quarta-feira, março 30, 2016

Mais pedras para a construção do Estranhistão

"For these reasons, big companies with the conventional advantage of being vertically integrated will be the first to go. Traditional propositions like “one-stop shop” or “supply chain optimization” will become commonplace, easily achievable by small players or new entrants in a number of industries."
Trechos retirados de "AlphaGo and the Declining Advantage of Big Companies"
"This had led smaller business to leverage more and more web-based apps to make sure they are connected and engaged when and where their buyers are making purchasing decisions.
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Middleware is changing what's possible for small and medium businesses who'd rather spend budget on sales and marketing, over application development. The opportunity to combine affordable, best-of-breed solutions is exciting for SMBs with fewer than 500 workers that make up 99.7 percent of the 5.68 million employer firms in the U.S.
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The benefits of middleware to small business are still in their infancy." 
Trechos retirados de "SMBs Winning with the Middleware Advantage"

Mais pedras para a construção do Estranhistão, um mundo para empresas mais pequenas, muito mais focadas e para clientes que não gostam de ser tratados como plankton. Daí isto e isto.

Pensamento visual e estratégia

"The list of questions makes clear that an important premise behind the ViSM approach to making strategy is that there should be a strong connection between strategy and operations, or else the strategy is relatively useless. In other words, if the strategy cannot be put into practice, then it will have no effect on changing the organization, its relationships with its environment, or any part of the environment. The strategy, in other words, will be equivalent to the typical New Year’s resolution. In contrast, ViSM is designed to focus attention on coherence and consistency across what people say (rhetoric), what they decide (choices), what they are willing to pay for (budget), what they do (actions), and the desirable consequences of those actions in terms of mission and goals, as well as any likely undesirable or untoward consequences that need to be managed.
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The list of questions also makes clear another important premise behind the ViSM approach to making strategy: beyond any conceptual connection between strategy and operations, there must also be strong links between the strategy in question and the psychological, social, and political commitments on the part of key stakeholders needed to implement it. [Moi ici: Recordar "uma estratégia empresarial não é uma ciência newtoniana, também tem muito do que querem os empresários fazer, do que gostam, da sua experiência, da sua paciência estratégica"] Again, without these linkages the strategy will be little more than hand waving on the part of the strategy formulators without any subsequent heavy lifting by the implementers. The need to create these commitments means that the process of developing strategies is typically as important—perhaps even more important—than the actual content of the strategies."[Moi ici: Quantas vezes sinto isto. O processo é tanto ou mais importante como o conteúdo. Chegar ao fim e sentir que as pessoas estão alinhadas e possuem a propriedade do resultado, é deles ponto]

Trecho retirado de  "Visual Strategy Strategy Mapping for Public and Nonprofit Organizations" de John M. Bryson, Fran Ackermann, e Colin Eden.

A paisagem vai estar menos ocupada

Nestes tempos em que se fala de Industria 4.0 (aqui e aqui):
"We’re at a critical time for the digital economy. Digital is no longer the shiny front end of the organization – it’s integrated into every aspect of today’s companies. As digital technologies continue to transform the economy, many leaders are struggling to set a digital strategy, shift organizational structures, and remove the barriers that are keeping them from maximizing the potential impact of new digital technologies."


O que pensar ao olhar para a figura?
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Ai os dirigentes da área industrial são os que menos receiam a disrupção digital? Talvez porque a manufactura nos Estados Unidos está pelas ruas da amargura e, as mentes mais brilhantes não vão para o sector?
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A minha mente contrarian olhou para a figura e pensou:
- É na Indústria que haverá mais retorno do que se fizer a nível de "é meter código nisso". Porquê? Por que pouca gente está a apostar nisso. Logo, a paisagem vai estar menos ocupada.

Imagem e trecho retirado de "The Industries That Are Being Disrupted the Most by Digital"

terça-feira, março 29, 2016

Curiosidade do dia

Ao ler "Hospital de Chaves adia cirurgias por falta de fio de sutura" podemos facilmente enumerar 3 falhas básicas.
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Num país em que tão facilmente se entra no festival da crítica fácil aos empresários portugueses porque não têm formação, o que dizer de um hospital, pejado de gente com cursos universitários:
"Doentes foram informadas pelo médico, já no bloco,[1] que faltava material para a operação, mais concretamente fio para suturar.
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Duas cirurgias foram adiadas, na manhã de segunda-feira, no Hospital de Chaves, por falta de fio de sutura[2] As doentes, internadas no domingo de Páscoa, para serem preparadas para uma intervenção programada do foro ginecológico agendada para a manhã de segunda-feira.
O marido de uma das doentes, Cândido Fontes, contou ao JN que, perplexo com a situação, ainda se disponibilizou a ir comprar o fio à farmácia, mas o médico explicou que a aquisição do material em causa tinha de ser feita por concurso." [3]
[1] - Parece que a preparação de material para cada intervenção no bloco é feita à última da hora. Aliás, nem há preparação, vai-se à prateleira e retira-se o material necessário ... se houver. Imaginem se uma fábrica trabalhasse assim!
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[2] - Parece que o controlo de stocks não está a funcionar.
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[3] - Parece que a burocracia, ou a falta de vontade de trabalhar, é mais forte do que a mentalidade de "just do it" ou do "getting things done"
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A única coisa que se aproveita, no meio disto tudo é mesmo a postura deste marido que se marimbou para os direitos e as minudências e se concentrou no que interessa.

O que medir

"Here are a few steps to dig into your measurements and identify if they can be trusted:
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1. Clarify what you want to know. Too many managers give this step short shrift.
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2. Understand how actual measurements line up with what you want to know. The next step is to see how closely the measurements you’re getting line up with what you really want.
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3. Account for weaknesses in the measurement process. All measurement devices have failure/error modes, and it is important that managers get to know them. People lie in surveys, countries manipulate numbers to look good, weather vanes fill up with sand, and so on. More complicated measurements involve a detailed definition of terms, sampling, remote data collection, and extensive analyses. And things can go wrong at any step along the way.
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4. Subject results to the “smell test.
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This month’s results come in far better (or worse) than expected, and they scurry around to explain why, rarely considering the possibility of a bad measurement. I advise managers to develop a keen sense of smell. When results just don’t smell right, dig deeper!"
Um desafio recente numa PME:

  • suspeitávamos que a empresa entregava sistematicamente fora do prazo encomendas que tinha em armazém;
  • suspeitávamos que a empresa tinha custos de entrega superiores ao orçamentado porque fazia entregas com o camião longe de estar cheio.
Como medir a taxa de utilização do camião e os custos extra incorridos por causa da deficiente preparação das entregas?
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Tivemos de abandonar esses desejos. O ponto 3 mostrou o seu poder.


Trechos retirados de "4 Steps for Thinking Critically About Data Measurements"

Objectivos vs exploration

"the stagnation that can result from dogged pursuit of a prescribed goal."[Moi ici: Há muito disto actualmente! Muitas empresas prisioneiras do modelo dos encalhados da tríade que funcionavam no Normalistão
Fala-se da necessária ambidextridade das empresas: apostar na exploration e na exploitation em simultâneo. Este artigo, "How Overfocusing on Goals Can Hold Us Back", julgo que trata do perigo de um sector que deve apostar sobretudo na exploration, o da inovação, deixar-se iludir pelo eficientismo e previsibilidade do quotidiano da rotina da exploitation. Recordar a 3M e a caneta:
"In today’s data-driven world, organizations seem to be more focused than ever on metrics that track progress toward such goals; we all want to know whether and how quickly we are moving toward desired results.
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But Stanley’s work indicates that our objective obsession might be doing more harm than good, causing people, teams, and firms to stagnate over time. And this view is bolstered by statistics on and stories surrounding invention. Reports indicate that half are the result of not direct research but serendipity — that is, people being open to interesting and unexpected results."
Julgo que o artigo devia salientar mais a vertente da exploitation vs exploration. Se um sector é exploitation puro, é perigoso deixar de ser focado em objectivos. Se um sector é exploration puro, é importante dar azo à obliquidade.

Esperava mais...

Depois de ler "Produtores de leite contestam "prateleiras cheias de produtos importados"" fiquei com vontade de deixar de comprar leite português na próxima ida ao supermercado- O que dizer disto?
""Mas a APED apresentou ao Governo, à indústria ou aos produtores alguma proposta concreta dessa campanha? Várias cadeias de distribuição editam as suas revistas, porque não utilizaram esse espaço para convidar médicos ou nutricionistas de modo a esclarecer os consumidores? (…) Estão a APED e seus associados disponíveis para avançar nesta matéria ou esta proposta é apenas uma arma de defesa para situações de aperto?", "
Então não cabe à Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP) o investimento numa "campanha para a promoção do consumo de leite"?
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Também esta conversa de "deixando de "importar as sobras da Europa", me parece deslocada e impeditiva de ir à raiz do problema. Recordar que essas sobras entram a um preço superior ao leite que Portugal exporta.
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Sinceramente, esperava mais do líder da APROLEP... todo o locus de controlo está no exterior.

A narrativa estratégica

"It’s not enough any more to say “we make widgets.” With changes happening so quickly from so many directions – competition, regulation, technology, talent, customer behavior – it’s easy for one’s story to become generic or outdated.
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You want a story that inspires employees, excites partners, attracts customers, and engages influencers.
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A strategic narrative is a special kind of story. It says who you are as a company. Where you’ve been, where you are, and where you are going. How you believe value is created and what you value in relationships. It explains why you exist and what makes you unique.
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The narrative should say who you are, not just what you do.
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The cornerstone of a strategic narrative is a shared purpose. This shared purpose is the outcome that you and your customer are working toward together. It’s more than a value proposition of what you deliver to them. Or a mission of what you do for the world. It’s the journey that you are on with them. By having a shared purpose, the relationship shifts from consumer to co-creator.
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People don’t fundamentally change, and neither do companies. When they are founded, a kind of DNA is created that persists for the life of the company. A strategic narrative must align with this brand DNA or it will be perceived as inauthentic."

Trechos retirados de "How to Build a Strategic Narrative"

segunda-feira, março 28, 2016

Curiosidade do dia

A propósito de "Alfredo Marvão Pereira. “Podemos ter autoestradas a mais, mas os nossos netos vão ficar muito contentes por tê-las”" duas notas:
"Ver o país há 30 anos e agora é completamente diferente. Podemos até ter autoestradas a mais, mas tenho a certeza de que os nossos netos vão ficar muito contentes por terem estas autoestradas. Não podemos ser míopes."
O dinheiro que se gasta numa coisa não se pode gastar noutra que seria prioritária ou traria mais rentabilidade. A primeira coisa que me veio à cabeça ao ler isto foi: da próxima vez que for comprar um carro, devo comprar dois. Um para usar novo e o outro para guardar e utilizar quando o primeiro carro ficar velho.
"De um ponto de vista meramente económico, o TGV não tinha pés nem cabeça. Podemos dizer que queríamos uma rede de alta velocidade por uma questão de soberania nacional, de orgulho nacional, mas isso não é um argumento económico.
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Nem todos os argumentos ou decisões são económicos. Se calhar, Portugal não tem dimensão para ter uma linha aérea, e tem. E deve ter, porque é uma questão de bandeira. O único argumento que poderia haver para ter uma rede de alta velocidade é um argumento não económico: é uma questão de soberania nacional, de identidade nacional, de precisar de afirmar a nossa modernidade: como precisamos de ter uma linha aérea de bandeira, precisamos de ter um TGV de bandeira. Aí nada a dizer, mas do ponto de vista económico não fazia sentido nenhum." 
A primeira coisa que me veio à cabeça foi a preocupação das elites com a "espanholização da banca". Com a espanholização, como poderiam continuar os empréstimos para os projectos sem argumentação económica dessas mesmas elites?

Decomoditizar (parte VIII)

Em sintonia com a parte VII seguem-se textos que representam sintomas das mudanças em curso e que podem servir para dar poder negocial aos pequenos produtores que apostarem na autenticidade:
"“What we eat and where it comes from, generally, we don’t know any more. It’s a very complex web. Every time you have a transaction [in the supply chain], there’s another opportunity to cheat.” And every week his lab picks up several cases of food fraud happening somewhere in the world. “If we think about Europe first of all,” Elliott says, “we pick up more and more reports now about the mafia getting involved in criminal activity in food. Part of that is because in other areas of criminal activity they’ve been involved in, they’ve been clamped down on.”
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Tomato juice is usually adulterated by diluting a famous brand name with a cheaper product. Chocolate, coffee and cookies are also targets, says Vansteenkiste. This spread of fraud poses a particular brand risk to companies with established reputations. In response to the horsemeat scandal, PwC, the financial consulting firm, introduced a food-supply-chain consultation as one of its services, and has estimated the global trade in food fraud to be worth around $40bn a year. Hans Schoolderman, European leader of PwC’s food supply and integrity services, says: “Companies think, ‘It won’t happen to me — it will happen to another.’” But the multinational companies that PwC works with need to be aware of the risks: “How are you negotiating contracts with your suppliers — are you putting suppliers under pressure, and could that trigger fraud? It’s about asking your suppliers to provide you with information, it is nitty-gritty and it’s not an easy task.”"
Trechos retirados de "The fight against food fraud".
"The food industry is in the midst of a revolutionary change and the growing call for transparency has become unmistakable. The concepts of transparency and real food are tangible values that more and more consumers are seeking. People are increasingly demanding to know where their food comes from, how and where it’s grown and why certain ingredients are used. They now expect this kind of information to be accessible at the touch of a button. The question is no longer if companies should disclose the details of food ingredients, but how."
Trechos retirados de "How Purpose Is Informing Transparency In The Food Industry"

Expulso da zona de conforto

Outra vez a saída da zona de conforto e como ela nos pode ajudar a crescer:
"is that every one of these star performers faced at least one “near-death experience” during the course of its long-term success.
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Why is it so hard for companies and leaders to embrace change and break with the past without a near-death experience? The answer, I believe, has to do with what innovation strategist Cynthia Barton Rabe dubbed the “paradox of expertise.” Too many companies and leaders, and often the best companies and the most successful leaders, struggle with the frustrating reality that the more deeply immersed you are in a market, a product category, or a technology, the harder it becomes to open your mind to new business models that may reshape that market or exciting ways to leapfrog that technology. Past results may not be the enemy of subsequent breakthroughs, but they can constrain your capacity to grasp the future.
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When it comes to innovation,” she argued, “the same hard-won experience, best practices, and processes that are the cornerstones of an organization’s success may be more like millstones that threaten to sink it. Said another way, the weight of what we know, especially what we collectively ‘know,’ kills innovation….Why can knowledge and experience be so lethal to innovation? Because when we become expert, we often trade our ‘what if’ flights of fancy for the grounded reality of ‘what is.’”"

Trechos retirados de "Companies Can’t Be Great Unless They’ve Almost Failed"

Plataformas e ecossistemas

Sinto que muito do que se escreve aqui "Pipelines, Platforms, and the New Rules of Strategy" sobre plataformas também se aplica ao que denomino ecossistemas da procura.
"Traditional businesses that fail to create platforms and to learn the new rules of strategy will struggle.
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With a platform, the critical asset is the community and the resources of its members. The focus of strategy shifts from controlling to orchestrating resources, from optimizing internal processes to facilitating external interactions, and from increasing customer value to maximizing ecosystem value.
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Though they come in many varieties, platforms all have an ecosystem with the same basic structure, comprising four types of players. The owners of platforms control their intellectual property and governance. Providers serve as the platforms’ interface with users. Producers create their offerings, and consumers use those offerings.
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The move from pipeline to platform involves three key shifts:
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1. From resource control to resource orchestration.
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2. From internal optimization to external interaction.
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3. From a focus on customer value to a focus on ecosystem value.
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Managers of pipeline businesses focus on growing sales. For them, goods and services delivered (and the revenues and profits from them) are the units of analysis. For platforms, the focus shifts to interactions—exchanges of value between producers and consumers on the platform."

A receita

"But when the hope of a company is based on it becoming the biggest thing in the whole world, chances are the opportunity for genuine prosperity has already been lost."
Quando convido uma empresa a reflectir sobre a sua proposta de valor para os seus clientes-alvo, costumo sublinhar:
- Não tenham a veleidade de ser tudo para todos, não tenham a veleidade de querer ser a opção para todos.  
A receita para o insucesso garantido
"Now the company is working on live-streaming video ads, again valuing growth over user experience." 
Trecho retirado de "Twitter's Stock-Market Failure Is Evidence of a Broken System, Not Twitter's Shortcomings"

sábado, março 26, 2016

Curiosidade do dia

"The music industry is now a digital business, deriving more than 70% of its revenues from a wide array of digital platforms and formats. The share of revenues from those digital formats surpasses that of any other creative industry.
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Another headline? In 2015, digital music subscription services reached new all-time highs, generating more than $1 billion in revenues for the first time, and averaging nearly 11 million paid subscriptions for the year. Heading into 2016, the number of subscriptions swelled even higher — more than 13 million by the end of December — holding great promise for this year.
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Last year, 17 million vinyl albums, a legacy format enjoying a bit of a resurgence, generated more revenues than billions and billions of on-demand free streams: $416 million compared to $385 million for on-demand free streams."
Trechos retirados de "State Of The Music Business: What The Numbers Tell Us"

Decomoditizar (parte VII)

Parte VI.
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Uma linha de actuação que podia ser testada por alguns no sector leiteiro e na suinicultura, "Empresas ampliam iniciativas para informar origem de seus alimentos":
"A empresa americana colocou códigos especiais em suas embalagens que, quando digitados no site, fornecem informações sobre como cada ingrediente é produzido e as pessoas envolvidas. Alguns produtos embalados da Fishpeople, que são vendidos em 7.500 pontos de varejo nos Estados Unidos, agora mostram fotos do capitão e da embarcação que pescou o peixe.
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O que (os consumidores) estão mais interessados é nos lugares e nas pessoas”,
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Nos EUA, as dez principais empresas de alimentos processados perderam 4,3 pontos percentuais de participação de mercado nos últimos cinco anos, principalmente para concorrentes pequenas e médias, segundo Nicholas Fereday, analista do banco Rabobank.[Moi ici: BTW, por isso é que as grandes se andam a comprar umas às outras, para iludir esta pressão]
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As pequenas empresas se beneficiam da agilidade. Há cerca de dois anos, a Real Co., com sede no Estado de Nova York, começou a vender arroz mostrando, na embalagem, o nome da fazenda paquistanesa onde o produto foi cultivado. O arroz da cooperativa agrícola Al-Farid, da província de Punjab, agora é vendido em cerca de 800 supermercados nos EUA. O diretor-presidente, Belal El-Banna, expandiu os negócios para oferecer açúcar de uma fazenda na Costa Rica e sal rosa vindo de uma região dos Himalaias. A Real está desenvolvendo um adoçante com zero caloria que usa folhas moídas de estévia do Paraguai, em vez do extrato da planta.
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dá ao consumidor protagonismo. Ele entende que “há um impacto direto na vida dessa pessoa se eu comprar esse produto”, diz."

Aprenda a duvidar dos media (parte XXIX)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XIIparte XIIIparte XIVparte XVparte XVIparte XVIIparte XVIIIparte XIXparte XXparte XXIparte XXIIparte XXIII, parte XXIVparte XXVparte XXVIparte XXVII e parte XXVIII.

E não esquecer a "Lovaglia’s Law:
"The more important the outcome of a decision, the more people will resist using evidence to make it." 




"faz parte do caminho para Mongo"

Acredito que o relatado em "Too much of a good thing" faz parte do caminho para Mongo.
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Os lucros estão muito altos porquê?
"Profits have risen in most rich countries over the past ten years but the increase has been biggest for American firms. Coupled with an increasing concentration of ownership, this means the fruits of economic growth are being hoarded.
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An intense burst of consolidation will boost their profits more. Since 2008 American firms have engaged in one of the largest rounds of mergers in their country’s history, worth $10 trillion. Unlike earlier acquisitions aimed at building global empires, these mergers were largely aimed at consolidating in America, allowing the merged companies to increase their market shares and cut their costs."
Onde é que isto nos leva:
"Large firms no longer employ all that many people in America: the domestic employee base of the S&P 500 is only around a tenth of total American employment." 
Para mim o ponto crítico não é a legislação antitrust mas a liberdade de concorrência, as barreiras à entrada:
"Concentration does not of itself indicate collusion. Other factors at play might include regulations that keep competitors out. Business spending on lobbying doubled over the period as incumbents sought to shape regulations in ways that suited them. The rising importance of intangible assets, particularly patents, has meant that an ability to manage industry regulators and the challenges of litigation is more valuable than ever.
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The ability of big firms to influence and navigate an ever-expanding rule book may explain why the rate of small-company creation in America is close to its lowest mark since the 1970s (although an index of startups run by the Kauffman Foundation has shown flickers of life recently). Small firms normally lack both the working capital needed to deal with red tape and long court cases, and the lobbying power that would bend rules to their purposes."
Na minha visão do futuro económico a caminho de Mongo, as empresas grandes, baseadas na eficiência, com um ADN colado aos custos, consolidarão umas atrás das outras (como na cerveja SABMiller e InBev) para tentar satisfazer os seus accionistas. O essencial é garantir, como na cerveja, que empresas novas possam surgir e trabalhar para nichos que depois crescerão, ou não.

Uma série de tweets de Esko Kilpi que favoritei esta semana
"Mass solutions are not as competitive as contextual solutions

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1/ We are re-conceptualizing the 18th century markets following Adam Smith
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2/ It makes sense to be small, not big
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3/ It makes sense to work through platforms, not the industrial-era companies
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The changing rules 1/ the engine of the industrial economy was supply-side economies of scale. higher sales volumes and lower average costs
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Too many people in too many companies are too many “handshakes” away from things that matter. There is not enough exposure to key insights"

Será mesmo o El Niño?

Ontem em "A dualidade de critérios" o artigo citado referia que o aumento do preço do chocolate se deve ao efeito do El Niño:
"E a explicar estas subidas estão as condições climatéricas. O tempo mais seco do que é habitual, devido ao fenómeno "El Niño", tem afectado as plantações e, assim, estimulado o preço das matérias-primas."
Estranho! Sempre associei o El Niño ao oceano Pacífico.
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Basta uma pesquisa à produção de cacau de 2015 para perceer que o único produtor mundial de relevo banhado pelo Pacífico, o Equador até aumentou a produção em 2015!
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Ainda com a leitura fresca da evolução da produção do café no Kénia e no Uganda:
"COFFEE was once Kenya’s biggest foreign-exchange earner, but these days the industry looks less perky. The country’s record, 127,000-tonne crop was all the way back in the 1987-88 season. Output plunged by 40% the following year, after the global coffee cartel axed its quotas, exposing the industry to competition. It has been falling ever since: last year it was less than 45,000 tonnes, a mere 0.5% of coffee production worldwide.
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Coffee production in neighbouring Uganda has more than doubled since 1990, to 285,000 tonnes. In 2010, the most recent year for which comparative data are available, Kenyan coffee farmers received 20% of the export price of their crop, compared with more than 80% in Uganda."
Acredito que o preço do chocolate depende mais do aumento da procura na Ásia, das doenças nas plantas e nas  pessoas (o ébola andou pela Costa do Marfim, por exemplo) e das instituições extractivas que mais tarde ou mais cedo cometem o erro de Veneza.

sexta-feira, março 25, 2016

Curiosidade do dia

Hoje, durante uma caminhada matinal entre futuros campos de milho obtive uma informação que não queria.
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Vão no caminho e ao longe vêem uma pequena poça de água que se acumulou num buraco que o rodado do tractor costuma fazer.
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Aproximo-me:
E confirmo que é uma poça de água.
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Passo e ...
Qual não é o meu espanto quando vejo n girinos a rabiar:
Mais à frente outro buraco, outra poça:
E mais n girinos:
Sabem o que é que isto quer dizer?
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Primavera molhada!
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Se as rãs põem os ovos numa poça de água é porque a Primavera será molhada, não haverá falta de água.

A dualidade de critérios

Os jornais económicos e os seus jornalistas padecem de uma certa esquizofrenia.
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A nível da macroeconomia estão sempre a pedir mais inflação e a meter na cabeça dos seus leitores o medo em relação à deflação.
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Depois, quando pensam na microeconomia, escrevem tiradas destas:
"Chegada a Páscoa, o chocolate compõe grande parte das ofertas, tanto para miúdos como para graúdos. Desde os ovos aos coelhos de chocolate, passando pelos tradicionais bombons, tudo serve para adoçar a boca nesta época. Contudo, na hora de pagar, o preço poderá bem amargar-lhe a carteira.
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Se há um ano o chocolate de leite custava 1,64 libras (2,08 euros) por quilo, o preço é agora de 1,82 libras, segundo os dados da Mintec, citados pelo Financial Times."
Se os jornalistas acreditam no que escrevem sobre os malefícios da deflação, então, deviam regozijar-se com o aumento dos preços. Não percebo a dualidade de critérios. Outra opção é pensar que eles não percebem a contradição, tipo aforrador que compra dívida do Estado português e, ao mesmo tempo defende a reestruturação da dívida porque ouviu as larocas dizerem que isso é bom.
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Trecho retirado de "Preço dos coelhos de chocolate está mais amargo nesta Páscoa"

Paciência estratégica: Q.E.D.

Há anos que escrevo aqui no blogue sobre a importância da paciência estratégica para as PME:
"A recent study by three professors at Purdue’s Krannert School of Management is part of a growing mountain of evidence of the superior and more lasting performance of companies where the founder still plays a significant role as CEO, chairman, board member, or owner or adviser. Specifically, the study found that S&P 500 companies where the founder is still CEO are more innovative, generate 31% more patents, create patents that are more valuable, and are more likely to make bold investments to renew and adapt the business model — demonstrating a willingness to take risk to invent the future."

Trecho retirado de "Founder-Led Companies Outperform the Rest — Here’s Why"
"We find strong empirical support that for S&P 500 firms over the period 1993–2003, a founder CEO is associated with greater innovation as measured by the citation-weighted patent count, number of patents, and citations per patent. In other words, the R&D investments of founder CEO-managed firms are more effective and efficient in generating innovation. As boundary conditions of the relationship, we find that the positive effect of founder CEOs on innovation is stronger (weaker) in more (less) competitive and innovative industries. We also find that firms with founder CEOs have a tendency to explore diverse technological domains and to generate substantially impactful innovations that can provide new potential opportunities for subsequent technological developments. We interpret these findings as evidence that founder CEOs are more likely to positively affect their firm’s innovation strategy."
Trecho retirado de "Founder CEOs and Innovation: Evidence from S&P 500 Firms"

A cultura da empresa

A propósito deste objectivo estratégico na perspectiva dos Recursos & Infraestruturas do mapa da estratégia de uma empresa:
Recordo o que citei há tempos de Hermann Simon "Success Factors for a Low-Price Strategy" e este trecho retirado de "The Fine Line Between When Low Prices Work and When They Don’t":
"Winning with low prices is not merely a game of math in which you stay one notch below the competition; it is far more a game of culture and attitude. It takes a special kind of company, from the CEO on down, to make a low-price position sustainable and profitable. The skills and traits to pull that off — such as cost-consciousness, relentless efficiency, and customer-driven design — must be anchored in the company and its culture from the very beginning.
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Before we continue, though, we will need to heed two caveats. First, we should not confuse a fundamentally low-price position with the decision to wage a price war. A healthy low-price position has a long-term orientation built on consistency and sustainability, not quick results."
A parte de Hermann Simon que sublinho é:
"1. They began with that strategy from day one: All successful low-price companies focused on low prices and high volumes from the very beginning. In many cases, they created radically new business models. I am not aware of any company having made a successful transformation from a high-price or mid-price position to a low-price one." 
Imaginem empresa de calçado habituada a um passado de flexibilidade, desenrascanço, sempre pronta a fazer um jeito a um cliente mais desorganizado e alterar o plano de produção para o ajudar, a optar por entrar no mercado das grandes séries, com margens mais apertadas. Uma mudança cultural tremenda!
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Em vez de flexibilidade, disciplina rígida!
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Será que conseguem dar a volta à cultura da empresa?
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Confesso... só agora descobri que o autor do artigo da HBR é ... Hermann Simon




Os "camões", a parede a realidade

Os "camões", a parede a realidade

quinta-feira, março 24, 2016

Curiosidade do dia

Há bocado no Twitter li que nos Estados Unidos a geração Milennial tinha comprado 4 milhões de veículos em 2015:
"Now the largest generation in the U.S., millennials bought 4 million cars and trucks in the U.S. last year, second only to the baby boomers, according to J.D. Power’s Power Information Network, which defines millennials as those between 21 and 38 in 2015"
Fiquei a pensar no poder daquilo a que os americanos chamam "cohorts".
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Daí saltei para a agricultura e uma realidade que tive conhecimento ontem. Podemos dizer que nos últimos anos a agricultura, na sua maior parte, tem feito um "comeback" interessante. No entanto, a realidade dos números do INE é esta:
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População empregada na "Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca"

  • No 4º trimestre de 2013 - 422,4 mil empregados;
  • No 4º trimestre de 2014 - 348,5 mil empregados;
  • No 4º trimestre de 2015 - 323,7 mil empregados.
Ou seja, enquanto se desenvolveu o tal comeback, desapareceram 98,7 mil empregos.
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Ao mesmo tempo, a população desempregada na "Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca" passou de 18,8 mil no 4º trimestre de 2013 para 14,0 mil no 4º trimestre de 2015.

Julgo que estamos a assistir no sector ao efeito da demografia...
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Como será nos outros sectores?

Nunca acaba

"Nobody, ever once, pops to the top. You walk there. Step by step, each a failure until it's not.
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If you're not yet at Ramsgate, you've got some walking to do. And then, when you get to Ramsgate, more walking."
E não adianta tentar fazer o by-pass, a essência do que seremos passa pela superação das dificuldades do caminho, são elas que vão remover o excesso de pedra que esconde a estátua no bloco.
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Trecho retirado de "When will you get to Ramsgate?"

O que é a diferenciação? (parte III)

Parte II.
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Na perspectiva dos clientes de um mapa da estratégia existem 3 objectivos estratégicos genéricos:

Clientes leais são clientes que continuam a trabalhar connosco, são clientes que aumentam as suas compras à nossa empresa.
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Para que isso aconteça é importante que a empresa fornecedora trabalhe como parceira, desenvolva a relação,demonstre que pode ser mais do que um fornecedor de produto ou serviço.
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Isto veio-me logo à cabeça ao ler:
""You need to get to the future first, ahead of your customers, and be ready to greet them when they arrive." [Moi ici: Ou melhor, tendo chegado ao futuro primeiro, não ficar à espera dos clientes mas antes chamá-los, mostrar-lhes o caminho a partir de lá] Benioff mused. Disruptive innovation doesn't just mean tech, it often involves disrupting your competitors with a new way you're approaching customer relationships, such as redefining a go-to-market strategy with your client. [Moi ici: Como não recordar "O que é a diferenciação?"] It's not just about making sales, but rather how you can accelerate your customers' success. The big questions are: Have you empowered customers and employees at every level to make this change happen, or have they just been asked to tolerate it? Do you have the right internal processes and employee tools in place to enable your teams to actually lead the business transformation?" 
Trecho retirado de "3 Ways to Ignite Growth When the World Is Falling Apart"



Trump e decomoditizar (parte VI)

Parte IV e parte V.
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Quando olho, por exemplo, para a distribuição dos preços médios praticados por destino da carne de porco exportada:
E vejo a variabilidade existente, e penso logo na "positive deviance" e em Sternin.
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Em vez de começar com grandes teorias, começar com os exemplos positivos que sobressaem. Como se pode aumentar o preço médio exportado para Espanha?
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O que é que se exporta para Itália? Por que atinge aquele preço?
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E ao olhar para as importações e para os valores médios atingidos:

Em vez de começar a espingardar e a deixar a testosterona trumpista falar, por que não perguntar:
- Por que é que exportamos para França carne mais cara do que a que importamos de França?
- Por que é que exportamos para Espanha carne mais barata do que a que importamos de Espanha?
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Os compradores são compradores industriais, compradores menos irracionais. Logo, tem de haver uma justificação por trás. Qual é? Será que os suinicultores nacionais pensam que é o preço o factor-chave quando afinal os compradores industriais já estão nesta onda?
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Habituado aos copos menstruais e ao que eles significam acerca da capacidade de estudo dos políticos, olho para "Carne de porco vai ter rótulo obrigatório com informação de origem" e pergunto-me: Quanta da carne de porco importada é para acabar na distribuição? Quanta é para uso e processamento industrial?
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Acabo aqui esta série em que aprendi que cada vez sei menos sobre o leite e a carne de porco, e que cada vez há mais "lixo" a circular nos media e treta da parte dos políticos.


Preço ou custo?

Falaram-me esta semana de uma empresa que subcontratava 85% da sua actividade (mercado interno não transaccionável) e que agora está a ter de realizar cerca de 80% dessa actividade porque a grande maioria dos seus subcontratados fecharam, incapazes de resistir aos custos.
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Lembrei-me logo de um projecto em que o custo das matérias-primas representava cerca de 50% do custo final do produto. Como o negócio era preço, era fundamental conseguir poupanças neste sector. No entanto, em vez de cair em cima dos fornecedores e desencadear uma guerra de preços e iniciar uma espiral de definhamento, optou-se por contabilizar o custo de aquisição da matéria-prima:

  • preço da matéria-prima;
  • custo do transporte para a fábrica;
  • custo do controlo da recepção;
  • custo do tratamento das reclamações a fornecedores;
  • custo do manuseamento e colocação em armazém;
  • custo do capital empatado nas matérias-primas antes do seu uso;
  • custo das matérias-primas que viram monos;
  • custo das matérias-primas que se estragam em armazém;
  • custo de preparação para alimentar a produção;
  • custo da matéria-prima desperdiçada na produção.
E tratar os fornecedores como parceiros e integrá-los em projectos para reduzir o somatório destes custos. 
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Em alguns casos o preço da matéria-prima até subiu mas a quantidade que deixou de ser desperdiçada mais do que compensou.

quarta-feira, março 23, 2016

Curiosidade do dia

Interessante, escrevi hoje sobre Belmiro, Ferreira do Amaral e Louçã. Escrevi que podem ser de esquerda ou de direita mas foram formatados num mesmo mundo, o Normalistão. Nesse mundo o principal factor para uma empresa ter sucesso junto dos seus clientes é o preço. Agora, acabo de descobrir que o ministro da Economia também se quis juntar à festa "Caldeira Cabral: A desvalorização do euro tem sido boa para Portugal".
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Até parece que um país com este desempenho precisa da boleia da desvalorização cambial.


Trump e decomoditizar (parte V)

Parte IV.
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Após a sequência das leituras e pesquisas sobre os preços do leite e da carne de porco, na importação e na exportação, julgo que posso afirmar o seguinte.
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Portugal é um país pequeno, dificilmente pode competir pelo preço mais baixo e dar rentabilidade aos produtores.
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Por exemplo, em 2014:

  • o preço médio do kg de azeite importado foi de 2,25€;
  • o preço médio do kg de azeite exportado foi de 2,92€;
  • o preço médio do kg de kiwi importado foi de 1,07€; 
  • o preço médio do kg de kiwi exportado foi de 0,84€; (será que há problemas no sector?)
  • o preço médio do kg de morango importado foi de 1,19€; 
  • o preço médio do kg de morango exportado foi de 2,16€; 
  • o preço médio do kg de mirtilo importado foi de 5,53€; 
  • o preço médio do kg de mirtilo exportado foi de 6,03€; 
  • o preço médio do kg de framboesa importada foi de 7,07€; 
  • o preço médio do kg de framboesa exportada foi de 9,74€; 
Sempre que aparece nas notícias um sector agrícola com problemas, as respostas são sempre para apoiar a redução de custos. No entanto, cada vez me convenço mais que a solução de futuro passa precisamente pelo contrário, passa pelo desafio de ser capaz de vender cada vez mais caro, se calhar não o mesmo produto, se calhar não nos mesmos canais, se calhar não com a mesma proposta de valor.

"eles não sabem trabalhar de outra forma"

Ontem de manhã passava numa rua do Porto e vi uma obra que não tinha reparado na semana anterior e fiquei admirado com a velocidade a que ela tem andado. A minha mente começou a subir na escala de abstracção e a pensar: construção é preço. Se é preço, uma forma de aumentar a produtividade e poder pagar melhores salários é aumentar a taxa de utilização dos activos. Ou seja, é fazer uma obra rapidamente para, depois, saltar para outra e, a seguir, saltar para outra. O que é que costumamos ver na construção? Obras que se arrastam...
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Então, a mente saltou para a recordação do artigo que tinha lido há minutos atrás durante a viagem de comboio "Belmiro: "Não sei por que não deve haver economia baseada em mão-de-obra barata"".
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Quando vi o título esbocei um leve sorriso e pensei no Livro do Eclesiástico ... 3, 14-15.
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Então, pensei: se eu tivesse ficado na fábrica da Sonae teria ficado prisioneiro deste modelo mental. Quando Belmiro diz isto, diz isto porque acredita piamente nisto. Porque não conhece alternativa. BTW, os académicos Ferreira do Amaral ou Louçã pensam o mesmo, por isso é que pedem a saída do euro ou a desvalorização da moeda, para enganar as pessoas com a ilusão monetária.
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Por isto é que, mesmo com ingleses. ou franceses, ou alemães, as fabricas da Sonae ou tiveram de ser vendidas ou fechar... eles não sabem trabalhar de outra forma.
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Acredito que é o mesmo problema que o dos produtores de leite ou de carne de suíno, para serem competitivos pelo preço fazem opções que tornam os seus produtos cada vez menos apetecíveis senão pelo preço.

Paradigmático!


O sector da cerveja é o canário na mina.
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Recordar "Tão século XX" e "Mongo na cerveja".
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Agora leio "Brewery Count Hits All-Time Record".
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Isto é tão paradigmático de Mongo.

Desemprego? Medo!

O desemprego sobe há 7 meses consecutivos.
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E o que fazem os nossos deputados, esses estudiosos atentos da realidade nacional?
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Preparam-se para embaratecer as horas-extra e encarecer o emprego, sobretudo de jovens à procura do primeiro-emprego.
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Lindo, podem limpar as mãos à parede.
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Recorte retirado de "PCP quer travão na "generalização" da precariedade laboral"

terça-feira, março 22, 2016

Curiosidade do dia


Disrupção - Round 2

Ao ler este texto "Low-cost airlines: They changed the world -- but what next?" não pude deixar de reconhecer o padrão de disrupção que Clayton Christensen descreveu sobre como as mini-mills tomaram conta da siderurgia americana.
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Começaram pela base do mercado:
"For a while after budget airlines emerged it was easy to draw a line between low-cost and full-service network airlines, since each offered a distinctive value proposition.
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Low-cost carriers stripped their product to the bare minimum: a single cabin where all seats were the same, no free food, no free baggage allowance, no flight connections.
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Meanwhile, legacy carriers found it increasingly difficult to change their cost and operational structures fast enough to face such formidable cost-killers.
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Instead, they retrenched to areas of business that were safer from low-cost competition: the corporate market and long haul.[Moi ici: Fim do Round 1]
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Low-cost airlines have tweaked some elements of their business model in order to encroach on markets that've so far been the preserve of legacy carriers.
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"We have seen how in Europe low-cost airlines such as Ryanair have dropped routes to low-margin secondary cities and started to fly to major airports in an attempt to move upmarket," Suau-Sanchez says.
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"At the same time, cost-cutting businesses, particularly small and medium sized firms, have eagerly embraced low-cost air travel."
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One by one, many of the dogmas of the low-cost airline industry have been cast aside.
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What the industry is witnessing is a significant shift in the business model of some low-cost airliners, to the point that many in the industry talk already of a new type of airline.
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Enter the "hybrid" carrier: halfway between the pure no-frills low-cost carrier and the traditional full service airline."

"assumimos uma série de verdades sem as questionar ou testar"

Há tempos, num workshop, um formando surpreendeu-me ao dizer que trabalhava numa empresa que injectava peças plásticas em quantidades industriais em que o factor crítico era o preço e eram mais competitivos que os chineses.
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Certamente algo relacionado com isto "Is This Water Bottle A Symbol Of A 'Made In The USA' Revolution?":
"“At the trade shows we’d ask vendors, ‘Why don’t you manufacture in the United States?’” she recalls. The answer was always money. “They’d say, ‘If anyone tells you they can be price-competitive and manufacture in the U.S., they’re full of crap!’ But I knew that was just the assumption, and I knew they were wrong.”"
Todos nós, a começar por mim, emprenhamos pelo ouvido, assumimos uma série de verdades sem as questionar ou testar.
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Recuo a Maio de 2006 e a O regresso dos clientes e aos seus gráficos.

BSC e ISO ou melhor BSC e Qualidade

Há quase década e meia que trabalho em projectos que relacionam a ISO 9001 com o BSC. 
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Em 2004 comprei e li de fio a pavio "Strategy Maps: Converting Intangible Assets Into Tangible Outcomes" de Robert Kaplan e David Norton. Este fim de semana, por causa de um projecto, reli o capítulo relacionado com a gestão dos processos operacionais (algo fundamental quando o negócio é preço), e fixei algo que já não recordava:
"A Strategy Map Enhances Quality Programs...
1.The BSC provides explicit causal linkages through strategy maps and cascaded objectives. The outcomes from quality programs are often implicit and rarely tested. To build a Balanced Scorecard strategy map, the organization's strategy must be explicit. The process of building a strategy map - and associated objectives, measures, targets, and initiatives - engages the senior executive team in an intense process that creates consensus, clarity, and commitment to the strategy. The hypotheses underlying the strategy become explicit and testable as data accumulate over time and across similar organizational units.
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Quality models can be local, tactical, and unlinked. The strategy map, in contrast, captures strategic objectives and only then identifies the initiatives and process improvements needed to support strategic objectives.
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2.The BSC establishes targets for breakthrough performance not merely to match existing best practices. Many quality programs evaluate their internal process performance against benchmarked best practice and focus as a result on continuous improvement.
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3.The BSC often identifies entirely new processes that are critical for achieving strategic objectives. Quality models strive to improve existing organizational processes, making them better, faster, and cheaper. But applying the Balanced Scorecard principles, particularly when implementing a new strategy, often reveals entirely new processes at which an organization must excel. [Moi ici: Recordar Falta algum processo no seu sistema?]
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4. The BSC sets strategic priorities for process enhancements. Even without the strategic need to introduce entirely new processes into the organization, companies still need to assess priorities. Some processes are more essential to strategic success than others. Benchmarking can provide an assessment of all an organization's processes by comparing them to in-dustry best practice. Resources get committed to processes that have been identified as falling short of best practice. This allocation process, however, occurs independently of strategic priorities. The Balanced Scorecard, in contrast, identifies which processes must perform at or beyond current est practices levels, and which processes are less critical for strategic sucess." [Moi ici: Recordar Processos contexto e Processos nucleares]


Trump e decomoditizar (parte IV)

Depois de Os Trump do leite e a preguiça dos media (parte III) e de Decomoditizar (parte III) a curiosidade acerca de Por isso, gostava de saber o porquê cresceu.
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Qual a diferença de preços entre o porco importado e o porco exportado?
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Em 2015 o preço médio de importação de carne de suíno fresca/refrigerada foi de 2,25 €/kg 2,7 €/kg.
Em 2015 o preço médio de exportação de carne de suíno fresca/refrigerada foi de 2,12 €/kg 2,2 €/kg.
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Tal como no leite!!!
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Acham que o problema do leite e do porco português é mesmo o preço?
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As medidas do governo, as reivindicações dos representantes dos sectores vão todas no sentido de reduzir os custos...
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Para quê?!?!?!
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Acaso o problema é de custos?
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Parece-me que o problema não são os custos. É a falta de estratégia, é a falta de posicionamento, é a falta de diferenciação.

ADENDA: Números corrigidos a 28.03.2016 após chamada de atenção nos comentários

segunda-feira, março 21, 2016

Curiosidade do dia

A propósito de "IEFP com mais 43 mil desempregados desde julho", pode ler-se:
"“Desde o verão do ano passado que há um sentimento de incerteza quanto ao desenvolvimento da economia”, lembra ao DN/ Dinheiro Vivo João Vieira Lopes. O presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP) diz, por isso, que as empresas podem ter adiado as suas intenções de contratação o que acaba por ter um impacto ao nível do número de empregos disponíveis."
 Partilho mais da versão deste tweet:




Decomoditizar (parte III)

Parte I e parte II.
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Recordar o que escrevemos na parte I:
"Ontem de manhã estive numa reunião onde, uma e outra vez se falou da importância, para os produtos agrícolas, criar marca associada ao território, às práticas seguidas e às estirpes utilizadas."
Entretanto, este fim de semana o @nticomuna mandou-me ler este artigo "Exportações da agricultura e floresta triplicaram nos últimos dez anos":
"vale a pena notar o desempenho de sectores como o vinho e, ainda mais, dos hortofrutícolas. No espaço de uma década (2004/2014), segundo dados do INE, a exportação de produtos hortícolas passou de 108 para 212 milhões de euros e, progresso ainda mais impressionante, o sector das frutas subiu as suas vendas ao exterior de 137 para 438 milhões de euros. “Em 2010 estávamos como estão hoje os suinicultores, com problemas de preços e de escoamento e decidimos criar a associação PortugalFresh para explorarmos os mercados externos”, diz Manuel Évora, que dirige a associação. Este ano, o conjunto de sectores que representa (hortícolas, frutas e flores) espera exportar 1200 milhões de euros e, nos próximos quatro anos, a expectativa é que esse valor suba para 2000 milhões. “Estamos a conseguir promover a imagem de um país com condições únicas para a produção hortofrutícola”, acrescenta, porque “entre a floração e a frutificação temos um tempo óptimo, o que permite a produção de fruta e legumes excelentes na cor, nos aromas e na textura”."
Claro que é mais fácil ir para a rua protestar e pedir ajudas e subsídios e culpar os estrangeiros e os importadores...

Workshop ISO 9001:2015 (parte III)

Parte I e parte II.


Se tiver dúvidas como esta:
"List of customers for compliance with sub-clause 4.2
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Will you please advise if a medical equipment service company that has hundreds of customers should maintain, as a separate document, their accurate list for compliance with sub-clause 4.2 "the organization shall determine: a) the interested parties that are relevant to the quality management systems...""
Talvez possa tirar partido do Workshop.
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Recordar como relacionamos a cláusula 4.2 da ISO 9001:2015 com aquilo a que chamamos aqui no blogue de "ecossistema da procura" (ver marcador) no postal "Um sistema de gestão que começa no negócio" (passos 6 e 7)

Pormenores sobre o programa, o local, o preço e a inscrição na Parte I.

O que é a diferenciação? (parte II)

Descobri, no final da parte I que nunca tinha escrito nada aqui no blogue sobre a Indium Corporation!!!
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Na parte I sublinhei:
"the #1 factor why buyers chose one firm vs another being “educated me with new ideas and perspectives” ... seller connecting with the buyer in a way that inspires trust, confidence and familiarity."
E recordei logo o que li acerca da Indium Corporation no livro "Killing Giants" de Stephen Denny:
""We have extremely sophisticated customers," Short explained, describing the buyers of his company's metals, salts, and solders so common in the manufacturing processes of technology products. "These are master's degree engineers and technologists. There is no opinion. This is all data-driven. No trickery, no tomfoolery will be tolerated." As we all know, tomfoolery is the norm in many industries when it comes to massaging the message. Rick's epiphany came when he recognized that engineering-speak—the thing we so often try to avoid in marketing messaging—is the only language his very particular customers wanted to hear. The industry had somehow put an interpreter in between two people who didn't need the help. "The basic principle of what we're doing at our company is stepping out of the way and letting technologists speak with technologists," Short explained. "We currently have seventy-three blogs authored by fourteen bloggers."
...
Not content to merely let technologists speak directly to customers, Indium has made these engineers and other specialists the face of the company—individually. "If you go to market as one company, you've only got one voice or brand," Short explained. "If you turn your company inside out and expose fifteen technologists and let each of them talk about what and why they're doing what they're doing, you've got fifteen different brands. And you can't tell me that any one company's voice is more interesting than a person's voice. We've multiplied the quantity, but we've multiplied the quality of what we go to market with—real people, real stories, real experience, real passion."
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What happens when you unleash a dozen highly specialized technologists with self-publishing tools and a free mandate to write about what they do and how they do it? You shorten the distance between questions and answers, and between inquiries and sales. No more call centers and salespeople calling back later. "Engage with my company and you know exactly who you want to talk to because it's the person you've been following, who's intrigued you, who's earned your trust," Short explained. "What I'm trying to do is convert the predominant volume of my callers from shoppers to people who are on fire. Here's my name, here's my address. You know the problems I'm experiencing because you know that I just downloaded two white papers on this exact subject. Sometimes, when people download a paper, they get a phone call from one of my people and they say, 'Oh my gosh, thanks for calling!' Compare that to a cold call. It's so opt in, so invitation only, and it's so appreciated." Demand generation and lead qualification have just become the same step. The traditional sales funnel has collapsed into a one-step process."
E isto não é diferenciação? Come on!

Os Trump do leite e a preguiça dos media (parte III)

Parte I e parte II.
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Na parte II citámos o artigo "Produtores queixam-se de 'dumping' nos produtos lácteos importados" onde se podia ler:
""Chegam a Portugal produtos a preços impossíveis, tudo indica que há 'dumping', e ou o Governo aperta a fiscalização ou será a morte de muitos produtores nacionais", referiu."
O texto é da Lusa, mas podia ser de um qualquer outro media português preguiçoso ou sem recursos para investigar.
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Na parte I vimos que desde 2000 que Portugal exporta mais leite do que aquele que importa. Agora, concentremos-nos nos "preços impossíveis" a que o dirigente da APROPEL se referia.
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Qual o preço médio do leite importado?
Qual o preço médio do leite exportado?
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Quando se começam a fazer perguntas... começa-se a investigar e ainda mais admirados ficamos com a preguiça dos media e o folclore que se monta para sacar dinheiro aos contribuintes.
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Qual o preço médio do leite exportado de Portugal em 2014? 485€/ton (se estivermos a falar do exportado para a Espanha o valor é ainda mais baixo 425€/ton)
Qual o preço médio do leite importado por Portugal em 2014? 581€/ton (se estivermos a falar do importado de Espanha o valor é ainda mais alto 597€/ton e se for de França vem a 508€/ton)

Dumping?
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Pensem comigo, se há excesso de leite em Portugal porque é que se importará leite? Por ser mais barato ou por ser diferente em alguma coisa que o comprador industrial valoriza?
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Fonte dos números? Ver aqui.




domingo, março 20, 2016

Curiosidade do dia

A preocupação das chamadas elites de Lisboa com a espanholização da banca portuguesa fizeram-me recordar a capa do Caderno de Economia do semanário Expresso de 12 de março passado.

E indo mais fundo pode ler-se:
"As grandes preocupações estão nos grandes créditos que tiveram forçosamente de passar além da normal concessão de crédito de uma direcção regional ou de um balcão."
As elites estão a ver secarem-se as fontes de dinheiro fácil...

América e o comércio internacional

Lembrei-me do significado de "Mongo e a automatização... pois!" em que reflicto sobre a decisão da Mercedes retirar autómatos da linha de montagem para os substituir por humanos.
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Lembrei-me da habitual postura gringa de concentração no preço como factor de decisão que refiro em "Tit for tat" e da sua habitual falta de paciência estratégica.
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Lembrei-me, depois de ter lido:
"John Strotbeck, a former Olympic rower and the founder and C.E.O. of the Philadelphia-based team-uniform maker Boathouse Sports, told me that his company tried a few years ago to start manufacturing some of its sports apparel in China, but brought the production line back to a factory in Philadelphia soon afterward. The main factor was the lead time from when a customer placed an order to delivery. “Six months, and today it is even longer,” he said, of timelines at Chinese factories. “Compare that to how fast we can be now: average from the date of the order to out the door is twenty working days. And our workers are flexible; they can work anywhere in the factory and on any equipment. If all of a sudden we get a spike in demand for Gortex outerwear, a labor-intensive product, we can shift more resources and take advantage of it.”"