“attention is the most important currency anyone can give a business, and that attention is worth more than revenue or possessions.Trechos retirados de "Company of One: Why Staying Small is the Next Big Thing for Business" de Paul Jarvis.
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The new “attention-as-currency” may stem from how the world has changed since the industrial revolution, which had led to sellers making all the rules. Now buyers dictate what they want, how they want it, and when. And if they aren’t happy with one seller, they simply take to the internet and post their dissatisfaction, sometimes with reach greater than the seller’s.
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you need to learn how to elicit a strong emotional response to your business, and the personality of your brand, because while it’s easy to forget or lose interest in information, it’s much harder to forget strong emotion. You can do this by allowing your business to have some aspect of your own innate personality or quirks. Fascination in a product or service builds an emotional connection, and emotional connections hold attention.
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the tendency of large companies to be the vanilla ice cream of their market—they project a personality that’s universally acceptable, but bland. For a company of one, being vanilla isn’t going to allow you or your work to stand out. Companies of one have to be the pistachio ice cream of their market. For better or worse, people either absolutely love pistachio or can’t stand its flavor and weird green color. [Moi ici: Em Mongo cuidado com o tentar ser tudo para todos. Justin Bieber dá o exemplo]
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Fascination is the response when you take what makes you interesting, unique, quirky, and different and communicate it. When you start to understand how the world sees your business, you can amplify that understanding by featuring the specific traits that make you, you. When you own and harness aspects of your personality strategically, you can use them as a competitive advantage in a crowded marketplace—like an artisanal bucket of pistachio ice cream that people will gladly pay $25 for (instead of going with the $4 tub of vanilla).
Don’t just ask consumers to pay attention to your business. Instead, start doing the kinds of unique and unusual things that attract attention in order to make your business distinct.”
sexta-feira, julho 19, 2019
Cuidado com as marcas homogéneas
quinta-feira, julho 18, 2019
"Creativity Trumps Scale"
Este artigo, "This Ceramics Company Had a Cult Following But No Money. Then, 2 New Owners Brought it Back From the Brink", é simplesmente delicioso.
Um case study para quem quer viver em Mongo.
Em Mongo, para uma PME o negócio não pode ser quantidade, tem de ser preço mais alto, tem de ser valor acrescentado, tem de ser valor co-criado.
Pensar em quem são os clientes-alvo:
"They've shifted the business from wholesale to direct-to-consumer, built a San Francisco experiential destination, expanded into the bridal registry business, and forged creative collaborations with everyone from fashion designers to furniture makers."Pensar em que é que, ou como é que, se pode fazer a diferença:
"Creativity Trumps ScalePensar nas partes interessadas, quem pode ajudar a construir um ecossistema win-win-win?
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The couple--designers with a 14-year-old son--didn't want to fall into the trap of increasing volume to meet demand, which often sacrifices quality. Instead, at maximum capacity at both factories, they took Heath in the opposite direction: creating limited-release lines sold only in the showrooms that channel the experimentation and playfulness of founder Edith Heath. "It's the heart and soul of where we come from," says Petravic."
"continued working with some of the country's best restaurants, creating dinnerware lines with two of themPensar no que custa ser independente e ter uma estratégia:
...
always looking for interesting collaborations ... Pairing her designers with artists who inspire them, says Bailey, allows them to create more interesting designs than they would on their own. It's also expanded Heath into new categories"
""We don't want to be forced to do things we don't want to do."[Moi ici: Lembrei-me logo de uma leitura marcante, "The Soul of Design" e do trecho "If you want to be a really great creative company, you have to have a certain amount of cash flow, so you can afford to say 'no,' so you don't have to do something you don't really believe in."]
But perhaps the couple's biggest impact, says Bailey, will come from employing a "slow business" approach to growth that enables the company to go all in on creativity, quality, and transparency.
...
putting it on track to be debt free by the end of 2020."[]
Há aqui algo que me escapa, confesso
Há dias li "Têxtil faz lóbi em Bruxelas para não perder estatuto de PME".
Por um lado fiquei a pensar nas empresas que se habituam e ficam "presas" aos subsídios.
A existirem, qual o objectivo dos subsídios? Não deveria ser apoiar empresas até que elas não precisam de rodinhas para andar de bicicleta sozinhas?
Qual o sentido de ter empresas a saltar de subsídio após subsídio ano após ano?
Qual o sentido de ter sempre os mesmos a receberem subsídios?
Por outro lado pensei na evolução do sector têxtil português desde a entrada da China na Organização Mundial do Comércio.
Desde 2009 a 2019 sempre a crescer em exportações e empresas mais pequenas (Em 2000 exportámos 4927 milhões de euros e em 2017 exportámos 5237 milhões de euros).
Em 1995 exportámos cerca de 15 mil euros por trabalhador no sector.
Em 2017 exportámos cerca de 38 mil euros por trabalhador no sector.
Entretanto as empresas foram ficando cada vez mais pequenas (17006 empresas em 2003 (13 trabalhadores por empresa) e 12330 em 2017 (11,1 trabalhadores por empresa))
Interessante estes números sobre a evolução da quantidade de trabalhadores por dimensão das empresas num seminário da CGTP em 2005:
As empresas maiores foram as que mais trabalhadores perderam.
Por outro lado ainda fiquei a pensar em Mongo e nas suas exigências de séries mais pequenas, muita flexibilidade, rapidez, variedade...
Há aqui algo que me escapa, confesso.
Por um lado fiquei a pensar nas empresas que se habituam e ficam "presas" aos subsídios.
A existirem, qual o objectivo dos subsídios? Não deveria ser apoiar empresas até que elas não precisam de rodinhas para andar de bicicleta sozinhas?
Qual o sentido de ter empresas a saltar de subsídio após subsídio ano após ano?
Qual o sentido de ter sempre os mesmos a receberem subsídios?
Por outro lado pensei na evolução do sector têxtil português desde a entrada da China na Organização Mundial do Comércio.
Desde 2009 a 2019 sempre a crescer em exportações e empresas mais pequenas (Em 2000 exportámos 4927 milhões de euros e em 2017 exportámos 5237 milhões de euros).
Em 1995 exportámos cerca de 15 mil euros por trabalhador no sector.
Em 2017 exportámos cerca de 38 mil euros por trabalhador no sector.
Entretanto as empresas foram ficando cada vez mais pequenas (17006 empresas em 2003 (13 trabalhadores por empresa) e 12330 em 2017 (11,1 trabalhadores por empresa))
Interessante estes números sobre a evolução da quantidade de trabalhadores por dimensão das empresas num seminário da CGTP em 2005:
As empresas maiores foram as que mais trabalhadores perderam.
Por outro lado ainda fiquei a pensar em Mongo e nas suas exigências de séries mais pequenas, muita flexibilidade, rapidez, variedade...
Há aqui algo que me escapa, confesso.
quarta-feira, julho 17, 2019
Curiosidade do dia
Ao ouvir este texto "A Rare Look Inside Zara" e o rol de preocupações ambientais da Zara:
Li há dias que:
"Inditex is announcing a number of new measures intended to highlight its commitment to sustainability. The company is installing a sustainability committee on the board to monitor its efforts and is linking executives’ long-term bonuses to achieving sustainability goals for the first time. At the same time, it's set new environmental targets for the company.Ocorreu-me um pensamento. Isto é muito interessante, mas se a Inditex está assim tão preocupada com o ambiente, quando é que muda o seu modelo de negócio baseado na fast-fashion: usar e deitar fora?
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Building on work already underway, the fast fashion giant is introducing a slew of new sustainability targets and reiterating existing goals, many of which will be implemented fastest at its flagship brand.
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By the end of this year, all Zara stores will meet the company’s eco-efficient standards, reducing energy consumption by 20 percent and water consumption by 40 percent. All brands within the Inditex empire will meet this standard by next year.
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The company is also increasing the amount of clothes it makes under its Join Life label — which indicates a garment has been made in factories that meet Inditex's highest environmental and social standards using materials or processes that are better for the environment."
Li há dias que:
"According to a British study, the average article of women’s clothing is worn seven times before it’s discarded."
Two-tier labour market
Esta manhã durante uma caminhada matinal tive oportunidade de ler dois artigos de certa forma relacionados. O primeiro foi "Young people struggle in eurozone’s two-tier labour market":
"Although the eurozone has been experiencing an uninterrupted economic expansion for the past six years, youth unemployment is proving persistent.O segundo foi "Older Employees Breathe New Life Into Europe’s Labor Market":
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The proportion of workers aged between 15 and 24 who are unemployed is around 16 per cent, double that of the general population. This means about 2.3m under-25s across the continent are unable to find a job.
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Joblessness is particularly concentrated in the eurozone’s peripheral economies, where the crisis hit hardest. More than 30 per cent of young workers are unemployed in weaker labour markets such as Italy, Spain and Greece."
"When entrepreneur Kim Diaz opened a bar-restaurant in this buzzing Mediterranean city four years ago, he adopted a strict hiring policy: only workers aged 50 and above.
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The bet has paid off. Older staff are punctual, polite and hardworking, the 51-year-old said, and their professionalism has proven a hit with younger customers.
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Workers aged 55-74 accounted for 85% of employment growth in the eurozone between 2012 and 2018, according to the Organization for Economic Cooperation and Development, a think tank for mostly rich countries. Around 10 million jobs were created during that period.
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The trend upends the usual thinking on labor markets. Normally, it is cheaper and more-flexible younger workers that are coveted. But the large and highly educated baby-boomer generation has accumulated skills that are tough to replace, employers and economists say.
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The shift toward older workers comes as Europe approaches a demographic cliff. Sixteen percent of the working-age population of the region’s currency union, aged 15-64, will be lost by 2050 relative to the region’s total population, according to a paper published in June by the European Central Bank. That is double the share of the U.S. working-age population that will be lost over the period.
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The influx of older workers means that the eurozone’s labor force is now 2% larger than before the crisis, defying predictions it would shrink.
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To capitalize on this trend, Caroline Young founded a recruitment agency in Paris in 2005 that places retired workers with industrial companies in France, Germany and Belgium. French companies had been laying people off in their late 50s to cut costs. Now, many companies want them back.
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“Employers have realized you’re not that old at retirement,” says Ms. Young, who says she has more than 1,000 retirees working every year. Her oldest placement was 80 years old.
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“Younger people are not very flexible anymore in terms of traveling,” said Steffen Haas, who runs a similar agency in Germany for aging automotive experts. “Our guys are 65-70, they will jump in a plane and fly to Mexico next week.”"
Correntes e tendências
Ontem apanhei este título "William De Vijlder: “O telhado da economia portuguesa está na melhor forma de sempre”" de onde sublinhei o lead:
Nos últimos tempos tenho apanhado cada vez mais textos sobre tendências que podem vir a afectar a economia do futuro. Quando escrevo sobre Mongo:
"O economista-chefe do BNP Paribas diz que os robôs ou a imigração são a solução para a escassez de mão de obra."Perspectivar o futuro como uma continuação linear do presente costuma dar maus resultados.
Nos últimos tempos tenho apanhado cada vez mais textos sobre tendências que podem vir a afectar a economia do futuro. Quando escrevo sobre Mongo:
- já escrevi sobre o DIY (faça você mesmo - e as cooperativas de bairro);
- há dias li sobre o fenómeno crescente da venda em 2ª mão - "Outro factor a alterar a paisagem competitiva"
- hei-de escrever sobre o DFY (done for you) (o que implica proximidade, customização - o retorno da modista e do alfaiate)
- no ano passado o Rui Moreira chamou-me a atenção para o crescente número de marcas de calçado que disponibilizam o serviço de reparação de calçado
- ontem li "The life-changing magic of making do" e julgo que é um sintoma de outra corrente a retornar, a da frugalidade. A do retorno do sapateiro, ou da modista.
Estas correntes e outras hão-de alterar os paradigmas de consumo e, dessa forma, os paradigmas de produção e comercialização, sem falar na impressão 3D.
Estas correntes tanto darão resposta às questões ambientais; como à falta de mão de obra, como à crescente tribalização do gosto em nichos à la Mongo.
terça-feira, julho 16, 2019
Cenários
Esta introdução:
Um player muito grande, potencial cliente B2B, num determinado sector iria abandonar a prática de produzir na China para todo o mundo e criar unidades produtivas para servir cada um dos continentes.
Esse player, como a AB InBev, compete pelo custo mais baixo.
"A maior produtora mundial de cervejas decidiu cancelar a entrada em bolsa da sua unidade da Ásia-Pacífico devido às condições atuais do mercado."Há dois anos animei uma discussão em que esta abordagem emergiu num cenário.
Um player muito grande, potencial cliente B2B, num determinado sector iria abandonar a prática de produzir na China para todo o mundo e criar unidades produtivas para servir cada um dos continentes.
Esse player, como a AB InBev, compete pelo custo mais baixo.
Azeite, estratégia e valor
"O azeite do olival superintensivo tem qualidade?Não! Não tem nada de curioso.
Em 31 azeites premiados no mais importante concurso nacional, 27 nasceram das nossas variedades tradicionais e 4 de variedades estrangeiras. Curioso, não?"
Curioso seria os produtores do olival superintensivo andarem no campeonato dos concursos sobre qualidade de azeite.
A produção superintensiva está no campeonato da eficiência, no campeonato do volume, no campeonato do custo mais baixo. Por isso, recorre a variedades de azeitona que maximizem a capacidade produtiva, não necessariamente o sabor ou outros parâmetros valorizados no azeite. O que interessa é maximizar a produção de algo que legalmente seja considerado azeite. E é azeite.
Quem participa em concursos para ganhar está no campeonato do preço mais alto. Por isso, cultiva a diferenciação, por isso cultiva coisas como autenticidade, tradição, experiência, sustentabilidade, humanidade. Um campeonato completamente diferente.
Enquanto o primeiro grupo está na race to the bottom, sempre em busca de umas migalhas de percentagem de mais eficiência, e concentra a sua atenção no denominador, o segundo grupo cultiva o numerador, trabalha para a eficácia.
Os concursos são uma forma de influenciar a percepção dos potenciais compradores acerca da qualidade do azeite através da opinião de painéis de especialistas e connaisseurs (influenciadores).
Qualidade tanto é ausência de defeitos (e mais qualidade é mais barato), como é mais atributos (e mais qualidade é mais caro).
“The reason the alchemists gave up in the Middle Ages was because they were looking at the problem the wrong way – they had set themselves the impossible task of trying to turn lead into gold, but had got it into their heads that the value of something lies solely in what it is. This was a false assumption, because you don’t need to tinker with atomic structure to make lead as valuable as gold – all you need to do is to tinker with human psychology so that it feels as valuable as gold. At which point, who cares that it isn’t actually gold?Recordando os azuis, vermelhos e pretos de Terry Hill:
If you think that’s impossible, look at the paper money in your wallet or purse; the value is exclusively psychological. Value resides not in the thing itself, but in the minds of those who value it. You can therefore create (or destroy) value it in two ways – either by changing the thing or by changing minds about what it is.”
Produtores de olival superintensivo a participar em concursos fariam o papel dos vermelhos da figura, organizações sem estratégia, stuck-in-the-middle.
Trecho retirado de "Alchemy: Or, the Art and Science of Conceiving Effective Ideas That Logical People Will Hate" de Rory Sutherland.
segunda-feira, julho 15, 2019
"Passion doesn’t precede mastery, but follows it"
“Cal Newport, the best-selling author of So Good They Can’t Ignore You, argues that passion is the side effect of mastery. To Newport, following your passion is fundamentally flawed as a career strategy because it fails to describe how most successful people ended up with compelling careers and can lead to chronic job-shifting and angst when your reality falls short of your passionate dream for your career. Newport believes that we need to be craftspeople, focused on getting better and better at how we use our skills, in order to be valuable to our company and its customers. The craftsperson mind-set keeps you focused on what you can offer the world; the passion mind-set focuses instead on what the world can offer you.
...
Another study on college students, from psychologist Jeffrey Arnett, found that most postgrads expect the work they do in their career to not be just a job but an adventure. The problem is that most of the subjects felt entitled to meaningful and adventurous work, but no obligation to put in the time and effort to master the skill set required. Just as autonomy is achieved through mastery of skills and ownership of an ability to solve problems, so too is passion. Passion doesn’t precede mastery, but follows it.
The feeling among some employees, team members, or even business owners that they are owed something just for showing up is a difficult pill to swallow. Linda Haines, who ran a human resources department at a large international company, says that many people who were raised to feel like they’re always winners, regardless of their relative efforts, merits, or skills, feel entitled to promotions and advances just because they show up to the office. [Moi ici: Algo tão comum nos dias de hoje. Dizer às crianças que o mais importante é participar. Há um lado positivo e há um lado negativo]
...
Passion isn’t the catalyst that creates success, but more often what develops after success is achieved. Taking action and doing work, as a first step, create momentum, and this momentum happens when you’re caught up in—and enjoying—the process of your work, not its possible outcomes.
The gist is this: you can pursue any passion you want, but you shouldn’t feel entitled to make money off it. Passion in work comes from first crafting a valuable skill set and mastering your work.”
Trechos retirados de "Company of One: Why Staying Small is the Next Big Thing for Business" de Paul Jarvis.
Mongo na medicina
Mongo na medicina:
"Doctors have traditionally approached diseases with a one-size-fits-all model. But advances in genetics and artificial intelligence are making medical treatment far more personal and effective.Trechos retirados de "How to profit from the age of bespoke medicine"
...
The past few years have seen huge advances in medicine, heralding a new era in treating disease. We’re getting better at predicting diseases, especially those that run in families, which means that both doctors and patients know which symptoms to watch out for. We’re more effective at tailoring treatments to the individual, resulting in healthier patients and fewer side effects from medication"
domingo, julho 14, 2019
How does the strategic direction of your organization influence or frame your quality management system? (Part I)
ISO 9001:2015 mentions "strategic direction" in clauses 4.1, 5.1.1b), 5.2.1 a) and 9.3.1.
How does the strategic direction of your organization influence or frame your quality management system?
ISO 9000:2015 defines strategy as "plan to achieve a long-term or overall objective". Also, ISO 9000:2015 defines policy as "intentions and direction of an organization as formally expressed by its top management".
Not very helpful.
If we think on an abstract ladder we will get:
How does the strategic direction of your organization influence or frame your quality management system?
What is an organization?
An organization can be viewed as a set of interrelated processes:
Where C's are customers at different stages of their relationship with an organization as set of interrelated processes (P).
If we choose an economic sector and compare performance among organizations we will see a lot of variability. There is more variability among organization within the same economic sector than between economic sectors:
So, same economic sector, same country, same rules, same people, ... what is different?
Something inside the organizations: strategy.
Let us make a comparison with sports.
When I was a small boy I watched in TV the Olympics at Munich in 1972. I remember this champion, Vasily Alexeyev:
Look into his body, a system prepared to compete and win.
Then came the 80's and there was a champion in athletics, Carl Lewis:
Look into his body, a system prepared to compete and win. A system very different from Vasily's.
Each sport requires a different set of skills, requires a different kind of body. Even in the same sport, like running, 100 m champions are different from 10 000 m champions.
What happens when an athlete wants to be good at everything?
Let us go again to the Olympics and to Montreal 1976.
Bruce Jenner won the gold medal in the decathlon, setting a world record. Bruce was a generalist among generalists and that year he was the best. For example:
How does the strategic direction of your organization influence or frame your quality management system?
ISO 9000:2015 defines strategy as "plan to achieve a long-term or overall objective". Also, ISO 9000:2015 defines policy as "intentions and direction of an organization as formally expressed by its top management".
Not very helpful.
If we think on an abstract ladder we will get:
How does the strategic direction of your organization influence or frame your quality management system?
What is an organization?
An organization can be viewed as a set of interrelated processes:
Where C's are customers at different stages of their relationship with an organization as set of interrelated processes (P).
If we choose an economic sector and compare performance among organizations we will see a lot of variability. There is more variability among organization within the same economic sector than between economic sectors:
So, same economic sector, same country, same rules, same people, ... what is different?
Something inside the organizations: strategy.
Let us make a comparison with sports.
When I was a small boy I watched in TV the Olympics at Munich in 1972. I remember this champion, Vasily Alexeyev:
Look into his body, a system prepared to compete and win.
Then came the 80's and there was a champion in athletics, Carl Lewis:
Look into his body, a system prepared to compete and win. A system very different from Vasily's.
Each sport requires a different set of skills, requires a different kind of body. Even in the same sport, like running, 100 m champions are different from 10 000 m champions.
What happens when an athlete wants to be good at everything?
Let us go again to the Olympics and to Montreal 1976.
Bruce Jenner won the gold medal in the decathlon, setting a world record. Bruce was a generalist among generalists and that year he was the best. For example:
- He run the 100 m in 10.94 seconds
- He pushed the shot in shot put at 15.35 m
- He threw the javelin at 68.52 m
When you're a generalist competing with other generalist the competition works at a certain level.
In the same Olympics there were specialists running 100 m, pushing the shot or throwing the javelin and the gold medalists had this performance
- Hasely Crawford run the 100 m in 10.06 seconds
- Udo Bayer pushed the shot in shot put at 21.05 m
- Miklós Némete threw the javelin at 94.58 m
Bruce Jenner, a champion among generalists wouldn't had a chance against the specialists (Valery Borzov was bronze medal at 100 m with 10.14 seconds)
I believe that in every economic sector we are seeing more and more specialists, salami slicers. Organizations that don't pretend to win, to serve all kinds of customers. They pick one niche, one tribe and they become specialists in serving them, generalists have no chance.
Picking a strategic direction is deciding to be a specialist, is deciding whom and where to serve. It makes no sense speaking about process benchmarking in general. Will an organization compare its processes with another organization that serves different customers from a different segment and with different priorities and expectations?
According to your organization's strategic direction the quality management system can be like Vasily Alexeyev or Carl Lewis or ...
Part II will be about different kinds of customers.
Part III will be about interested parties and ecosystems.
Mudar e anichar!
Recuar a 2006:
Procurar uma alternativa com mais valor acrescentado e mais barreiras à entrada: anichar!
Texto retirado de "Como uma empresa de 357 anos se reinventou no século XXI"
"Se existem empresas no mercado com vantagens competitivas, os autores perguntam: “Quantas?” Uma ou mais?Foi deste texto e do seu esquema pragmático que me lembrei ao ler:
E se a nossa empresa não goza de uma vantagem competitiva, ao contrário de outras, os autores são extremamente pragmáticos: “A sua empresa é uma formiga: saia quanto antes, saia com estilo”
A imagem da formiga está relacionada com o que acontece num piquenique, quando as formigas invadem o espaço dos humanos, são esmagadas!"
"Por que vocês mudaram para ingredientes funcionais?Perceber que a escala domina quando se trabalha com commodities e que se se é uma formiga o melhor é sair enquanto se tem possibilidade.
WVE: Estávamos a trabalhar com café e cacau e eu não gostava da negociação. O mercado tinha mudado de tal forma que ou se faz em larga escala, como a Cargill faz, ou não se faz. Caso contrário, fica-se preso em algum lugar. Precisávamos de fazer outra coisa e eu pensava realmente em algo que precisasse de mais conhecimento, para que a entrada de novatos não fosse fácil. E alimentos funcionais encaixam-se muito bem. Eu estava fazer o trabalho no Japão, vi suplementos em lojas e pensei que isso era algo realmente novo."
Procurar uma alternativa com mais valor acrescentado e mais barreiras à entrada: anichar!
Texto retirado de "Como uma empresa de 357 anos se reinventou no século XXI"
sábado, julho 13, 2019
Curiosidade do dia
Isto é Portugal: limpinho, limpinho, limpinho.
Por isso, quando o pau nos bate nas costas culpamos os alemães, ou o Passos, pelos nossos males.
Por isso, não mudamos de vida e voltamos a repetir como no filme Groundhog Day.
Já agora, contaram-me casos deste tipo com as escolas renovadas pela Parque Escolar: gastos com utilidades antes e depois.
Trecho retirado de "Ar condicionado de luxo da Câmara de Guimarães desligado para poupar"
"O sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) da Câmara de Guimarães está sem funcionar praticamente desde que foi instalado, em 2010, porque consome muita energia. O equipamento é um dos mais luxuosos do país e o JN conseguiu ter acesso à ata da deliberação da compra, que mostra que o preço final foi de 813 mil e 400 euros, mais IVA, o que dá um total de um milhão de euros.Portugal é esta fixação na próxima jogada sem pensar nas consequências das decisões que se tomam.
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É uma verba gasta pelo erário público que raramente teve utilidade, pois o sistema apenas foi ligado algumas vezes desde que acabou de ser colocado, em 2010."
Por isso, quando o pau nos bate nas costas culpamos os alemães, ou o Passos, pelos nossos males.
Por isso, não mudamos de vida e voltamos a repetir como no filme Groundhog Day.
Já agora, contaram-me casos deste tipo com as escolas renovadas pela Parque Escolar: gastos com utilidades antes e depois.
Trecho retirado de "Ar condicionado de luxo da Câmara de Guimarães desligado para poupar"
Mais qualidade para lucrar mais
Os meus amigos da Cascata de Números desafiaram-me para a falar sobre Qualidade.
O meu ângulo de abordagem será o da: mais qualidade para lucrar mais.
O meu ângulo de abordagem será o da: mais qualidade para lucrar mais.
sexta-feira, julho 12, 2019
Subir na escala de valor
Acho que muita gente se esquece disto "Why Gross Profit Is More Important Than Revenue":
"I’ve started encouraging the companies I’m involved in to focus on Gross Profit and the growth rate associated with their Gross Profit, rather than Revenue. Try the exercise and see how you compare to the companies you think you should compare to. And think about how much more value you could be creating with the same Revenue number but a higher Gross Margin percentage …"
"Most thinking stops at stage one"
Há anos que uso a metáfora do jogador amador de bilhar que só pensa na próxima jogada sem medir as consequências do que defende nas jogadas seguintes. Sim, karma is a bitch!
"When I was an undergraduate studying economics under Professor Arthur Smithies of Harvard, he asked me in class one day what policy I favored on a particular issue of the times. Since I had strong feelings on that issue, I proceeded to answer him with enthusiasm, explaining what beneficial consequences I expected from the policy I advocated.Trecho retirado de " Applied Economics - Thinking Beyond Stage One" de Thomas Sowell.
"And then what will happen?" he asked.
The question caught me off guard. However, as I thought about it, it became clear that the situation I described would lead to other economic consequences, which I then began to consider and to spell out.
"And what will happen after that?" Professor Smithies asked.
As I analyzed how the further economic reactions to the policy would unfold, I began to realize that these reactions would lead to consequences much less desirable than those at the first stage, and I began to waver somewhat.
"And then what will happen?" Smithies persisted.
By now I was beginning to see that the economic reverberations of the policy I advocated were likely to be pretty disastrous—and, in fact, much worse than the initial situation that it was designed to improve.
Simple as this little exercise may sound, it goes further than most economic discussions about policies on a wide range of issues. Most thinking stops at stage one. In recent years, former economic advisers to presidents of the United States—from both political parties—have commented publicly on how little thinking ahead about economic consequences went into decisions made at the highest level."
quinta-feira, julho 11, 2019
Exportações YTD
Os resultados das exportações em Maio de 2019 pintam um quadro mais alegre que o de Abril.
Olhando para os items que acompanho há anos:
Nas imagens comparo meses homólogos. Interessante como isto compara bem com os relatos que apanho sobre o calçado. Começo de ano muito difícil, sócio-estado sempre ávido de cobrar, levou ao encerramento de muitas pequenas empresas. Agora, a aproximar-se o pico de produção para Inverno, não há capacidade de produção suficiente.
No quadro seguinte comparo valores acumulados:
Impressionante a ascensão das Aeronaves e da Óptica e o desempenho dos Automóveis.
Já agora relativamente ao mundo da moda, uma melhoria do panorama:
Recordo que estes gráficos comparam valores homólogos mensais, são por isso mais voláteis.
Nas imagens comparo meses homólogos. Interessante como isto compara bem com os relatos que apanho sobre o calçado. Começo de ano muito difícil, sócio-estado sempre ávido de cobrar, levou ao encerramento de muitas pequenas empresas. Agora, a aproximar-se o pico de produção para Inverno, não há capacidade de produção suficiente.
No quadro seguinte comparo valores acumulados:
Impressionante a ascensão das Aeronaves e da Óptica e o desempenho dos Automóveis.
Já agora relativamente ao mundo da moda, uma melhoria do panorama:
Tail risks can screw you (parte II)
Parte I.
O D. Pedro IV comentou:
Demasiada gente fica seduzida com o glamour, com o lado solar, e não sabe, ou desvaloriza o sofrimento, o risco, ou o lado lunar.
O comentário avança duas linhas de pensamento. A primeira é acerca da essência da estratégia, a segunda acerca do nível de risco.
1. A essência da estratégia
A essência da estratégia é ser capaz de dizer não. Recordo sempre a lição de Agosto de 2008:
Sem escolher dizer não a certas coisas, não se pode ser excelente a outras, fica-se stuck-in-the-middle.
No texto "Quando falta mão de obra (parte II)" citei:
2. Até onde arriscar?
Em princípio parece não haver uma resposta única a esta pergunta. Cada um arrisca até onde a sua paixão pelo risco o leva. No entanto, em Antifrágil Nassim Taleb dá uma pista infalível. Seguir o exemplo dos estóicos:
O D. Pedro IV comentou:
"Disclaimer: não conheço o caso em concreto. Mas há um padrão que se tem.vindo a repetir....Por que usei a foto na parte I?
.
- "Mas porque é que não têm lojas? Porque é que não vendem on-line? Olhe que o mercado está a mudar muito e não podem ficar de fora."
À resposta:
- "porque somos fabricantes e queremos foco completo e especialização nisso"
As pessoas olham com verdadeira desilusão. Senti isso várias vezes. O mundo está cheio de Ícaros, ou se preferirmos de exemplos do princípio de Peter que nos impele sempre a avançar até que saímos da nossa área de experiência e core business.
Exagerando: a necessidade (quase obrigação) de sair da zona de conforto está overrated!"
Demasiada gente fica seduzida com o glamour, com o lado solar, e não sabe, ou desvaloriza o sofrimento, o risco, ou o lado lunar.
O comentário avança duas linhas de pensamento. A primeira é acerca da essência da estratégia, a segunda acerca do nível de risco.
1. A essência da estratégia
A essência da estratégia é ser capaz de dizer não. Recordo sempre a lição de Agosto de 2008:
"the most important orders are the ones to which a company says 'no'"O que não vamos fazer? Quem não vamos servir?
Sem escolher dizer não a certas coisas, não se pode ser excelente a outras, fica-se stuck-in-the-middle.
No texto "Quando falta mão de obra (parte II)" citei:
"Of course, economies of scale can sometimes be required for success in certain markets and for some products, but often they aren’t required and it is ego, not a strong business strategy, that is forcing growth where growth isn’t necessary."Entre crescer pelo volume ou crescer pelo preço unitário (ou seja, pelo valor acrescentado) não deveria ser um dilema para uma PME. No entanto, quase sempre a pressão pelo crescimento leva a dizer sim a mais coisas do que deviam ser aprovadas. E uma organização começa a dispersar-se, começa a espalhar os recursos escassos por fatias de pão cada vez maiores.
2. Até onde arriscar?
Em princípio parece não haver uma resposta única a esta pergunta. Cada um arrisca até onde a sua paixão pelo risco o leva. No entanto, em Antifrágil Nassim Taleb dá uma pista infalível. Seguir o exemplo dos estóicos:
"combines an aggressive stance toward upside opportunities with a healthy paranoia about large negative outcomes"Nunca arriscar a casa. Só arriscar até ao limite em que se tudo for perdido, a vida pode continuar. Ou seja:
"Dans une stratégie qui entraîne la ruine; les bénéfices ne compensent jamais les risques de ruine"Deixa-me arriscar, tenho aqui uma possibilidade fantástica de ganhar uma boa maquia, só tenho de jogar uma vez na roleta russa...
quarta-feira, julho 10, 2019
Outro factor a alterar a paisagem competitiva
Um tema que tem aparecido recorrentemente na minha lista de leituras nos últimos meses, a explosão da venda de artigos em segunda-mão:
- StockX to Become First Billion-Dollar Sneaker Reseller
- Why Teens Are Selling Clothes Out of Their Closets
Outro factor a alterar a paisagem competitiva que mexe com o mundo das PME exportadoras.
Tail risks can screw you up
A propósito de "Eureka em PER com dívidas de 22 milhões a 622 credores" como não recordar da parte II:
"Of course, economies of scale can sometimes be required for success in certain markets and for some products, but often they aren’t required and it is ego, not a strong business strategy, that is forcing growth where growth isn’t necessary."Para contextualizar: "De Vizela para o mundo" e "A atracção das marcas".
Primeiro um disclaimer: as pessoas da Eureka têm o meu respeito porque são gente com skin-in-the-game, são gente que fazem o que cada vez é mais difícil e arriscado, põem o pescoço no cepo e ao fazê-lo criam emprego.
Qual poderá ser o seu erro?
E recordo de "Jouer Sa Peau" de Nassim Taleb:Added a section to explain that Goldman Sachs survived for 149 years by explicitly avoiding SOME tail risks and taking a lot of other risks. pic.twitter.com/Qk2f7GG6Ai— Nassim Nicholas Taleb (@nntaleb) May 2, 2018
"On peu aimer le risque tout en nourrissant une aversion profonde pour la ruine.A atracção pelo crescimento rápido pode levar ao tail risk de tudo perder.
L' asymétrie central de la vie est la suivante:
Dans une stratégie qui entraîne la ruine; les bénéfices ne compensent jamais les risques de ruine"
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