sábado, agosto 15, 2015
"Neste contexto, não entendemos como é possível o consumo privado recuperar no próximo ano»" (parte II)
Parte I.
.
A propósito de "Portugal cresce acima da Zona Euro pelo quinto trimestre desde 2011".
.
Recordar "PIB: PS diz que previsões são «pouco credíveis»"
.
A propósito de "Portugal cresce acima da Zona Euro pelo quinto trimestre desde 2011".
.
Recordar "PIB: PS diz que previsões são «pouco credíveis»"
sexta-feira, agosto 14, 2015
Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político?
Depois de ler um artigo como este "French farmers reap a harvest of strife" sinto-me assim:
Pertencemos a dois universos distintos... falamos duas línguas diferentes, cada um com a sua cosmovisão.
.
Os agricultores ainda estão na fase marxiana:
.
Em todos os sectores económicos se vive(u) o mesmo. Quando a produção é superior à procura não basta produzir, não chega produzir. É preciso seduzir potenciais clientes para que prefiram os nossos produtos.
.
O que é que os economistas e outros membros da tríade propõem para conseguir essa sedução?
.
.
.
.
.
.
A redução de preços!
.
E como é que se reduzem preços e se ganha dinheiro ao mesmo tempo? Aumentando a eficiência, aumentando a escala para distribuir os custos por uma maior quantidade produzida.
.
30 anos de activismo político que deixaram um grupo profissional a queixar-se do que acontece normalmente nos outros sectores. Uma qualquer fábrica pode produzir bem, pode encher o armazém de algo produzido sem defeitos e, no entanto, não ser capaz de seduzir os clientes simplesmente porque alguém fez melhor ou fez diferente e seduziu os clientes. É a vida!
.
O interessante... é como este é o grande desafio, o desafio prioritário em tantos e tantos sectores, em tantas e tantas empresas em todo o mundo.
.
Reconhecer que há alternativas à competição pelo preço.
Acreditar que a procura é heterogénea.
E, paciência estratégica para explorar até encontrar a alternativa que se ajusta ao caso de cada um.
.
Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político?
Pertencemos a dois universos distintos... falamos duas línguas diferentes, cada um com a sua cosmovisão.
.
Os agricultores ainda estão na fase marxiana:
"“It’s down to global market prices now, not whether you did a good job,” she says. “You can have a great harvest and not earn much one year, and make more money with lower quality the following. The only thing we can predict is our costs, and they are always rising.”"Que outro sector da economia ainda acredita que o mais importante é produzir e que o preço deve incorporar o trabalho realizado?
.
Em todos os sectores económicos se vive(u) o mesmo. Quando a produção é superior à procura não basta produzir, não chega produzir. É preciso seduzir potenciais clientes para que prefiram os nossos produtos.
.
O que é que os economistas e outros membros da tríade propõem para conseguir essa sedução?
.
.
.
.
.
.
A redução de preços!
.
E como é que se reduzem preços e se ganha dinheiro ao mesmo tempo? Aumentando a eficiência, aumentando a escala para distribuir os custos por uma maior quantidade produzida.
"“In France, more than in other European countries where state intervention was less important, the end of the quotas is a major evolution,” says Vincent Chatellier, a researcher at Institut National de Recherche Agronomique. “For 30 years, French authorities encouraged regional development and medium-sized, family-owned dairy farms.”30 anos de activismo político de governos sucessivos destruíram os sinais económicos que deveriam incentivar os agricultores no terreno a optarem por alternativas estratégicas em função da sua idiossincrasia e leitura do mercado. Uns, teriam optado pela via do gigantismo e tornar-se-iam nos gigantes do low-cost. Outros, teriam abandonado o sector. Outros, muitos, teriam optado por alternativas ao gigantismo: aposta em culturas alternativas; aposta em marcas; aposta em canais de distribuição alternativos; aposta em inovadores modelos de negócio, ...
.
Once Europe’s top exporter of agricultural products, France has in recent years been dethroned by the Netherlands and Germany. It is still the continent’s largest producer, but more competitive countries are pushing down the prices of beef, pork and dairy products at home and gaining market share abroad.
...
Cédric Daudin, a dairy farmer near Blois, says France has yet to reconcile its ideal of traditional farming, centred around families, and the need to foster larger farms able to compete with lower-cost competitors in Germany or the Netherlands. Farmers who seek authorisation to extend plots or smallholdings often run into local opposition, he notes.
.
“The general public wants small farms because it is more pretty,” says Mr Daudin, 27. “There’s resistance to anything that resembles a factory. But this has a cost. Our labour costs are higher, some of our health and environmental rules are tougher than the European norms.”"
.
30 anos de activismo político que deixaram um grupo profissional a queixar-se do que acontece normalmente nos outros sectores. Uma qualquer fábrica pode produzir bem, pode encher o armazém de algo produzido sem defeitos e, no entanto, não ser capaz de seduzir os clientes simplesmente porque alguém fez melhor ou fez diferente e seduziu os clientes. É a vida!
.
O interessante... é como este é o grande desafio, o desafio prioritário em tantos e tantos sectores, em tantas e tantas empresas em todo o mundo.
.
Reconhecer que há alternativas à competição pelo preço.
Acreditar que a procura é heterogénea.
E, paciência estratégica para explorar até encontrar a alternativa que se ajusta ao caso de cada um.
.
Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político?
Acerca dos CUT
O @MAL publicou este gráfico no Twitter:
Onde podemos ver a evolução dos Custos Unitários do Trabalho (CUT) a crescerem, ao longo desta década, na Finlândia.
.
A inferência rápida que somos levados a tirar é que a crise finlandesa se deve à evolução dos elevados custos unitários do trabalho. Recordo daqui:
.
O que aconteceu à criação de riqueza pelos finlandeses?
Fontes: LCPH e GDPAMP
Acho que é a isto a que chamam sticky wages. Os salários finlandeses cresciam muito mas no período 2012-14 não cresceram nada de especial. Contudo, a riqueza criada tem vindo sempre a descer. A conjugação das duas direcções no numerador e denominador, provocam o aumento considerável dos CUT.
.
A minha alternativa?
.
A mesma que recomendei e recomendo para Portugal, subir na escala de valor, trabalhar prioritariamente o numerador.
Onde podemos ver a evolução dos Custos Unitários do Trabalho (CUT) a crescerem, ao longo desta década, na Finlândia.
.
A inferência rápida que somos levados a tirar é que a crise finlandesa se deve à evolução dos elevados custos unitários do trabalho. Recordo daqui:
"Se os CUT são um rácio entre os custos do trabalho e a produtividade desse trabalho, então, a redução [o aumento] dos CUT pode ser obtida através de 3 vias:O que aconteceu aos salários finlandeses?Sistematicamente, quem fala da necessidade de reduzir os CUT fala em reduzir salários."
- reduzindo [aumentando] os custos do trabalho
- aumentando [reduzindo] a produtividade do trabalho; ou
- uma conjugação das duas.
.
O que aconteceu à criação de riqueza pelos finlandeses?
Fontes: LCPH e GDPAMP
Acho que é a isto a que chamam sticky wages. Os salários finlandeses cresciam muito mas no período 2012-14 não cresceram nada de especial. Contudo, a riqueza criada tem vindo sempre a descer. A conjugação das duas direcções no numerador e denominador, provocam o aumento considerável dos CUT.
.
A minha alternativa?
.
A mesma que recomendei e recomendo para Portugal, subir na escala de valor, trabalhar prioritariamente o numerador.
"mas o essencial é que o mercado de massas desapareceu"
Se admitirmos a hipótese Mongo, se a conjugarmos com a polarização dos mercados e assumirmos que o cliente é especialmente atraído pelo trading-up, então, não faz sentido pensar que os robots vão eliminar os postos de trabalho ocupados por humanos. Recordar o que já temos escrito por cá em "O truque é a interacção, a co-criação. Os robots não têm hipótese!".
.
Daí que este título "A robotic workforce? No, humans are cheaper" se encaixe tão bem num futuro baseado na hipótese Mongo e nas experiências da Toyota e da Canon.
.
Daí que este título "A robotic workforce? No, humans are cheaper" se encaixe tão bem num futuro baseado na hipótese Mongo e nas experiências da Toyota e da Canon.
"People will be surprised - “[the use of robots] won’t be as disruptive as the hype today would suggest,” he continues.Julgo que esta discussão acerca dos humanos vs máquinas padece de um mal que identifico neste artigo, "On Your Marks: The Race to Global Manufacturing Leadership Is On", não acredito que voltemos ao século XX com um referencial único para todos. Uns optarão pelas técnicas aditivas, outros optarão pelas técnicas subtractivas, outros por mais automatização... mas o essencial é que o mercado de massas desapareceu e deu origem a uma panóplia de tribos com gostos e refinamentos bem diferentes entre si.
.
“The more a robot can do, the more it will cost – humans should be able to still be less expensive than robots. Plus robots for the foreseeable future will have to specialise, and we humans don’t – we’re more flexible.”
Abordagem baseada no risco - ISO 9001:2015 (e-book)
Registámos num e-book a nossa reflexão sobre o que é, e como pode ser utilizada, a abordagem baseada no risco, a principal novidade da versão de 2015 da ISO 9001.
.
Interessados podem encontrá-lo na Amazon aqui.
.
Recordar o workshop para Setembro de 2015.
.
Entretanto, vamos hibernar o blogue durante alguns dias, para pintar a casa, visitar o passadiço do Paiva e começar a escrever outro e-book.
.
Entretanto, vamos hibernar o blogue durante alguns dias, para pintar a casa, visitar o passadiço do Paiva e começar a escrever outro e-book.
quinta-feira, agosto 13, 2015
Um dos nossos problemas?
Ontem, a propósito da morte de John H. Holland, recordei aqui no blogue este postal de Agosto de 2010 "Um admirável mundo novo pleno de oportunidades".
.
Nele salientei o que Holland dizia acerca das florestas tropicais:
.
Levei alguns anos a voltar ao tema e a perceber que a relação de causa-efeito é ao contrário: porque os solos são pobres é que a floresta tropical é muito rica em biodiversidade. Ao contrário das florestas das zonas temperadas.
.
Qual será o paralelismo para a economia?
.
Fará sentido querer que a economia portuguesa tenha um perfil semelhante ao de outros países? Não será precisamente aí que está um dos nossos problemas, o querer copiar padrões adequados para outro tipo de solos?
.
Se um solo é rico, vários agentes de uma mesma espécie podem competir pelos mesmos nutrientes, haverá nutrientes para muitas unidades. Se um solo é pobre, um agente bem sucedido de uma espécie monopoliza o acesso a um certo tipo de nutrientes, fazendo o crowdingout dos restantes agentes da mesma espécie. Outros agentes de outras espécies terão sucesso se competirem por diferentes tipos de nutrientes. Depois, como os recursos são escassos há toda uma hierarquia de espécies que crescem e prosperam em torno de cada um destes agentes, seguindo a mesma regra e promovendo assim a biodiversidade. O efeito dos rouxinóis de McArthur multiplicado por milhares de vezes:
.
Nele salientei o que Holland dizia acerca das florestas tropicais:
"There is great diversity, as in a tropical forest, with many niches occupied by different kinds of agents"Na altura, entusiasmado com esta frase, liguei à minha irmã, bióloga, para que corroborasse a minha construção mental:
"a floresta tropical é muito rica em diversidade porque é muito rica em recursos naturais, em nutrientes."A minha irmã deu-me uma desilusão, o solo das florestas tropicais é conhecido por ser muito pobre. A chuva constante lixivia e arrasta os nutrientes para o curso de água mais próximo.
.
Levei alguns anos a voltar ao tema e a perceber que a relação de causa-efeito é ao contrário: porque os solos são pobres é que a floresta tropical é muito rica em biodiversidade. Ao contrário das florestas das zonas temperadas.
.
Qual será o paralelismo para a economia?
.
Fará sentido querer que a economia portuguesa tenha um perfil semelhante ao de outros países? Não será precisamente aí que está um dos nossos problemas, o querer copiar padrões adequados para outro tipo de solos?
.
Se um solo é rico, vários agentes de uma mesma espécie podem competir pelos mesmos nutrientes, haverá nutrientes para muitas unidades. Se um solo é pobre, um agente bem sucedido de uma espécie monopoliza o acesso a um certo tipo de nutrientes, fazendo o crowdingout dos restantes agentes da mesma espécie. Outros agentes de outras espécies terão sucesso se competirem por diferentes tipos de nutrientes. Depois, como os recursos são escassos há toda uma hierarquia de espécies que crescem e prosperam em torno de cada um destes agentes, seguindo a mesma regra e promovendo assim a biodiversidade. O efeito dos rouxinóis de McArthur multiplicado por milhares de vezes:
Race to the bottom, em directo
O Aranha, sempre atento a estas coisas, enviou-me um e-mail com esta foto:
Bom exemplo do funcionamento de um mercado comoditizado. Prestadores de serviços, fornecedores, enviam propostas sem visitar o potencial cliente, sem saber dimensão e sector do cliente. Tão "Grab&Go"!
.
O que esperará o cliente final desta certificação? Aposto que me diria, se testado numa máquina da verdade:
Bom exemplo do funcionamento de um mercado comoditizado. Prestadores de serviços, fornecedores, enviam propostas sem visitar o potencial cliente, sem saber dimensão e sector do cliente. Tão "Grab&Go"!
.
O que esperará o cliente final desta certificação? Aposto que me diria, se testado numa máquina da verdade:
- É uma treta que tenho de ter para aumentar a minha pontuação uns pontitos e conseguir uma majoração qualquer...Hummm! Cheira-me que daqui a uns anos será mais um "lesado" a protestar porque vai ter que devolver dinheiro, por não ter atingido objectivos e ninguém lhe disse nada.
A decisão mais importante
Em linha com o que se escreve neste blogue há mais de dez anos. Num negócio, a pedra angular é escolher quem são os clientes-alvo. Este artigo, "The Single Decision That Will Make Or Break An Entrepreneur’s Business", corrobora a mensagem:
"there is one decision you must be maniacal about in order to gain any momentum: your target market. Whether your idea is in its infancy, or your product is ready for primetime, selecting your market is essential before you begin selling. [Moi ici: O texto é sobre startups mas acredito que a mensagem se aplica também a empresas maduras. Quando precisam de mudar de modelo de negócio, quando precisam de se internacionalizar, quando querem entrar num novo mercado, quando querem entrar numa nova categoria, ...]
...
All these companies target specific groups in geographically defined areas, limiting the number of potential customers to maximise the value they deliver."
quarta-feira, agosto 12, 2015
Curiosidade do dia
Saúda-se esta alteração no discurso "PS atribui aos empresários mérito da recuperação da produção industrial".
.
Afinal há coisas a correrem bem na economia portuguesa e, como escrevo aqui com regularidade, apesar dos socialistas de turno no governo (aqui e aqui).
.
Este discurso de Caldeira Cabral fez-me ir à procura de artigo que escreveu no JdN em Dezembro passado, "Desaceleração das exportações: negar este problema não é uma boa estratégia". Neste artigo Caldeira Cabral segue as pisadas de Nuno Aguiar, usa estrategicamente os números para passar uma mensagem parte verdade e parte ... esquisita. Vamos ao que ele escreveu:
Caldeira Cabral esconde o descalabro de 2009, para depois dizer:
.
Se olharmos para o crescimento anual das exportações entre 1996 e 2014 o que é que salta à vista:
O que verdadeiramente sai fora do comum é 2006. Tirando 2006, 2013 e 2012 até comparam bem com 2001 - 2005.
.
O que provocou o salto de 2006? (Exportações de máquinas, de combustíveis e de veículos)
.
Como comentará agora o número de 5,7% de crescimento das exportações de bens no 1º semestre de 2015?
.
Afinal há coisas a correrem bem na economia portuguesa e, como escrevo aqui com regularidade, apesar dos socialistas de turno no governo (aqui e aqui).
.
Este discurso de Caldeira Cabral fez-me ir à procura de artigo que escreveu no JdN em Dezembro passado, "Desaceleração das exportações: negar este problema não é uma boa estratégia". Neste artigo Caldeira Cabral segue as pisadas de Nuno Aguiar, usa estrategicamente os números para passar uma mensagem parte verdade e parte ... esquisita. Vamos ao que ele escreveu:
"As exportações em 2014 estão a crescer menos do que no passado recente e estão a crescer pouco. As exportações de 2012 e 2013 já cresceram menos do que as de 2010 e 2011. E as exportações de 2011 a 2014 vão crescer menos do que as de 2005 a 2011."Primeiro, com base nos dados do Pordata, façamos um gráfico da evolução das exportações de bens:
"As exportações de 2012 e 2013 já cresceram menos do que as de 2010 e 2011"Claro que o crescimento de 2010 e 2011 foi anormalmente alto por causa da quebra de -18% em 2009.
.
Se olharmos para o crescimento anual das exportações entre 1996 e 2014 o que é que salta à vista:
O que verdadeiramente sai fora do comum é 2006. Tirando 2006, 2013 e 2012 até comparam bem com 2001 - 2005.
.
O que provocou o salto de 2006? (Exportações de máquinas, de combustíveis e de veículos)
.
Como comentará agora o número de 5,7% de crescimento das exportações de bens no 1º semestre de 2015?
Paz à sua alma
Soube há momentos, via Twitter, da morte de John H. Holland. Um dos gigantes sobre os ombros do qual comecei a acreditar que a hipótese Mongo, o Estranhistão, tinha mesmo pernas para andar.
.
Lembro-me de um dia quente, sentado na ombreira da porta da cozinha para o pátio traseiro, a acompanhar o vídeo relatado em "Um admirável mundo novo pleno de oportunidades", de onde sublinhei:
.
Lembro-me de um dia quente, sentado na ombreira da porta da cozinha para o pátio traseiro, a acompanhar o vídeo relatado em "Um admirável mundo novo pleno de oportunidades", de onde sublinhei:
"“A complex adaptive system, CAS, is an evolving, perpectually novel set of interacting agents where:Paz à sua alma e obrigado pela ajuda.
- There is no universal competitor or optimum
- There is great diversity, as in a tropical forest, with many niches occupied by different kinds of agents
- Innovation is a regular feature – equilibrium is rare and temporary
- Anticipations change the course of the system."[Moi ici: Nem vale a pena sublinhar, senão teria de sublinhar tudo]
O erro deve ser meu... alguém quer-me ajudar a descobri-lo?
A propósito de "Défice comercial sem petróleo agrava-se há dois anos" várias reflexões possíveis.
.
Primeiro, não esquecer a Balança Comercial, de acordo com o Pordata:
Nos últimos 40 anos Portugal só teve 3 anos com saldo positivo na sua Balança Comercial: 2013, 2014 e com toda a certeza 2015.
.
Segundo, olhando só para as importações e exportações de bens, qual tem sido a evolução desse saldo comercial de bens (dados do INE):
O que é que salta à vista?
O que é que mais contribui para a melhoria do saldo comercial de bens, a quebra das importações ou o crescimento das exportações?
.
Terceiro, considerando o ponto de vista do autor do artigo do JdN, o tão conhecido Nuno Aguiar:
Se acrescentarmos os dados do 1º semestre de 2015:
Interessante, devo estar a cometer algum erro porque se ao saldo das importações e exportações de bens, no primeiro semestre de 2015, retirar o saldo das importações e exportações da Categoria 27 (Combustíveis, óleos minerais, matérias betuminosas), durante o mesmo período... o tal défice comercial sem petróleo tudo indica que melhorará em 2015.
.
Vamos fazer as contas para os 3 últimos semestres:
Continuo a chegar a uma conclusão que não corrobora o título do JdN.
.
O erro deve ser meu...
.
E se recuar aos últimos 5 semestres:
Continuo a não poder concluir o mesmo que o jornal.
.
O erro deve ser meu... alguém quer-me ajudar a descobri-lo?
.
Primeiro, não esquecer a Balança Comercial, de acordo com o Pordata:
Nos últimos 40 anos Portugal só teve 3 anos com saldo positivo na sua Balança Comercial: 2013, 2014 e com toda a certeza 2015.
.
Segundo, olhando só para as importações e exportações de bens, qual tem sido a evolução desse saldo comercial de bens (dados do INE):
O que é que salta à vista?
O que é que mais contribui para a melhoria do saldo comercial de bens, a quebra das importações ou o crescimento das exportações?
.
Terceiro, considerando o ponto de vista do autor do artigo do JdN, o tão conhecido Nuno Aguiar:
Se acrescentarmos os dados do 1º semestre de 2015:
Interessante, devo estar a cometer algum erro porque se ao saldo das importações e exportações de bens, no primeiro semestre de 2015, retirar o saldo das importações e exportações da Categoria 27 (Combustíveis, óleos minerais, matérias betuminosas), durante o mesmo período... o tal défice comercial sem petróleo tudo indica que melhorará em 2015.
.
Vamos fazer as contas para os 3 últimos semestres:
Continuo a chegar a uma conclusão que não corrobora o título do JdN.
.
O erro deve ser meu...
.
E se recuar aos últimos 5 semestres:
Continuo a não poder concluir o mesmo que o jornal.
.
O erro deve ser meu... alguém quer-me ajudar a descobri-lo?
A economia de experiências a crescer no Algarve
O turismo tem de ultrapassar a fase do serviço e passar para o nível seguinte, o da experiência, para fugir à constante força da comoditização.
.
Contente por ver que há quem esteja atento e actuar nesse sentido "Oferta de experiências dispara no Algarve". Interessante este pormaior:
Lembram-se dos hotéis de 5 estrelas que no Algarve tentavam aliciar clientes pagando-lhes as portagens? Percebem agora porque me causavam vergonha alheia?
Recordar:
.
Contente por ver que há quem esteja atento e actuar nesse sentido "Oferta de experiências dispara no Algarve". Interessante este pormaior:
"Para “o passeio ser mais rico”, os marinheiros são biólogos contratados na Universidade do Algarve."Acerca da "economia de experiências":
"Temos perceção de que há mercado para isso”, salienta Carla Vaz. “O Algarve começa a posicionar-se bem nas ofertas alternativas à praia. Os turistas gostam de destinos polivalentes e procuram cada vez mais experiências que permitam contacto com a natureza”.Ou seja, potencial para aplicar o modelo de negócio transmontano a mais regiões do país.
...
Ver golfinhos está longe de ser a única ‘experiência’ em franco crescimento no Algarve, onde estão a explodir ofertas desde passeios nas grutas com barbecue na praia, barcos com DJ para ver o pôr do sol ou caminhadas para observação de aves guiadas por biólogos.
...
das 521 empresas de animação turística que abriram na região nos últimos anos, 118 são reconhecidas para turismo de natureza e a tendência aqui é de expansão.
...
“Isto não é turismo de massas e é mais caro. Temos pessoas que pagam €250 por um dia de observação de aves, é quase o preço por uma semana inteira num empreendimento. Há também uma agência inglesa que traz grupos ao Algarve para ver orquídeas selvagens”, exemplifica. “E a fotografia já é aqui um nicho interessante, há quem faça viagens só para ver e fotografar aves, borboletas ou libelinhas”."
Lembram-se dos hotéis de 5 estrelas que no Algarve tentavam aliciar clientes pagando-lhes as portagens? Percebem agora porque me causavam vergonha alheia?
Recordar:
- "uma oportunidade tremenda de se diferenciar" (parte IV) (Maio de 2015)
- Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte VII) (Maio de 2015)
- O essencial é co-criar à medida de cada um, a sua experiência (Maio de 2014)
- O consumo "experiencial" a crescer (Outubro de 2012)
- As experiências estão em todo o lado (Setembro de 2011)
- Encenar experiências (Dezembro de 2006)
terça-feira, agosto 11, 2015
Curiosidade do dia
Ultimamente tenho encontrado vários tweets de pessoas, que estão no lado esquerdo do espectro partidário, tecendo loas à baixa taxa de desemprego nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que satanizam a baixa taxa de desemprego em Inglaterra por ser obtida à base de salários baixos.
.
Para reflexão, recomendo a leitura deste artigo:
.
Para reflexão, recomendo a leitura deste artigo:
Não há receitas... cada caso é um caso!
Há alturas em que estamos a ler textos sobre a microeconomia e, de repente, começamos a ouvir Judy Collins a cantar "Turn, turn, turn" e a recordar o desconcertante texto do Eclesiastes.
.
Primeiro lemos um artigo que apela ao nosso lado mais racional e pragmático "Know When to Kill Your Brand":
.
Primeiro lemos um artigo que apela ao nosso lado mais racional e pragmático "Know When to Kill Your Brand":
"Killing off brands is not a popular or pleasant thought, but we should consider it more often than we do. It can be tough to admit that it’s time to pull the plug. Some executives may be reluctant to admit – perhaps for sentimental or political reasons — that their brand is sucking out more value from the company than it creates. Others may simply see no alternative to trying to keep the brand going at any cost, even if that means aggressive discounting, cheap licensing, or other tactics that erode long-term brand value.Depois, lemos este relato de uma ressurreição "Czech Company, Pressing Hits for Years on Vinyl, Finds It Has Become One":
.
Perhaps the source of the problem is that it’s not clear when a brand should be euthanized."
"“I realized when I came to the company 33 years ago that vinyl would be finished one day,” ... “But I wanted our company to be the last one to stop making them.”Não há receitas... cada caso é um caso! No entanto, reparar: o produto é o mesmo mas os clientes e a proposta de valor é diferente... lembram-se da artesã?
...
Instead of getting rid of the old equipment and moving CD-making machines into their space — as most music production companies around the world did in the late 1980s and early ’90s — Mr. Pelc kept only enough machines running to meet the dwindling demand, moving the rest into storage and cannibalizing their parts as needed.
.
“Frankly, if someone had told me back then that vinyl would return, I wouldn’t have believed it,” he said.
...
“From around 2005, the demand for vinyl grew steadily,” said Michael Sterba, GZ Media’s chief executive. “Then, it really took off in the last two or three years, like, whoosh.”
...
In 2011, the number of vinyl albums sold in the United States, the world’s largest market, was 3.9 million, according to Nielsen and Billboard’s annual U.S. Music Report. That rose to 9.2 million units in 2014."
Alterações na ISO 9001, para reflexão
Na ISO/FDIS 9001:2015 pode ler-se:
.
.
.
.
Como questionarão um cliente segundo a versão de 2015 e, como questionavam um cliente segundo a versão de 2008?
.
.
.
.
.
Qual é o foco de 2015 e qual é o foco de 2008?
.
.
.
Talvez estes trechos ajudem a expor o meu ponto:
Trechos retirados de "Customer Success: Not Just for Farmers Anymore"
"9.1.2 Customer satisfactionNa versão portuguesa da ISO 9001:2008 pode ler-se:
The organization shall monitor customers’ perceptions of the degree to which their needs and expectations have been fulfilled. ..."
"8.2.1 Satisfação do clienteVou colocar a versão de 2008 em inglês para facilitar a comparação:
... a organização deve monitorizar a informação relativa à percepção do cliente quanto à organização ter ido ao encontro dos seus requisitos. ..."
"8.2.1 Customer satisfactionRepararam na diferença entre 2008 e 2015?
... the organization shall monitor information relating to customer perception as to whether the organization has met customer requirements. ..."
.
.
.
.
Como questionarão um cliente segundo a versão de 2015 e, como questionavam um cliente segundo a versão de 2008?
.
.
.
.
.
Qual é o foco de 2015 e qual é o foco de 2008?
.
.
.
Talvez estes trechos ajudem a expor o meu ponto:
"The entire organization must be organized around a common understanding of what customers need, and how they will help their customers fulfill those needs as they strive to accomplish something. The problem is that most companies view markets through the lens of product or service categories – solutions – and not through the jobs that their customers are trying to get done.Este é um tema que ao longo dos anos tem passado por aqui como uma visão algo distante do mainstrean:
...
It’s interesting how we often ask customers how we are doing? [Moi ici: Isto é a versão de 2008 não é?] When we do this, we’re forcing our customers to reconcile what they are trying to accomplish with the service we have decided to provide them. Lance Bettencourt suggests that the right question to ask is how are you doing? [Moi ici: Isto é a versão de 2015 não é?] This simple change shifts the focus to understanding what the customer is trying to accomplish (where we have no metrics), from how we are executing our services (where we have many questionable metrics). To design valuable services, those that help our customer become, or remain successful, we should be focusing on our customer’s ability to maximize/minimize the outcomes they use to measure their path to achievement (the entire job). As long as we continue to focus on convenient internal activity metrics, we are merely paying lip service to the needs of our customers."
- Medir o Grau de Satisfação dos Clientes para quê? (Setembro de 2006)
- A ISO 9001:2008 e a satisfação dos clientes, a oportunidade perdida? (parte III) (Setembro de 2008)
- Avaliar o grau de satisfação dos clientes? (Julho de 2009)
- Now, something completely different... para nos deixar a pensar (Maio de 2010)
- Assim, talvez ter inimigos entre os clientes ou ex-clientes seja bom sinal (parte II) (Maio de 2015)
Trechos retirados de "Customer Success: Not Just for Farmers Anymore"
segunda-feira, agosto 10, 2015
Pergunta do dia
Quando os comentadores passam a correr sobre os números das exportações, que menorizam, e se concentram nos números das importações, o que é que têm em mente?
.
Não são esses mesmos comentadores que advogam o aumento do consumo interno para dopar a economia? De onde vem o aumento das importações?
.
De muito longe, o maior contributo é da responsabilidade de "automóveis, tractores e outros veículos terrestres". Acaso pensam esses comentadores que se deve impedir as pessoas de decidirem o que bem ou mal fazerem com o seu dinheiro.
.
Com o meu Skoda com 19 anos e 485 mil km, posso achar que o português-tipo tem uma relação esquisita com os pópós. No entanto, longe de mim querer impor modelos de comportamento ou de consumo.
.
O que é que estes comentadores realmente têm em mente?
.
Não são esses mesmos comentadores que advogam o aumento do consumo interno para dopar a economia? De onde vem o aumento das importações?
.
De muito longe, o maior contributo é da responsabilidade de "automóveis, tractores e outros veículos terrestres". Acaso pensam esses comentadores que se deve impedir as pessoas de decidirem o que bem ou mal fazerem com o seu dinheiro.
.
Com o meu Skoda com 19 anos e 485 mil km, posso achar que o português-tipo tem uma relação esquisita com os pópós. No entanto, longe de mim querer impor modelos de comportamento ou de consumo.
.
O que é que estes comentadores realmente têm em mente?
Convenço-me que Julho será um mês recorde!!!
Ontem à noite, no Twitter", colocava esta questão:
Hoje, via INE, convenço-me que Julho será um mês recorde!!!
Junho de 2015 já foi o segundo melhor mês de sempre. Um crescimento homólogo de 9%, sem a ajuda dos combustíveis e lubrificantes que até tiveram queda homóloga!!! Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, em Junho de 2015 as exportações aumentaram 11,2% face a Junho de 2014.
.
Acumulado das exportações de Janeiro a Junho de 2015 representa mais 5,7% do que em igual período de 2014.
Como terá sido o desempenho deste Julho de 2015? http://t.co/38rKCJaYjQ
— Carlos P da Cruz (@ccz1) August 9, 2015
Hoje, via INE, convenço-me que Julho será um mês recorde!!!
Junho de 2015 já foi o segundo melhor mês de sempre. Um crescimento homólogo de 9%, sem a ajuda dos combustíveis e lubrificantes que até tiveram queda homóloga!!! Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, em Junho de 2015 as exportações aumentaram 11,2% face a Junho de 2014.
.
Acumulado das exportações de Janeiro a Junho de 2015 representa mais 5,7% do que em igual período de 2014.
Qual era o grande defeito de Dick Dastardly?
Já li muita coisa mesmo de Michael Porter. Confesso que nunca tinha lido um artigo de 1979, publicado na HBR chamado "The Five Competitive Forces That Shape Strategy".
.
Há dias, desafiado por um artigo de Steve Denning, pesquisei o artigo na internet. O artigo deu origem depois a livros que quase todos os estudiosos de estratégia já leram e apresenta o tão famoso modelo de Porter para desenhar estratégias.
.
Li a primeira frase do artigo. Parei! E não voltei a fazer qualquer tentativa para o continuar a ler, Denning tinha razão:
.
O objectivo da estratégia não é lidar com a concorrência! O objectivo da estratégia é escolher clientes-alvo e seduzi-los.
.
Não admira as gerações de observadores de motards!
.
Não admira os decisores paralisados pela observação da concorrência como o rei Saul.
.
Qual era o grande defeito de Dick Dastardly?
Sempre tão preocupado com a concorrência nunca usava as suas vantagens competitivas senão para lidar com a concorrência.
.
Há dias, desafiado por um artigo de Steve Denning, pesquisei o artigo na internet. O artigo deu origem depois a livros que quase todos os estudiosos de estratégia já leram e apresenta o tão famoso modelo de Porter para desenhar estratégias.
.
Li a primeira frase do artigo. Parei! E não voltei a fazer qualquer tentativa para o continuar a ler, Denning tinha razão:
"In essence, the job of the strategist is to understand and cope with competition."Não acredito nisto.
.
O objectivo da estratégia não é lidar com a concorrência! O objectivo da estratégia é escolher clientes-alvo e seduzi-los.
.
Não admira as gerações de observadores de motards!
.
Não admira os decisores paralisados pela observação da concorrência como o rei Saul.
.
Qual era o grande defeito de Dick Dastardly?
Sempre tão preocupado com a concorrência nunca usava as suas vantagens competitivas senão para lidar com a concorrência.
domingo, agosto 09, 2015
Boas notícias (parte II)
Parte I.
.
Segundo a ABIMOTA as exportações do sector cresceram 40% em 2014 e vão crescer 10% em 2015. No entanto, pode ler-se:
.
Assim como não fazemos arte depois de nos tornarmos artistas, a retoma não é uma força exógena que age sobre um sistema, a retoma é a consequência, à posteriori, de uma massa crítica de empresas que fizeram pela sua própria vida.
.
Vamos admitir que a Órbita produz e vende sobretudo com marca própria. Vamos admitir que o sucesso recente do sector diz respeito a bicicletas produzidas para marcas próprias da distribuição (private label como se diz no calçado). Talvez isto seja sinal de que a Órbita precise de pensar mais na diferenciação e menos na quantidade, precise de não usar os outros como referência, para não cometer o erro de Saul (aqui também). Talvez isto seja sinal de que a Órbita precisa de afinar a sua estratégia.
.
Mas o mais certo é isto acontecer:
Eu sei, está-me quase sempre a acontecer...
* BTW, no final dos anos 90 do século passado fiz um trabalho para uma empresa fabricante de bicicletas, em Sangalhos, já na altura grande exportadora para França e Espanha, que dizia que a Órbita não era fabricante de bicicletas, era montadora de bicicletas, porque importava tudo e montava. A empresa para o qual fiz o trabalho começava os quadros a partir do zero.
.
Segundo a ABIMOTA as exportações do sector cresceram 40% em 2014 e vão crescer 10% em 2015. No entanto, pode ler-se:
"a empresa de Águeda [Órbita] envia para o estrangeiro 80% das bicicletas produzidas. Há 44 anos no mercado, o fundador da marca, Aurélio Ferreira, diz que “o negócio não está tão bom como se apregoa”. O fundador fala do retrocesso do mercado em Angola e garante que “a maior parte das empresas em Portugal são apenas montadoras de peças que vêm de países como a China”." *Aquele “o negócio não está tão bom como se apregoa” faz-me recordar aqueles que acreditam na boleia da maré:
- "Acerca da importância de uma estratégia, não acreditar em boleias!";
- "Não há boleias da macroeconomia ...";
- "Sugestão"
"Espanha e França são os principais destinos das exportações desta indústria portuguesa, mas a seguirem rotas diferentes: as compras pelo país vizinho, historicamente o maior comprador, estão em queda pelo menos desde 2010 (menos 9%), enquanto os franceses compraram em Portugal um número recorde de unidades (mais de 400 mil) e que representam um crescimento de 68% em relação ao início da década."E mais à frente:
"em Espanha o mercado está ainda muito centrado em bicicletas para desporto e lazer, não havendo ainda disponibilidade para o consumo de objectos para mobilidade. Assim sendo, o que lhe é vendido tem-se tornado menos significativo."Isto é estratégia, boa ou má, é estratégia. Os produtores portugueses não consideram sexy, rentável, produzir "bicicletas para desporto e lazer". Não é bom esperar que a macroeconomia arraste a nossa empresa para resultados positivos, a retoma como uma maré que eleva todos os barcos é uma péssima estratégia. A esperança não é em si mesma uma estratégia!
.
Assim como não fazemos arte depois de nos tornarmos artistas, a retoma não é uma força exógena que age sobre um sistema, a retoma é a consequência, à posteriori, de uma massa crítica de empresas que fizeram pela sua própria vida.
.
Vamos admitir que a Órbita produz e vende sobretudo com marca própria. Vamos admitir que o sucesso recente do sector diz respeito a bicicletas produzidas para marcas próprias da distribuição (private label como se diz no calçado). Talvez isto seja sinal de que a Órbita precise de pensar mais na diferenciação e menos na quantidade, precise de não usar os outros como referência, para não cometer o erro de Saul (aqui também). Talvez isto seja sinal de que a Órbita precisa de afinar a sua estratégia.
.
Mas o mais certo é isto acontecer:
Eu sei, está-me quase sempre a acontecer...
* BTW, no final dos anos 90 do século passado fiz um trabalho para uma empresa fabricante de bicicletas, em Sangalhos, já na altura grande exportadora para França e Espanha, que dizia que a Órbita não era fabricante de bicicletas, era montadora de bicicletas, porque importava tudo e montava. A empresa para o qual fiz o trabalho começava os quadros a partir do zero.
Boas notícias
Confesso que este título "Portugal é o terceiro maior produtor europeu de bicicletas" e os valores nele incluídos me surpreenderam.
.
O último valor que eu tinha era de 2013 e era este:
As fontes não são as mesmas. Contudo, passar de 741 mil para 1,6 milhões num ano é obra!!!
.
Por isso, fico logo a matutar como saber qual terá sido a evolução do preço médio das bicicletas à saída da fábrica.
.
Entretanto, este outro artigo "Emprego ligado à bicicleta pode crescer 50 por cento em Portugal nos próximos anos", permite concluir que os números do gráfico subestimavam a produção portuguesa. O gráfico da COLIBI, the Association of the European Bicycle Industry e COLIPED, the Association of the European Two-Wheeler Parts' & Accessories' Industry, contabilizava o emprego no sector desta forma:
Quando, segundo a ABIMOTA:
"Com mais de 1,6 milhões de unidades produzidas em 2014, Portugal é atualmente “o terceiro maior produtor de bicicletas na Europa”, divulgou hoje a ABIMOTA que prevê um crescimento de 10% do setor até ao final do ano."Tive oportunidade de visitar em 2013 unidade ainda em fase de construção na zona das Gafanhas (Aveiro), muito automatizada, e toda virada para a exportação para uma marca. Recordo que os números previstos eram astronómicos... talvez daí o crescimento.
.
O último valor que eu tinha era de 2013 e era este:
As fontes não são as mesmas. Contudo, passar de 741 mil para 1,6 milhões num ano é obra!!!
.
Por isso, fico logo a matutar como saber qual terá sido a evolução do preço médio das bicicletas à saída da fábrica.
.
Entretanto, este outro artigo "Emprego ligado à bicicleta pode crescer 50 por cento em Portugal nos próximos anos", permite concluir que os números do gráfico subestimavam a produção portuguesa. O gráfico da COLIBI, the Association of the European Bicycle Industry e COLIPED, the Association of the European Two-Wheeler Parts' & Accessories' Industry, contabilizava o emprego no sector desta forma:
Quando, segundo a ABIMOTA:
"As intenções de investimento na indústria ligada à bicicleta proporcionarão, nos próximos anos, um aumento de 50 por cento no número de postos de trabalho no país, revelou o secretário geral da associação do sector.
...
Caso se concretizem esses projetos, que não quis especificar, seriam criados entre 650 a 700 novos empregos diretos num setor que dá trabalho, atualmente, a cerca de 1500 pessoas, distribuídas por 25 a 30 empresas."
Subscrever:
Mensagens (Atom)