terça-feira, agosto 18, 2015

Curiosidade do dia

"New Zealand is a very prosperous, free, and content country. As recently as the 1980s, it was not.  Radical free market reforms helped make it a better place. And, those changes were introduced by a Labour government."
Fonte: "New Zealand’s Far-Reaching Reforms: A Case Study on How to Save Democracy from Itself"

E o mundo a mudar, também por cá

"Domingo, dia 16 de agosto de 2015, ficará na história da televisão portuguesa. Pela primeira vez, o consumo de canais por cabo, aliado a outros usos de televisão que não o visionamento de canais em tempo real (DVD ou consolas de jogos, por exemplo), ultrapassou o share dos canais em sinal aberto (RTP 1, RTP 2, SIC e TVI)."
Importante também esta evolução:
Como é que a sua empresa reage a estas alterações no seu próprio mercado?


Trecho inicial retirado de "TV aberta regista derrota histórica"

Quantas barbaridades deste tipo?

A vida mostrou-me muito cedo como quem está longe pode ver melhor do quem está perto. No final de 1974 a minha mãe, na então Metrópole, avisava por telefone os seus pais e irmãos para que preparassem quanto antes o regresso de Angola. Não o fizeram, ela era uma exagerada que não estava a ver bem a coisa, que tudo se iria resolver pelo melhor. Foi o que se viu.
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Essa experiência passada pôs-me a pensar depois de ler "How olive oil explains Greece’s problems". É fácil pensar na Grécia como um festival destes horrores económicos auto-infligidos:
"First, they couldn't find anyone in Greece to make a bottle -- they had to have the bottle made in Italy. They had difficulty getting loans to pay for the bottles, and then they were hit with the taxes. Due to Greece's economic issues, the government asked businesses to estimate and pay the taxes they would owe in 2016 ahead of time -- in 2015."
 Quantas barbaridades deste tipo, de parasita estúpido, continuam a praticar-se no nosso país e tomamos como normais, ou como fazendo parte do que é normal no nosso mundo?
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Quantas destas instituições extractivas continuam a proliferar na nossa sociedade mas tomamos como algo natural?

"The value of incumbency has also diminished"

Outro sintoma interessante que retiro do livro "Your Strategy Needs a Strategy: How to Choose and Execute the Right Approach" assenta neste gráfico:
"The value of incumbency has also diminished: the probability that the top three market-share leaders are also among the top three profitability leaders declined from 35 percent in 1955 to just 7 percent in 2013"
Como não recordar:





segunda-feira, agosto 17, 2015

Aceleração da imprevisibilidade e da volatilidade?

A propósito de "Empresas estão a recorrer mais à redução de horário de trabalho" não faço a mínima ideia do que é que está por trás desta evolução, nem de quais os sectores económicos envolvidos.
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Recordo, no entanto, uma série de factores que podem contribuir para uma aceleração da volatilidade e a disrupção dos incumbentes:
  • O MoU com a troika previa um aumento da concorrência interna (sectores não transaccionáveis da economia);
  • O fim do GES também deve ter contribuído para um aumento da concorrência interna;
  • Em "Yes, platforms are the most modern iteration of the firm", Esko Kilpi descreve esta revolução que a maioria das pessoas não vê:
"You start with customer interaction and work backwards. It is the opposite of the industrial make-and-sell model.[Moi ici: O emprego como o mainstream o vê foi criado para alimentar o modelo industrial] It is a contextual chain of relationships that starts from interaction with the customer and leads up to the creation of the on-demand offering and the enabling structure and technology."
Como a maioria não vê isto, há dias comentei:
Hoje, em "Your Strategy Needs a Strategy: How to Choose and Execute the Right Approach", no início do capítulo III encontrei este gráfico sobre o aumento da volatilidade nos vários sectores económicos:
E o que é que acontece quando aumenta a imprevisibilidade?
"When the business environment is unpredictable and nonmalleable and advantage may be short-lived, firms have to be ready to adapt quickly to succeed.
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Adaptive firms continuously vary how they do business by generating novel options, selecting the most promising, which they then scale up and exploit before repeating the cycle.
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Strategy emerges from the continuous repetition of this vary, select, scale up thought flow, rather than from analysis, prediction, and top-down mandate. By iterating more rapidly and effectively than rivals do, adaptive firms outperform others, but the classical notion of sustainable competitive advantage is replaced by the idea of serial temporary advantage.
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An adaptive approach to strategy is appropriate when - and only when - your company is operating in an environment that is both hard to predict and hard to shape.
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An adaptive approach to strategy is appropriate when - and only when - your company is operating in an environment that is both hard to predict and hard to shape. Until the 1980s, less than a third of business sectors regularly experienced turbulence. But because of globalization, accelerated technological innovation, deregulation, and other forces, roughly two-thirds of the sectors now do."







Aprendizes de feiticeiro e o Armagedão

Havia de ser lindo se esta proposta fosse avante "PSOE quer o mesmo salário mínimo e idade da reforma para todos os países da UE".
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Como é possível ser tão demagogo, tão perigosamente incendiário e ocupar a função que ocupa.
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Outra ideia boa, a juntar à ideia da saída do euro, para criar uma novela ou um filme sobre o day-after.

Euro e China, duas variáveis

Estamos habituados, desde a escola primária, a estudar a influência das variáveis num sistema, variando uma variável de cada vez e analisando o resultado.
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Este método tem uma falha grave, não permite detectar interacções entre variáveis.
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Muita gente culpa a entrada no euro como a culpada de uma série de desgraças que assolaram a economia portuguesa. Como se a única variável a mudar durante esse período fosse a entrada no euro.
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E a entrada da China no mercado mundial?
Qual a sua influência?


Mongo também passa por isto: DIY na escola

Quando o movimento DIY chega à escola "Homeschooling Goes Mainstream":
"Many of the parents Hennessey interviewed choose homeschooling because of the ongoing failure of a blue model institution: the bureaucratic, sclerotic public school system, dominated by teachers’ unions. Meanwhile, innovative, post-blue education-delivery models—online learning in particular—are providing a viable alternative for parents not content with simply tolerating the poor quality of a system desperately in need of reform. Similar trends are at work in other critical sectors of the economy, from healthcare to transportation to retirement benefits."

domingo, agosto 16, 2015

Acerca de bons gráficos

Quando se tem um balanced scorecard, quando se segue um conjunto de indicadores é fundamental não cometer um dos pecados capitais da monitorização, é fundamental olhar para gráficos e não só para tabelas de números (recordar os três erros mais comuns na apresentação de resultados).
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Com Stephen Few e Eduard Tufte aprendi algumas regras importantes a seguir acerca dos gráficos.
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Em "Real Chart Rules to Follow" reencontramos algumas dessas regras.

Acerca dos ecossistemas

Acerca de um tema que tratamos aqui no blogue há anos, os ecossistemas.


Um pormenor, ao minuto 33 quando Jim Moore fala sobre o choque da inovação, dos novos modelos de negócio, com o esquema dos estados para impostar a actividade económica. Recordar:



Não confundir com perigosa propaganda neoliberal, é só a biologia a funcionar

Mais sintomas do avanço de Mongo:
Para a maioria isto é perigosa propaganda neoliberal, para mim é a simples evolução de uma etapa da economia para outra etapa.
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Não a considero nem melhor nem pior em si mesma. Considero-a a mais adequada para um novo ecossistema. Há 150 anos a maioria dos cidadão de um país não eram empregados de uma empresa ou do Estado. Hoje, são-no. No futuro, talvez não.

"It is true that some of these new websites undermine existing business models, just as file-sharing wrecked music-publishing companies.
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By reducing the cost of information, the internet kills some business models. But not all.
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Many more people are likely to be self-employed, offering services to a wide range of customers. In a sense, they will be artisans, not employees. Activities such as sales, marketing and accounting—matters that salaried employees leave in the hands of specialist colleagues—will become the responsibility of the individual. Such workers will have to be more, not less, sensitive to the market economy than the typical office drone."

"The existence of high transaction costs outside firms led to the emergence of the firm as we know it, and management as we still have it. A large part of corporate economic activity today is still designed to accomplish what high market transaction costs prevented earlier. But the world has changed.
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What really matters now is the reverse side of the Coasean argumentation. If the (transaction) costs of exchanging value in the society at large go down drastically as is happening today, the form and logic of economic entities necessarily need to change! Coase’s insight turned around is the number one driver of change today! The traditional firm is the more expensive alternative almost by default. This is something that he did not see coming.
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Accordingly, a very different kind of management is needed when coordination can be performed without intermediaries with the help of new technologies. Digital transparency makes responsive coordination possible. This is the main difference between Uber and old taxi services. Apps can now do what managers used to do.
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For most of the developed world, firms, as much as markets, make up the dominant economic pattern. The Internet is nothing less than an extinction-level event for the traditional firm. The Internet, together with technological intelligence, makes it possible to create totally new forms of economic entities, such as the “Uber for everything” -type of platforms/service markets that we see emerging today. Very small firms can do things that in the past required very large organizations. [Moi ici: O que lêem os que frequentam os Encontros da Junqueira ou os Avelinos de Jesus?]
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We stand on the threshold of an economy where the familiar economic entities are becoming increasingly irrelevant."
A economia co-evoluiu em função do meio que também altera, é uma continuação da biologia.

sábado, agosto 15, 2015

É a experiência, estúpido!

Mais um sintoma a juntar à lista que este blogue vai compilando ao longo dos anos acerca da economia baseada em experiências, "Stores Suffer From a Shift of Behavior in Buyers":
"Some retailers are struggling as shoppers prioritize experiences over goods.
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As Americans spend more money on doing things, not buying things, department stores are losing out.
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Analysts say a wider shift is afoot in the mind of the American consumer, spurred by the popularity of a growing body of scientific studies that appear to show that experiences, not objects, bring the most happiness. The Internet is bursting with the “Buy Experiences, Not Things” type of stories that could give retailing executives nightmares.
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“It’s becoming more and more about the experience — whether it’s going to a festival or sharing a car ride or going to a new city,”
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“The ‘pile it high and watch it fly’ mentality at department stores no longer works.”[Moi ici: Gente que trata os clientes como krill, como plancton]
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“And if they don’t see anything in stores they fancy, they’ll seek out experiences,” he said. “It’s experience versus the mundane.”"
Recordar:

"Neste contexto, não entendemos como é possível o consumo privado recuperar no próximo ano»" (parte II)

Parte I.
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A propósito de "Portugal cresce acima da Zona Euro pelo quinto trimestre desde 2011".
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Recordar "PIB: PS diz que previsões são «pouco credíveis»

sexta-feira, agosto 14, 2015

Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político?

Depois de ler um artigo como este "French farmers reap a harvest of strife" sinto-me assim:
Pertencemos a dois universos distintos... falamos duas línguas diferentes, cada um com a sua cosmovisão.
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Os agricultores ainda estão na fase marxiana:
"“It’s down to global market prices now, not whether you did a good job,” she says. “You can have a great harvest and not earn much one year, and make more money with lower quality the following. The only thing we can predict is our costs, and they are always rising.”"
Que outro sector da economia ainda acredita que o mais importante é produzir e que o preço deve incorporar o trabalho realizado?
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Em todos os sectores económicos se vive(u) o mesmo. Quando a produção é superior à procura não basta produzir, não chega produzir. É preciso seduzir potenciais clientes para que prefiram os nossos produtos.
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O que é que os economistas e outros membros da tríade propõem para conseguir essa sedução?
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A redução de preços!
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E como é que se reduzem preços e se ganha dinheiro ao mesmo tempo? Aumentando a eficiência, aumentando a escala para distribuir os custos por uma maior quantidade produzida.
"“In France, more than in other European countries where state intervention was less important, the end of the quotas is a major evolution,” says Vincent Chatellier, a researcher at Institut National de Recherche Agronomique. “For 30 years, French authorities encouraged regional development and medium-sized, family-owned dairy farms.”
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Once Europe’s top exporter of agricultural products, France has in recent years been dethroned by the Netherlands and Germany. It is still the continent’s largest producer, but more competitive countries are pushing down the prices of beef, pork and dairy products at home and gaining market share abroad.
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Cédric Daudin, a dairy farmer near Blois, says France has yet to reconcile its ideal of traditional farming, centred around families, and the need to foster larger farms able to compete with lower-cost competitors in Germany or the  Netherlands. Farmers who seek authorisation to extend plots or smallholdings  often run into local opposition, he notes.
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The general public wants small farms because it is more pretty,” says Mr Daudin, 27. “There’s resistance to anything that resembles a factory. But this has a cost. Our labour costs are higher, some of our health and environmental rules are  tougher than the European norms.”"
30 anos de activismo político de governos sucessivos destruíram os sinais económicos que deveriam incentivar os agricultores no terreno a optarem por alternativas estratégicas em função da sua idiossincrasia e leitura do mercado. Uns, teriam optado pela via do gigantismo e tornar-se-iam nos gigantes do low-cost. Outros, teriam abandonado o sector. Outros, muitos, teriam optado por alternativas ao gigantismo: aposta em culturas alternativas; aposta em marcas; aposta em canais de distribuição alternativos; aposta em inovadores modelos de negócio, ...
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30 anos de activismo político que deixaram um grupo profissional a queixar-se do que acontece normalmente nos outros sectores. Uma qualquer fábrica pode produzir bem, pode encher o armazém de algo produzido sem defeitos e, no entanto, não ser capaz de seduzir os clientes simplesmente porque alguém fez melhor ou fez diferente e seduziu os clientes. É a vida!
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O interessante... é como este é o grande desafio, o desafio prioritário em tantos e tantos sectores, em tantas e tantas empresas em todo o mundo.
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Reconhecer que há alternativas à competição pelo preço.
Acreditar que a procura é heterogénea.
E, paciência estratégica para explorar até encontrar a alternativa que se ajusta ao caso de cada um.
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Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político?

Acerca dos CUT

O @MAL publicou este gráfico no Twitter:
Onde podemos ver a evolução dos Custos Unitários do Trabalho (CUT) a crescerem, ao longo desta década, na Finlândia.
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A inferência rápida que somos levados a tirar é que a crise finlandesa se deve à evolução dos elevados custos unitários do trabalho. Recordo daqui:
"Se os CUT são um rácio entre os custos do trabalho e a produtividade desse trabalho, então, a redução [o aumento] dos CUT pode ser obtida através de 3 vias:
  • reduzindo [aumentando] os custos do trabalho
  • aumentando [reduzindo] a produtividade do trabalho; ou
  • uma conjugação das duas.
Sistematicamente, quem fala da necessidade de reduzir os CUT fala em reduzir salários."
O que aconteceu aos salários finlandeses?
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O que aconteceu à criação de riqueza pelos finlandeses?
Fontes: LCPH e GDPAMP

Acho que é a isto a que chamam sticky wages. Os salários finlandeses cresciam muito mas no período 2012-14 não cresceram nada de especial. Contudo, a riqueza criada tem vindo sempre a descer. A conjugação das duas direcções no numerador e denominador, provocam o aumento considerável dos CUT.
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A minha alternativa?
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A mesma que recomendei e recomendo para Portugal, subir na escala de valor, trabalhar prioritariamente o numerador.


"mas o essencial é que o mercado de massas desapareceu"

Se admitirmos a hipótese Mongo, se a conjugarmos com a polarização dos mercados e assumirmos que o cliente é especialmente atraído pelo trading-up, então, não faz sentido pensar que os robots vão eliminar os postos de trabalho ocupados por humanos. Recordar o que já temos escrito por cá em "O truque é a interacção, a co-criação. Os robots não têm hipótese!".
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Daí que este título "A robotic workforce? No, humans are cheaper" se encaixe tão bem num futuro baseado na hipótese Mongo e nas experiências da Toyota e da Canon.
"People will be surprised - “[the use of robots] won’t be as disruptive as the hype today would suggest,” he continues.
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“The more a robot can do, the more it will cost – humans should be able to still be less expensive than robots. Plus robots for the foreseeable future will have to specialise, and we humans don’t – we’re more flexible.”
Julgo que esta discussão acerca dos humanos vs máquinas padece de um mal que identifico neste artigo, "On Your Marks: The Race to Global Manufacturing Leadership Is On", não acredito que voltemos ao século XX com um referencial único para todos. Uns optarão pelas técnicas aditivas, outros optarão pelas técnicas subtractivas, outros por mais automatização...  mas o essencial é que o mercado de massas desapareceu e deu origem a uma panóplia de tribos com gostos e refinamentos bem diferentes entre si.

Abordagem baseada no risco - ISO 9001:2015 (e-book)

Registámos num e-book a nossa reflexão sobre o que é, e como pode ser utilizada, a abordagem baseada no risco, a principal novidade da versão de 2015 da ISO 9001.
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Interessados podem encontrá-lo na Amazon aqui.
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Recordar o workshop para Setembro de 2015.
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Entretanto, vamos hibernar o blogue durante alguns dias, para pintar a casa, visitar o passadiço do Paiva e começar a escrever outro e-book.


quinta-feira, agosto 13, 2015

Um dos nossos problemas?

Ontem, a propósito da morte de John H. Holland, recordei aqui no blogue este postal de Agosto de 2010 "Um admirável mundo novo pleno de oportunidades".
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Nele salientei o que Holland dizia acerca das florestas tropicais:
"There is great diversity, as in a tropical forest, with many niches occupied by different kinds of agents" 
Na altura, entusiasmado com esta frase, liguei à minha irmã, bióloga, para que corroborasse a minha construção mental:
"a floresta tropical é muito rica em diversidade porque é muito rica em recursos naturais, em nutrientes."
A minha irmã deu-me uma desilusão, o solo das florestas tropicais é conhecido por ser muito pobre. A chuva constante lixivia e arrasta os nutrientes para o curso de água mais próximo.
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Levei alguns anos a voltar ao tema e a perceber que a relação de causa-efeito é ao contrário: porque os solos são pobres é que a floresta tropical é muito rica em biodiversidade. Ao contrário das florestas das zonas temperadas.
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Qual será o paralelismo para a economia?
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Fará sentido querer que a economia portuguesa tenha um perfil semelhante ao de outros países? Não será precisamente aí que está um dos nossos problemas, o querer copiar padrões adequados para outro tipo de solos?
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Se um solo é rico, vários agentes de uma mesma espécie podem competir pelos mesmos nutrientes, haverá nutrientes para muitas unidades. Se um solo é pobre, um agente bem sucedido de uma espécie monopoliza o acesso a um certo tipo de nutrientes, fazendo o crowdingout dos restantes agentes da mesma espécie. Outros agentes de outras espécies terão sucesso se competirem por diferentes tipos de nutrientes. Depois, como os recursos são escassos há toda uma hierarquia de espécies que crescem e prosperam em torno de cada um destes agentes, seguindo a mesma regra e promovendo assim a biodiversidade. O efeito dos rouxinóis de McArthur multiplicado por milhares de vezes:

Race to the bottom, em directo

O Aranha, sempre atento a estas coisas, enviou-me um e-mail com esta foto:
Bom exemplo do funcionamento de um mercado comoditizado. Prestadores de serviços, fornecedores, enviam propostas sem visitar o potencial cliente, sem saber dimensão e sector do cliente. Tão "Grab&Go"!
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O que esperará o cliente final desta certificação? Aposto que me diria, se testado numa máquina da verdade:
- É uma treta que tenho de ter para aumentar a minha pontuação uns pontitos e conseguir uma majoração qualquer... 
Hummm! Cheira-me que daqui a uns anos será mais um "lesado" a protestar porque vai ter que devolver dinheiro, por não ter atingido objectivos e ninguém lhe disse nada.

A decisão mais importante

Em linha com o que se escreve neste blogue há mais de dez anos. Num negócio, a pedra angular é escolher quem são os clientes-alvo. Este artigo, "The Single Decision That Will Make Or Break An Entrepreneur’s Business", corrobora a mensagem:
"there is one decision you must be maniacal about in order to gain any momentum: your target market. Whether your idea is in its infancy, or your product is ready for primetime, selecting your market is essential before you begin selling. [Moi ici: O texto é sobre startups mas acredito que a mensagem se aplica também a empresas maduras. Quando precisam de mudar de modelo de negócio, quando precisam de se internacionalizar, quando querem entrar num novo mercado, quando querem entrar numa nova categoria, ...]
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All these companies target specific groups in geographically defined areas, limiting the number of potential customers to maximise the value they deliver."