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sexta-feira, janeiro 16, 2015

Uma plataforma para relacionar duendes?

O @walternatez chamou-me a atenção para "Alfaiates do século XXI. A tradição casou-se com a modernidade"... como não recordar Mongo!!!
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Como não recordar "A costura é uma arte"
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A certa altura pode ler-se:
"Público-alvo: o executivo. Alguém com poder de compra, que pertence à classe média-alta e que gosta de ter uma imagem cuidada. Ou um fashionista,"
A isto chama-se identificar quem são os clientes-alvo, o alicerce de qualquer negócio que queira ter um futuro.
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Outro ponto interessante é este:
"As camisas que a Slägen & Zonen está a exportar para França são produzidas em Portugal. Os tecidos são italianos e o algodão é egípcio. Renato Braz explica que têm procurado tecidos portugueses, mas que ainda não encontraram a qualidade – do tecido e do serviço – que pretendiam, por cá. “O nosso primeiro critério é a qualidade dos tecidos e o segundo é o nível do serviço. Em Portugal, ainda não encontrámos, sobretudo a nível do serviço, uma oferta que nos agrade”, contou." 
Recordei logo ""Sim, missão para duas ou três gerações seguidas" (parte IV)" com as empresas do pavilhão "premium" e, a conversa com um produtor de framboesas que me alertou que não basta produzir boas framboesas, é preciso escala mínima para as cadeias intermediárias se darem ao trabalho de aceitar discutir proposta. Se calhar, as empresas que estão no pavilhão "premium" consideram que estes alfaiates não têm escala suficiente para as interessar.
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Até que ponto estes alfaiates, que também podem ser duendes, e os duendes das CHIcoração (aqui e aqui, atenção ao comentário neste último postal) deste país precisavam de alguém que os pusesse a falar e a trabalhar juntos?

quinta-feira, maio 08, 2014

A força crescente da democratização da produção (parte II)

Parte I.
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Nem de propósito, acerca da democratização da produção, com a proliferação futura de makerspaces dos duendes do bairro, da cidade, do concelho, este texto:
"What used to be called “public goods” is today called “platforms”. A new form of a company is being born!
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Once the up-front costs have been incurred and the platform is established, the more people there are who are sharing the benefits, the greater the net present value of the whole value system becomes.  A platform company should therefore be as open, as accessible and as supportive as possible, to as many users as possible.  This is unequivocally the route to optimum value creation.  Moreover, the higher the value of the system, the costlier it becomes to all its members to replace it – creating a major barrier to entry.
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Restructuring a firm for the new world would require concurrent relative downsizing of legacy systems and upsizing of the new open platforms.  [Moi ici: Recordar isto, os "greenfield investments"] As both are explicitly costly things to do and the financial rewards of the latter are typically deferred, the exercise becomes challenging for incumbents to implement within the constraints of the existing financial frameworks. But it is happening!
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Internet scale economies can create almost boundless returns without the company growing at all.
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The sheer size of an enterprise will tend to mean less in the digital network business than in the world of physical goods. Companies don’t grow any more in the way they used to! It is the networks that grow!"
A par disto, outro tema comum aqui no blogue, o ecossistema da procura:
"But something else needs to change too: customer focus has been the dominant mantra in business. Everybody knows that everything should focus on the customer. However this is not enough any more.[Moi ici: Recordar "Acerca do ecossistema da procura"]
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The central aggregator of enterprise value will no longer be a value chain, but a network space, where these platform companies are fully market-facing and the customer experience is defined by applications connecting to the platform.
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The basis of executive power is shifting from being in charge to being connected. New leaders understand that power with people is much more effective than power over people. It is about integrating the best of networked thinking and leveraging the new platforms for value creation."
Trecho retirado de "Why companies don’t grow – The idea of the platform company"

quarta-feira, abril 30, 2014

A vantagem dos duendes

Há muitos anos, entre 25 e 30, não sei se no meu primeiro Drucker, "Innovation and Entrepreneurship", ou no meu segundo, o monumental "Management: Tasks, responsibilities, practices" li a história de uma marca suíça de botas de montanha que ganhou prestígio após a primeira guerra mundial. A empresa era gerida por dois irmãos, durante essa guerra, um dos irmãos ficou a gerir a fábrica, enquanto o outro foi combater como voluntário, julgo que no exército francês, esse irmão usava as botas e mandava cartas, ao irmão na fábrica, com conselhos sobre como melhorar o desempenho e conforto das botas. (BTW, em quantas empresas os seus gestores e líderes não usam nem conhecem os seus produtos e serviços? Por exemplo, quem decide as carreiras dos transportes públicos anda de transportes públicos?)
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Com a especialização trazida pela era industrial, em que quem produz o recurso está distante de quem usa e integra esse recurso na sua vida, a comunicação entre produtor e beneficiário tem tendência a rarefazer-se e mesmo a desaparecer. Sem essa comunicação não há co-evolução, não há interacção, não há customização.
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Lembrei-me de tudo isto por causa do artigo que o DE trazia ontem "Nelo admite crescer acima de 10% ao ano com novas modalidades":
"A marca foi criada em 1978 por Manuel Ramos, e está ligada à evolução da própria modalidade em Portugal. "A génese da canoagem portuguesa confunde-se com o aparecimento da marca Nelo. O senhor Manuel Ramos foi o primeiro campeão nacional da modalidade.
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Muitos dos 85 trabalhadores são praticantes de canoagem. Não há nada como passar pela experiência para perceber as necessidades dos atletas. "Mais de 50% das pessoas que trabalham aqui estão ou estiveram ligadas à modalidade. Começando pelo senhor Manuel Ramos até ao empregado mais novo que tem 19 anos, e que é também campeão nacional de canoagem. É um dos factores principais do nosso sucesso, que as pessoas que trabalham nos barcos percebam o que é o barco, como é que funciona""
Esta interacção com o beneficiário, esta coincidência entre produtor e utilizador é um trunfo importante, conjugada com esta abordagem:
""desde cedo que Manuel Ramos percebeu que não podia fazer as coisas como os outros faziam, tinha de ser diferente, de ser superior aos outros, para se conseguir distinguir, para ser um ‘player' no mercado"." 
Esta é a vantagem dos artesãos modernos, dos duendes, a paixão conjugada com a coalescência entre produtor e consumidor, fomentadora de interacção que cria diferenciação, customização e, sobretudo, magia!!!

quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Música celestial para este blogue

"A business movement focused on the little guy"
"An entire network of companies and organizations have sprung from, or for, the maker community. These organizations aim to help individual creators compete with the largest companies for consumer attention. Some of these companies are already familiar names, others will be. From websites and communities that provide inspiration, instruction, and designs -- such as Pinterest and Instructables -- to companies like Tech Shop that provide access to tools, to the tool-makers themselves, such as MakerBot and ShopBot, supporting services and platforms are enabling more people to make things.
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For the makers who believe others might also want to see and use their creations, companies like Kickstarter and Indiegogo offer access to funding, firms like Quirky and Shapeways help take ideas to market, while Etsy and Threadless provide marketplaces that can connect makers to consumers. For those who want to reach a larger audience, a growing host of companies are acting as incubators and orchestrators to connect makers with production, manufacturing, and distribution channels.
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The rapidly growing network around makers has enabled a significant shift in power from large companies to individuals. In effect, this network has allowed the little guy, in many cases an individual, to punch above his weight and start nibbling away at the big guys' market share. In Gladwell's view, the underdog has a competitive advantage precisely because he has lacked advantages, making him scrappier, more capable of improvisation, and, most notably, less invested in winning.
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The maker trend represents the democratization of the means of production. And it is happening on a broad scale. It might be tempting, as a big company, to be complacent, to wave this off as a phenomenon limited to the coasts or big cities. That would be a mistake. In the same way that newspapers or the music industry dismissed early Internet efforts and suffered the disruptive consequences, makers are encroaching on the traditional domains of consumer goods and manufacturing. Our colleague Duleesha Kulasooriya notes that, "increasingly, any entrepreneur can have a global storefront and a global audience. Now that building new products is easier, competition can, and will, come from everywhere."






terça-feira, fevereiro 25, 2014

"Unscale" cheira-me sempre a trabalho de duende e isso é bom

Música celestial para este blogue em "Technology Unlocks “Economies Of Unscale” For Small Businesses".
"That’s why I’m excited about the development of next-generation business platforms that provide small business owners with simple and beautiful tools to compete. We’re finally moving beyond byzantine processes and complicated workflows to mobile-enabled software centered on clarity and accessibility. As a consequence, we are slowly witnessing the genesis of a “new economies of unscale,” in which small businesses aided by these platforms can suddenly defeat even the largest of corporations [Moi ici: Embora esse não deva ser o objectivo, pode, excepcionalmente, transformar-se numa consequência. David deve seguir o seu caminho que é servir algumas tribos que estão fora da caixa. David aspirar a ser uma "large corporation" é esquecer-se que o Estranhistão está aí e que há cada vez menos gente dentro da caixa]– and become household names."

"Unscale" cheira-me sempre a trabalho de duende e isso é bom, muito bom, para as PMEs.

domingo, fevereiro 23, 2014

Os duendes

Mais um exemplo de co-criação, de interacção, de proximidade, de artesãos, de makers, de ... e ainda por cima no Porto "Velo Culture".
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Ficava ainda melhor se pusessem as fotos do "antes" também.
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O futuro também passa por isto, restauros (sou um fã do "Restauradores" no Canal História), reconversões e canibalismo de uns modelos para outros.