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domingo, fevereiro 14, 2016

Aprenda a duvidar dos media

De certeza que conhece este mantra:


Quase que aposto que desconhece a realidade:


O próximo guru a ser desmentido será ... Vítor Bento.

domingo, dezembro 14, 2014

"But it’s in China’s interest to get out of toys and T-shirts"

E volto a Agosto de 2008, "Especulação", a propósito de "A  Currency War With Japan Won’t Help China Reform Its Economy", onde se pode ler:
"“But it’s in China’s interest to get out of toys and T-shirts, and that’s what they are going to do.”"
E dedicado a Ferreira do Amaral, Medina Carreira et al:
"“There is a lot of work that shows exchange rates are less important than quality, marketing strategies, backup and service. If you have those, exchange rates are not unimportant, but it may take big moves in exchange rates to have an effect.” [Moi ici: Parágrafo importante, à atenção dos que querem sair do euro e voltar ao laxismo do escudo]
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Japan’s pressure on the renminbi could be little more than an irritating distraction as China focuses on the more important task of escaping the so-called middle-income trap. [Moi ici: Se a carga fiscal fosse menor e as empresas pudessem capitalizar-se mais rapidamente, talvez escapássemos a este middle-income trap de forma mais evidente]

Recordar:

terça-feira, setembro 24, 2013

O conselho!

Mais um excelente trecho retirado de "The Three Rules":
"The prevalence of revenue-driven profitability among exceptional companies is perhaps most significant for what it says about how best to use ROA as a guide to strategie action.
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As we explored briefly in chapter 1, since ROA is a ratio, there is no mathematieal difference when ROA is inereased by adjusting any of its constituent elements. Raise price or volume, reduce costs or assets ... the arithmetic cannot tell the difference. (Moi ici: Advinhem qual a interpretação dos teóricos da tríade, desconhecedores da relações amorosas e crentes monoteístas no Excel)
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But in practice there seems to he a very real difference. Miracle Workers are not wastrels, but they do not rely ou cost leadership to drive their performance. Both in our population of exceptional companies and in our sample, Miracle Worker status is a consequence of gross margin advantage driven hy higher price or volume—and as often as not enabled by higher costs and frequently assets. ln other words, exceptional profitability demands, beyond a point, making trade-offs, accepting higher costs as the price of being truly exceptional. Driving profitability from merely good to truly great by reducing either costs or assets is not something we see, as an entirely empirical matter, to be the most likely route to Miracle Worker performance."
Um conselho sempre presente neste blogue.
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Li este trecho a caminhar para casa, depois de deixar o carro na revisão e, pensei nas "guerras" que às vezes é preciso ter nas empresas, para conseguir passar esta mensagem... a competição pelo custo está tão entranhada... e eu não tenho o tempo de antena da tríade, sempre a martelarem a mensagem da competição pelo custo... e como sublinhei há dias, com base em Gary Klein, uma mentira muitas vezes repetida passa a ser a verdade oficial, mesmo perante evidências que sustentam o contrário... é um combate desigual.

terça-feira, novembro 27, 2012

Acerca da estrutura da economia portuguesa

"Ferreira do Amaral: "Troika não conhece estrutura da economia portuguesa""
"o professor do ISEG defendeu que o facto de tanto o Governo como a troika terem ficado surpreendidos com a subida do desemprego é "inadmissível" e uma prova de falta de conhecimento da realidade económica portuguesa."
Também critiquei aqui a "aparente" surpresa do Governo e da troika com os números da subida do desemprego (por exemplo, em "Se fizessem o drill-down dos números do desemprego").
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E o que diz o drill-down sobre os números do desemprego:
O que me continua a surpreender é que João Ferreira do Amaral ache que o problema é o euro e o que quer dizer o gráfico da parte I?
Pessoalmente acredito que foram talvez 15 ou 20 anos de deformação da economia através de apoios, subsídios e obras e mais obras, que incentivaram a transição da economia no seu todo para o sector não-transaccionável. Agora que não há dinheiro público e privado para sustentar o sector não-transaccionável com a dimensão que atingiu em 2009... o que há a fazer é facilitar a transição natural para uma composição mais saudável, mais sustentada.

quinta-feira, dezembro 29, 2011

It's not the euro, stupid! (parte I)

It was China!
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RESSALVA: Não pretendo insultar ou ser indelicado com ninguém, estou só a manipular uma expressão que ficou conhecida.
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"A última década foi a pior de que há memória para a economia portuguesa e o mau desempenho deve-se mais às restrições causadas pela união monetária que a erros políticos, diz o economista João Ferreira de Amaral.
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Acumularam-se desequilíbrios gigantescos nas balanças de pagamentos, nomeadamente em Portugal, na Grécia e também, em parte, em Espanha."
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Porque não temos condições de crescimento nenhumas, e o nosso aparelho produtivo continuará talvez anda mais ineficiente que agora""
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Por que é que nenhum dos jornalistas, estagiários saídos das escolas da Revolução Industrial, habituados a receber "press releases" e a servir de megafones, nunca confrontam Ferreira do Amaral com os números da economia que compete com o euro como moeda forte?
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Por que é que aceitam acriticamente tudo o que ele diz? Sim, eu sei, a culpa não é deles, quando estiverem a começar a sair da casca e a querer fazer perguntas e investigar... acaba a comissão de serviço... nada de pessoal, vicissitudes do modelo actual do negócio dos jornais.
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Os jornais são como Ferreira do Amaral, e muitos outros a quem chamo encalhados ou membros da tríade. Os jornais estão num combate com a Internet, a Internet está para os jornais como a concorrência chinesa está para as empresas que produzem bens transaccionáveis, ou da grande distribuição está para o comércio tradicional.
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Como é que os jornais combatem a Internet... reduzindo custos, tentando competir no mesmo campo que dá vantagem à Internet. Só que a Internet é imbatível, é gratuita... é como uma escola privada querer competir com uma escola do Estado pelo custo... é uma guerra perdida à partida.
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Esqueçamos a eurozona e pensemos no caso norte-americano, como é que Ferreira do Amaral explica que as consequências que ele atribui ao euro possam ser visualizadas, até talvez com mais ênfase, na economia norte-americana?
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O que é que é comum à eurozona e à economia norte-americana?
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A entrada da China na WTO e o fim de muitas barreiras às importações com origem em países de mão-de-obra barata!!!
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As empresas que produziam bens transaccionáveis, quase de um momento para o outro, foram sujeitas a um tsunami competitivo assente em custos muito, muito, muito baixos!
Esta tabela, presença habitual neste blogue, ilustra o que se passou... percebem o massacre a que a economia de bens transaccionáveis foi sujeito na última década por todo o mundo?
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Apreciem este gráfico:
Ferreira do Amaral não conhece este números? 
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"Para Ferreira do Amaral, a "transferência de recursos de sectores de bens transaccionáveis para bens não transaccionáveis" é resultado de Portugal fazer parte de um espaço com uma "moeda forte".
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"O aparelho produtivo reorientou-se para sectores protegidos da concorrência externa, porque a moeda é forte e não fazia sentido concorrer com produtos importados", argumenta. "Isso não foi um erro de política económica, o erro foi aderir a essa zona [de moeda forte].""
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Será que Ferreira do Amaral acha que o nosso sector de bens transaccionáveis resistiria melhor ao impacte chinês se ainda tivéssemos o escudo? Mesmo com aquele diferencial no custo da mão-de-obra? 
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Quando Ferreira do Amaral diz "e não fazia sentido concorrer com produtos importados"", está a referir-se a produtos importados da China ou da Europa do Norte?
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Isolemos e excluamos o factor China. Como se comportou a economia de bens transaccionáveis de 1986, ano de entrada na CEE, até 2001 no do começo físico do euro? (O que tolda este exercício é a entrada do ecu em prática)
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Perdemos gente e capacidade produtiva em sectores arcaicos como a agricultura e as pescas, incapazes de competir com os preços mais baixos do pescado espanhol ou dos cereais franceses. E na indústria como foi? Foram os nossos anos de ouro. 
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Como começou o fim? Com a saída das multinacionais que compravam minutos de mão-de-obra barata, para os padrões ocidentais, e com a sua deslocalização para a China.
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Qual é a receita deste blogue?
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Para competir com a China, para ter sucesso com uma moeda como o marco, para os jornais competirem com a Internet, para o comércio tradicional competir com a grande distribuição e para as escolas privadas competirem com os chineses do Estado, só há um campeonato, o campeonato do valor! Tudo o resto é albanização que nos leva a ser a Sildávia do Ocidente.
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Ou seja:
Optar por ser uma empresa que trabalha para aumentar preços, não como o Estado o faz com os reféns que são os contribuintes e utentes.
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Na economia as empresas é que são reféns da vontade dos seus clientes e eles só aceitarão pagar mais se durante o uso do produto/serviço sentirem que emerge mais valor para as suas vidas.
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Tudo isto é o que tenho aprendido ao longo de quase cerca de 20 anos de trabalho como consultor, depois de quase dez anos a trabalhar na indústria, assenta no que tenho visto resultar e não resultar na vida real conjugado com a reflexão que os livros e a Internet me proporciona.
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Na parte II que espero escrever ainda hoje vou-me calar e deixar outros falarem por mim.

domingo, novembro 27, 2011

OMG... e vão viver de quê? (parte IX) ou Mt 11, 25

Parte VIII.
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Há tempos ouvi Manuel Caldeira Cabral na televisão, talvez na SICN(?), e a meio da sua intervenção escrevi no twitter qualquer coisa como "Olha, até que enfim que oiço na televisão alguém que dá a entender que conhece o país real das PMEs"
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O país que passa nas TVs e nas rádios é o país lisboeta que não faz ideia da revolução que tem acontecido nas PMEs nortenhas.
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Basta recordar este trecho do Le Monde que inclui neste postal "Act 9, 3-7"
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Reparem neste gráfico:
Em valor absoluto a Irlanda exporta mais do que Portugal, mas reparem na evolução das taxas de crescimento das exportações portuguesas.
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Segundo os números apresentados por Caldeira Cabral, Portugal foi o 3º país da UE a 15 em que as exportações mais cresceram no período 2005-2010:
Not so fast!
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Por favor, voltar a olhar bem para aquele quadro...
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Da próxima vez que ouvir um lisboeta protestar e gritar "OMG... e vão viver de quê?" lembre-se deste quadro, please!!!
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Eheheh, no texto do Le Monde, Carvalho da Silva a dizer que a indústria têxtil acabou... no melhor ano do têxtil na década... esta gente vive agarrada a mitos da infância.
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Caldeira Cabral escreveu esta semana no JdN "Défice externo, empobrecimento e baixa de salários". Alguns recortes:
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"O persistente défice da balança corrente e de capitais é para muitos o sinal inequívoco de que Portugal é uma país sem capacidade competitiva. O contraste com a Alemanha, que apresenta saldos positivos das contas externas é notório. Nesse país, teria sido a política de moderação salarial a tornar a economia mais competitiva.(Moi ici: Interessante este gráfico que se segue, retirado daqui.
Interessante também, por que ajuda a desmistificar a história da moderação salarial alemã, aqueles 6 primeiros países do lado esquerdo é que contaminam as conclusões... reparem quem é que faz companhia à Alemanha do lado direito e do lado esquerdo... isto tem cada vez menos a ver com salários, com custos. Daí apreciar aquele "teria" na frase de Caldeira Cabral)
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Baixar o défice externo português obriga a aumentar as exportações e diminuir as importações, o que para muitos só é possível conseguir baixando os salários e empobrecendo os consumidores portugueses. (Moi ici: E para alguns, cada vez em maior número, isto consegue-se com a saída do euro. Teríamos uma moeda da treta, e matar-se-iam 3 coelhos de uma cajadada: reduziriam-se os custos, empobreceriam-se os consumidores e enganariam-se os tolos com aumentos salariais brutais. Este racional é o dos encalhados que continuam na guerra dos custos quando, hoje, o truque é co-criar valor, não o concentrar tudo na redução de custos)
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Face ao argumento apresentado sobre a evolução da produtividade e salários na Alemanha e em Portugal, seria razoável admitir que o problema de competitividade português está ligado a uma fraca evolução das nossas exportações. Esse foi o caso até 2005. Mas, não nos últimos seis anos.
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Desde 2005, as exportações portuguesas cresceram a um ritmo superior à média europeia. Comparando com os 15 países da União Europeia (pré-alargamento), a performance das exportações portuguesas nos últimos 6 anos é apenas superada pela Alemanha e Holanda. Portugal é o terceiro país com maior crescimento das exportações neste grupo, posição que deve manter se juntarmos os dados de 2011.

(Moi ici: Segue-se uma afirmação muito interessante, por isso, lisboetas, leiam-na bemEsta performance foi conseguida com os salários e a produtividade existentes em Portugal. Foi conseguida num contexto de evolução dos custos unitários de trabalho (CUT) desfavorável face aos outros países europeus – pelo menos entre 2000 e 2008, e de manutenção de forte concorrência de países de baixos salários como a China e a Índia.
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(Moi ici: Os macro-economistas, os paineleiros e os políticos, constituem aquilo a que chamo a tríade, os lisboetas que pululam nos media tradicionais e que transmitem uma imagem de um país sem futuro. Saiam de Lisboa, saiam dos gabinetes, saiam das carpetes e venham ver este país realA melhoria da competitividade portuguesa nos últimos anos deu-se muito pela capacidade das empresas expandirem a produção em novos sectores, reformularem a qualidade da produção dos sectores tradicionais e conseguirem entrar em novos mercados, reagindo à maior concorrência dos países asiáticos com salários muito mais baixos. É bom que não se descure estes factores de competitividade e que se mantenham os esforços de redução de custos de contexto, de simplificação administrativa, ou de apoio à capacitação das empresas para inovarem, para se internacionalizarem, e para melhorarem a produtividade pelo aumento do valor dos produtos e melhoria dos processos de produção (o que reduz os CUT de uma forma mais interessante). (Moi ici: Eheh, esta afirmação parece retirada deste blogue... acho que nunca li num jornal português, espero estar errado, acho que nunca li nun jornal português alguém a falar sobre a magia... sobre a magia de Marn e Rosiello, sobre o poder de alavancagem que o aumento do valor tem sobre a produtividade face aos custos. Histórico!!!)
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É importante reflectir sobre os factores que ajudaram a que as empresas exportadoras portuguesas conseguissem, nos últimos seis anos, voltar a ter uma performance melhor que a dos outros países da UE15. .
Conseguiram-no num contexto em que a evolução dos CUT não foi a mais favorável, conseguiram-no reagindo ao choque do aumento da concorrência asiática e dos países de leste. Conseguiram-no num contexto de uma política activa de simplificação administrativa, e de apoio à inovação e à investigação. Conseguiram-no numa sociedade que se está a tornar mais qualificada e melhor apetrechada tecnologicamente. Conseguiram com apoio à abertura de novos mercados e à orientação das empresas para a exportação. Mas conseguiram-no principalmente por elas próprias, desenvolvendo projectos, arriscando entrar em novos mercados, investindo na modernização de equipamentos e na inovação."
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Mão amiga que embrulhe o artigo de Caldeira Cabral e o faça chegar a Daniel Bessa e Ferreira do Amaral... e já agora, a Vítor Bento, a Medina Carreira, a João Duque, ao dinossauro Ferraz da Costa, ao histérico Daniel Amaral, e muitos outros que não conhecem o Evangelho do Valor, talvez Caldeira Cabral possa ser o seu Ananias.

terça-feira, novembro 08, 2011

Coladas com cuspo

O @jcaetanodias chama a atenção para o grande momento de Prós e Contras de ontem, quando João Ferreira do Amaral vacila e percebe lá no seu íntimo que aquela cena do euro não euro é capaz de não funcionar.
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Lembrei-me logo da última campanha eleitoral e da proposta de redução da TSU... propostas coladas com cuspo que não resistem a uma análise básica.
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Até parece que o dinheiro dos depósitos continuaria em euros quando começasse a impressão de bentos...

segunda-feira, outubro 24, 2011

Qual o racional?

Voltar ao escudo e desvalorizar a moeda para ser mais competitivo é a receita de João Ferreira do Amaral.
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Excluindo os combustíveis e lubrificantes, que são e serão sempre importados, Portugal exporta mais do que importa.
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Como é que a desvalorização da moeda iria tornar o país mais saudável?
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Será que quer competir no low-cost? E conhece os números?