sexta-feira, dezembro 30, 2011

It's not the euro, stupid! (parte III)

Parte I, parte II.
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Ontem, durante o jogging, ouvi uma uma parte do livro "Gut feelings : the intelligence of the unconscious" de Gerd Gigerenzer".
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No capítulo 6 com o delicioso título: "Why Good Intuitions Shouldn't be Logical" gigerenzer chama a atenção para esta particularidade:
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"Mark got angry and Mary left.
Mary left and Mark got angry.
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Verona is in Italy and Valencia is in Spain.
Valencia is in Spain and Verona is in Italy.
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We understand in a blink that the first pair of sentences conveys opposite causal messages, whereas the second pair is identical in meaning. Only in the last pair is the and used in the sense of the logical AND. Even more surprising, we also know without thinking when and should be interpreted as the logical OR, as in the sentence
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We invited friends and colleagues.
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To this day, linguists are still working on spelling out the rules of thumb that underlie this remarkably intelligent intuition. No computer program can decode the meaning of an and sentence as well as we can. These are the interesting unconscious processes that we only partly understand, but which our intuition masters in the blink of an eye."
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Escrevo isto porque não me canso de me surpreender com o que os investigadores escrevem sobre a competitividade e a produtividade das empresas. A tríade de encalhados usa modelos obsoletos para explicar a realidade e, quando os modelos deixam de explicar a realidade... deixam de falar na realidade e continuam, como lapas, agarrados a ideias antigas que agitam sem contraditório.
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Ainda mais surpreendente, os investigadores que descobrem que os modelos estão obsoletos e avançam para a realidade para formularem modelos mais robustos, depois de muita investigação, depois de um caminho árduo, chegam ao topo da montanha onde já me encontro há alguns anos...
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Arrogância intelectual da minha parte? Não!
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O contacto permanente com PMEs que têm sucesso a exportar e a reflexão... por que é que estas empresas têm sucesso apesar da procissão de desgraças que os encalhados da tríade previram? Por que é que os gerentes das PMEs, muitos com a 4ª classe, fizeram o que Daniel Bessa postulava como sendo impossível?
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O percurso que me tem levado a Mongo, a "somos todos alemães", à vantagem do numerador e da eficácia sobre o denominador e a eficiência está retratado neste blogue e pode ser condensado neste postal de Agosto último "Promotor da concorrência imperfeita e de monopólios informais".
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Ainda hoje ouvimos os governos apelarem às empresas pequenas a seguirem o exemplo das empresas grandes, ainda hoje ouvimos dizer que as empresas grandes são mais competitivas que as empresas pequenas, que têm produtividades, que podem ser mais resistentes a choques de competitividade.
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Continua na parte IV, que tentarei escrever ainda hoje, com um exemplo que deita por terra todas estas ideias com um vector chamado China!
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