Triste!
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Perceber que um
português humano pode tirar um curso superior, pode ocupar uma posição de chefia e, no entanto, achar que isto de usar indicadores é uma chatice.
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Não sei se é defeito de fabrico, não sei se é medo de perceberem como vai a sua coutada, não sei se é o risco de ter de tomar decisões baseadas em factos e ter de evidenciar, com outros factos, que produziram os resultados que prometeu ... ou não.
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Fico triste.
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Sei que é incorrecto mas não consigo deixar de pensar que os nossos Invernos amenos - que nunca nos obrigaram a ficar fechados em casa durante um mês ou mais, para termos tempo para reflectir sobre o que fizemos, o que correu bem e o que correu menos bem, e decidir melhorar a tentar algo diferente - nunca nos ajudaram a fugir desta mentalidade de levar um dia atrás do outro.
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Quando não se usam indicadores ganha quem sabe falar melhor, enganar melhor, há sempre uma desculpa...
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Quando se usam indicadores é um risco.
Não é preciso conversa, basta olhar para o resultado e comparar com a fronteira entre o bom e o mau desempenho.
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A conversa da desculpa, do encobrimento, do outro como culpado nunca vai chegar para tapar o óbvio:
Chegámos onde queríamos chegar ou ficámos aquém?