quinta-feira, julho 18, 2019

Há aqui algo que me escapa, confesso

Há dias li "Têxtil faz lóbi em Bruxelas para não perder estatuto de PME".

Por um lado fiquei a pensar nas empresas que se habituam e ficam "presas" aos subsídios.
A existirem, qual o objectivo dos subsídios? Não deveria ser apoiar empresas até que elas não precisam de rodinhas para andar de bicicleta sozinhas?
Qual o sentido de ter empresas a saltar de subsídio após subsídio ano após ano?
Qual o sentido de ter sempre os mesmos a receberem subsídios?

Por outro lado pensei na evolução do sector têxtil português desde a entrada da China na Organização Mundial do Comércio.
Desde 2009 a 2019 sempre a crescer em exportações e empresas mais pequenas (Em 2000 exportámos 4927 milhões de euros e em 2017 exportámos 5237 milhões de euros).

Em 1995 exportámos cerca de 15 mil euros por trabalhador no sector.
Em 2017 exportámos cerca de 38 mil euros por trabalhador no sector.

Entretanto as empresas foram ficando cada vez mais pequenas (17006 empresas em 2003 (13 trabalhadores por empresa) e 12330 em 2017 (11,1 trabalhadores por empresa))

Interessante estes números sobre a evolução da quantidade de trabalhadores por dimensão das empresas num seminário da CGTP em 2005:
As empresas maiores foram as que mais trabalhadores perderam.

Por outro lado ainda fiquei a pensar em Mongo e nas suas exigências de séries mais pequenas, muita flexibilidade, rapidez, variedade...

Há aqui algo que me escapa, confesso.

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