Mostrar mensagens com a etiqueta mass customization. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mass customization. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, novembro 27, 2013

Industrie 4.0

Mão amiga fez-me chegar esta apresentação


Comecei a vê-la e parecia que estava a ver um resumo deste blogue:

  • 1. a importância da experiência para os clientes percepcionarem valor
  • 2. a personalização, a customização, Mongo e o Estranhistão
  • 3. a importância da proximidade e da autenticidade
  • 4. a internet of things (IoT)
  • 5. o controlo remoto... quando mostrar esta imagem a uma empresa que está a engonhar para lançar esta função para os empresários seus clientes
  • 6. a impressão 3D
  • 7. smart objects (not)
  • 8. o reshoring 
  • 9. regulamentação (not)
  • 10. a sustentabilidade
  • a digitização da produção
  • a produção flexível
  • a produção social, a partilha e aluguer
  • a exploração de big-data

sábado, junho 15, 2013

Isto é tão bom!!!

"In 1993, Don Peppers and Martha Rogers wrote “The One To One Future,” a revolutionary book about the idea of one-to-one marketing and its impact on the future of marketing.
...
If you haven’t gotten a chance to read this book, here are a few notable quotes:
A mass marketer tries to differentiate their products, while a 1:1 marketer seeks to differentiate their customers” (Moi ici: Profundo!!! Começar pelos clientes-alvo e apostar tudo na diferenciação via interacção, via co-design, via-co-produção, via co-criação, via co-... é o regresso em força do alfaiate e da modista (e aqui também))
It is information about individual consumers that will keep a marketer functioning in the 1:1 future. (Moi ici: Clientes individuais... olhar na menina dos olhos, ter dupla precaução relativamente às estatísticas e seus fantasmas) Without individual information, as opposed to market or segment information, 1:1 marketing would not be possible.
Peppers and Rogers wrote about the need to track people, and talk to people on a 1:1 basis before the technology ever existed. Despite what some people might claim, marketing automation didn’t exist until 1999. Keep in mind, this quote from Peppers and Rogers was published in 1993:
When individual consumer information is added to the equation as an asset, the competitive battleground shifts. Using individualized information, you can achieve economies of scope, which can make your competitors’ economies of scale relatively less decisive."" (Moi ici: Mais uma vez - PROFUNDO!!!! e tão, tão actual)
Trechos retirados de "Best B2B Marketing Ideas from 1993"

domingo, maio 12, 2013

A estabilidade é mesmo uma ilusão (parte III)

Na sequência de "A estabilidade é mesmo uma ilusão (parte II)" (Parte 0 e parte I).
"IT'S been one of the hottest economic questions for at least the last few decades: what sort of jobs will provide a comfortable, secure, middle-class lifestyle for the next generation of Americans?"
Qual seria a resposta se fosse procurada neste blogue?
"future “good” middle-class jobs will come from the re-emergence of artisans, or highly skilled people in each field. Two examples he mentioned: a contractor who installs beautiful kitchens and a thoughtful, engaging caregiver to the elderly. He reckons the critical thinking skills derived from a liberal arts education give people who do these jobs an edge. The labour market will reward this; the contractor who studied art history or the delightful caregiver with a background in theatre will thrive.
.
This is consistent with a shift in the labour market I've observed. It seems the market now rewards individual more than firm-specific capital. That's economic jargon for the idea that it's better to be really good at your job than merely good at being an employee. There's less value in being the company man; you must be your own man possessing a dynamic skill set applicable in a variety of ways.
...
What Mr Katz describes is a world where a good job is not lifetime employment, where your employer takes care of you from age 20 until death (with a very generous pension). He describes people responsible for their own economic destiny. That may seem unsettling, because the old regime appeared to offer more stability, though that stability may have been an illusion. Actually the new way may offer more certainty because people look out for themselves, rather than being vulnerable to changes that impact their employer. The nature of work constantly evolves. The company man was a post-war construct. The self-sufficient artisan is actually more consistent with historical labour markets.
...
But in order to build your human capital and be that modern, competitive worker it seems you must believe you're a little special. The company man was content to be a cog in the machine, the modern worker must take pride in his talents.
...
Believing you're exceptional and in control maybe a necessary characteristic of modern workers. But it must be balanced with realistic expectations and humility. It's not enough to take pride in what you do; modern workers must be open to applying their skills in a variety of different and ever-changing ways"
Se vamos a caminho de Mongo (o Estranhistão), se "we are all weird", se o futuro passa pela co-criação e pela co-produção, se o futuro passa pela customização e personalização, então, o futuro são os artesãos. O futuro é voltar ao passado, é desmassificar a produção, é olhar para a segunda metade do século XX e perceber o "post-war construct" como uma anormalidade histórica a que nos habituamos e que temos medo de abandonar porque é a conhecida.
.
Trechos retirados de "The return of artisanal employment"

sábado, maio 04, 2013

Pós-Magnitogorsk

Nada de novo no texto que se segue. Escreve-se sobre isto aqui no blogue há vários anos. O que é novidade é encontrar isto escrito num jornal português:
"No essencial esta nova fábrica, apropriadamente intitulada "NextFab", consiste num conjunto de máquinas, várias de base digital mas outras não, com as quais é possível fabricar praticamente tudo. Tem similaridades com os chamados FabLabs, uma invenção do MIT, mas com uma variante importante. A componente digital, crítica nos FabLabs, não é aqui determinante.
...
Na indústria convencional (Moi ici: Produção em massa, modelo do século XX) as máquinas são concebidas para cumprirem uma única e repetitiva função. Cada nova produção exige normalmente uma reconfiguração importante da maquinaria e dos processos. Ao invés, neste novo tipo de fábrica pode fazer-se em simultâneo uma bicicleta, um saca-rolhas, uma camisola ou desenvolver um novo polímero. As máquinas são muito versáteis e de elevada capacidade combinatória. (Moi ici: Produção customizada em Mongo, peças únicas, pequenas séries, produção para uso próprio)
...
A nova fábrica é acessível a qualquer pessoa, quer na modalidade de auto-produção, em que o próprio opera os equipamentos, ou contratando pontualmente um serviço de assistência. (Moi ici: Prosumers, os artesãos de Mongo - todos nós) O modelo de negócio segue estas ideias e é por isso bastante original. Assenta numa carteira de associados que, através do pagamento de uma cota incomparavelmente menor do que o investimento em causa, utilizam livremente e sem mais custos todos os equipamentos. Estes são portanto partilhados e utilizados de forma bastante mais eficaz e produtiva do que é habitual. A propriedade exclusiva não é económica nem muito inteligente. Uma máquina, um qualquer equipamento ou, por exemplo, o nosso carro estão na maior parte do tempo parados. Não faz qualquer sentido. A partilha é muito mais lógica e eficaz. (Moi ici: Os modelos de negócio assentes na partilha e no aluguer)
...
O gosto muda velozmente, a inovação constante altera comportamentos e necessidades, os problemas sociais, ambientais e económicos crescem em complexidade. Faz cada vez menos sentido continuar a produzir em massa, quando as pessoas desejam diferenciação. Faz cada vez menos sentido impor uma determinada solução quando as pessoas gostariam de poder escolher, desenhar, conceber a sua.
.
Existem para além disso problemas concretos que exigem uma mudança. A produção em massa gera imensos desperdícios, precisa de enormes áreas de armazenagem, requer uma sofisticada e onerosa rede de transportes. É, além do mais, ambientalmente insustentável. Por isso as fábricas do futuro terão forçosamente de ser muito diferentes.
...
A indústria do futuro será ligeira, dispersa, diversificada e sobretudo acessível. Os equipamentos pesados, as grandes linhas de montagem irão dando lugar a pequenos centros de produção que funcionarão ao virar da esquina. Os poluentes e inacessíveis complexos industriais tenderão a desaparecer. Assistiremos a uma espécie de regresso da pequena oficina de bairro, só que altamente sofisticada e, mais importante, à disposição de todos. Isto vai mudar muito o universo produtivo e é melhor estarmos todos preparados. Depois não digam que não avisei."
Agora imaginem  o mundo de possibilidades que se abre...
.
´As Magnitogorsk do século XX absorveram as pessoas expulsas da agricultura. Agora, com o fim dessas Magnitogorsk voltaremos ao mundo não normalizado, ao mundo diversificado, ao mundo da produção dispersa e próxima do consumo. voltaremos a um mundo com menos empregados por conta de outrém. Small is beautiful!
.
Trecho retirado de "Nova indústria".

segunda-feira, março 18, 2013

As forças que nos afastam do século XX (parte II)

Parte I.
.
A primeira força que Krippendorff cita é uma velha conhecida deste blogue:
"1.The Erosion of Economies of Scale
.
Previously, a company that wanted to create a new product would have to invest millions to build or retool the factory. Today that company can go to Alibaba.com and find a manufacturer ready to provide the product with minimal incremental cost. In other words, with a few mouse clicks and e-mails, an entrepreneur today can achieve the economies of scale that used to require months of planning and millions of dollars.
...
The way to wealth was once to build a factory so big that no one could match your investment; to standardize parts and platforms so that no one could touch your volume; to establish a brand so widely recognized that no one could afford to pull customers away. For more than a century, industrial conglomerates have depended on such economies of scale to keep their competition at bay. Today that advantage is eroding. Even in production-heavy industries, of which there are fewer, factories grow smaller, more specialized, and they are easily turned on and off. Products grow more customized, turning standardization into liability. Niche brands pop up and, at very little cost, pick off small segments of the market from incumbents who invested decades in building mass loyalty. A new form of competition that draws strength from sources other than scale is emerging."
Trecho retirado de "Outthink the competition" de Kaihan Krippendorff

quinta-feira, dezembro 20, 2012

"Custom Nation" e Mongo

"As we, get deeper into the 2010s, the most successful companies in every industry in the United States - from food to fashion - are ditching mass production in favor of customization. This shift is so enormous and all-encompassing that it ultimately promises to define the coming decades as powerfully as the Industrial Revolution defined the 19th and 20th centuries. It is 2012, and we are at the beginning of the 21st century's Custom Revolution.
...
America is becoming a nation of customizers. And the one new rule for successful businesses across the country is simple: Customize for your clients. ... Customization is completely changing the way we do business,
...
In the 20th century, conventional wisdom was that customization was a bad business model for anything, except a small niche seller because it was expensive and slow. But that was so last century. Today, forget everything you thought you knew about customizing.
...
Companies with completely custom business models are popping up everywhere and breaking \that used to be thought of as a glass ceiling for customizers: the billion-dollar mark.
...
For would-be entrepreneurs, the custom business model is the new gold rush.
...
"Customization isn't just a trend," I said. "It's the new way Americans are going to do business. It's the new mass production. By the year 2040, everything we consume - food, clothing, cars, advertisements, trips abroad - will be customized to meet our exact desires. Everything. I'm willing to put money on it." 
Esta "Custom Nation" não é mais do que uma designação alternativa para o que apelido aqui de Mongo.
.



TRechos retirados do 1º capítulo de "Custom Nation: Why Customization Is the Future of Business and How to Profit From" de Anthony Flynn e Emily Flynn Vencat.



sábado, outubro 20, 2012

Alfaiates de máquinas

Ontem, numa empresa, ouvi estas saborosas palavras:
"Somos alfaiates de máquinas!
Não somos um supermercado de máquinas!
Estudamos o seu caso e oferecemos uma solução adequada à sua realidade!"
 E são mesmo!!!
.
E regressei a Outubro de 2011 com "O regresso do "alfaiate" e da "modista"" (parte I e parte II)

sexta-feira, outubro 19, 2012

Em busca de um pouco de realidade

Um excelente artigo sobre Mongo, sobre as vantagens competitivas de um povo informal, com uma cultura de artesanato e pouco propenso a padronizações e produções em massa "The Story Behind The Stuff: Consumers' Growing Interest In "Real" Products":
"Sure, your sweater might be genuine wool. But can you trace its fibers back to the very sheep from which it was shorn? This is the granular level of "realness" consumers now increasingly seek. What is your company doing about it?"
Em Magnitograd, paradigma do modelo de produção do século XX, a produção é em massa... imaginem linhas de montagem a "vomitarem" milhões de produtos indistintos, sem mácula, cheios de "qualidade = cumprimento integral das especificações".
.
Em Mongo temos a revolta contra a padronização, contra a superficialidade... quem produziu? De que sobreiro veio a cortiça desta rolha? Quem foram as pessoas que pisaram as uvas deste vinho? Posso ver a sua cara? Posso ser um dos que pisa o vinho?
"There’s evidence all around us--whether it’s watching someone gush over the sleek design of a new phone and then seek out the perfect hand-carved, petrified-jungle-wood case to put it in, or the proliferation of farmers markets in big cities--people are looking for, and need, realness. There is a powerful urge to get in touch with what they believe is a more “real” world, and it’s leading us to a place where signs of realness take on greater value"
Como escrevi na passada quarta-feira é para este mundo que a PME-tipo portuguesa se deve virar, um mundo mais caótico... estou a escrever isto e estou a visualizar o trânsito num cruzamento, numa cidade da Índia ou do Vietname, para um outsider parece caótica... mas não há nem um acidente e o trânsito flui misteriosamente.
.
Um mundo mais caótico mas um mundo onde o nosso ADN cultural, o nosso desenrascanço, a nossa tradição de comerciante estão como peixe na água.

domingo, setembro 16, 2012

O desafio da proliferação (parte I)

Assim como o morcego desenvolveu o sonar, assim como o leopardo desenvolveu as suas pintas, assim como o rinoceronte desenvolveu a sua couraça, os humanos desenvolveram a economia.
.
A economia e a biologia tratam da mesma coisa.
"Spencer’s principle of “the instability of the homogeneous” (Spencer 1900). Given a homogeneous object, different accidents will happen to different parts of it, producing a heterogeneous object, (Moi ici: A metáfora da Torre de Babel) or, in the terms we develop in this book, a more complex one." 
...
"The history of life presents three great sources of wonder. One is adaptation, the marvelous fit between organism and environment. The other two are diversity and complexity, the huge variety of living forms today and the enormous complexity of their internal structure. Natural selection explains adaptation.
...
E fazendo lembrar a evolução da  Dr Kid (reposicionamento) e das árvores cladísticas:
"Diversity and complexity could also be mutually reinforcing. As species diversity increases, niches become more complex (because niches are partly defined by existing species). The more complex niches are then filled by more complex organisms, which further increases niche complexity, and so on."
...
"In any evolutionary system in which there is variation and heredity, there is a tendency for diversity and complexity to increase, one that is always present but may be opposed or augmented by natural selection, other forces, or constraints acting on diversity or complexity."
Trechos retirados de "Biology's First Law - The Tendency for Diversity & Complexity to Increase in Evolutionary Systems" de Daniel McShea e Robert Brandon.
.
Continua.

terça-feira, agosto 21, 2012

O jogo está sempre a evoluir à medida que se joga

Um interessante artigo sobre Mongo: "Born in the USA".
.
Primeiro, uma frase inicial que atrai logo um "contrarian" como eu:
“In the investment business my mantra was, When everyone else is doing something, you don’t want to go that route,”
Depois, o tema do regresso dos clientes:
"Whether referred to as reshoring or insourcing, the return of U.S. manufacturing is emerging as a serious topic in the national conversation. ... A recent report by the Boston Group, a consulting firm, notes that more than a third of large U.S. companies plan to return some production to the United States, or are at least considering it. Meanwhile, U.S. manufacturing jobs, long in decline, have actually rebounded since 2010.
Whether it’s because of rising Chinese labor costs, the increasing value of China’s fiercely protected yuan, the desire for nimbler supply chains, or simply a need to guard against patent theft, some companies are finding U.S. manufacturing to be not only possible but profitable."
Segundo, uma frase que deveria fazer reflectir muita gente em Portugal, nas empresas, nas associações sectoriais, nos sindicatos, nos partidos políticos e nos governos:
“I don’t know if it’s going to be long term or sustainable, but I’ll say this: sourcing execs know that the era of low-cost labor—of just being able to throw more labor hours at a problem - is over.”
Depois, o factor que há mais anos defendemos aqui no blogue, para potenciar a manufactura em Portugal, a proximidade:
"“The reasons why companies reshore is they want to make more money,” says Sirkin. “They make more money because they’re closer to their customers and can supply them more quickly.
...
The parts are plucked from the bins and assembled and shipped the same day. “You know why this is possible?” says Chevalier. “Because we make it right here.
.
So-called mass customization is one of the value-added things you can offer by having production close at hand. Giving the customer the power to control the creation of his product is a kind of parable for the company’s relationship with its suppliers.
...
We can produce smaller batches, we can control our inventories better, and we can take care of problems as they arise because the batches are more isolated.”"
Por fim, uma mensagem para os que só fazem contas:
“It’s a false economy,” says Emerson, though he still hasn’t written off China as a manufacturing option. “The product was 10 percent less in China, but what’s the total cost of that product if, at the end of the year, I didn’t make any money on it?”
Infelizmente, demasiadas empresas estão de braços cruzados à espera de serem contactadas pelos clientes... têm de perceber o conceito da batota. Quando se joga um jogo, tem de se perceber que o jogo não se mantém constante eternamente, o jogo está sempre a evoluir.
O que as empresas devem fazer é fazer batota. Evoluírem elas próprias para os clientes, para os produtos, para os canais, para os preços, para os ecossistemas onde as suas particularidades brilham e fazem a diferença.
.
Como é que a sua empresa pode fazer batota para aproveitar este retorno dos clientes?

sábado, agosto 04, 2012

Perplexidades

Ás vezes encontro artigos produzidos pela academia com afirmações que violam a realidade que percepciono  na minha vida profissional. Será que sou eu que não percebo, que não interpreto bem esses artigos, ou será que eles são escritos por pessoas, bem intencionadas, mas muito longe da realidade?
.
Um exemplo recente é este "Competitive E ffects of Mass Customization" de Oksana Loginova . E começa logo no resumo do artigo:
"The existing theoretical literature on mass customization maintains that customization reduces product diff erentiation and intensifi es price competition. (Moi ici: Ao arrepio da minha experiência profissional) In contrast, operations management studies argue that customization serves primarily to diff erentiate a company from its competitors. Interactive involvement of the customer in product design creates an aff ective relationship with the fi rm, relaxing price competition."
O autor repõe a minha sanidade mental quando afirma mais à frente:
"I show that customization increases product diff erentiation, leading to less intense price competition."
Como é possível que a literatura teórica suporte essa ideia de que mais customização leva a mais competição pelo preço? (Começo logo a imaginar os académicos que saltam da academia para os governos... gente perigosa)
.
Se os clientes são diferentes e têm gostos diferentes,  a estrutura optimizada de uma empresa para competir num dado mercado, dificulta a sua competição noutro mercado... (velho Gause)...

domingo, julho 29, 2012

Mais um exemplo da micro-economia

O que me chamou a atenção foi:
 "É muito importante pelo que pode trazer à nossa marca de roupa desportiva personalizada."
Roupa desportiva personalizada...
.
E o que encontrei foi uma história da micro-economia:
"O gosto de Luís pela área do desporto vem do tempo em que dividia o tempo entre as aulas e o trabalho na antiga empresa têxtil do pai, em Barcelos. Produzia roupa desportiva para alguns clubes de futebol e foi ganhando know-how. O curso de Marketing e os dois anos de pós-graduação em Propaganda, no Brasil, também ajudaram a desenhar a marca. Dinheiro, não precisou de muito: investiu seis mil euros em burocracia e maquinaria para tratamento de imagem e tecidos. Recuperou as máquinas de costura e a secção de corte de um amigo e arrendou a fábrica em Balazar, onde lidera a área administrativa e comercial. As encomendas não tardaram: além dos Paralímpicos, fornece a Federação de Ginástica de Portugal e já exporta para a Federação de Basquetebol espanhola e para o clube de basquetebol de Badajoz."
Longe dos media, há gente assim, gente anónima que persegue um sonho, que agarra uma paixão e cria o seu espaço, cria o seu nicho.
.
Interessante o vector escolhido para a divulgação:
"Uma das preocupações desta marca foi sempre a colaboração com outras instituições tendo desenvolvido parcerias com algumas organizações de formação de atletas."
Como será o canvas desta empresa?
.
Trechos retirados de "Ele veste os atletas dos Paralímpicos" e do sítio da empresa.

sexta-feira, maio 25, 2012

Pensamento estratégico

"It could outsource to China itself, so as to make its furniture more economically.  Alternatively, it could continue to produce in the USA, but try to differentiate its product so as to justify a significant price premium.  The latter strategy can be very successful in some product categories, but it has been difficult in a category such as furniture. ... Mass customization might help support a hefty price premium. In all these cases, the company relying on outsourcing has a disadvantage, as they will be counting on large production runs of standardized products to take advantage of economies of scale. Stanley could sacrifice those economies in return for providing the customer some benefits for which they would pay enough of a premium to offset the higher manufacturing costs. Such a strategy comes with some risk, but given that Stanley cannot compete on cost with Asian manufacturers, it may be the only way to go."
Depois, esta outra "Empresas "obrigadas" a exportar":
"a crise interna fez com que as empresas tivessem de se virar para os mercados externos." ("As exportações de rochas ornamentais aumentaram 28%, no primeiro trimestre deste ano")
Por fim, "Design - A tradição renova-se":
"Portugal tem tradição no fabrico de mobiliário, mas é mais difícil associar o nome do país a peças de "design" nesta área.  ... o design e a indústria são dois conceitos que durante muitos anos não andaram de mãos dadas ... produzir peças exclusivas dirigidas a um mercado de topo. ... Focar as atenções nos segmentos mais elevados permitiu  contornar a concorrência baseada no preço"
 (Interessante sobretudo a história da Tapeçarias Ferreira de Sá, com pensamento estratégico: clientes-alvo, posicionamento e resultados (crescimento de 22% em 2011 e 12% já este ano... Aranha, depois da conversa de ontem à noite...)

sábado, abril 21, 2012

A terceira revolução industrial

A revista The Economist traz esta semana um "Special Report" sobre a Terceira Revolução Industrial.
.
É com uma agradável sensação de dejá vue que sublinho aqui algumas das mensagens da revista e que já fazem parte da mensagem deste blogue há muitos anos.
.
Na verdade o "Special Report" é sobre marcadores como:

  • printer 3D
  • Mongo
  • Flexibilidade
  • 3ª vaga
  • prosumer
  • electronic cottage
  • rapidez
  • inshoring
  • mass customization
  • we are all weird
Pessoalmente acrescentaria ainda o tema das experiências.
.
É um mundo novo, um mundo de empreendedores, de artistas, de designers, de artesãos, de pequenas empresas, de pequenos produtores especialistas. Um mundo muito mais diversificado, muito menos uniformizado, muito menos "normal", com muitas mais oportunidades, muito mais dinâmico.
"Now a third revolution is under way. Manufacturing is going digital. As this week’s special report argues, this could change not just business, but much else besides." (Moi ici: Claro, que muita coisa vai mudar, os movimentos pendulares de transporte para o emprego desaparecem, muitas fábricas e empresas de serviços como as conhecemos vão desaparecer, as relações laborais a que estamos habituados vão desaparecer, o comércio, a produção, a distribuição, o ensino, tudo revolucionado, tudo em divergência acelerada de um padrão uniformizador... até a cobrança de impostos vai ter de ser repensada)
...
"The factory of the past was based on cranking out zillions of identical products: Ford famously said that car-buyers could have any colour they liked, as long as it was black. But the cost of producing much smaller batches of a wider variety, with each product tailored precisely to each customer’s whims, is falling. The factory of the future will focus on mass customisation—and may look more like those weavers’ cottages than Ford’s assembly line." (Moi ici: Recordar este postal  de 2006 com o exemplo da Canon. Contudo, ainda vou mais longe do que o artigo; existirá fábrica do futuro? Não será antes atelier do futuro? As fábricas do futuro não estarão nas nossas casas, ou garagens, ou ...? )
...
"The geography of supply chains will change. An engineer working in the middle of a desert who finds he lacks a certain tool no longer has to have it delivered from the nearest city. He can simply download the design and print it. ... New materials are lighter, stronger and more durable than the old ones. ... New techniques let engineers shape objects at a tiny scale. ... And with the internet allowing ever more designers to collaborate on new products, the barriers to entry are falling. Ford needed heaps of capital to build his colossal River Rouge factory; his modern equivalent can start with little besides a laptop and a hunger to invent. Like all revolutions, this one will be disruptive. Digital technology has already rocked the media and retailing industries, just as cotton mills crushed hand looms and the Model T put farriers out of work. Many people will look at the factories of the future and shudder."  
Num outro artigo do relatório, "Back to making stuff":
"“Instead of a giant, purpose-built plant to supply the global market, you could imagine smaller, regionalised plants,” says Mr Sofen. Such factories could respond more rapidly to local demand, especially if a pandemic were to break out."
Num outro artigo do relatório, "All together now":
"Just as digitisation has freed some people from working in an office, the same will happen in manufacturing. Product design and simulation can now be done on a personal computer and accessed via the cloud with devices such as smartphones, says Mr Rochelle of Autodesk, the Silicon Valley software company. It means designers and engineers can work on a product and share ideas with others from anywhere. What does this do for manufacturing? The way Mr Rochelle sees it, “it means the factory of the future could be me, sitting in my home office.”"
 Depois disto tudo... estão já a imaginar os pedidos de ajudas, subsídios, barreiras protectoras, toda a parafernália do costume que os incumbentes vão invocar para serem protegidos pelos governos?




quarta-feira, março 28, 2012

O anónimo engenheiro da província pensava...

O anónimo engenheiro da província, ao começar a ler este artigo "O dia seguinte" de Vítor Bento no Diário Económico de hoje interrogou-se:
"O ajustamento da economia segue o seu curso e será concluído mais cedo ou mais tarde. É preciso, portanto, começar a pensar no dia seguinte, ou seja, na promoção do crescimento económico sustentado."
O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que nós já estávamos a viver o dia seguinte. Pensava que, quando se deixa de torrar dinheiro dos contribuintes futuros, para manter a funcionar as 16 empresas de construção que estão a a encerrar por dia desde o início do ano, por exemplo, já se estava no dia seguinte a preparar activamente a economia do futuro.
.
O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte, que a tal economia sustentada, já estava a ser promovida e estimulada pela ausência do Estado.
.
O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte já estava a ser construído activamente ao ver onde é que há meses a fio se está a criar emprego líquido em Portugal.
"Um tal desenvolvimento terá que assentar fundamentalmente na iniciativa privada e, sobretudo, no investimento estrangeiro, dada a escassez de capital nacional."
O anónimo engenheiro da província recomenda a leitura de  "Trade and industrialisation after globalisation’s 2nd unbundling: How building and joining a supply chain are different and why it matters", a globalização mudou o mundo, já não se monta uma indústria pesada à antiga na Europa para servir a Europa, agora monta-se uma indústria pesada num continente para servir o mundo inteiro... onde é que a localização Portugal é/pode ser uma vantagem?
"Mas não poderá deixar, até pela dimensão e complexidade do desafio, de caber ao Estado um importante papel orientador e facilitador.
 O anónimo engenheiro da província recorda sempre aquele dia em 2005 em que um senhor de cabelo grisalho proferiu aquelas famosas palavras:
"Espanha!Espanha!Espanha!"
Basta recordar a montra que são os programas sucessivos "Prós e Contras" na RTP para ter uma ideia do que é a elite pensadora lisboeta... "um importante papel orientador e facilitador"? O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte constrói-se mais depressa quando o Estado sai da frente, não empecilha, não chateia, não atrasa, não privilegia, não orienta... o diletante lisboeta que acabou de saltar da carruagem das PPPs quer apanhar agora a carruagem da Economia do Mar, ou a da ligação ferroviária de mercadorias, ou a da energia das ondas, ou um cluster criado em laboratório (mesas de almoço) de algum banco de algum "puppet maker"?
.
O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte se construía quando o senhor João, outro anónimo, empenha alguns bens para poder financiar a ida a uma feira no Rio Grande do Sul apresentar o produto da sua fábrica. O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte se construía quando uma reunião é adiada porque os dois gerentes de uma outra empresa anónima vão visitar clientes à África do Sul. O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte se construía quando outro gerente decidia alargar o seu mercado doméstico e abria um escritório em Espanha. O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte se construía pelos anónimos que construíram o  molde do tamanho de um T0 que passou por mim ontem na estrada em cima de um camião.
.
E para terminar:
"E também estou convencido de que a ineficiência económica do País - expressa na sua relativamente baixa produtividade média - oferece, paradoxalmente, uma enorme oportunidade. De facto, muito da baixa produtividade da economia resulta de estar demasiado assente em pequenas e médias empresas. Embora habitualmente apresentada com um certo romantismo, esta realidade assenta em processos de produção com escala demasiado baixa para operar num mundo globalizado e em processos de trabalho pouco eficientes.
Fazer o mesmo, muito melhor - concentrando ou criando empresas maiores, para aumentar a escala de produção, e optimizar os processos de trabalho - permitirá, em pouco tempo, um enorme progresso na produtividade média e na satisfação das aspirações de melhoria social."
Eheheh
.
O anónimo engenheiro da província sobre isto é muito parcial, e se estivesse a trocar estatísticas com Vítor Bento dava uma kabazada.
.
Sim, ok, o anónimo engenheiro de província tem a sua panca lá com a história de Mongo... mas olhem para as estatísticas, todos os sectores de capital nacional que estão a dar cartas na exportação passaram por fugir das grandes escalas de produção... basta olhar para as lições dos adeptos da concorrência imperfeita.
.
Vítor Bento quando pensa em aumento da produtividade pensa, como quase todos os economistas, em produzir mais depressa, em produzir com menos desperdícios, o mesmo tipo de produto. Se ele aprendesse o que é que acontece à produtividade quando se altera a tipologia do que se produz... teria uma surpresa.
.
O anónimo e ingénuo engenheiro da província propõe uma outra abordagem, pensar como David, não como Saul ou como Golias.
.
E, para terminar, um artigo que ando para comentar, mas que encaixa muito bem aqui, "The Commoditization of Scale":
"The competitive advantages of scale are being commoditized. Minimum efficient scale is getting smaller and smaller.
So what's the solution? Accept that everything becomes commoditized. Develop a strategy that doesn't simply rely on being the biggest. Develop a strategy — a difficult to replicate, cogent set of practices in an industry — that assumes everyone will have the advantages of being the biggest. Get to know your customers. Develop a vision of the future. Build things that people want. Realize that everyone will have access to scale.
...
Sustainable differentiation, the key to competitive advantage in Porter's mind, can no longer be achieved through scale."
Num mundo em que assistimos ao início da democratização da produção com as impressoras 3D, num mundo em que a customização triunfa, num mundo em que cada vez mais há mais pessoas weird ("We are all weird") do que pessoas normais... a escala foi chão que deu uvas.
.
Mas isto são as reflexões de um optimista inveterado, um anónimo engenheiro de província que tem a sua sanidade mental assegurada com vacinas constantes proporcionadas por tantos e tantos empreendedores anónimos com que contacta durante o seu trabalho missionário, a divulgar o Evangelho do Valor, que não querem é ter o papá-Estado sempre a querer dizer-lhes o que devem fazer e onde devem investir.

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Mongo de braço dado com a batota

"consumers are moving away from conspicuous consumption and instead are spending more on digital experiences, both digital and physical (Moi ici: As experiências durante a compra fazem parte do campeonato da batota)
...
This consumer trend towards ‘experiential retailing’ also lends itself quite well to the online mass customisation space.  (Moi ici: A mass customization é o campeonato de Mongo)  Why would you want to buy a normal pair of shoes when you can have the experience of designing your own shoes and having them made for you? Why settle for off the rack shirts and suits when you can design these too? There are a number of great companies providing this service, such as Joe Button, Blank Label, YouTailor and Indochino, that are all doing well. And why settle for a standard chocolate bar when you can select your own ingredients?
.
Mass customisation is no longer just a small business - NikeID turned over $100M in revenue in the niche category of custom sneakers last year (I love their product)!
.
.
Recordando este postal "It's not the euro, stupid! (parte I)", a solução para o comércio tradicional resistir à grande distribuição não é a redução de custos, não é competir ombro a ombro no preço mais baixo. A solução é inovar, fazer batota e proporcionar experiências.

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Ainda acerca da estratégia

"First, you must choose a distinctive value proposition. Which needs will you serve, which customers, at what relative price? Have you staked out a positioning that's different from rivals? (Moi ici: Quem são os clientes-alvo? Como podemos conjugar aquilo em que podemos fazer a diferença, com as preferências de um grupo com o qual parece fazer sentido desenvolver relações?)

Second, and far less intuitive, you must choose to tailor your activities to that value proposition. Competitive advantage lies in the activities, in choosing to perform activities differently or to perform different activities than rivals. These ultimately are the choices that result in a company's ability to charge premium prices or to operate at lower cost. (Remember, we're talking about quantifiable performance.) (Moi ici: O truque de construir um mosaico de actividades)

The third test of strategy, making trade-offs, may well be the hardest. It means accepting limits — saying no to some customers, for example, so that you can better serve others. Porter explains why trade-offs are an important source of profitability differences among rivals, and why trade-offs make it difficult for rivals to copy what you do without compromising their own strategies. The essence of strategy, says Porter, is choosing what not to do.  (Moi ici: E Terry Hill sobre as encomendas mais importantes)

Fit is the fourth test. Great strategies are like complex systems in which all of the parts fit together seamlessly. Each thing you've chosen to do amplifies the value of the other things you do. That's how fit improves the bottom line. It also enhances sustainability. Says Porter, "Fit locks out imitators by creating a chain that is as strong as its strongest link."  (Moi ici: Esta é a base que suporta a explosão de variedade de Mongo. Quanto mais díspares são as "personas" no mercado, e quanto mais fácil se torna a customização, o serviço à cauda longa, mais hipóteses de mosaicos diferentes, autónomos, auto-sustentáveis surgem... e, como tão bem quantifica Byrnes e ilustram as curvas de Stobachoff, é perigoso para a saúde de uma empresa querer ir a todas e servir todo o mundo)

Continuity is strategy's fifth test. While managers are often berated for changing too slowly and too little, it is also possible to change too much, and in the wrong ways. Faced with the latest New Thing, managers must choose whether to embrace it or not. Continuity of strategy helps companies to make good choices about whether and how to change in the face of turbulence. Good choices will strengthen tailoring, sharpen trade-offs, and enhance fit. (Moi ici: Constância de propósito, alinhamento)
.

quinta-feira, outubro 20, 2011

Internet sem co-criação, sem diferenciação, sem inovação...

"AI: What should the apparel industry be wary of when incorporating digital technology within their business strategy?
.
JP: The number one watch-out is to not commoditize yourself — to use technology in ways that lessens differentiation and focuses your customers on price, price, price. That’s primarily what moving to the Web has done for most companies, (Moi ici: Internet sem co-criação, sem diferenciação, sem inovação... é um convite para a commoditização acelerada) for on the Web consumers can instantly compare prices from one vendor to the next, and that will tend to push down prices to the lowest possible point. I believe Augmented Reality offerings such as Google Goggles and Shopkick will tend to have this effect as well, and the remedy is to focus on the experiences consumers have rather than the prices of the products.
...
AI: If you could give the apparel industry one piece of advice what would it be?
.JP: Let me go back to something I mentioned earlier — indeed, something I first wrote about in 1993! — and say all apparel companies should mass customize their offerings. For two reasons: on the demand side, recognize that every body is unique, and people deserve to get exactly what they need and want at a price they are willing to pay. And on the supply side, there is tens of billions of dollars of pure economic waste in the apparel industry, as companies make items they think consumers will want in sizes, quantities, and varieties that the forecasts always get wrong.
.
Not to mention that helping consumers figure out what they want exactly can yield one heckuva engaging experience."
.
Ou seja, ou continuamos no mesmo registo e temos de acelerar o processo de diferenciação, a caminho das 52 épocas por ano. Ou nos concentramos na experiência individual de cada um.
.
Em qualquer dos casos a produção massificada não é a única alternativa para competir e o custo mais baixo não é condição necessária para ser competitivo.
.
Trecho retirado de "Master of the Digital Age"
.


terça-feira, outubro 18, 2011

O que se aprende com a mass customization

"What Mass Customization and Footwear can Teach Other Industries
.
Certainly, if there are peculiarities, there are also many factors that can be regarded as common to other sectors, such as:
  • new differentiation possibilities
  • value competition instead of price
  • reduced planning risk, increased flexibility
  • new cost structures
  • reduction of inventory, fashion risk
  • new dimensions of shopping experience
  • customer knowledge
  • lead user information
  • access to ”sticky information”
  • higher market research efficiency.
These topics, if well exploited, can turn into highly valuable competitive assets both for shoe making and in general."
.
Trecho retirado de "Mass Customization and Footwear: Myth, Salvation or Reality? - A Comprehensive Analysis of the Adoption of the Mass Customization Paradigm in Footwear, from the Perspective of the EUROShoE (Extended User Oriented Shoe Enterprise) Research Project" de Claudio R. Boër e Sergio Dulio.
.
Mass customization = Mongo
.
Estão a ver o que Mongo nos vai trazer?