quarta-feira, setembro 25, 2013
A guerra das moedas
.
Pela Europa há quem pense o mesmo "Um euro mais fraco para uma Europa mais fraca". Entretanto, "Contas externas: (bastante) boas notícias em Julho...".
quinta-feira, maio 16, 2013
Condenados pelos limites que nós próprios criamos para nós mesmos
.
Um texto que pode ser relacionado com o que aqui vamos escrevendo há anos e anos sobre a "batota" (ver marcador). Um texto que pode ser relacionado com o recente ""Não veja televisão. Não veja as notícias! São um veneno!""
"Then he ends your frustration and points out you've been tricked by your own limits, because, of course, there's nothing in the rules that says you can'tAgrilhoados, algemados, presos, amedrontados, enterrados, paralisados, condenados pelos limites que nós próprios criamos para nós mesmos, ou aceitamos que uns "gurus" estabeleçam para nós próprios.
...
The thing is, this isn't the end. This is the beginning of the cheating,
...
People who have been online for awhile have seen this happen over and over, and yet hesitate to do it with their own problem. Not because it can't be done, but because it's not in the instructions. And the things we fear to initiate are always not in the instructions."
.
.
Quando a paisagem competitiva muda muito é preciso voltar a ser "criança" e ignorar as instruções, para fazer o reset ao modelo mental... good old Gonzales:
segunda-feira, outubro 01, 2012
and then some
"We rightfully add safety systems to things like planes and oil rigs, and hedge the bets of major banks, in an effort to encourage them to run safely yet ever-more efficiently. Each of these safety features, however, also increases the complexity of the whole. Add enough of them, and soon these otherwise beneficial features become potential sources of risk themselves, as the number of possible interactions — both anticipated and unanticipated — between various components becomes incomprehensibly large.Vem-me logo à mente "Eliminar o pivot - esse é o objectivo" e "Diagnosing “vulnerable system syndrome”: an essential prerequisite to effective risk management"
.
This, in turn, amplifies uncertainty when things go wrong, making crises harder to correct: Is that flashing alert signaling a genuine emergency? Is it a false alarm? Or is it the result of some complex interaction nobody has ever seen before? Imagine facing a dozen such alerts simultaneously, and having to decide what's true and false about all of them at the same time. Imagine further that, if you choose incorrectly, you will push the system into an unrecoverable catastrophe. Now, give yourself just a few seconds to make the right choice. How much should you be blamed if you make the wrong one?"
.
E, no fundo, é também o que se passa com as sociedades que se tornaram demasiado complexas para este nível do jogo e estão maduras para o reset e o recomeço num nível seguinte... Recordar Tainter:
"Tainter’s thesis is that when society’s elite members add one layer of bureaucracy or demand one tribute too many, they end up extracting all the value from their environment it is possible to extract and then some.
The ‘and them some’ is what causes the trouble. Complex societies collapse because, when some stress comes, those societies have become too inflexible to respond. In retrospect, this can seem mystifying. Why didn’t these societies just re-tool in less complex ways? The answer Tainter gives is the simplest one: When societies fail to respond to reduced circumstances through orderly downsizing, it isn’t because they don’t want to, it’s because they can’t.
.
In such systems, there is no way to make things a little bit simpler – the whole edifice becomes a huge, interlocking system not readily amenable to change."
Trecho inicial retirado de "Want to Build Resilience? Kill the Complexity"
quarta-feira, março 14, 2012
Tanto reset mental a precisar de ser feito
.
Durante o meu jogging, nos últimos dias, tenho encontrado vários pontos onde estão depositados postes deste tipo à espera de serem levantados e instalados.
.
Continuei a viagem e ao volante a minha mente recuou no tempo... lembrei-me de um gráfico que coloquei aqui no blogue em Setembro de 2007. Um gráfico que retrata o poder da inércia... o mundo muda, e os decisores continuam a decidir com o modelo mental que os enformou.
.
No município de Estarreja nos últimos meses tem-se cortado na iluminação nocturna em várias estradas em zonas rurais, penso que para poupar dinheiro. Por que renovar postes em zonas onde a luz está desligada?
.
Há um modelo mental a renovar, a precisar de um reset... não se perdia nada com a divulgação das 4 regras de Duilio Calciolari.
.
Estou a escrever isto aqui e agora na laboriosa cidade de Felgueiras e penso...
.
Também eu tenho de mudar de modelo mental.
.
.
Engraçado, desde 1995 que me preparei para esta situação do país. Para mim, anónimo engenheiro da província o que estamos a viver sempre esteve no horizonte temporal.
.
Agora, devo começar a preparar o cenário para o depois-disto-que-estamos-a-viver.
.
E a sua empresa? Que modelos mentais a enformam?
terça-feira, novembro 22, 2011
Tudo é serviço - Uma história sobre como Mongo se torna inevitável
.
Há anos que escrevo aqui sobre a importância da proximidade e da vantagem que as PMEs podem retirar desse factor.
.
Há anos que escrevo aqui que a vantagem mais importante das nossas PMEs é a flexibilidade que a sua localização permite, muito mais importante que a flexibilidade laboral (importante sem dúvida nos momentos maus). A proximidade tem o potencial de gerar relação, gerar troca, gerar conhecimento sobre o outro, gerar cooperação, gerar parceria.
.
"Most companies today are designed to produce high volumes of consistent, standard outputs, with great efficiency and at low cost. Even many of today’s services industries still operate in an industrial fashion. (Moi ici: A nossa luta constante contra o pensamento único, contra a batalha da eficiência à custa da eficácia, contra a superioridade do denominador (dos custos) em detrimento do numerador (do valor), contra a treta dos CUTs assumindo que a qualidade, os atributos do que se produz mantém-se constante)
...
Sure, many services require some level of production efficiency, but services are not processes. They are experiences. (Moi ici: Este "services are not processes" é poderoso e merece um postal só para ele, faz-me lembrar o ... greve de zelo) (Moi ici: Serviços são experiências! Quais são as experiências que os clientes-alvo procuram e valorizam? Recordam-se desta frase, tantas vezes repetida aqui no blogue?)
.
Unlike products, services are often designed or modified as they are delivered; they are co-created with customers; and service providers must often respond in real time to customer desires and preferences. Services are contextual – where, when and how they are delivered can make a big difference. They may require specialized knowledge or skills. The value of a service comes through the interactions: it’s not the end product that matters, so much as the experience. (Moi ici: Proximidade, intimidade, relações amorosas, relação, parceria... quem está a contar os cêntimos da eficiência acha tudo isto perda de tempo)
.
To this end, a company with a service orientation cannot be designed and organized around production processes; it must be designed and organized around customers and experiences. (Moi ici: Recordar, como abordamos o desafio estratégico? Primeiro, quem são os clientes-alvo? Segundo. que experiências desejam, procuram, valorizam? Tudo parte daí... o mosaico de actividades que constitui os processos existe para produzir as experiências, não para ser eficiente... ) This is a complete inversion of the mass-production, mass-marketing paradigm that will be difficult for many companies to adopt.
...
In product-dominant logic, production is the core of the value-creation process, while customer service is a cost to be minimized. But in service-dominant logic, products are the cost centers, and services become the core value-creation processes.
...
In the same way, a product can be considered as a physical manifestation of a service or set of services: a service avatar.
.
Products come with knowledge and services embedded within them.
...
Products aren’t just things. They are servants.
...
In a product-dominant world, value is exchanged in transactions between buyers and sellers. But in a service-dominant world, value is co-created by companies and customers working together. (Moi ici: Esta é, IMHO, a grande força por detrás do regresso dos clientes que foram para a Ásia, como aqui abordei em 2006, muito antes de se falar em crise e de aumento de salários chineses. Não se pode co-criar com gente do outro lado do mundo e, como sublinha Ghemawatt, com uma cultura tão diferente) This kind of exchange requires a relationship, and the product is only an intermediate step in the value-creation process.
...
Value is co-created: A company can’t create value. Value is only created through exchange. The customer must participate in defining and determining that value.
...
Co-created value requires a relationship: Products can play a role in relationships – even a key role – but products can’t have relationships. The relationship between a company and its customers develops gradually, as customers build trust in the company and its ability to deliver on their promises over time.
.
The product is an intermediate step, not an end in itself: Even after a customer buys a product, they must learn how to use it, maintain it, repair it, and enjoy it. If the company is lucky, they will like it enough to tell friends about it, educate others, promote it, buy additional services around it and so on.
.
A service-dominant world changes the game significantly. Service-orientation is a fundamental shift and creates opportunities for new business strategies, new sources of competitive advantage, new ways of interacting with customers, and new ways of organizing work."
.
Por fim, Dave Gray vai cair em... já adivinharam? Mongo!!!
.
"As if change wasn’t already difficult enough, service orientation for many companies will require a whole new approach to business partnerships.
.
Because services map to increasingly demanding customer preferences, companies must find ways to make them more granular, as well as easier to bundle with other services. Customers want services to be convenient for them, not for you."
.
BTW, para os políticos e todos aqueles que não fizeram o reset mental:
.
“This economic crisis doesn’t represent a cycle. It represents a reset. It’s an emotional, raw social, economic reset. People who understand that will prosper. Those who don’t will be left behind.”
sexta-feira, setembro 02, 2011
Retrato de um país doente
- "UGT quer aumentos entre dois e três por cento para 2012" e relacionar com "Conheço um grande sindicalista português que em privado tem uma conversa e com o microfone à frente faz um discurso bem diferente. Em privado, a conversa dele é quase igual à minha."
- "Mais de 450 trabalhadores dos Estaleiros de Viana partiram para Lisboa" mais impostos para pagar a (in)sustentabilidade de uma empresa.
- "Assunção Cristas garante ajudas para vitivinicultores afectados pela quebra de produção" a mamã vai ajudar os coitadinhos... qual a motivação para estes "empresários" aprenderem a melhorar a protecção das suas vinhas? Este país precisa mesmo da falência do Estado sem apelo nem agravo para poder fazer o reset.
Não esquecer o paciente irlandês "In contrast to Greece and Portugal, Ireland’s current account deficit is moving into a surplus. The rebound is explained partly by the multinational companies, chiefly US-owned, that use Ireland as a European base. But Irish policymakers have played their part, too." Por cá sobem-se os impostos às empresas, por lá, defenderam com unhas e dentes a sua fiscalidade face aos ataques da Alemanha... resultado... a confiança caórdica levou a melhor.
.
Por cá: por que é que o PSD argumentava, durante a campanha eleitoral, que descer a TSU era positivo? OK, agora no poder, o mesmo PSD não a quer descer porque não acredita no seu efeito... se ela fosse positiva ela própria contribuiria para o aumento da receita como fenómeno secundário.
.
“If you want to change the world, change the metaphor” escreveu Joseph Campbell e o governo actual não mudou a metáfora continua a de Sócrates, e, por isso, o seu espírito continua vivo.
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Factores abióticos que baralham a paisagem competitiva enrugada
.
Infelizmente, parece que ninguém nos mass-media, por cá, está atento ao que está a acontecer.
.
Ou seja, corremos o risco de não aproveitarmos, como poderíamos, o movimento em curso.
.
A comunicação social está tão concentrada nas empresas do regime, nos humores da Administração Pública, no futuro dos bens não-transaccionáveis, que lhe passa ao lado informação relevante para quem cria riqueza exportável.
.
Desta vez é na revista strategy+business, no artigo "Five Industries Hit the Reset Button".
.
O artigo, além de listar uma série de factores relevantes para o desenho de cenários hipotéticos inclui este pormenor que devia ser debatido, estudado e aproveitado a nível das associações empresariais deste país:
.
- "Reassessing supply chains. China’s on-again, off-again embargo of rare earth exports in 2010, in which it withheld materials that are critical for sophisticated electronics and electrical equipment, demonstrated the risk of overreliance for supplies on any single developing country. In an environment where nationalistic and political considerations may swamp purely economic ones, industrial companies can be hard hit. The best of them are balancing their supply chain dependencies, creating more flexible footprints that can be altered as market and competitive conditions change, and diversifying their sourcing.
- Broadening their geographic reach. Given the continually changing global environment, companies are also rethinking the mix of countries in which they operate. For example, China is losing its position as the preeminent low-cost nation. Escalating wages now place compensation rates in China well above those in Bangladesh, Pakistan, and Vietnam. Moreover, as wages go up and China’s currency inevitably appreciates, the absolute cost of doing business in China will continue to rise to the point that low-cost regions of the West — perhaps eastern Europe or Mexico — could become more desirable for products destined for Europe and the Americas.
- Preparing for currency instability. Inextricably linked to a reassessment of the supply chain is the role that global currencies play in determining relative costs of exports, imports, wages, and supplies. China has been warned numerous times by other countries and global bodies that it must let the renminbi appreciate to levels more in line with the nation’s stunning growth rate. If that happens, wage and commodity price escalation will become even more of a concern than it already is."
terça-feira, outubro 26, 2010
Uma perspectiva excitante!!!
.
A meio deste ano escrevi sobre "O choque chinês num país de moeda forte".
.
Na semana passada escrevi "Acerca do choradinho e das queixinhas ..."
.
Ontem Seth Godin corroborou a minha visão com este fantástico postal "Organizing for joy".
.
É uma ode a uma economia que foge da guerra da eficiência!!!
.
É uma sinfonia de louvor à economia do futuro de um Portugal com futuro.
.
É uma perspectiva excitante! Saber que existe este mundo de oportunidades por explorar.
.
.
.
.
.
É triste termos de esperar mais tempo pelo reset que precisamos de fazer ao regime, para libertar a economia...
.
Mateus, XIII, 9
quinta-feira, setembro 16, 2010
Peres Metelo continua no País das Maravilhas
.
"Governo perto de ultrapassar dívida prevista para 2010"
.
"Portugal está a endividar-se cada vez mais e o nível das taxas de juro que está a pagar estão a disparar, como se vê pela emissão de Bilhetes do Tesouro realizada ontem, cujo custo foi o mais alto de sempre (ver caixa).
...
Olhando para o volume de emissões de dívida realizadas este ano, verifica-se que a necessidade de pedir dinheiro emprestado ao mercado tem sido cada vez maior.
.
Numa conta simples, feita pelo economista João Duque, Portugal está a agravar o seu endividamento a um ritmo de 2,5 milhões de euros por hora."
.
Isto deve ser culpa de Medina Carreira, só pode ser da responsabilidade dessa Cassandra.
.
Medina Carreira indignava-se, no ano passado, com o ritmo de endividamento de Portugal de 2 milhões de euros por hora, agora já subiu para 2,5 milhões de euros por hora. E ainda não chegamos a 2014, para as PPPs começarem a disparar.
.
Sempre vamos ter o tal day of reckoning que obrigará ao nosso Grande Reset.
quinta-feira, setembro 09, 2010
A estabilidade podre em que vivemos e a que nos habituamos é uma ilusão
- "Investidores exigiram 5,973% nas Obrigações a 10 anos"
- "Risco de Portugal renova máximos pelo segundo dia"
- "Portugal paga preço "doloroso" em emissão com procura "pobre"
- "Portugal coloca dívida pública mas com juros mais altos"
- "A Portuguese canary"
- "Gastos públicos crescem ao ritmo mais alto da década"
sexta-feira, agosto 20, 2010
Macedónia
- Esta lista de lições que Tony Hsieh da Zappos aprendeu ao jogar poker merecem uma leitura e reflexão "What Poker Taught Tony Hsieh About Business"
.
Always be prepared for the worst possible scenario.
The guy who wins the most hands is not the guy who makes the most money in the long run.
The guy who never loses a hand is not the guy who makes the most money in the long run.
Go for positive expected value, not what’s least risky.
Make sure your bankroll is large enough for the game you’re playing and the risks you’re taking.
Play only with what you can afford to lose.
Remember that it’s a long-term game. You will win or lose individual hands or sessions, but it’s what happens in the long term that matters.
Strategy
Don’t play games that you don’t understand, even if you see lots of other people making money from them.
Figure out the game when the stakes aren’t high.
Don’t cheat. Cheaters never win in the long run.
Stick to your principles.
You need to adjust your style of play throughout the night as the dynamics of the game change. Be flexible.
Be patient and think long-term.
The players with the most stamina and focus usually win.
Differentiate yourself. Do the opposite of what the rest of the table is doing.
Hope is not a good plan.
Don’t let yourself go “on tilt.” It’s much more cost-effective to take a break, walk around, or leave the game for the night."
- Se estes estudos fossem feitos em Portugal por entidades independentes a que conclusões chegariam? Se Medina Carreira sabe disto lá se vai o Magalhães "Wired Kids":
- No Japão os PINs e as empresas do regime também estão a contribuir para o apodrecimento da situação "The system almost guarantees that fresh capital goes to the losers of yesteryear. Because struggling companies rarely die, new ones do not form. Japan’s bankruptcy rate is half of America’s; the rate at which it creates new firms is only a third as high. Japanese venture capitalists are few and far between. Japan’s bureaucratic allocation of credit seldom spurs animal spirits. Rather, it nourishes zombies." Tenta-se evitar a destruição e, por isso, estiola-se a criação e a renovação, e impede-se o reset, a recalibração para uma economia mais adequada a tempos novos "Watching China whizz by"
- "MVP's for Sale" Válido para startups, válido para o lançamento de novos produtos por uma PME... get out of the buiding as soon as possible.
- Um pouco de humor negro "And Now We're Headed For The GREATEST Depression, Says Gerald Celente". Como referia lá em cima Hsieh "Always be prepared for the worst possible scenario."
segunda-feira, maio 24, 2010
Há mais marés que marinheiros (parte II)
"Um país não pode aguentar durante muito tempo gastar muito mais do que aquilo que produz" (Moi ici: Portugal é a prova provada de que a afirmação do Presidente está incorrecta. Há quantos anos é que Portugal vive acima das suas capacidades?)
Se considerarmos a economia de um país como um ecossistema, com um elevado número de actores ou de agentes, ou, melhor ainda, de jogadores...
.
(6) "De repente, as empresas passaram a ser as salvadoras da pátria"
sábado, maio 15, 2010
Só há uma alternativa para um país pequeno
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Os lemingues normandos
- por isso, são como um vírus estúpido que mata o hospedeiro; ou
- por isso, são aceleradores da destruição do status-quo e, por isso, promotores involuntários de um ponto de singularidade que levará inevitavelmente a um reset e a um novo recomeço.
sábado, setembro 05, 2009
Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXXVII)
.
O primeiro foi redigido em Fevereiro deste ano e era um grito de alma para o que já pressentia...
.
Estou farto de cucos normandos que esbanjam e lapidam facilmente o saque impostado aos desgraçados saxões. E já em Fevereiro receava que durante a campanha eleitoral ninguém abordasse o tema dos impostos.
.
Este sábado os jornais fazem prever um panorama futuro tenebroso para os saxões...
domingo, julho 12, 2009
Que resposta para a recalibração?
- "When Will The Recovery Begin? Never." e sobretudo aquele trecho "The X marks a brand new track -- a new economy. What will it look like? Nobody knows. All we know is the current economy can't "recover" because it can't go back to where it was before the crash. So instead of asking when the recovery will start, we should be asking when and how the new economy will begin."
- "This is not a recession" e sobretudo ""Don't think of our current economic crisis as a recession. Instead, think of it as a recalibration.Everything is different now.If you think of it as a recession, you may be tempted to "hunker down" and wait for the economy to cycle back. If you think of it as a recalibration, you will be motivated to focus on what you have to do differently, since everything is different now. The way your business generates results is different, now. Your customers think differently, now. Your customers care about different things, now. Your customers act differently, now. Your customers may actually be different people, now. Customers aren't disposable anymore; more than ever, you have to create sustainable customer relationships. Everything is different now. I'm posting this on January 7, 2009. One thing I'm convinced of is that the world I am working in today is different from any world I have ever done business in. The world has been reset. We can no longer look at the "LY" column on reports to use last year as a benchmark for what will happen this year."
- "Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXVII)" onde se fala da quebra de 20% na colecta de impostos em Portugal, quando se compara 2008 com 2009.
E se estamos mesmo num mundo novo (coisa em que acredito)?
O ecossistema que existia, assente não na energia solar mas nos ienes baratos e no endividamente compulsivo, colapsou.
Aconteceu o mesmo há 65 milhões de anos... pelos vistos um meteoro terá chocado com a terra algures na zona do actual Iucatão, as espécies mais poderosas, as espécies maiores, as espécies dominantes... incapazes de se adaptarem pereceram.
Como é que o nosso país se poderá adaptar a este cenário de recalibração com tantos direitos adquiridos?
Haverá possibilidade de actuar e adaptarmo-nos, ou teremos de esperar pelo ponto da singularidade, pela implosão real, para fazer o reset e avançar para um Portugal pós-Abril de 1974 2.0?
Edward Hugh escreve isto sobre Espanha no Facebook, e Espanha apesar de tudo parece estar em melhor situação que Portugal:
"But the real problem is with the level of indebtedness of the population, Spain is now as dependent on exports as Germany is, but currently runs a current account deficit of about 8 percent of GDP.
So Spain needs a crash course policy to jump start exports and investment in export industries. But this means a large change in prices, and this isn't going to happen, since no one even believes it is possible. So the economy will crash, like in an earthquake, maybe 12 to 18 months from now, when the government can no longer raise money. (E nós por cá, quanto mais meses teremos?)
Meantime Zapatero twiddles his thumbs. That is what I am angry about. The explosion when this economy finally blows will rock Spain, let's just hope it won't rock the whole eurozone with it.!"
Será que alguém vai falar disto durante a próxima campanha eleitoral?
sexta-feira, janeiro 09, 2009
Um bom ponto de vista!
.
Não é preciso fazer comentários de maior. Basta ler e interiorizar o significado das palavras e começar a formular alternativas (Ah!!! Boyd está tão actual):
.
"Don't think of our current economic crisis as a recession. Instead, think of it as a recalibration.
Everything is different now.
If you think of it as a recession, you may be tempted to "hunker down" and wait for the economy to cycle back.
If you think of it as a recalibration, you will be motivated to focus on what you have to do differently, since everything is different now.
The way your business generates results is different, now.
Your customers think differently, now.
Your customers care about different things, now.
Your customers act differently, now.
Your customers may actually be different people, now.
Customers aren't disposable anymore; more than ever, you have to create sustainable customer relationships.
Everything is different now.
I'm posting this on January 7, 2009. One thing I'm convinced of is that the world I am working in today is different from any world I have ever done business in. The world has been reset. We can no longer look at the "LY" column on reports to use last year as a benchmark for what will happen this year."
.
Ainda na quarta-feira na RTP-N, Camilo Lourenço chamava a atenção para algo a que podemos associar a esta ideia de recalibração. A procura estava num patamar que não é mais suportável no futuro... (Os consumidores foram longe demais, as empresas foram longe de mais e hoje estão sobredimensionadas para uma procura sustentada.)
.
Everything is different now...
domingo, março 09, 2008
Direitos adquiridos, culpa e a linguagem da verdade
-
A pessoa com quem falava começou a derivar a sua conversa para a busca do culpado, de quem era a culpa? Alguém tem de ser responsabilizado!
-
Seria por causa da alimentação que os pais levavam? Seria...
Ainda tentei argumentar que não era culpa de ninguém, era a vida... naquele instante em que os cromossomas do lado da mãe e os do lado do pai se combinam, estatisticamente algo pode correr mal. É o preço a pagar por termos o mecanismo de recombinação genética que temos e que nos trouxe até esta posição de dominância no mundo. Quando ele deixar de ser uma boa ferramenta... desapareceremos como espécie, a menos que se aperfeiçoe, como o tem feito nos últimos 5 biliões de anos.
-
Julgo que há aqui pelo meio, algo relacionado com a conversa dos direitos adquiridos.
-
Criamos estruturas para lidar com a realidade (como diz Beinhocker: as nossas sociedades, as nossas culturas, a nossa economia, são como o radar dos morcegos, ou as pintas do leopardo. Criações, tentativas evolutivas para lidar com a realidade), quando a realidade muda, e a realidade tem muito mais força do que nós, e nos recusamos a mudar, a humildemente nos ajustarmos à nova realidade, n loops autocatalíticos começam a formar-se e a gerar desiquilibrios, que vão desembocar, mais tarde ou mais cedo, no que os Toffler apelidaram de "Katrinas institucionais".
-
Quem vê o mundo a mudar, as certezas anteriores postas em causa, os direitos adquiridos em risco ou estilhaçados mesmo... procura um culpado. Tem de haver um culpado!
-
Coloquemo-nos na pele de um indonésio que semestre sim-semestre não, tem de lidar com um terramoto de grau 6/7 ou mesmo 8, o que são para ele os direitos adquiridos? O que é para ele a noção de estabilidade?
-
E quando o terramoto acontece, se ele quiser culpar alguém pelo terramoto em si, o que é que nós ocidentais, pós-Luzes, pensamos?
-
Como alguém disse e já citei neste blogue, quando olhamos para o futuro ele é sempre incerto e desfocado, mas quando olhamos para o passado que nos trouxe até ao presente, ele é sempre claro, arrumado, organizado, explícito.
-
Quando Portugal entrou para a CEE, o que é que aconteceu de seguida às fábricas têxteis alemãs?
Quando a indústria portuguesa deixou de poder escudar-se nas regras corporativas de 1933 da Lei de Condicionamento Industrial, quando deixou de poder escudar-se numa moeda fraca e em suave desvalorização permanente, quando perdeu as barreiras alfandegárias para a Europa de Leste que entretanto aderiu à UE, quando perdeu as últimas protecções com a adesão da China à WTO, o que é que aconteceu de seguida à economia portuguesa?
-
Magia? Surpresa? Falta de sorte?
Não!
Mambo-jambo puro e duro! Treta!
-
Estava tudo escrito nas estrelas!
-
Optou-se foi por não agarrar o touro pelos cornos, optou-se por uma qualquer fuga para a frente estilo "o país dos eventos" e não encarar, e não enunciar a realidade com receio do pânico, com receio da evolução do sentimento dos agentes económicos. Afinal de contas, há que preservar a auto-estima!
-
Só que com esta postura esfuma-se a confiança e perde-se o rumo...
-
O que disse o ministro Pinho sobre a influência da crise financeira na economia real no passado mês de Setembro? O que é que eu sabia e o ministro não sabia? Acreditam?
-
Claro que não, é o mesmo estilo, a mesma política de esconder a verdade, de enterrar a cabeça na areia e esperar que a tempestade passe, com a secreta esperança que nos poupe...
-
Acredito que há sempre, sempre, uma saída, sempre uma alternativa, tem é de se falar verdade.
-
Esse era o lado positivo das guerras da antiguidade, a sobrevivência da comunidade impunha o "reset", o "zerar" dos direitos adquirido, tudo se subordinava ao desafio, à imposição de sobrevivência da comunidade.
E como é que o Eduardo "Pernas-de-Tesoura" derrotou o William Wallace?
Acenando com a manutenção dos direitos adquiridos, e até o seu reforço, aos senhores feudais escoceses.