sábado, dezembro 02, 2017
Análise do contexto ao vivo e a cores (parte III)
Parte I e parte II.
Na figura abaixo, a equipa de Alex Osterwalder propõe uma ferramenta para fazer a análise do contexto externo em busca de potenciais forças disruptoras
Até que ponto uma ferramenta deste tipo pode ajudar a sua empresa?
Se olhar para trás consegue identificar 3 ou 4 tendências externas ou eventos que influenciaram o percurso da sua empresa, positiva ou negativamente?
Consegue reconhecer essas tendências externas na figura?
Se sim, OK.
Se não, use-as como base para melhor ajustar a ferramenta à sua realidade. Por exemplo, até que ponto este tropeção está representado na figura? Talvez acrescente ao "Market Analysis" mais um tópico "Customer trends", algo mais concreto que "Needs and demands".
Recordar o "Context Map Canvas"
Figura retirada de "How To Scan Your Business Model Environment For Disruptive Threats And Opportunities"
Na figura abaixo, a equipa de Alex Osterwalder propõe uma ferramenta para fazer a análise do contexto externo em busca de potenciais forças disruptoras
Até que ponto uma ferramenta deste tipo pode ajudar a sua empresa?
Se olhar para trás consegue identificar 3 ou 4 tendências externas ou eventos que influenciaram o percurso da sua empresa, positiva ou negativamente?
Consegue reconhecer essas tendências externas na figura?
Se sim, OK.
Se não, use-as como base para melhor ajustar a ferramenta à sua realidade. Por exemplo, até que ponto este tropeção está representado na figura? Talvez acrescente ao "Market Analysis" mais um tópico "Customer trends", algo mais concreto que "Needs and demands".
Recordar o "Context Map Canvas"
Figura retirada de "How To Scan Your Business Model Environment For Disruptive Threats And Opportunities"
Indicadores
Para alguém como eu, que aprecia o papel e a utilidade dos indicadores na vida das organizações, eis um artigo interessante, "5 Questions You Must Answer to Measure Your Business Well":
"Regardless of the measurement you need to answer five things about it:
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1. What’s the measurement’s purpose? Know the significance of the metric and what you’ll change in your business based on the numbers you measure.
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2. What data source will you use? Different sources of data can yield different results.
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3. How will you calculate the metric? Define a formula, especially for complex measures.
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4. How frequently will you measure? Measuring takes effort. Be efficient and only measure as frequently as you need to.
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5. Who will review the measure? Define the stakeholders who are going to receive the reports."
sexta-feira, dezembro 01, 2017
Tropeçar e aprender
"Strategy emerges over time as intentions collide with and accommodate a changing reality.Há tempos encontrei uma empresa com um exemplo bem claro desta coisa de tropeçar na realidade e perceber que estava perante uma oportunidade de fazer algo diferente.
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Emergent strategy is a a realized pattern that was not expressly intended in the original planning of strategy.
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Deliberate strategies provide the organization with a sense of purposeful direction. Emergent strategy implies that organizations are learning what really works."
Cliente pede um desenvolvimento, empresa faz o desenvolvimento.
Cliente pede produção para esse desenvolvimento, empresa percebe que não tem capacidade de produção para atender a esse pedido e que não está interessada em evoluir para a dimensão que esse cliente impõe.
Empresa percebe que clientes exigentes de grande dimensão recorrem aos seus serviços de concepção e desenvolvimento por causa da sua fama, por causa da sua rapidez e por causa do seu know-how. Empresa percebe que isso pode ser um negócio aparte e independente da produção.
Empresa começa a desenvolver um novo modelo de negócio para certo tipo de clientes-alvo em que a sua proposta de valor gira em torno da qualidade e rapidez do projecto, e já não em torno da produção.
A empresa nunca tinha pensado nesta possibilidade, tropeçou nela e transformou-a numa estratégia deliberada depois de a ter avaliado.
Trecho retirado de "93% of Successful Companies Abandon Their Original Strategy"
Análise do contexto ao vivo e a cores (parte II)
Parte I.
Na semana passada numa empresa, achei interessante o comentário de um trabalhador de uma empresa. Apesar de trabalhar para uma empresa portuguesa, também trabalha em part-time para uma multinacional de muito sucesso.
Qual foi o comentário? Uma desconfiança quanto ao futuro de uma sociedade que não poupa, o que o leva a defender investimentos muito prudentes e a nunca pensar em servir o mercado nacional.
Recordei a conversa quando li "“Nem a moeda única nos salvará de um quarto resgate”, avisa Daniel Bessa".
É sobre estas opiniões que a cláusula 4.1 da ISO 9001:2015 trata, quando se refere às questões externas. A propósito deste webinar ontem realizado, mais de 50% das perguntas que recebi antes e durante o webinar diziam respeito à documentação. A preocupação sobre como é que os auditores vão verificar o cumprimento dos requisitos. Com estes webinars a que acedem pessoas de todo o mundo, percebi que a doença afinal não é portuguesa, é geral: as pessoas acham que só é legal, só é válido o que está escrito na lei. Se não está escrito não deve ser permitido fazer. Se não está escrito, somos livres de fazer o que muito bem entendemos, ponto.
Será que é preciso ter medo de como documentar uma reflexão sobre os factores externos que uma empresa considera relevantes? Se os temas foram discutidos e são relevantes não ficará nada na cabeça de quem os discutiu? E essa discussão não influirá na definição de objectivos e na determinação de riscos e oportunidades?
E apareceu-me agora na cabeça a recordação do texto citado em "Para reflexão" e o título do livro "In an Uncertain World":
Que factores, que temas externos as empresas consideram quando repensam sobre o prazo de validade das suas estratégias, sobre as oportunidades em que tropeçam, sobre as ameaças que julgam perceber no horizonte?
E fico a pensar no dilema do filho de Stephen Covey, e penso em gente mais preocupada em fazer um visto numa checklist de conformidade com a norma do que em reflectir pelo menos uma vez por semestre sobre o ambiente onde a organização está inserida. E isto é demasiado importante ...
Na semana passada numa empresa, achei interessante o comentário de um trabalhador de uma empresa. Apesar de trabalhar para uma empresa portuguesa, também trabalha em part-time para uma multinacional de muito sucesso.
Qual foi o comentário? Uma desconfiança quanto ao futuro de uma sociedade que não poupa, o que o leva a defender investimentos muito prudentes e a nunca pensar em servir o mercado nacional.
Recordei a conversa quando li "“Nem a moeda única nos salvará de um quarto resgate”, avisa Daniel Bessa".
É sobre estas opiniões que a cláusula 4.1 da ISO 9001:2015 trata, quando se refere às questões externas. A propósito deste webinar ontem realizado, mais de 50% das perguntas que recebi antes e durante o webinar diziam respeito à documentação. A preocupação sobre como é que os auditores vão verificar o cumprimento dos requisitos. Com estes webinars a que acedem pessoas de todo o mundo, percebi que a doença afinal não é portuguesa, é geral: as pessoas acham que só é legal, só é válido o que está escrito na lei. Se não está escrito não deve ser permitido fazer. Se não está escrito, somos livres de fazer o que muito bem entendemos, ponto.
Será que é preciso ter medo de como documentar uma reflexão sobre os factores externos que uma empresa considera relevantes? Se os temas foram discutidos e são relevantes não ficará nada na cabeça de quem os discutiu? E essa discussão não influirá na definição de objectivos e na determinação de riscos e oportunidades?
E apareceu-me agora na cabeça a recordação do texto citado em "Para reflexão" e o título do livro "In an Uncertain World":
"Yet one wonders how long such luck will last. This brings me back to the title of Rubin’s book, his “uncertain world.” In such a world, the vast majority things are outside our control, determined by God or luck. After we have given our best and once the final card is drawn, we should neither become too excited by what we have achieved nor too depressed by what we failed to achieve. We should simply acknowledge the result and move on. Maybe this is the key to a happy life."Diferentes decisores, perante as mesmas questões externas, terão diferentes opiniões e tomarão diferentes decisões.
Que factores, que temas externos as empresas consideram quando repensam sobre o prazo de validade das suas estratégias, sobre as oportunidades em que tropeçam, sobre as ameaças que julgam perceber no horizonte?
E fico a pensar no dilema do filho de Stephen Covey, e penso em gente mais preocupada em fazer um visto numa checklist de conformidade com a norma do que em reflectir pelo menos uma vez por semestre sobre o ambiente onde a organização está inserida. E isto é demasiado importante ...
Uma testa de ponte
"Mr Galperín is now moving into the banking sector — about half of the region’s 650m population do not have bank accounts. “We have democratised commerce, now we want to democratise money,” he says, humility dissipating.Acredito que esta postura é a mais adequada para entrar num sector enfrentando menos concorrência aberta, menos resistência e menos "Antrais". Começar pelos que não são clientes de ninguém, começar por quem não está no mercado. Assim, há medida que se vai crescendo, está-se de certa forma longe do radar dos incumbentes, porque não se lhes está a comer quota de mercado. À medida que a oferta se for adequando aos clientes-alvo, os clientes overservd dos bancos vão começar a repensar a sua lealdade como clientes, e quando os incumbentes acordarem .... vão ter um competidor muito mais forte e com uma lógica de negócio bem diferente.
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Nevertheless, he balks at the suggestion that he is setting out to “disrupt” the banks. “No, no, no,” he protests. “We are not competing with the banks, but targeting the 50 per cent [of people] who have no account, or whose needs are not being met.”"
Trecho retirado de "MercadoLibre’s Marcos Galperín on Latin America’s ecommerce boom"
quinta-feira, novembro 30, 2017
"algo à parte da gestão da empresa"
E encontrar uma empresa com bons resultados, com alguma narrativa sobre a estratégia que faz sentido, com alguns escolhas dolorosas assumidas e com um sistema de gestão da qualidade certificado segundo a ISO 9001:2015.
Por que escrevo esta introdução?
Por que sinto que apesar de tudo o que tem de bom falta-lhe fazer batota, falta-lhe abusar daquilo em que é boa e que decorre das escolhas estratégicas que fez. Por que sinto que um dos culpados dessa lacuna é o sistema de gestão da qualidade. O sistema está certificado e cumpre os requisitos da norma mas sente-se que é algo à parte da gestão da empresa.
Uma pena!
Por que escrevo esta introdução?
Por que sinto que apesar de tudo o que tem de bom falta-lhe fazer batota, falta-lhe abusar daquilo em que é boa e que decorre das escolhas estratégicas que fez. Por que sinto que um dos culpados dessa lacuna é o sistema de gestão da qualidade. O sistema está certificado e cumpre os requisitos da norma mas sente-se que é algo à parte da gestão da empresa.
Uma pena!
A vantagem competitiva
Análise do contexto ao vivo e a cores
Recebi um e-mail em que alguém me pergunta:
No princípio desta semana visitei uma empresa que está entusiasmada. Está a começar a produzir peças para o T-Roc que está a ser produzido na Autoeuropa e antevê a possibilidade de uma produção regular, certinha, sem problemas de fabrico, para os próximos seis anos.
Agora, imaginem a situação da gestão de topo dessa empresa ao ler "Pré-acordo na Autoeuropa foi chumbado"... agora, imaginem que em Wolfsburg recebem mais um apelo de Osnabruck para a transferência de 30 mil veículos com potencial para chegar aos 100 mil veículos/ano?
Imaginem que Wolfsburg opta por Osnabruck...
Eu, se fosse a gestão de topo da tal empresa, começava a esfriar fortemente as minhas expectativas para o futuro e, a carregar a minha lista de ameaças e a diminuir a minha lista de oportunidades.
Agora, acrescentem as milhares de empresas que estão a trabalhar neste ecossistema...
Agora, acrescentem as estatísticas das exportações...
- Com que frequência deve uma organização rever/actualizar as sua determinação das partes interessadas para o seu sistema de gestão da qualidade?E a primeira coisa que me veio à cabeça foi a análise do contexto...
No princípio desta semana visitei uma empresa que está entusiasmada. Está a começar a produzir peças para o T-Roc que está a ser produzido na Autoeuropa e antevê a possibilidade de uma produção regular, certinha, sem problemas de fabrico, para os próximos seis anos.
Agora, imaginem a situação da gestão de topo dessa empresa ao ler "Pré-acordo na Autoeuropa foi chumbado"... agora, imaginem que em Wolfsburg recebem mais um apelo de Osnabruck para a transferência de 30 mil veículos com potencial para chegar aos 100 mil veículos/ano?
Imaginem que Wolfsburg opta por Osnabruck...
Eu, se fosse a gestão de topo da tal empresa, começava a esfriar fortemente as minhas expectativas para o futuro e, a carregar a minha lista de ameaças e a diminuir a minha lista de oportunidades.
Agora, acrescentem as milhares de empresas que estão a trabalhar neste ecossistema...
Agora, acrescentem as estatísticas das exportações...
"scale is turning into a disadvantage"
"advantage of scale has given far more of us increased material wealth, access to mass education, longevity of life increased social complexity and so forth.Um pobre anónimo da província escreve destas coisas há anos, "Mas claro, eu só sou um anónimo engenheiro da província", um dia isto há-de chegar ao mainstream.
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Organizations have had a blueprint that was tailored for mass efficiency — but not meaningfulness, identity, belonging and individualization.
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there is an increase in market complexity and uncertainty. We are in an era where digitization has led industries to converge and mutate.
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So this system of certainty and predictability which was built for stability in certain times. Is suddenly finding itself in uncertainty. Unable to control for the asymmetric relationships that are appearing between their customers and new organizations.
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The only thing certain becomes uncertainty.
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the iron law of industry — advantage of scale itself — is being disrupted.
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In fact scale is turning into a disadvantage due to the massive cost of producing non-standardized parts.
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Scale, which once was a barrier to entry for new companies has turned into a barrier for incumbents to answer the demand patterns of the market.
As advantage of scale breaks down every scaffolding around it seems to shake or go down with it.
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When the iron law of efficiency — which has cost individuals, ideas, talents and meaningfulness so much — comes crashing down we are GIVEN the opportunity to redesign how we organize and create together."
Um dia havemos de ultrapassar o mindset do século XX, de Magnitogrado.
Trechos retirados de "When The Iron Law of Efficiency Comes Crashing Down"
quarta-feira, novembro 29, 2017
Cuidado com as melhores práticas
"Similarly, when Michelin, the tyremaker, tried to introduce lean production methods — as pioneered by Toyota — in the 1990s, it succeeded in improving productivity at the expense of agility and at a cost to its carefully nurtured humane corporate culture."
E o que é que Mongo requer? Agilidade e mais agilidade.
BTW, sublinho de "Customer experience investment fails to pay off as performance hits all-time low":
"“Businesses are still organised in the same way they were in Victorian times when we were building factories that churned out consistent objects. We’re now in a world where we sell concepts, content, ideas and thoughts [Moi ici: Em linha com "the more important it is to think about boundaries"] and the traditional organisational structure really isn’t effective in being able to do that.”"Cuidado com as melhores-práticas, cuidado com o benchmarking e com o uso que se dá à caneta.
BTW, aquela perda de agilidade da Michelin fez-me recordar as 8 semanas de congelamento:
"These practices are combined with the tradition within Toyota Production System of freezing the production schedule eight weeks before production begins, which substantially reduces responsiveness."
Trecho inicial retirado de "Best practice can make lemmings of us all"
I see Qimondas everywhere
Mal vi o título, "Portuguesa Sugal bate recorde de produção de tomate e factura mais de 265 milhões", porque sofro o maior castigo que os deuses podem lançar sobre um humano, isto é, ter memória. Cheguei ao Twitter e escrevi:
uma espécie de Qimonda https://t.co/5HaNfSorHn— Carlos P da Cruz (@ccz1) November 29, 2017
Depois, fui ao blogue e encontrei:
- É misturar alhos com bugalhos (Abril 2016)
- Tomate e proposta de valor (Maio 2007)
Guardem uns minutos para reflectir sobre esta empresa que no final de cada ano apresenta sempre estes resultados, mas que na primeira metade de ada ano está sempre a chorar apoios e benesses ao Estado.
Para reflexão
"As a consequence, I got into the best class in the best school in my city, [Moi ici: Na China] and thus began the most painful year of my life.Interessante como o penúltimo aluno numa escola de uma cidade chinesa de segunda categoria, consegue ser o melhor aluno no Reino Unido.
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Most of the class had been participating in various competitions in middle school and had become familiar with a large part of the high school syllabus already. Furthermore, they had also grown to know each other from those years of competitions together. And here I was, someone who didn’t know anything or anyone, surrounded by people who knew more to begin with, who were much smarter, and who worked just as hard as I did. What chance did I have?
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During that year, I tried very hard to catch up: I gave up everything else and even moved somewhere close to the school to save time on the commute, but to no avail. Over time, going to school and competing while knowing I was sure to lose became torture. Yet I had to do it every day. At the end-of-year exam, I scored second from the bottom of the class—the same place where I began in first grade.
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Finally, I threw in the towel, and asked my parents to send me abroad. Anywhere else on this earth would surely be better.
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So I came to the UK in 2001, when I was 16 years old. Much to my surprise, I found the UK’s exam-focused educational system very similar to the one in China.
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I found it hard to believe how much easier everything became. I scored first nationwide in the GCSE (high school) math exam, and my photo was printed in a national newspaper."
E este trecho:
"On the other hand, although the UK’s university system is considered superior to China’s, with a population that is only one-twentieth the size of my native country, competition, while tough, is less intimidating. For example, about one in ten applicants gets into Oxbridge in the UK, and Stanford and Harvard accept about one in twenty-five applicants. But in Hebei province in China, where I am from, only one in fifteen hundred applicants gets into Peking or Qinghua University"Faz-me lembrar uma mensagem que li, talvez em 2011, e que dizia que o top 1% de alunos chineses era mais numeroso que todos os alunos americanos juntos.
Trechos retirados de "The Western Elite from a Chinese Perspective"
terça-feira, novembro 28, 2017
O todo não é igual à soma das partes
Por que é que continuo a ver cada vez mais empresas com um sistema de gestão da qualidade certificado, segundo os requisitos decorrentes da ISO 9001:2015, em que as empresas consideram como objectivos da qualidade, como objectivos máximos do seu sistema, o somatório dos objectivos associados a cada um dos processos?
De onde veio esta ideia absurda de pensar que o todo é igual à soma das partes?
De onde veio esta ideia absurda de pensar que todos os processos são iguais e que não existe diferença no contributo de cada um para a execução da estratégia?
Muita gente precisa de aprender o que é a obliquidade.
Muita gente precisa de aprender o que é a obliquidade.
"the more important it is to think about boundaries"
"If 'management' is the art of achieving efficiency within a more or less defined framework, 'leadership' is the art of navigating an organization through structural change. Structural change may mean adverse conditions.Agora relacionar estes sublinhados com as reflexões sobre o tecto de vidro e a incapacidade de fazer escolhas dolorosas, sobre a dificuldade de deixar de pensar apenas no que se produz, o output, em vez de equacionar os inputs.
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If leadership is the same as helping an organization navigate through structural change, it must be based on an understanding of both external (contextual and business) dynamics and internal dynamics.
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Business systems are being reconfigured. No definitions, no boundaries are sacred.
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Co-production takes place in networks. 'Workers' are no longer employed but wandering nomads crossing invisible and undefinable boundaries everywhere. Companies invent means to influence what goes on far beyond their legal boundaries. They see customers and other value constellation partners as equally important to manage as 'employees'.
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This lack of boundaries, this haze, this lack of definition in the physical world, paradoxically requires us to think more, not less of boundaries. The paradox that the more boundaryless the world seems to be, the more important it is to think about boundaries [Moi ici: Ponto muito interessante, na senda de "First, define yourself, then, define your audience"]
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If we are to keep our sense of purpose and identity, we must have an idea of what we are and who we are. But the more the physical world becomes blurred, the more this sense of identity must come from reflection, from activities performed in the conceptual domain. [Moi ici: Outro ponto interessante, não somos o que fazemos, somos mais do que isso, somos os resultados que ajudamos a atingir, somos o progresso que facilitamos, somos os sonhos que ajudamos a cumprir]
Conceptualizing must compensate for the haziness."
Trechos de Richard Normann retirados do seu "Reframing Business"!!!
tecto de vidro
Sintomas
- "Aumento da procura faz disparar salários de engenheiros"
- "Falta de mão de obra qualificada retrai crescimento alemão"
- "Escandinávia precisa desesperadamente de mão-de-obra qualificada"
Sintomas que serão cada vez mais comuns no futuro. A demografia não engana.
Quais as implicações, quais as consequências?
Quais as implicações, quais as consequências?
segunda-feira, novembro 27, 2017
Mongo não vai por aí
Ao ler "This T-Shirt Sewing Robot Could Radically Shift The Apparel Industry" penso nos custos fixos a suportar.
Quanto custará uma pequena série?
Quem serão os clientes-alvo, os das grandes séries ou os das pequenas séries?
"When the Chinese clothing manufacturer Tianyuan Garments Company opens its newest factory in 2018, it will be in Arkansas, not China, and instead of workers hunched over sewing machines, the factory will be filled with fully autonomous robots and their human supervisors.Algo que não está alinhado com a tendência de Mongo, algo alinhado com o modelo do século XX.
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Once the system is fully operational, each of the 21 production lines in the factory will be capable of making 1.2 million T-shirts a year, at a total cost of production that can compete in terms of cost with apparel companies that manufacture and ship clothing from the lowest-wage countries in the world. The factory will be one of the first to use a technology that could herald immense changes in how the apparel industry works."
Quanto custará uma pequena série?
Quem serão os clientes-alvo, os das grandes séries ou os das pequenas séries?
Conto do vigário
Tantos pensamentos, depois de ler "May the next Etsy learn its lessons" que me levou a procurar mais e chegar a "Inside the Revolution at Etsy".
"Venture capital taught Etsy that making money wasn’t a skill it needed to learn early on. Go on, it said, spend the millions. And when you’ve spent those, come back and get some more. So Etsy did. They came back for a B round, then a C round, then D, E, and F rounds. Just shy of $100 million in total.Como não recordar:
That experience deluded Etsy into thinking that they, uniquely, could ferry the scorpion across the river without getting stung. That a cool hundred million wouldn’t ever need to be paid back or corrupt its noble mission.
But the party only lasts until the music stops."
Quando isto, "Why the ‘end of the startup era’ could be great for entrepreneurs", for lugar-comum, muitos vão olhar para trás e achar incrível que esta geração tenha ido no conto do vigário com tanta facilidade.
E as Websummit, onde se encaixam?
E as Websummit, onde se encaixam?
que parolice https://t.co/1bNuefiRph que parolice mesmo. empreender ñ é lifestyle nem show, é seduzir clientes ou morrer— Carlos P da Cruz (@ccz1) October 31, 2016
Oh boy... torrar €€ à fartazana. Arranjar clientes e MVP vai ser a última coisa https://t.co/0jzUR9qA1g— Carlos P da Cruz (@ccz1) March 8, 2016
estilo de vida:— Carlos P da Cruz (@ccz1) June 26, 2017
-o q fazes?
-tenho uma startup
-já tens clientes?
-ñ preciso, com apoios e subsídios tenho vida por + 10 anos sem clientes
Fugir das decisões à la Infarmed
"We wanted to unpack the how by identifying what sets these teams apart in terms of how they spend their time and the critical behaviors they engage in.Muito, muito bom!!!
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Commit to an identity. The first tenet of their framework is that an organization must commit to an identity through a shared understanding of its value proposition and distinctive capabilities. In short, the organization must commit to focus on what it is good at and then go after it
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Translate strategy into everyday processes and capabilities. Our analysis of how senior teams spend their time shows that for this dimension:
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High-performing teams spend over 25% more time focusing the enterprise than their lower-performing peers. That time is spent establishing financial and operational metrics, aligning goals with overarching strategy, allocating resources, and reviewing key metrics.[Moi ici: Daí a importância de um balanced scorecard da 3ª geração]
High-performing teams spend 14% more time checking their progress against strategic goals by reviewing key metrics and shifting resources accordingly.
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Concentrate on the unique cultural factors that fuel success. Implicit in this assumption is resisting the temptation to drive traditional change programs based on addressing gaps or weaknesses.
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The academic literature as well as our consulting experience suggest that the ability to prioritize is a key ingredient to an enterprise leadership team’s success. This is no small task, given the constant and overwhelming demands on most teams. What do our data suggest about how teams go about this?
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High-performing teams, compared to lower-performing teams, spend 54% more time first setting direction, crafting a vision that serves as a guiding light for decisions regarding resources.
When it comes to execution, lower-performing teams spend an astounding 83% more time fire-fighting and dealing with issues at a tactical rather than strategic level.[Moi ici: Quando deixaremos esta mania de nas empresas praticar o mesmo que vimos à dias quanto ao Infarmed? ]
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Shape the future. High-performing teams successfully shape the future, rather than always being in a reactive mode in the present. How do they do it?
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They spend 25.3% more time influencing high-level stakeholders by identifying their needs and managing their expectations.
Unsurprisingly, though easier said than done, the high-performing teams spend 13.2% more time planning for the future by setting direction, creating a vision, and defining their strategy.
Finally, they shape the future by responding to change in the present (20.7% more effectively than lower-performing teams), positioning the enterprise for future success. This is consistent with much of the existing literature around the importance of agility in high-performing teams."
Trechos retirados de "How the Most Successful Teams Bridge the Strategy-Execution Gap"
domingo, novembro 26, 2017
False profits
Como é possível ser um chico esperto tão incompetente… #worten https://t.co/zUXFh8nKSO— poingg (@poingg) November 25, 2017
"False profits...E na sua empresa?
Some brands have even institutionalised false profits. I have learned of an airline that instituted a bonus system based on the over-weight baggage charges they manage to accumulate, as well as of a rental car company who offers gift vouchers to the rep having claimed the most damages on vehicles being returned (I wonder if these vouchers expire?).
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But even if you are less aggressive about what surely are not long-term profit maximising practices, it is probably worth conducting a thorough analysis of your company profits, maybe guided by customer complaints. What is the percentage of profits that can be linked to customer complaints? Are these worth it? Common sense says no. But you can go further and observe the behaviour of customers hit with complaint-generating profits."
Muitas vezes cliente e fornecedor têm uma relação de surdos.
Empresa fornecedora comenta comigo que um seu cliente importante lhe tinha prometido entregar um serviço subcontratado e acabou por descobrir que afinal vai ser feito por outra empresa. Quando olho para os indicadores da empresa fornecedora tento convencê-los de que o cliente tomou uma decisão correcta, dado os problemas que está a receber nos subcontratos actuais. Não é fácil ver o mundo calçando os sapatos do outro.
Trecho retirado de "False profits and the folly of gift card expiry dates"
Cooperativas, partes interessadas, valor e a sua partilha
Se a maior riqueza que há num ecossistema é a sua biodiversidade, porque encerra em si a robustez para lidar com o desconhecido, também numa economia a heterogeneidade e idiossincrasia é algo positivo pelas mesmas razões.
Recentemente visitei empresa muito bem sucedida e que, imaginem:
O que levanta outra questão:
Imaginem uma cooperativa com um sistema de gestão certificado pela ISO 9001 a marcar uma revisão do sistema extraordinária para actualizar a análise do contexto e das partes interessadas e tomar decisões à priori, a comandar os acontecimentos em vez de, com as calças na mão, ir a reboque dos acontecimentos.
BTW, estão a ver aquelas simulações sobre a vida das estratégias? Uma estratégia tem sucesso e a maioria das empresas está a tentar ter sucesso seguindo-a. Depois, algo muda no contexto, e uma empresa-pioneira testa uma nova abordagem e tem algum sucesso, à medida que essa abordagem vai se aperfeiçoando, o sucesso vai aumentando, o próprio contexto co-evolui e o spill-over começa a contaminar outras empresas que começam a seguir a mesma estratégia. Então, a densidade de uso da estratégia anterior começa a baixar e a da nova estratégia começa a subir. Depois, algures no tempo, uma nova alteração de contexto e uma nova experiência a nível de estratégia. Experiência que pode passar por recuperar uma estratégia anterior, uma estratégia entretanto abandonada.
Voltar a uma estratégia entretanto abandonada pode ser um retrocesso, pode ser um erro, pode ser muita coisa, mas voltamos ao princípio e à idiossincrasia.
Recentemente visitei empresa muito bem sucedida e que, imaginem:
- desistiu de crescer em quantidade, só aposta em crescer por aumento de preços, por subida na escala de valor;
- rejeita clientes;
- rejeita crescer mais do que um certo valor por cliente;
- rejeita convites de clientes para investir em novas fábricas em mercados onde esses clientes estão a implantar-se ou a expandir-se.
A gerência consegue explicar o racional por trás de cada uma dessas decisões. Outra gerência composta por outras pessoas poderia tomar outras decisões. Não há resposta certa, não há resposta única.
Sabendo e crendo na frase "Não há resposta certa, não há resposta única.", apesar de tudo, fico com pena disto "Aumenta procura direta de azeitona em Murça devido a quebras a nível internacional":
"A azeitona sai daqui a granel e não colocamos nós as nossas marcas no mercado internacional”, salientou. O responsável considerou ainda que, com esta venda direta, “não há mais-valia para o azeite de Trás-os-Montes”."Quem segue este blogue sabe o quanto valorizo a aposta:
- na autenticidade;
- na fuga ao granel comoditizado;
- na aposta numa marca;
- na subida na escala de valor;
O que levanta outra questão:
"esta situação pode “condicionar a vida das próprias cooperativas”."Até que ponto as cooperativas estão a fazer o seu trabalho? Até que ponto as cooperativas estão a tratar os produtores como partes interessadas livres que devem ser cativadas e seduzidas para um projecto de longo prazo? Até que ponto as cooperativas estão a recompensar convenientemente os produtores? Até que ponto as cooperativas têm elas próprias uma gestão suficientemente ágil? Para eventualmente melhorar preços a pagar aos produtores e negociar melhores condições com a procura? Para aproveitar oportunidades e colocar em novas prateleiras o seu azeite numa altura de escassez? Para subir preços em tempos de escassez?
Imaginem uma cooperativa com um sistema de gestão certificado pela ISO 9001 a marcar uma revisão do sistema extraordinária para actualizar a análise do contexto e das partes interessadas e tomar decisões à priori, a comandar os acontecimentos em vez de, com as calças na mão, ir a reboque dos acontecimentos.
BTW, estão a ver aquelas simulações sobre a vida das estratégias? Uma estratégia tem sucesso e a maioria das empresas está a tentar ter sucesso seguindo-a. Depois, algo muda no contexto, e uma empresa-pioneira testa uma nova abordagem e tem algum sucesso, à medida que essa abordagem vai se aperfeiçoando, o sucesso vai aumentando, o próprio contexto co-evolui e o spill-over começa a contaminar outras empresas que começam a seguir a mesma estratégia. Então, a densidade de uso da estratégia anterior começa a baixar e a da nova estratégia começa a subir. Depois, algures no tempo, uma nova alteração de contexto e uma nova experiência a nível de estratégia. Experiência que pode passar por recuperar uma estratégia anterior, uma estratégia entretanto abandonada.
Voltar a uma estratégia entretanto abandonada pode ser um retrocesso, pode ser um erro, pode ser muita coisa, mas voltamos ao princípio e à idiossincrasia.
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