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quarta-feira, abril 04, 2012
Enfim, é o jornalismo que temos...
"Tudo a piorar na economia portuguesa após um ano de troika menos as exportações"
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Outro título que encerra em si todo um paradigma, toda uma visão do mundo.
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Imaginem uma pessoa com uma infecção. A infecção está lá e está a propagar-se. Contudo, a pessoa toma, todos os dias, umas aspirinas que impedem que o mal-estar se manifeste.
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Assim, alegremente, vai gangrenando, vai apodrecendo ... mas está tudo bem, não há sintomas!!!
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Agora imaginem que um médico resolve intervir e afastar o tratamento sintomático (por exemplo, os so-called investimentos do Estado, que quase sempre não têm nada de investimento, são simplesmente o despejar de dinheiro para cima dos problemas e, assim, mascarar os sintomas, aspirinas), para atacar as causas-raiz do problema...
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Sem as aspirinas, os sintomas deixam de estar mascarados e vêm ao de cima em todo o seu esplendor...
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Ponto de vista do autor do título, agora estamos pior... quando íamos como lemingues a caminho do precipício, hipnotizados pelo deboche do endividamento orgíaco do Estado, é que estávamos bem... agora estamos pior. Agora que estamos a combater a infecção, agora que estamos a cortar as partes gangrenadas, agora que estamos a tentar salvar um futuro que não passe pela Sildávia do Ocidente... é que está tudo pior...
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Enfim, é o jornalismo que temos...
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Bom, bom, bom era quando o Estado financiava a compra de carros made in Alemanha, ou França, ou Itália... sim, esses é que eram tempos...
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Outro título que encerra em si todo um paradigma, toda uma visão do mundo.
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Imaginem uma pessoa com uma infecção. A infecção está lá e está a propagar-se. Contudo, a pessoa toma, todos os dias, umas aspirinas que impedem que o mal-estar se manifeste.
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Assim, alegremente, vai gangrenando, vai apodrecendo ... mas está tudo bem, não há sintomas!!!
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Agora imaginem que um médico resolve intervir e afastar o tratamento sintomático (por exemplo, os so-called investimentos do Estado, que quase sempre não têm nada de investimento, são simplesmente o despejar de dinheiro para cima dos problemas e, assim, mascarar os sintomas, aspirinas), para atacar as causas-raiz do problema...
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Sem as aspirinas, os sintomas deixam de estar mascarados e vêm ao de cima em todo o seu esplendor...
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Ponto de vista do autor do título, agora estamos pior... quando íamos como lemingues a caminho do precipício, hipnotizados pelo deboche do endividamento orgíaco do Estado, é que estávamos bem... agora estamos pior. Agora que estamos a combater a infecção, agora que estamos a cortar as partes gangrenadas, agora que estamos a tentar salvar um futuro que não passe pela Sildávia do Ocidente... é que está tudo pior...
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Enfim, é o jornalismo que temos...
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Bom, bom, bom era quando o Estado financiava a compra de carros made in Alemanha, ou França, ou Itália... sim, esses é que eram tempos...
sexta-feira, dezembro 02, 2011
Retrospectiva
Uma das vertentes do meu trabalho com as empresas passa por me armar em mago e prever o futuro.
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Confesso que vou afinando a técnica cada vez mais:
- "O corte de cabelo que aí vem..."
- "27 meses depois"
- "Acordar as moscas que estão a dormir"
- "Temas que não são debatidos numa campanha eleitoral"
Em boa verdade o objectivo não é acertar, o objectivo é prever o tipo de cenários onde podemos ter de operar e, em vez de correr com as calças na mão atrás do prejuízo, preparar mentes e acções... até para tirar partido do que pode acontecer.
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Lembram-se da frase do ministro Pinho?
quarta-feira, setembro 07, 2011
Carros cubanos e muito pão para pouca manteiga
Uma vez chamei-lhe "carros cubanos".
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O estado a que chegou o Estado ajusta-se bem a este " 'Peanut Butter Manifesto'"
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Um cheirinho:
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"We lack a focused, cohesive vision for our company. We want to do everything and be everything -- to everyone. We've known this for years, talk about it incessantly, but do nothing to fundamentally address it.
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We are scared to be left out. We are reactive instead of charting an unwavering course. We are separated into silos that far too frequently don't talk to each other. And when we do talk, it isn't to collaborate on a clearly focused strategy, but rather to argue and fight about ownership, strategies and tactics.
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Our inclination and proclivity to repeatedly hire leaders from outside the company results in disparate visions of what winning looks like -- rather than a leadership team rallying around a single cohesive strategy."
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O estado a que chegou o Estado ajusta-se bem a este " 'Peanut Butter Manifesto'"
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Um cheirinho:
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"We lack a focused, cohesive vision for our company. We want to do everything and be everything -- to everyone. We've known this for years, talk about it incessantly, but do nothing to fundamentally address it.
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We are scared to be left out. We are reactive instead of charting an unwavering course. We are separated into silos that far too frequently don't talk to each other. And when we do talk, it isn't to collaborate on a clearly focused strategy, but rather to argue and fight about ownership, strategies and tactics.
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Our inclination and proclivity to repeatedly hire leaders from outside the company results in disparate visions of what winning looks like -- rather than a leadership team rallying around a single cohesive strategy."
quarta-feira, março 23, 2011
Porquê tanto medo do FMI?
Avelino de Jesus no Jornal de Negócios de ontem no artigo "Porquê tanto medo do FMI?" pôs o dedo na ferida:
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"De facto, a recusa em aceitar pacificamente a colaboração do FMI - tão frequente e veementemente afirmada - não releva nem da ideologia, nem da irracionalidade. Pelo contrário, aquela atitude repousa numa rigorosa análise das consequências previsíveis da intervenção do FMI sobre a opacidade da informação e dos processos de decisão em fundamentais aspectos da política económica.
O medo do FMI é - antes de tudo o resto - temor da capacidade de análise e de revelação do estado real da economia portuguesa, em geral, mas sobretudo, no âmbito dos compromissos públicos constantes nos contratos das parcerias público - privadas e concessões e em todos os compromissos implícitos e não publicitados propiciados pela reinante promiscuidade entre os sectores público e privado."
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BTW, relacionar a crise política em curso e a velocidade com que foi desencadeada com esta reflexão de Wolfgang Munchau "A zona euro e os seus fantasmas":
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"Quando foi anunciado quem ao abrigo do Mecanismo de Estabilização Europeu (MEE) podia comprar obrigações nos mercados primários, isto foi visto como uma grande concessão alemã. Enganaram-me, mas por pouco tempo.
Ao que parece, este mercado primário não vai funcionar. O MEE não vai estar em condições, por exemplo, de apoiar Portugal nos próximos meses, quando o país precisar de emitir mais dívida. Se Portugal não se conseguir refinanciar, não terá outra opção que não seja aceitar um programa padrão de apoio, obtendo crédito no âmbito do actual pacote de salvamento. Só ao fim de alguns anos, quando o país tiver cortado nos excessos e esse Portugal transformado sair da austeridade e planear o seu regresso aos mercados de capitais é que o Mecanismo de Estabilização Europeu poderá estar disposto a ajudar, agindo como comprador de último recurso quando o país efectuar leilões de obrigações."
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O fim da linha estava a chegar... "Bruxelas espera carta de Portugal a pedir ajuda"... um artista é sempre, sempre, sempre um artista.
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"De facto, a recusa em aceitar pacificamente a colaboração do FMI - tão frequente e veementemente afirmada - não releva nem da ideologia, nem da irracionalidade. Pelo contrário, aquela atitude repousa numa rigorosa análise das consequências previsíveis da intervenção do FMI sobre a opacidade da informação e dos processos de decisão em fundamentais aspectos da política económica.
O medo do FMI é - antes de tudo o resto - temor da capacidade de análise e de revelação do estado real da economia portuguesa, em geral, mas sobretudo, no âmbito dos compromissos públicos constantes nos contratos das parcerias público - privadas e concessões e em todos os compromissos implícitos e não publicitados propiciados pela reinante promiscuidade entre os sectores público e privado."
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BTW, relacionar a crise política em curso e a velocidade com que foi desencadeada com esta reflexão de Wolfgang Munchau "A zona euro e os seus fantasmas":
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"Quando foi anunciado quem ao abrigo do Mecanismo de Estabilização Europeu (MEE) podia comprar obrigações nos mercados primários, isto foi visto como uma grande concessão alemã. Enganaram-me, mas por pouco tempo.
Ao que parece, este mercado primário não vai funcionar. O MEE não vai estar em condições, por exemplo, de apoiar Portugal nos próximos meses, quando o país precisar de emitir mais dívida. Se Portugal não se conseguir refinanciar, não terá outra opção que não seja aceitar um programa padrão de apoio, obtendo crédito no âmbito do actual pacote de salvamento. Só ao fim de alguns anos, quando o país tiver cortado nos excessos e esse Portugal transformado sair da austeridade e planear o seu regresso aos mercados de capitais é que o Mecanismo de Estabilização Europeu poderá estar disposto a ajudar, agindo como comprador de último recurso quando o país efectuar leilões de obrigações."
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O fim da linha estava a chegar... "Bruxelas espera carta de Portugal a pedir ajuda"... um artista é sempre, sempre, sempre um artista.
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quinta-feira, março 17, 2011
Culpados: TODOS NÓS!
""Constitui uma ameaça para uma ruptura quase imediata da capacidade de financiamento do Estado. Tem consequências na capacidade do Estado em conseguir honrar os compromissos, para que o sistema financeiro consiga mostrar-se sólido e para que as empresas consigam ter acesso ao crédito, manter a sua actividade e manter o emprego dos trabalhadores", declarou Pedro Silva Pereira, no mesmo dia de emissão de dívida a curto prazo, em que Portugal pagou juros mais altos do que a Grécia."
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A seis de Fevereiro de 2009 iniciei uma série de 44 postais intitulados "Acordar as moscas que estão a dormir" não, não me chamem bruxo... estava escrito nas estrelas... alguém falou em subir impostos na última campanha eleitoral? Até MFL afirmou que não taxaria as SCUTs.
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A quinze de Setembro de 2009 iniciei o marcador "sei o que não me disseste na última campanha eleitoral" com o postal "Temas que não são debatidos numa campanha eleitoral", entretanto usei esse marcador 35 vezes.
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A dezanove de Maio de 2008 iniciei o marcador sobre o "day of reckoning" já lá estava tudo previsto.
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Tudo escrito antes do dia 27 de Setembro de 2009.
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Culpados: os políticos da situação e da oposição porque não dizem a verdade aos eleitores!
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Culpados: os media porque não colocaram o tema na agenda da discussão pré-eleitoral!
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Culpados: os eleitores porque são uns maridos enganados que querem continuar a ser enganados!
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Culpados: TODOS NÓS!
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Não, não me venham com a história da crise, esta só precipitou algo que estava na calha, basta recordar este livro lido em 2006 e publicado em 2005.
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Qual será o comportamento dos políticos, media e eleitores nas próximas eleições?
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Trecho retirado daqui.
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A seis de Fevereiro de 2009 iniciei uma série de 44 postais intitulados "Acordar as moscas que estão a dormir" não, não me chamem bruxo... estava escrito nas estrelas... alguém falou em subir impostos na última campanha eleitoral? Até MFL afirmou que não taxaria as SCUTs.
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A quinze de Setembro de 2009 iniciei o marcador "sei o que não me disseste na última campanha eleitoral" com o postal "Temas que não são debatidos numa campanha eleitoral", entretanto usei esse marcador 35 vezes.
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A dezanove de Maio de 2008 iniciei o marcador sobre o "day of reckoning" já lá estava tudo previsto.
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Tudo escrito antes do dia 27 de Setembro de 2009.
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Culpados: os políticos da situação e da oposição porque não dizem a verdade aos eleitores!
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Culpados: os media porque não colocaram o tema na agenda da discussão pré-eleitoral!
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Culpados: os eleitores porque são uns maridos enganados que querem continuar a ser enganados!
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Culpados: TODOS NÓS!
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Não, não me venham com a história da crise, esta só precipitou algo que estava na calha, basta recordar este livro lido em 2006 e publicado em 2005.
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Qual será o comportamento dos políticos, media e eleitores nas próximas eleições?
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Trecho retirado daqui.
sábado, setembro 25, 2010
Oh! Que curiosidade!!!
No ano passado, a começar em Janeiro de 2009, escrevi mais 60 postais com marcadores como:
- sei o que não me disseste na última campanha eleitoral (campanha essa que se desenrolou em Setembro de 2009); e
- acordar as moscas que estão a dormir (sobre os temas que qualquer pessoa com dois dedos de testa percebe que terão de ser tratados, mas que teimam em ser escondidos debaixo de um qualquer tapete roto)
Se o actual governo cair e tiver de haver eleições algures no próximo ano... o que nos irão prometer os políticos? Outra vez carne todos os dias? Outra vez sol na eira e chuva no nabal? Outra vez o Paraíso na terrinha? Outra vez amanhãs que cantam?
Estou com curiosidade... será que alguém desta vez terá de falar verdade? Será que desta vez alguém vai falar verdade?
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Será que desta vez se aparecer alguém a dizer algumas, poucas, verdades, tem o mesmo tratamento que os media deram a MFL?
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Engraçado... um dos poucos portugueses a rirem-se desta situação, além de mim, é MFL...
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vamos no caminho da Gécia... alarido... realidade actual?
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endividamento descontrolado... alarido... realidade actual?
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até já se falou em pôr a democracia em banho-maria...
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Aproveito para pedir desculpa a MFL, por ter votado em branco.... MEA CULPA!!!
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Será que desta vez se aparecer alguém a dizer algumas, poucas, verdades, tem o mesmo tratamento que os media deram a MFL?
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Engraçado... um dos poucos portugueses a rirem-se desta situação, além de mim, é MFL...
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vamos no caminho da Gécia... alarido... realidade actual?
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endividamento descontrolado... alarido... realidade actual?
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até já se falou em pôr a democracia em banho-maria...
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Aproveito para pedir desculpa a MFL, por ter votado em branco.... MEA CULPA!!!
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sexta-feira, julho 02, 2010
Depois o burro sou eu...
Durante os primeiros 9 meses do ano passado utilizei várias vezes os marcadores:
- sei o que não me disseste na última campanha eleitoral
- moscas, por causa de 42 partes do título "Acordar as moscas que estão a dormir"
- desde que ouvi o ministro pinho dizer que a crise financeira não afectará a economia
Pois... depois o burro sou eu...
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terça-feira, maio 18, 2010
Podem limpar as mãos à parede...
""O dia em que batermos na parede não está muito longe. Talvez por semanas. Lamento, mas o país tem de saber". A frase foi dita hoje por Fernando Ulrich, CEO do BPI."
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""Não se trata de um problema de preço, mas sim de acesso ao crédito. Um problema que não sabemos hoje quando se vai resolver. Por isso mesmo, sugiro ao Governo que não publique cenários macroeconómicos sem explicar como estes se vão financiar.""
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"O dia em que batermos na parede não está muito longe"
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BTW, "Senado aprova medidas para bloquear ajudas do FMI"
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""Não se trata de um problema de preço, mas sim de acesso ao crédito. Um problema que não sabemos hoje quando se vai resolver. Por isso mesmo, sugiro ao Governo que não publique cenários macroeconómicos sem explicar como estes se vão financiar.""
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"O dia em que batermos na parede não está muito longe"
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BTW, "Senado aprova medidas para bloquear ajudas do FMI"
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Oh... we are so doomed!!!
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E ainda em final de Dezembro o DN queixava-se de que os funcionários públicos tinham o "reveillon" estragado porque os aumentos para 2010 estavam tremidos.
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Sei o que não me disseste na última campanha eleitoral... não, não é o título de um filme, é um dos marcadores mais usados neste blogue no ano passado.
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Tanta subserviência nos media ao longo destes anos... tantos peresmetelos...
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Obrigado Camilo Lourenço pela coragem demonstrada ao longo destes anos.
domingo, maio 16, 2010
Especuladores... agências de rating ...
Os malvados terroristas que fizeram tudo mudar nos últimos 15 dias...
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"Para Trichet, a responsabilidade pela agitação que conduziu o euro ao mais baixo nível em ano e meio (1,2358 dólares) não pode ser atribuída aos mercados onde se formam os câmbios. Deve ser colocada nos governos que deixaram que os seus défices crescessem em desvario.
A crise actual "não tem nada a ver com ataques especulativos. Tem a ver com as finanças públicas e, portanto, com a estabilidade financeira da zona euro. A responsabilidade dos europeus é tomar medidas que contrariem as actuais tensões nos mercados", defendeu o homem que comanda a política monetária no espaço da moeda única."
A crise actual "não tem nada a ver com ataques especulativos. Tem a ver com as finanças públicas e, portanto, com a estabilidade financeira da zona euro. A responsabilidade dos europeus é tomar medidas que contrariem as actuais tensões nos mercados", defendeu o homem que comanda a política monetária no espaço da moeda única."
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Continuado de "Não há acasos, somos clones de Ripley"
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Trecho de "Trichet diz que o euro não está a ser alvo de ataques especulativos nos mercados" e ainda:
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"Para Trichet, a responsabilidade pela agitação que conduziu o euro ao mais baixo nível em ano e meio (1,2358 dólares) não pode ser atribuída aos mercados onde se formam os câmbios. Deve ser colocada nos governos que deixaram que os seus défices crescessem em desvario"
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sábado, maio 15, 2010
Não há acasos, somos clones de Ripley
Não há acasos na rating
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quinta-feira, maio 13, 2010
Imaginem...
Imaginem que em vez da classe de funcionários que temos tido a gerir a coisa pública, tínhamos, desde Setembro de 2007 (data do primeiro marcador "desde que ouvi o ministro pinho dizer que a crise financeira não afectará a economia...,"), alguém que partilhasse as ideias que defendemos ao longo dos postais com os três marcadores abaixo...
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Estaríamos melhores ou piores do que agora como País?
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Escreve Pedro Guerreiro no JdN "Sócrates andou a jogar ao Verdade ou Consequência com os portugueses durante os últimos anos, as últimas eleições, os últimos meses, as últimas semanas. Deu-lhes verdade a menos, agora dá-lhes consequência a mais. Impostos extraordinários, impostos ordinários, uma sangria desatada das veias dos exangues contribuintes." (Moi ici: "sei o que não me disseste na última campanha eleitoral" e "moscas", são outros dois marcadores que permitem provar que o que nos está a acontecer não é nenhum resultado do ataque de especuladores, são as consequências, perfeitamente normais, da irresponsabilidade de quem toma conta da coisa pública)
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Ainda do editorial de Pedro Guerreiro no JdN retiro: "Esta vertigem fiscal é odiosa mas deixou de ser evitável. Agora, que venha por bem. Que venha regenerar a economia e preparar a nova vida depois da mortandade." (Moi ici: Ainda há momentos, no Twitter, Nassim Taleb escreveu "Deficits are similar to carbs: the more you eat, the hungrier you get." Assim, é voluntarioso e whishfull thinking acreditar que esta vertigem normanda de impostar os indefesos saxões mais uma vez sirva para regenerar a economia... é antes mais uma espia cravada na parede onde se vai amparar um novo status-quo de impostagem em Portugal, para ganhar balanço para o próximo salto. Basta recordar que ainda não começamos a pagar as SCUT de Cravinho).
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Uma pergunta para Pedro Guerreiro: Como pode a crise acabar se só se atacam os sintomas e não se vai às causas-raiz?
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Há algo pior do que o casamento da mentalidade socialista com os interesses da banca? Com que então saúdam... normandos.
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Editorial do JdN "Acabou a crise, começou a austeridade"
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Para acabar em beleza apreciar este filme de 50 segundos.
quarta-feira, abril 21, 2010
Não era suposto que se soubesse lá fora!!! ou pela enésima vez "Abençoada Grécia!"
"Não era suposto que se soubesse lá fora!!!"
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Será que esta frase passa pela boca, ou este pensamento passa pela mente de quem, no recato do seu lar, no silêncio da sua casa, pratica um crime público que esperava que ficasse pelas quatro paredes, mas que depois vem a cair na praça pública para vergonha e embaraço do criminoso?
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Não consigo deixar de associar esta situação à situação em que se encontra o ministro das Finanças de um Governo que, para ganhar eleições (ou por ignorância pura e simples, e não sei o que é pior), só revelou/descobriu o salto do valor do défice de 5 virgula tal % para 8 e, depois, ainda, para 9 virgula tal % já em cima do final do ano. (ver no link abaixo qual era a previsão inicial)
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Não era suposto que este salto se soubesse lá fora, ou tivesse tanta importância lá fora.
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Mais, arrisco dizer que as eleições foram preparadas, ganhas e até mais de um mês depois, com um cenário que não previa esta convulsão toda... é quase como o empresário que depois de ter dado o OK para investir uma pipa de massa, e o dinheiro já ter saído da sua mão, descobre que afinal o plano de negócio estava errada porque alguém trocou bilhões americanos por bilhões europeus.
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BTW, recordo isto "Quando se afirma algo, pode estar a afirmar-se exactamente o contrário"... quando um PR cai na esparrela de falar sobre isto "Cavaco garante que Portugal está longe da bancarrota".
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Será que esta frase passa pela boca, ou este pensamento passa pela mente de quem, no recato do seu lar, no silêncio da sua casa, pratica um crime público que esperava que ficasse pelas quatro paredes, mas que depois vem a cair na praça pública para vergonha e embaraço do criminoso?
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Não consigo deixar de associar esta situação à situação em que se encontra o ministro das Finanças de um Governo que, para ganhar eleições (ou por ignorância pura e simples, e não sei o que é pior), só revelou/descobriu o salto do valor do défice de 5 virgula tal % para 8 e, depois, ainda, para 9 virgula tal % já em cima do final do ano. (ver no link abaixo qual era a previsão inicial)
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Não era suposto que este salto se soubesse lá fora, ou tivesse tanta importância lá fora.
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Mais, arrisco dizer que as eleições foram preparadas, ganhas e até mais de um mês depois, com um cenário que não previa esta convulsão toda... é quase como o empresário que depois de ter dado o OK para investir uma pipa de massa, e o dinheiro já ter saído da sua mão, descobre que afinal o plano de negócio estava errada porque alguém trocou bilhões americanos por bilhões europeus.
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BTW, recordo isto "Quando se afirma algo, pode estar a afirmar-se exactamente o contrário"... quando um PR cai na esparrela de falar sobre isto "Cavaco garante que Portugal está longe da bancarrota".
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Como fazem os predadores na savana? Atiram-se ao monte de zebras e gnus?
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Primeiro identificam os alvos mais fáceis, pela idade, por deficiências, por ... depois, seleccionam-no e começa a corrida. Alguém podia prever a morte daquela presa naquele dia? Não... mas estava, ou pôs-se a jeito.
quarta-feira, março 10, 2010
Para reflexão
"Economia portuguesa a caminho de mais uma década perdida" (Onde se pode ler: "A política orçamental rigorosa vai ter consequências contraccionistas, mas não temos outra hipótese". Não temos mesmo?)
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"Um pé(c) descalço, uma geração perdida" (Onde se pode ler: "Mas assumir os factos, além de um acto de inteligência política e de respeito pelos eleitores, teria um efeito instrumental: confrontado o país com a gravidade da crise e a violência das medidas inevitáveis (a que se juntará a subida dos juros), o governo ter-se-ia sentido forçado a indicar o objectivo maior do plano que apresentará em Bruxelas. Depois de uma década perdida, a nova que agora se anuncia ameaça tornar-se uma nova catástrofe social.
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Além dos 500 mil desempregados, que vieram para ficar, as novas gerações que estão
a entrar no mercado de trabalho vão enfrentar condições duríssimas de sobrevivência. Muitos não serão capazes de sair de casa dos pais. Outros - alguns já com mais de 30 anos - terão de regressar perante a impossibilidade de encontrarem trabalhos capazes de os sustentar. Outros ainda terão de emigrar. O que o país lhes oferece são mais impostos e menos oportunidades. Talento e energia serão por isso desperdiçados. A geração rasca deu agora lugar à geração à rasca. Não é bonito, não é elegante, é apenas Portugal - apesar de Sócrates lavar sempre mais branco. Com ele é tudo uma campanha." Estas políticas são do mesmo tipo das que foram aplicadas na Letónia.)
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Além dos 500 mil desempregados, que vieram para ficar, as novas gerações que estão
a entrar no mercado de trabalho vão enfrentar condições duríssimas de sobrevivência. Muitos não serão capazes de sair de casa dos pais. Outros - alguns já com mais de 30 anos - terão de regressar perante a impossibilidade de encontrarem trabalhos capazes de os sustentar. Outros ainda terão de emigrar. O que o país lhes oferece são mais impostos e menos oportunidades. Talento e energia serão por isso desperdiçados. A geração rasca deu agora lugar à geração à rasca. Não é bonito, não é elegante, é apenas Portugal - apesar de Sócrates lavar sempre mais branco. Com ele é tudo uma campanha." Estas políticas são do mesmo tipo das que foram aplicadas na Letónia.)
terça-feira, março 09, 2010
Abençoada Grécia
"Analysten zeigten sich besonders über diesen Teil des Sparplans enttäuscht. „Wir denken, dass das zu vorsichtig ist“, sagte Tullia Bucco vom Bankhaus Unicredit."
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"As such he thinks Portugal will probably lose its A- rating from S&P.
Sovereign risk, it seems, is still alive and kicking…"
Sei o que não me disseste na última campanha eleitoral
Atenção ao que se diz a partir dos primeiros 50 segundos:
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Bastou uns meses para passar a ser "Vamos reduzir o défice com mais justiça fiscal"
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Vídeo recordado aqui.
segunda-feira, março 01, 2010
Vamos viver tempos interessantes, mesmo, mesmo, mesmo!
Não concordo com Ambrose-Pritchard neste registo. Aproveito, no entanto, para chamar a atenção para a descrição do que está a acontecer ao estado do Illinois:
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"The state has been paying bills with unfunded vouchers since October. A fifth of buses have stopped. Libraries, owed $400m (£263m), are closing one day a week. Schools are owed $725m. Unable to pay teachers, they are preparing mass lay-offs. "It's a catastrophe", said the Schools Superintedent.
In Alexander County, the sheriff's patrol cars have been repossessed; three-quarters of his officers are laid off; the local prison has refused to take county inmates until debts are paid."
In Alexander County, the sheriff's patrol cars have been repossessed; three-quarters of his officers are laid off; the local prison has refused to take county inmates until debts are paid."
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E por cá, quando o dinheiro começar a escassear, como será?
sábado, fevereiro 27, 2010
Uma senhora caldeirada...
Que tentação para quem elabora cenários hipotéticos:
- A homília panglossiana do peresmetelizador-mor "O mal pelas aldeias" (Moi ici: Quantas pessoas ainda acreditam genuinamente nas palavras deste senhor? Cuidado, lembrem-se, até os boys de Rendeiro acreditavam nas estórias que contavam aos clientes do BPP.)
- "Marcianos uma ova!..." e depois falam em malabarismos "Teixeira dos Santos: PSD é que fez "malabarismos" com os números" (Moi ici: É quase como ter a veleidade de ainda acreditar que entre Palestinianos e Israelitas existem uns inocentes e outros culpados)
- "Não é fácil sair do pântano"
- "Bancos alemães rejeitam novas compras de dívida grega"
- "Governo vai cortar nas prestações sociais, salários e investimento" (Moi ici; Como é que isto se compagina com a fotografia cor-de-rosa que ouvimos?)
- "Mudar de vida" ou, vamos viver tempos interessantes, tempos novos
- Entretanto, a deflação, à nossa maneira, continua "Taxa de inflação é a 3ª mais baixa da Zona Euro"
Por fim, este título malandro ao juntar estas palavras numa mesma frase. Como é que se fazia no antes do 25 de Abril para enganar a censura?
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
Para reflexão
"Retoma está a perder força em Portugal e no resto da Europa"
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"O riscos país" (Moi ici: Os investimentos não rentáveis feitos na última década, e os investimentos não rentáveis feitos hoje, alimentam artificialmente o crescimento no momento em que se gasta o dinheiro, óptimo para os políticos no poder no momento, mas como não se reproduzem... A quantidade de crescimento que no presente tem sido conseguido à custa do futuro...)
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"O reequilíbrio que não o será" (Moi ici: À atenção especial de Peres Metelo)
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domingo, fevereiro 14, 2010
Vamos viver tempos interessantes, mesmo!
Há dias escrevi este postal "Vamos viver tempos interessantes".
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Hoje, encontrei dois textos que me fizeram voltar a recordar o tema e, a imaginar a revolução que aí vem...
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Num país de matriz protestante "Lost in Transit":
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"Unless Gov. David Paterson and the Legislature find a fix, there will be drastic cuts in service: longer waits, overly crowded buses and trains, dirtier subway stations and more frequent breakdowns. Students will not have free passes to school and disabled riders would have less service."
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Num país de matriz católica "La indigencia municipal":
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"Pagan cuando pueden y lo que pueden, y con un claro orden de prioridad, puesto que no hay para todos: primero las nóminas de los funcionarios, luego los servicios básicos, y, entre éstos, primero los de carácter social, después los gastos corrientes que garantizan el funcionamiento diario de las dependencias municipales, por último a los proveedores. Entre las empresas proveedoras, antes se procura pagar a las más pequeñas que a las más grandes (como por ejemplo Iberdrola), las cuales, en teoría, tienen más capacidad de aguante. Según este orden tácito de prelación en los pagos municipales en tiempos de crisis, el primer síntoma de alarma es el retraso en el plazo de pago a los proveedores, y el último, el que avisa del colapso inminente, es cuando surgen dificultades para abonar el salario a los empleados públicos."
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Tempos interessantes
"O dia em que Portugal se tornou na nova "presa dos mercados""
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"Cortes a sério" (Peres Metelo é um optimista: "Entre 2008 e 2009, o défice saltou dos 4456 milhões de euros (2,7% do PIB) para os 15 367 milhões (9,3%). Deste agravamento em cerca de 10 900 milhões, 6500 resultaram da quebra das receitas, devido à quebra do produto. O mais tardar até 2012, a economia terá recuperado desse recuo ao ponto de gerar de novo o nível de receita pública de 2008, sem agravamento de impostos." O governador do banco de Itália prevê no mínimo 4 anos! Portugal, campeão do crescimento anémico da década vai consegui-lo até, o mais tardar, 2012!!! Será razoável?)
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Os juros a praticar pelos bancos nacionais a subir, Upa!Upa! ""
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