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Afinal há coisas a correrem bem na economia portuguesa e, como escrevo aqui com regularidade, apesar dos socialistas de turno no governo (aqui e aqui).
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Este discurso de Caldeira Cabral fez-me ir à procura de artigo que escreveu no JdN em Dezembro passado, "Desaceleração das exportações: negar este problema não é uma boa estratégia". Neste artigo Caldeira Cabral segue as pisadas de Nuno Aguiar, usa estrategicamente os números para passar uma mensagem parte verdade e parte ... esquisita. Vamos ao que ele escreveu:
"As exportações em 2014 estão a crescer menos do que no passado recente e estão a crescer pouco. As exportações de 2012 e 2013 já cresceram menos do que as de 2010 e 2011. E as exportações de 2011 a 2014 vão crescer menos do que as de 2005 a 2011."Primeiro, com base nos dados do Pordata, façamos um gráfico da evolução das exportações de bens:
"As exportações de 2012 e 2013 já cresceram menos do que as de 2010 e 2011"Claro que o crescimento de 2010 e 2011 foi anormalmente alto por causa da quebra de -18% em 2009.
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Se olharmos para o crescimento anual das exportações entre 1996 e 2014 o que é que salta à vista:
O que verdadeiramente sai fora do comum é 2006. Tirando 2006, 2013 e 2012 até comparam bem com 2001 - 2005.
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O que provocou o salto de 2006? (Exportações de máquinas, de combustíveis e de veículos)
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Como comentará agora o número de 5,7% de crescimento das exportações de bens no 1º semestre de 2015?
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