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domingo, fevereiro 24, 2013

Os não-transaccionáveis a mexerem-se

Este texto "The dinner kit is served" com a novidade que acarreta, fez-me voltar a:

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Uma ideia que tem dançado no palco da minha mente na última semana, ao conjugar estes casos relatados nos media com o que também me está a acontecer, com solicitações de empresas, que operam no mercado interno, para reflexões estratégicas, o mercado não transaccionáveis está a mexer-se!!!
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A quebra do poder de compra dos portugueses e a migração de valor que tem ocorrido, dizimaram muitas empresas no mercado interno. Agora, notam-se cada vez mais movimentações das empresas e das pessoas que operam no sector dos não transaccionáveis, como não podem "fugir" para o estrangeiro, começam a descobrir novos nichos, novos serviços, novos clientes e, sobretudo, novos modelos de negócio.
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Também estes estão a contribuir para criar um Portugal sustentável

quinta-feira, dezembro 27, 2012

Acerca do impacte da CEE na indústria

A propósito deste estudo "Maior queda nos bens e serviços transaccionáveis aconteceu entre 1988 e 1993" recordar:

Custa-me a crer neste número:
"Um estudo publicado no Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Univerdade do Minho conclui que, desde a entrada na Comunidade Económica Europeia, mais de metade da queda de sectores como a indústria ou a agricultura, no total da economia portuguesa, aconteceu entre 1988 e 1993."
Gostava de ver mais detalhe, para retirar o peso da agricultura e das pescas. Não acredito que a China tenha provocado menos "mortalidade" industrial que a adesão à então CEE.
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Depois de escrever o último parágrafo fui à procura do estudo e aqui está "“Portugal before and after the European Union: Facts on Nontradables”" e confirma-se a minha suspeita, o peso da agricultura e pescas:
 Com a adesão de Portugal à CEE o emprego cresceu na indústria:
Foi a entrada da China na arena é que deu cabo da nossa vantagem competitiva dos baixos salários:

Nunca esquecer esta tabela de custos horários da mão-de-obra.
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BTW, só agora, por estes anos é que estamos a descobrir nichos onde podemos ser competitivos na agricultura, com gente nova, como circuitos de distribuição novos e com novas culturas e abordagens.


segunda-feira, maio 21, 2012

As proclamações e a torrefacção

A propósito do que tenho escrito por aqui acerca da origem do desemprego (pesquisar desemprego e drill-down), chamo a atenção para este trecho da primeira página da "Síntese Económica de Conjuntura - Abril 2012" publicada na passada sexta-feira pelo INE:
"No 1º trimestre de 2012, a taxa de desemprego situou-se em 14,9% (mais 0,9 p.p. que no trimestre anterior). O emprego por conta de outrem passou de uma variação homóloga de -2,3% no 4º trimestre de 2011 para -4,0% no 1º trimestre de 2012, enquanto o emprego total diminuiu 4,2%. Esta evolução de emprego não foi homogénea entre os ramos de atividade, notando-se que a redução foi mais acentuada na Construção e em alguns serviços (Comércio e Alojamento e Restauração)."
Como eu procuro informar-me e estudar os números, tenho medo destas proclamações:
""Precisamos de um Plano Marshall para a Europa. Temos de encontrar na Europa um Plano Marshall que responda ao desemprego, que responda à recessão, e isso é algo que também é importante para Portugal", preconizou."
O que será um Plano Marshall que responda ao desemprego?
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Será um plano que dê emprego ao grosso dos desempregados nas suas profissões anteriores?  Mais auto-estradas? Mais SCUTs? Mais imobiliário? Mais centros comerciais? Mais hotéis? Mais Restaurantes?
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Ou seja, mais consumo? Mais não-transaccionáveis?
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Ou será um plano que dê emprego em outras áreas da economia que não a construção, comércio, alojamento, restauração e estado? Se for esse o caso em que sectores? Para substituir que privados já no terreno e porquê? E porquê nesses sectores e não outros?
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Enfim, mais dinheiro dos contribuintes a cobrar com juros no futuro cada vez mais próximo para a indústria preferida dos sacerdotes de Moloch: a torrefacção de dinheiro dos contribuintes.
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BTW, já viram em que é que o Plano Marshall original aplicou o dinheiro?

quinta-feira, dezembro 29, 2011

It's not the euro, stupid! (parte I)

It was China!
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RESSALVA: Não pretendo insultar ou ser indelicado com ninguém, estou só a manipular uma expressão que ficou conhecida.
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"A última década foi a pior de que há memória para a economia portuguesa e o mau desempenho deve-se mais às restrições causadas pela união monetária que a erros políticos, diz o economista João Ferreira de Amaral.
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Acumularam-se desequilíbrios gigantescos nas balanças de pagamentos, nomeadamente em Portugal, na Grécia e também, em parte, em Espanha."
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Porque não temos condições de crescimento nenhumas, e o nosso aparelho produtivo continuará talvez anda mais ineficiente que agora""
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Por que é que nenhum dos jornalistas, estagiários saídos das escolas da Revolução Industrial, habituados a receber "press releases" e a servir de megafones, nunca confrontam Ferreira do Amaral com os números da economia que compete com o euro como moeda forte?
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Por que é que aceitam acriticamente tudo o que ele diz? Sim, eu sei, a culpa não é deles, quando estiverem a começar a sair da casca e a querer fazer perguntas e investigar... acaba a comissão de serviço... nada de pessoal, vicissitudes do modelo actual do negócio dos jornais.
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Os jornais são como Ferreira do Amaral, e muitos outros a quem chamo encalhados ou membros da tríade. Os jornais estão num combate com a Internet, a Internet está para os jornais como a concorrência chinesa está para as empresas que produzem bens transaccionáveis, ou da grande distribuição está para o comércio tradicional.
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Como é que os jornais combatem a Internet... reduzindo custos, tentando competir no mesmo campo que dá vantagem à Internet. Só que a Internet é imbatível, é gratuita... é como uma escola privada querer competir com uma escola do Estado pelo custo... é uma guerra perdida à partida.
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Esqueçamos a eurozona e pensemos no caso norte-americano, como é que Ferreira do Amaral explica que as consequências que ele atribui ao euro possam ser visualizadas, até talvez com mais ênfase, na economia norte-americana?
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O que é que é comum à eurozona e à economia norte-americana?
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A entrada da China na WTO e o fim de muitas barreiras às importações com origem em países de mão-de-obra barata!!!
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As empresas que produziam bens transaccionáveis, quase de um momento para o outro, foram sujeitas a um tsunami competitivo assente em custos muito, muito, muito baixos!
Esta tabela, presença habitual neste blogue, ilustra o que se passou... percebem o massacre a que a economia de bens transaccionáveis foi sujeito na última década por todo o mundo?
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Apreciem este gráfico:
Ferreira do Amaral não conhece este números? 
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"Para Ferreira do Amaral, a "transferência de recursos de sectores de bens transaccionáveis para bens não transaccionáveis" é resultado de Portugal fazer parte de um espaço com uma "moeda forte".
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"O aparelho produtivo reorientou-se para sectores protegidos da concorrência externa, porque a moeda é forte e não fazia sentido concorrer com produtos importados", argumenta. "Isso não foi um erro de política económica, o erro foi aderir a essa zona [de moeda forte].""
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Será que Ferreira do Amaral acha que o nosso sector de bens transaccionáveis resistiria melhor ao impacte chinês se ainda tivéssemos o escudo? Mesmo com aquele diferencial no custo da mão-de-obra? 
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Quando Ferreira do Amaral diz "e não fazia sentido concorrer com produtos importados"", está a referir-se a produtos importados da China ou da Europa do Norte?
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Isolemos e excluamos o factor China. Como se comportou a economia de bens transaccionáveis de 1986, ano de entrada na CEE, até 2001 no do começo físico do euro? (O que tolda este exercício é a entrada do ecu em prática)
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Perdemos gente e capacidade produtiva em sectores arcaicos como a agricultura e as pescas, incapazes de competir com os preços mais baixos do pescado espanhol ou dos cereais franceses. E na indústria como foi? Foram os nossos anos de ouro. 
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Como começou o fim? Com a saída das multinacionais que compravam minutos de mão-de-obra barata, para os padrões ocidentais, e com a sua deslocalização para a China.
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Qual é a receita deste blogue?
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Para competir com a China, para ter sucesso com uma moeda como o marco, para os jornais competirem com a Internet, para o comércio tradicional competir com a grande distribuição e para as escolas privadas competirem com os chineses do Estado, só há um campeonato, o campeonato do valor! Tudo o resto é albanização que nos leva a ser a Sildávia do Ocidente.
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Ou seja:
Optar por ser uma empresa que trabalha para aumentar preços, não como o Estado o faz com os reféns que são os contribuintes e utentes.
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Na economia as empresas é que são reféns da vontade dos seus clientes e eles só aceitarão pagar mais se durante o uso do produto/serviço sentirem que emerge mais valor para as suas vidas.
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Tudo isto é o que tenho aprendido ao longo de quase cerca de 20 anos de trabalho como consultor, depois de quase dez anos a trabalhar na indústria, assenta no que tenho visto resultar e não resultar na vida real conjugado com a reflexão que os livros e a Internet me proporciona.
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Na parte II que espero escrever ainda hoje vou-me calar e deixar outros falarem por mim.

sexta-feira, outubro 21, 2011

Começar a trilhar o caminho da equidade

Um país 3 economias...
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Uma de vento em popa, após 10 anos de sacrifícios e centenas de milhares de desempregados.
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E outra a começar, com cerca de 10 anos de atraso, a trilhar o caminho da equidade:
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"Actividade económica teve pior variação homóloga desde março de 1984"
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Há sempre a opção do parasita burro...

quarta-feira, outubro 05, 2011

Crendices e cargo cult (parte II)

Volto ao artigo de Miguel Lebre de Freitas ontem no JdN.
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O gráfico do artigo ilustra bem a diferença entre o mundo dos bens transaccionáveis (sujeitos a importações e exportações, sujeitos à concorrência internacional) e a loucura dos bens não-transaccionáveis... 

Nós funcionamos com base em estímulos e é muito difícil resistir-lhes:

Quem tinha capital para investir e quisesse retorno rápido... onde o faria?
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O gráfico ilustra bem quem é que vai sofrer a sério com o Período de Desalavancagem Em Curso (PDEC) ... e reparem, onde está situado esse poder? Qual a relação dos bancos com esse poder?

terça-feira, outubro 04, 2011

Crendices e cargo cult

É essencial perceber que existem 3 economias no país.
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"Preços"
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"Por exemplo, ao longo do período 1995-2009, os preços dos bens "locais" aumentaram. Porquê? Porque durante todo aquele período, a procura interna aumentou mais do que a oferta interna e os bens locais não podem ser importados. A subida do preço dos bens "locais", por sua vez, motivou a reorientação da produção em seu favor e o desvio do consumo para as importações. O impacto na estrutura produtiva e no défice externo é bem conhecido."
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E o governo, numa demonstração de "cargo cult" utilizou dinheiro, em 2009, para apoiar a economia dos bens "locais".
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E que tal apoiar o abate de veículos para importar mais carros novos?
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Há que subsidiar as economias do centro da Europa com o dinheiro saqueado aos contribuintes portugueses.

sexta-feira, julho 29, 2011

A transferência em curso

Primeiro, recordar "Uma variação homóloga de 52,6% é obra".
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Depois, enquadrar:
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"Porto e Lisboa, com, respectivamente, 23,9% e 19,7%, são responsáveis por quase metade das insolvências. Seguem-se Braga e Aveiro, mas que viram o número de insolvências diminuir no distrito. Braga passou a ser responsável por 13,6% dos casos, em vez dos 16,7% de há um ano, e Aveiro por 8,8% em vez dos 9,3%. Uma diminuição que se prende com o menor número de empresas em dificuldades no sector do têxtil e vestuário, bem como do calçado.
O comércio, com 28,6%, é o principal afectado, seguindo-se a construção com 18,8%. Em contrapartida, o têxtil , vestuário, couro e calçado viu o seu peso cair de 12,4% para 8,6%. Já a indústria das madeiras não tem grande peso nas insolvências, apenas 2,4%, mas é a que regista a taxa mais elevada de créditos vencidos: 13,4%."
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Trecho retirado de "Insolvências cresceram 10,7% no primeiro semestre de 2011"
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Ah! E não esquecer "E enquanto no sector privado se registou uma hemorragia de empregos, no sector público não foram despedidos quaisquer trabalhadores" (Retirado daqui)
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"Mais de 500 acções de insolvência registadas por mês no primeiro semestre"
"Número de insolvências aumenta 10,7% no semestre"
"Metade das falências no Norte" (Este artigo ressalta que se a morte das hipóteses (uma empresa é uma hipótese, é uma experiência) cresceu 10,7% no primeiro semestre, no mesmo período, a criação de novas experiências, de novas hipóteses, de novas empresas, cresceu cerca de 17,9%)
"Em seis meses já foram registadas mais de três mil insolvências"
"Mais de 3 mil empresas em insolvência no primeiro semestre"

quarta-feira, junho 01, 2011

A economia não é homogénea!

"Vendas de materiais de construção caem quase 50 por cento homólogos no primeiro trimestre"
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Ou seja, os parabéns ainda são mais merecidos!!!
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Exemplos concretos da diversidade que existe dentro de um mesmo sector de actividade.
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A diversidade é danada! Como torna a modelação do fenómeno económico muito difícil, os macro-economistas optam por trabalhar com médias.
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Depois, todo o mundo olha para os números e pensa na realidade como um todo homogéneo.
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A solução, o truque para dar a volta, está precisamente na diversidade, no que a diversidade revela e a média esconde.
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E quem é que se apercebe da diversidade? E quem é que mergulha na diversidade?
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Não, não são os académicos, nem os ministros... e voltamos a D. Quixote:
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"Don Quixote defies ordinary conceptions of reality. He asks whether it is better to accept reality or to invent it, why should we not believe in Dulcinea and in a more beautiful world. Don Quixote’s “madness” therefore consists of living in a world that he has created rather than in the one others experience and of not caring about the consequences of his action." (Moi ici: isto é mesmo poesia)
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Quem está de fora, perdido no meio das média não vê alternativa, acha que D. Quixote é maluco... mas há sempre uma alternativa à espera de ser criada.
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"On the other hand, reality can be created by action. It need not necessarily be taken as given. This extends to the discourse of a leader: Dulcinea is created by Don Quixote’s imagination. Reality is in part a social construction, and interpretation plays an important role in this construction.
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Don Quixote teaches us that the meaning of life is neither given to us in advance nor discovered, but affirmed by an act of will."
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Quem está de fora e vive num mundo de certezas não tem pistas, quem está por dentro é movido pela esperança de uma alternativa e pela curiosidade

segunda-feira, abril 25, 2011

As tendências não são mandamentos

"Portugal é o País que menos vai crescer até 2016" este título denota uma tendência... assumindo que tudo o resto se mantém constante a tendência desenrolar-se-à segundo a previsão.
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"Intervenção externa é 120 vezes as de 1977 e 83 juntas" este título revela o quanto o nosso Estado cresceu desmesuradamente sem controlo, uma espécie de cancro que tem de ser extirpado. Se, um grande se, se for extirpado será que a tendência vai-se manter?
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"Comércio externo cresce ao maior ritmo desde 1996" onde se pode ter uma percepção do estado actual de cerca de 30% da nossa economia:
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"As exportações nacionais cresceram nos dois primeiros meses do ano, por exemplo, 20% face a igual período de 2010. Mais: contando só com o mês de Fevereiro, as exportações cresceram 21,1% em termos homólogos, o maior ritmo desde 1996."
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Consegue imaginar, se só ouve as notícias dos media sobre a crise, o FMI e o défice, o que é viver e trabalhar em ilhas que estão a crescer de 10 a 20% em cima de um ano anterior que já foi bom?
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Claro que os cucos querem vampirizar estas ilhas:
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""Se mantivéssemos este ritmo já não entravamos em recessão", disse Basílio Horta, presidente da AICEP. "Se chegássemos ao fim do ano com um crescimento de 12%, seria possível um crescimento modesto mas que não fosse negativo", frisou, durante um encontro com empresários."
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Esmagar 30% da economia para que suporte os restantes 70% é uma loucura que não permite libertar capital para alimentar ainda mais crescimento virtuoso.
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"Why Trends Are For Suckers" alimenta-me a esperança de que algo pode vir a mudar para alterar aquela tendência lá em cima... é tão claro... só o preconceito ideológico e o corporativismo da maioria eleitoral dos cucos não quer ver... talvez a intervenção do FMI, não sujeita a votos, permita fazer a mudança que se impõe.
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Quem elogia o percurso da economia islandesa, porque deverá já estar a crescer em 2012, fazia bem em perceber sobre o que foi preciso acontecer primeiro em 2010 e 2011 ao PIB e ao desemprego.

quarta-feira, abril 20, 2011

Os cucos

Enquanto as empresas que fazem o by-pass ao país assumiram o seu futuro nas mãos e estão a fazer maravilhas.
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O sector de bens não transaccionáveis, após década e meia a viver à grande e à francesa, resiste até ao fim em reformar-se e ganhar o futuro:
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"Confederação alerta para grave crise na construção e imobiliário".
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Pois...

sexta-feira, abril 15, 2011

Parabéns!!!

Esta semana apanhei uma grande surpresa.
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No interior do país, visitei duas empresas velhas conhecidas que produzem materiais para a construção civil e obras públicas.
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Já há um tempo que não as visitava e receava o pior, o panorama não é nada famoso basta ver aqui a evolução da variação homóloga - médias móveis de três meses (%).
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Duas empresas independentes, a trabalhar para o mercado nacional, a produzir materiais para o sector da construção que está de rastos e...
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Agarrem-se à cadeira...
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Eu avisei...
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Cresceram no primeiro trimestre mais de 20%!!!!!!
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Pode repetir? Mais de 20%!!!
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Esta gente aprendeu bem a lição!!!
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Como é possível crescer?
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Conquistando quota de mercado a outros materiais e produzindo novos produtos!!!
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Estamos a falar de unidades fabris com menos de 20 pessoas e que lá vão levando a água ao seu moinho à custa de trabalho, suor e imaginação sem comprometer os prazos de recebimento.
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Parabéns!!!

quinta-feira, abril 07, 2011

By-pass ao país

"As vendas na indústria com destino ao mercado externo aumentaram, em Fevereiro de 2011, 21,8% em termos homólogos (14,0% no mês anterior).
Os agrupamentos de Bens Intermédios e de Bens de Investimento registaram variações de 32,5% e de 25,0%, respectivamente (23,2% e 23,4% em Janeiro), tendo contribuído com 13,2 p.p. e 5,6 p.p. para a variação do índice agregado deste mercado. A variação do agrupamento de Bens de Consumo situou-se em 18,7%, taxa superior em 11,5 p.p. à observada no mês precedente, da qual resultou um contributo de 5,0 p.p. para a variação do índice agregado."
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"Em Fevereiro de 2011, a secção das Indústrias Transformadoras registou um aumento de 17,1% em termos homólogos (14,4% em Janeiro).
O volume de negócios da indústria com destino ao mercado externo apresentou, em Fevereiro de 2011, uma variação mensal de 6,9% (variação de 0,1% em período idêntico de 2010)."
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É o melhor dos mundos para a terceira economia. (aquiaqui e aqui)
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Trecho retirado de "Índice de Volume de Negócios da Indústria acelera. Emprego diminui. - Fevereiro de 2011"
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terça-feira, abril 05, 2011

Sifonagem incompleta

"Há 20 anos que não eram abertos tão poucos espaços comerciais em Portugal"
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É a desalavancagem que deveria sifonar recursos da economia de bens não-transaccionáveis para a economia de bens-transaccionáveis. Contudo, desconfio que esses recursos estão a ser desviados para a economia da função pública.

BTW, até 2014 na cidade de Porto Alegre no Brasil, só nessa, vão abrir 50 shoppings.
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quinta-feira, março 17, 2011

Como é que se torna o investimento no "manufacturing" sexy?

"Once a leader in manufacturing, the United States has been hemorrhaging manufacturing jobs for the past decade, Liveris said. Between 2001 and 2010, U.S. companies closed more than 42,000 factories and lost 5.5 million jobs. About a third of the sector has disappeared.

The United States must reverse this trend if it wants to develop a sustainable economy, Liveris stated. Manufacturing is vital to a national economy because it has a high multiplier effect -- in other words, it creates supporting jobs outside of the sector. "Manufacturing matters whether I'm in Singapore or Moscow. Manufacturing creates jobs and creates jobs around those jobs."

Manufacturing supported 18.6 million jobs in the United States in 2009, according to a study from The Manufacturing Institute, a U.S.-based trade association. Analyzing data from the U.S. Bureau of Economic Analysis, the Institute estimates that manufacturing created 11.8 million jobs within the manufacturing sector and supported 6.8 million jobs in sectors outside it, in areas such as accounting, legal services, transportation, finance, insurance and real estate.

"For every dollar [worth of manufactured products created], there's $1.40 created around it in the supply chain," Liveris noted, citing the study's conclusions. "The service sector only supports half of that value.... There's no question in my mind where jobs need to come from.... Only manufacturing can create the jobs that a new America needs.""
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Para o nosso país é a mesma coisa, para um país com três economias em que duas delas vão viver pior nos próximos anos (a pública e a de bens não-transaccionáveis) esta opção é fundamental.
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Como é que se torna o investimento no "manufacturing" sexy?
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Trecho retirado de "Dow Chemical's Andrew Liveris on the Future of Manufacturing -- and Making America Competitive Again"

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Um símbolo

"Cerca de 125 restaurantes fecham por mês"
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Símbolo da revolução que precisa de ocorrer no sector de bens não-transaccionáveis, para que mais recursos sejam canalizados para os sectores transaccionáveis.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

O mundo de Pacheco Pereira está a acabar...

Pacheco Pereira é um avatar da economia lisboeta assente nos bens não-transaccionáveis. Além disso, julgo que lê e é influenciado por uma galáxia bem representada pelo Le Monde que escreveu isto. É um ecossistema, um millieu que convive entre si e gera e projecta uma visão muito particular da realidade (Pacheco Pereira, António Barreto, Carvalho da Silva, Ferraz da Costa, ...)
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Esta visão de Pacheco Pereira é muito negativa "Pacheco Pereira prevê para 2011 perda de nível de vida semelhante a período pós-II Guerra". Pudera!!! Qual é a experiência de vida de Pacheco Pereira? Qual é a economia que frequenta?
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Recebi um e-mail do José Silva do Norteamos, esta semana, com um concentrado de sumo:
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"Em Portugal e para proteger o Norte, precisamos de low-cost nos BSNTransaccionáveis e high-price nos BSTransaccionáveis".
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O mundo de Pacheco Pereira et al. é o mundo dos BSNTransaccionáveis... e esse mundo realmente vai ter de conviver com uma migração de valor. Vejo o estertor de um mundo que está a acabar neste título "Compra de carros com incentivos cresce em Dezembro".
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Mas o Norte vive e vai prosperar, por que passou as passa do Algarve nos últimos anos, para se adaptar à realidade competitiva do mundo em que vivemos.
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O mundo de Pacheco Pereira... só agora é que vai começar a sua reconversão.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Cataventos

Que a maçonaria tenha ajudado a derrubar um regime em 1910 porque este não defendia as colónias africanas e, em 1974 tenha apoiado a queda de um outro regime porque este outro não se queria livrar das colónias africanas, eu entendo... cerca de 60/70 anos é muito tempo.
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Mas o que dizer de Daniel Amaral que em Novembro de 2010 escreve isto "A outra dívida":
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"Na área económica, é preciso aumentar a poupança para financiar o investimento, canalizar este investimento para os bens transaccionáveis e, no limite, aumentar a produtividade nacional. O destino dos produtos é indiferente: pode ser a exportação ou a substituição de importações."
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E em Dezembro de 2009 afirmou isto:
"Concorda com os grandes investimentos públicos que estão para arrancar em Portugal?
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Em situações de crise grave, como esta, os investimentos públicos são instrumentos privilegiados para o crescimento e o emprego. Mas sempre foram mal amados pelos partidos de direita, nunca percebi porquê. Os casos do aeroporto e do TGV são especiais, por dois motivos: pela dimensão e pelo estado de penúria em que nos encontramos. Concordo com a sua realização, lamento que a análise custo-benefício tenha sido mal explicada, e admito adiamentos por razões exclusivamente financeiras."
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BTW (É pena - parte I e parte II)
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A propósito dos bens transaccionáveis, o José Silva chamou-me a atenção para estes números e para o comentário de Vítor Bento aos mesmos. Como ele remata "A festa continua, portanto!"

sexta-feira, novembro 27, 2009

As famosas...

As famosas opções de futuro!!!
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Produzir bens transaccionáveis!!!
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Qual a percentagem da mão de obra activa que trabalhava na agricultura quando Portugal aderiu à CEE? O que a diferenciava da média europeia?
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Qual a percentagem da mão de obra activa que trabalha na construção civil em Portugal? O que a diferencia da média europeia?