many feel that the faster they go, the behinder they get."
When you take any business you can find, it's easy to discover that your positioning is now way off course–or non-existent." (Moi ici: Em que é que são bons? Em que é que se podem especializar e fazer a diferença? O que é que os apaixona?)
Not all customers are equal. Some are demanding and that helps you become better at your job. But others are demanding just for the sake of it. They Drain your time, attention, and patience, and, in essence, they take far more than they will ever pay for. Pure pursuit of revenue says that you have to keep pleasing them. A more analytic approach would highlight the degree to which some customers are unprofitable and therefore need to be fired." (Moi ici: Quem são os clientes-alvo? Talvez a pergunta mais vezes colocada neste blogue e nas empresas com que contacto. As empresas deviam ser "obrigadas" a fazer as suas curvas de Stobachoff para terem umas surpresas e descobrirem formas simples de aumentarem o lucro)
It's tempting to take business wherever you can find it. But a very broad geographical spread can cost you a fortune in time and travel. While it may look as though that customer on the other coast takes just a day's work, in reality getting there takes one day and getting back takes another. Does the income justify that expense?" (Moi ici: Ghemawat em "World 3.0" visualiza como isto é importante. As relações comerciais são sobretudo com os "vizinhos", a importância da proximidade. Mais perto mais flexibilidade, mais relação e menos probabilidade do preço ser o order winner)
.
O famoso Red Queen effect que mata as empresas através da anorexia.
.
Quem está entre a manada tem de correr mais sob pena de não ter ração para viver mais um dia, como todos correm mais ou menos juntos, quanto mais um corre mais os outros correm também... até ao esgotamento, quando já não há músculo e é só osso. Nessa altura ficam apenas aqueles que desde o princípio estavam destinados a vencer, não pela sorte mas pela análise fria dos números, como Cornuallis.
.
Cornuallis tinha um exército mais experiente, mais disciplinado, mais bem armado e mais numeroso. Ganhou enquanto os revolucionários lutaram seguindo as mesmas regras... começou a perder e perdeu a guerra da independência quando os revolucionários mudaram as regras do jogo.
.
"Especially after the last few years, when chasing business has sometimes been frantic, this is a good moment to stand back and ask yourself some hard questions. One of them might be: What's most important now: growth or consolidation?"
...
Um das mensagens que continuo a considerar válida, ano após ano, é: impaciente com os lucros e paciente com a quota de mercado, com o volume. É uma vacina contra a comoditização e uma forma de apostar constantemente na subida na escala de valor potencial.
.
Talvez 2012, com o choque que o meio abiótico vai proporcionar às empresas, seja um bom ano para reflectir sobre quem tirou o meu queijo:
.
"1. Poor strategic focus.When you take any business you can find, it's easy to discover that your positioning is now way off course–or non-existent." (Moi ici: Em que é que são bons? Em que é que se podem especializar e fazer a diferença? O que é que os apaixona?)
...
"2. Bad customers.Not all customers are equal. Some are demanding and that helps you become better at your job. But others are demanding just for the sake of it. They Drain your time, attention, and patience, and, in essence, they take far more than they will ever pay for. Pure pursuit of revenue says that you have to keep pleasing them. A more analytic approach would highlight the degree to which some customers are unprofitable and therefore need to be fired." (Moi ici: Quem são os clientes-alvo? Talvez a pergunta mais vezes colocada neste blogue e nas empresas com que contacto. As empresas deviam ser "obrigadas" a fazer as suas curvas de Stobachoff para terem umas surpresas e descobrirem formas simples de aumentarem o lucro)
...
"3. Expensive footprint.It's tempting to take business wherever you can find it. But a very broad geographical spread can cost you a fortune in time and travel. While it may look as though that customer on the other coast takes just a day's work, in reality getting there takes one day and getting back takes another. Does the income justify that expense?" (Moi ici: Ghemawat em "World 3.0" visualiza como isto é importante. As relações comerciais são sobretudo com os "vizinhos", a importância da proximidade. Mais perto mais flexibilidade, mais relação e menos probabilidade do preço ser o order winner)
...
"4. Valuable time.
Many businesses fall into what I call the revenue/time trap. They are so busy chasing cash that they don't have the time to sit down and invest the time and resources required to develop new products or new markets. Impulsive and energetic, they work hard but never attain momentum." (Moi ici: Aquilo a que chamo drenagem do presente, motivo pelo qual falo não de uma empresa mas de 4 em simultâneo e como isso requer jongleurs nas empresas)
Many businesses fall into what I call the revenue/time trap. They are so busy chasing cash that they don't have the time to sit down and invest the time and resources required to develop new products or new markets. Impulsive and energetic, they work hard but never attain momentum." (Moi ici: Aquilo a que chamo drenagem do presente, motivo pelo qual falo não de uma empresa mas de 4 em simultâneo e como isso requer jongleurs nas empresas)
Marcadores:
anorexia,
byrnes,
clientes-alvo,
estratégia,
flexibilidade,
ghemawat,
impaciente com os lucros e paciente com o volume,
jongleurs,
order winner,
proximidade,
quem mexeu no meu queijo,
Red Queen,
stobachoff
Conselho: ousar
Encontrei neste postal "Design Your Own Profession" um bom conselho:
.
"So what does all this mean for job-seekers in this uncertain economy? Forget the titles on the org charts and the advertised positions. Design your own profession and convince employers that you are exactly what they need."
.
Bem na linha desse outro postal inesquecível com um conselho do mesmo tipo "Screw Your Career Path. Live Your Story."
.
Confesso, no entanto, que tal me parece difícil numa sociedade em que a escola prepara os alunos para a uniformização, pessoas que deviam ser diferentes, para serem dóceis peças numa engrenagem desenhada por outros.
.
Se não é a escola da Revolução Industrial, concebida para criar exércitos padronizados de operários de colarinho branco ou azul, talvez um caso perdido... talvez as famílias possam agir como redutos "asturianos" para ensinar os seus filhos a serem diferentes da manada... não é serem melhores, é serem diferentes. Na manada é tudo igual, os indivíduos são tratados no agregado... à cabeça, por cabeça.
.
Ousar ser diferente, ousar seguir o caminho menos percorrido, ousar estar sozinho no deserto.
.
BTW, o meu filho mais novo anda no 8º ano de escolaridade e tem ... 16 disciplinas.
.
"So what does all this mean for job-seekers in this uncertain economy? Forget the titles on the org charts and the advertised positions. Design your own profession and convince employers that you are exactly what they need."
.
Bem na linha desse outro postal inesquecível com um conselho do mesmo tipo "Screw Your Career Path. Live Your Story."
.
Confesso, no entanto, que tal me parece difícil numa sociedade em que a escola prepara os alunos para a uniformização, pessoas que deviam ser diferentes, para serem dóceis peças numa engrenagem desenhada por outros.
.
Se não é a escola da Revolução Industrial, concebida para criar exércitos padronizados de operários de colarinho branco ou azul, talvez um caso perdido... talvez as famílias possam agir como redutos "asturianos" para ensinar os seus filhos a serem diferentes da manada... não é serem melhores, é serem diferentes. Na manada é tudo igual, os indivíduos são tratados no agregado... à cabeça, por cabeça.
.
Ousar ser diferente, ousar seguir o caminho menos percorrido, ousar estar sozinho no deserto.
.
BTW, o meu filho mais novo anda no 8º ano de escolaridade e tem ... 16 disciplinas.
quarta-feira, dezembro 28, 2011
O que determina a produtividade?
Há pelo menos um ano e meio que descobri os artigos e os estudos de Chad Syverson sobre o tema da produtividade.
.
O último que li foi publicado este ano e chama-se "What Determines Productivity?" e foi publicado pelo Journal of Economic Literature em Junho de 2011.
.
O autor faz uma pesquisa bibliográfica procurando listar o que pode contribuir e em que sentido para a produtividade.
.
Ao ler este tipo de artigos fico um pouco na retranca, parece que o autor lista os factores que podem contribuir para a produtividade independentemente de fazerem parte de um conjunto harmonioso integrado numa estratégia. Por exemplo, de pouco vale investir em IT se isso não contribuir para reforçar a proposta de valor a oferecer a clientes-alvo.
.
Interessante a saliência dada à capacidade de gestão e personalidade do líder da empresa. Atenção para a contribuição negativa que representa, estatisticamente, a sucessão das empresas familiares privilegiar o primogénito.
.
Interessante a influência da inovação nos produtos e serviços como contribuinte para o aumento do valor acrescentado potencial dos outputs por unidade de input, ou seja, para o aumento da produtividade.
.
Interessante também esta perspectiva:
.
"Interestingly, despite the strong correlation between the average productivity level of an industry’s plants and that industry’s trade exposure, there is less evidence of large productivity impacts on the domestic plants when they begin exporting. That is, exporters are almost inevitably more productive than their nonexporting industry counterparts, but most studies have found that this correlation largely reflects selection rather than
a causal impact of exporting on productivity.
Plants that choose to begin exporting were already more productive before trade. This is surprising if only because exporting firms can leverage the benefits of any productivity gains across larger markets, raising their incentive to engage in innovative activities.
...
Interestingly, firms exporting to higher-income regions saw greater productivity growth. Apparently the export market—not just the exporter itself—matters. This raises interesting selection issues about which markets firms choose to export to, even conditional on the decision to export in the first place."
.
.
O último que li foi publicado este ano e chama-se "What Determines Productivity?" e foi publicado pelo Journal of Economic Literature em Junho de 2011.
.
O autor faz uma pesquisa bibliográfica procurando listar o que pode contribuir e em que sentido para a produtividade.
.
Ao ler este tipo de artigos fico um pouco na retranca, parece que o autor lista os factores que podem contribuir para a produtividade independentemente de fazerem parte de um conjunto harmonioso integrado numa estratégia. Por exemplo, de pouco vale investir em IT se isso não contribuir para reforçar a proposta de valor a oferecer a clientes-alvo.
.
Interessante a saliência dada à capacidade de gestão e personalidade do líder da empresa. Atenção para a contribuição negativa que representa, estatisticamente, a sucessão das empresas familiares privilegiar o primogénito.
.
Interessante a influência da inovação nos produtos e serviços como contribuinte para o aumento do valor acrescentado potencial dos outputs por unidade de input, ou seja, para o aumento da produtividade.
.
Interessante também esta perspectiva:
.
"Interestingly, despite the strong correlation between the average productivity level of an industry’s plants and that industry’s trade exposure, there is less evidence of large productivity impacts on the domestic plants when they begin exporting. That is, exporters are almost inevitably more productive than their nonexporting industry counterparts, but most studies have found that this correlation largely reflects selection rather than
a causal impact of exporting on productivity.
Plants that choose to begin exporting were already more productive before trade. This is surprising if only because exporting firms can leverage the benefits of any productivity gains across larger markets, raising their incentive to engage in innovative activities.
...
Interestingly, firms exporting to higher-income regions saw greater productivity growth. Apparently the export market—not just the exporter itself—matters. This raises interesting selection issues about which markets firms choose to export to, even conditional on the decision to export in the first place."
.
Simplificação
O Deus do Antigo Testamento ensinou a jogar o jogo da vida seguindo uma estratégia: tit for tat. (Olho por olho, dente por dente)
.
O Deus do Novo Testamento convida-nos a criar um jogo da vida em que aprendemos a perdoar e a esquecer, ou seja, seguir uma estratégia tit for n tats. N deve crescer à medida que a cooperação entre humanos reduza a hipótese de exploração pelos prevaricadores em relação aos cumpridores.
.
O Deus do Novo Testamento convida-nos a criar um jogo da vida em que aprendemos a perdoar e a esquecer, ou seja, seguir uma estratégia tit for n tats. N deve crescer à medida que a cooperação entre humanos reduza a hipótese de exploração pelos prevaricadores em relação aos cumpridores.
Subscrever:
Comentários (Atom)
