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quarta-feira, novembro 09, 2011
Conversa de macro-economista
""Não há austeridade expansionista""
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Não posso concordar com António Lobo Xavier!
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Quem vê o país como um bloco homogéneo não vê como é possível em simultâneo a um país encolher e crescer.
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Quem, como eu, tem a felicidade de trabalhar no dia-a-dia com dezenas de empresas por ano que estão bem, que estão a crescer, que estão a empregar pessoas, percebe muito bem como conciliar austeridade com crescimento.
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Em Janeiro e Março escrevi sobre as 3 economias. O próximo ano vai ser suficiente menos para a economia que é beneficiária líquida do Estado, vai ser mau, muito mau para a economia que vive do consumo interno e, talvez continue a ser, como tenho escrito na série "Recordar Lawrence... nada está escrito", um ano bom a muito bom para quem exporta (apesar da recessão europeia, aproveitando a boleia chinesa)
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Assim, enquanto de um lado temos austeridade do outro temos expansão. E é esta disparidade que vai acelerar a reconversão da economia portuguesa, sifonando recursos, dinheiro e pessoas sobretudo, das economias em retracção para a economia em expansão. Os chineses em Portugal dão esse exemplo de flexibilidade que vai ser necessária.
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Não posso concordar com António Lobo Xavier!
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Quem vê o país como um bloco homogéneo não vê como é possível em simultâneo a um país encolher e crescer.
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Quem, como eu, tem a felicidade de trabalhar no dia-a-dia com dezenas de empresas por ano que estão bem, que estão a crescer, que estão a empregar pessoas, percebe muito bem como conciliar austeridade com crescimento.
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Em Janeiro e Março escrevi sobre as 3 economias. O próximo ano vai ser suficiente menos para a economia que é beneficiária líquida do Estado, vai ser mau, muito mau para a economia que vive do consumo interno e, talvez continue a ser, como tenho escrito na série "Recordar Lawrence... nada está escrito", um ano bom a muito bom para quem exporta (apesar da recessão europeia, aproveitando a boleia chinesa)
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Assim, enquanto de um lado temos austeridade do outro temos expansão. E é esta disparidade que vai acelerar a reconversão da economia portuguesa, sifonando recursos, dinheiro e pessoas sobretudo, das economias em retracção para a economia em expansão. Os chineses em Portugal dão esse exemplo de flexibilidade que vai ser necessária.
domingo, novembro 06, 2011
Outra história portuguesa longe da corte lisboeta ou, OMG!!! E vão viver de quê? (parte V)
Parte IV.
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A conversa da treta dos macroeconomistas cainesianos:
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"Armchair economists like to assume that human action is predictable and calculable. But action, based solely on individual preference, isn't measurable with econometric formulae.
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Começou com 15 trabalhadores. Hoje são mais de 80. E, contrariando a tendência actual, a fábrica até está a admitir colaboradores. Não há uma fórmula mágica. (Moi ici: Se os cainesianos percebessem isso... se percebessem como o seu mundo é redutor e pobre, se vislumbrassem o quão rico em diversidade e nichos é a vida em Mongo) "Mas há um conjunto de receitas que se vai aperfeiçoando à medida que a Porcel vai evoluindo", (Moi ici: É a única forma, tentativa e erro, tentativa e erro, iterar, iterar, iterar sempre) afirma Ana Luísa Roque, especificando algumas: "produtos de qualidade, inovação, design, flexibilidade, rigor e formação dos trabalhadores."
A Porcel oferece todo o tipo de produtos, especialmente para os segmentos médio- -alto e alto, uns com decorações mais simples, sem ou com pouco ouro, e outros com decorações mais complexas."
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A conversa da treta dos macroeconomistas cainesianos:
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"Armchair economists like to assume that human action is predictable and calculable. But action, based solely on individual preference, isn't measurable with econometric formulae.
Increased production financed through accumulated savings drives sustainable growth. This goes hand in hand with entrepreneurial seeking of unmet demand, not aggregate demand in general. Steve Jobs didn't create the iPod because consumers were spending at Walmart. He speculated that there was a demand for a portable device that could store a massive amount of music, designed the product, determined the marginally profitable price it could be sold at, and decided whether or not to risk his capital and make the whole thing happen. He could have been wrong, but thankfully for all of us, he wasn't.
Keynesian focus on aggregate demand misses the big picture. Taken to its extreme conclusion, overconsumption can ultimately lead to higher prices as supply diminishes and production can't keep up. Inflation only exacerbates the situation as wages and prices eventually adjust after distorting the structure of production.
Meanwhile, the real barriers holding back economic growth are unacknowledged by government apologists acting as economists.
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Aggregate demand is the last vestige of economists who believe that prosperity is but a simple math formula away. Those who hold it truly believe that government spending on anything creates wealth. (Moi ici: Por isso, quando um governo atira dinheiro para cima de um problema, ou de um projecto sem retorno positivo, eufemisticamente chama-se a isso investimento... assar sardinhas com o lume de fósforos, acabam os fósforos acaba a chama)
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Quem olha para a economia como um bloco homogéneo, escreve estes títulos "Contratar pessoal em 2012 vai ser quase missão impossível" e, entretanto:
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"Actualmente, a Porcel exporta para mais de 30 países, maioritariamente para os EUA, Médio Oriente, América Latina e Escandinávia. E o objectivo é "estar cada vez em mais mercados". Para isso contribui o serviço de personalização de peças, concebidas por designers nacionais e estrangeiros. (Moi ici: Divergência, divergência, divergência, se calhar, afirmar que a Porcel está no sector da cerâmica de porcelana é já tão enganador, quanto dizer que a Asics está no sector do calçado. É uma empresa no sector das experiências, dos sentimentos. Fugir da massificação, da série... recordam-se de Hilary Austen? A caminho da arte!!!).
Começou com 15 trabalhadores. Hoje são mais de 80. E, contrariando a tendência actual, a fábrica até está a admitir colaboradores. Não há uma fórmula mágica. (Moi ici: Se os cainesianos percebessem isso... se percebessem como o seu mundo é redutor e pobre, se vislumbrassem o quão rico em diversidade e nichos é a vida em Mongo) "Mas há um conjunto de receitas que se vai aperfeiçoando à medida que a Porcel vai evoluindo", (Moi ici: É a única forma, tentativa e erro, tentativa e erro, iterar, iterar, iterar sempre) afirma Ana Luísa Roque, especificando algumas: "produtos de qualidade, inovação, design, flexibilidade, rigor e formação dos trabalhadores."
A Porcel oferece todo o tipo de produtos, especialmente para os segmentos médio- -alto e alto, uns com decorações mais simples, sem ou com pouco ouro, e outros com decorações mais complexas."
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"Para combater a actual crise, a Porcel aposta em feiras e mostras internacionais, (Moi ici: Já aqui escrevi acerca da presença em feiras e eventos do género) isoladamente ou associada aos seus parceiros não formais, que nas suas exposições incluem produtos da fábrica."
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Trecho retirado de "A arte de ir de Oliveira do Bairro até à Casa Branca"
domingo, agosto 14, 2011
10 a 40 anos
Recentemente Evert Gummesson fez uma apresentação no Naples Forum on Service com o título:
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"How do service research results reach textbooks and classrooms: Now it takes 10-40 years!"
...
"Among my concerns are that service research is inadequately covered in textbooks on management and marketing but even worse that textbooks on service management, service marketing and the like present obsolete knowledge."
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Depois admiram-se que me queixe que a academia está encalhada com modelos obsoletos que tentam descrever e influenciar uma economia que já não existe?
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10 a 40 anos... o tempo que uma geração colada às cátedras consegue ir moldando sucessivas gerações de alunos até que a morte faz a limpeza e permite a renovação?
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"How do service research results reach textbooks and classrooms: Now it takes 10-40 years!"
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"Among my concerns are that service research is inadequately covered in textbooks on management and marketing but even worse that textbooks on service management, service marketing and the like present obsolete knowledge."
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Depois admiram-se que me queixe que a academia está encalhada com modelos obsoletos que tentam descrever e influenciar uma economia que já não existe?
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10 a 40 anos... o tempo que uma geração colada às cátedras consegue ir moldando sucessivas gerações de alunos até que a morte faz a limpeza e permite a renovação?
quarta-feira, agosto 10, 2011
Há qualquer coisa na narrativa em vigor que eu não consigo engolir
"Nos últimos anos, a fraca competitividade da economia portuguesa traduziu-se no elevado desequilíbrio externo que se regista atualmente. (Moi ici: O que querem dizer com fraca competitividade? As exportações continuam a crescer a bom ritmo. A economia de bens não-transaccionáveis continua a encolher. E estamos a exportar por causa dos nossos baixos custos? LOL só contaram para muggle macro-economista que não conhece a economia real das empresas. Até parece que o calçado exporta por causa dos seus baixos preços face à China) A desvalorização fiscal tem por objetivo contribuir para a correção deste desequilíbrio.
A desvalorização fiscal, isto é, a redução das contribuições sociais da entidade patronal combinada com um aumento de impostos indiretos ou redução de despesa pública que seja neutral em termos orçamentais, pode ser vista, em várias dimensões qualitativas, como semelhante a uma desvalorização cambial. Embora os canais de transmissão sejam diferentes, o efeito em termos de melhoria da correção do desequilíbrio externo, vai no mesmo sentido.
No caso da desvalorização fiscal, o aumento das exportações é justificado pelo efeito que a redução dos custos de produção tem no preço final e, por essa via, no aumento da competitividade externa." (Trecho retirado do Sumário Executivo do "Desvalorização Fiscal Relatório"
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A libra desvalorizou-se ao longo deste ano como se pode ver no gráfico retirado daqui:
Apesar disso:
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"U.K. manufacturing unexpectedly fell in June and the trade gap widened"
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Na Alemanha: "German June Exports Drop, Adding to Signs of Economic Slowdown"
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Entretanto por cá:
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"No 2º trimestre de 2011, as saídas de bens registaram um aumento de 17,4% e as entradas de 1,9% face ao período homólogo do ano anterior. A taxa de cobertura foi de 71,6%, o que corresponde a uma melhoria de 9,4 p.p. face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.
Em termos das variações homólogas, no mês de Junho de 2011, tal como nos meses anteriores, as saídas registaram um aumento de 14%, devido sobretudo ao aumento verificado no Comércio Intracomunitário. Enquanto as entradas, ao contrário da tendência dos meses anteriores, apresentaram um decréscimo de 17,3% face ao valor registado em Junho de 2010, em resultado das quebras registadas tanto no Comércio Intracomunitário como no Comércio Extracomunitário, embora com maior intensidade nas importações de bens originários dos países extracomunitários."
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Estes governos socialistas que temos tido vão levar o IVA até aos 25%, vão quasi-criminalizar o consumo interno para salvarem a economia do país à custa das exportações (o sector de bens transaccionáveis que inclui actividade exportadora e interna, representa só cerca de 30% da economia), uma espécie de raciocínio de cuco, encavalitar 70% da economia em 30%...
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O mais certo é que tudo isto se desmorone quando a recessão voltar ao mercado de destino das exportações.
A desvalorização fiscal, isto é, a redução das contribuições sociais da entidade patronal combinada com um aumento de impostos indiretos ou redução de despesa pública que seja neutral em termos orçamentais, pode ser vista, em várias dimensões qualitativas, como semelhante a uma desvalorização cambial. Embora os canais de transmissão sejam diferentes, o efeito em termos de melhoria da correção do desequilíbrio externo, vai no mesmo sentido.
No caso da desvalorização fiscal, o aumento das exportações é justificado pelo efeito que a redução dos custos de produção tem no preço final e, por essa via, no aumento da competitividade externa." (Trecho retirado do Sumário Executivo do "Desvalorização Fiscal Relatório"
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A libra desvalorizou-se ao longo deste ano como se pode ver no gráfico retirado daqui:
Apesar disso:
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"U.K. manufacturing unexpectedly fell in June and the trade gap widened"
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Na Alemanha: "German June Exports Drop, Adding to Signs of Economic Slowdown"
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Entretanto por cá:
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"No 2º trimestre de 2011, as saídas de bens registaram um aumento de 17,4% e as entradas de 1,9% face ao período homólogo do ano anterior. A taxa de cobertura foi de 71,6%, o que corresponde a uma melhoria de 9,4 p.p. face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.
Em termos das variações homólogas, no mês de Junho de 2011, tal como nos meses anteriores, as saídas registaram um aumento de 14%, devido sobretudo ao aumento verificado no Comércio Intracomunitário. Enquanto as entradas, ao contrário da tendência dos meses anteriores, apresentaram um decréscimo de 17,3% face ao valor registado em Junho de 2010, em resultado das quebras registadas tanto no Comércio Intracomunitário como no Comércio Extracomunitário, embora com maior intensidade nas importações de bens originários dos países extracomunitários."
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Estes governos socialistas que temos tido vão levar o IVA até aos 25%, vão quasi-criminalizar o consumo interno para salvarem a economia do país à custa das exportações (o sector de bens transaccionáveis que inclui actividade exportadora e interna, representa só cerca de 30% da economia), uma espécie de raciocínio de cuco, encavalitar 70% da economia em 30%...
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O mais certo é que tudo isto se desmorone quando a recessão voltar ao mercado de destino das exportações.
terça-feira, julho 05, 2011
A conversa da treta dos políticos e académicos desmentida pela realidade
Esta manhã, pouco antes de sair de casa lia este título no i na internet “Programa da troika vai colocar economia em maiores dificuldades, diz João Ferreira do Amaral”.
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Porque o Estado não tem coragem de reduzir a sério a sua dimensão, sob a desculpa da falta de competitividade da nossa economia quer-se dar poder ao Estado para roubar ainda mais os contribuintes com a manipulação da taxa de câmbio. Com que então não conseguimos competir… ou será que temos é um Estado demasiado pesado, um cuco que drena a seiva da economia real, da economia que cria valor.
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Depois, por volta das 8h30, na estação de Campanhã, enquanto aguardava pelo metro, li este artigo na página 3 do jornal Metro “Desemprego desce 2,3% na zona Norte”:
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"Segundo os dados a que o metro teve acesso, “na média do primeiro trimestre, a maior parte dos concelhos do Norte (49 em 86) observaram uma tendência decrescente do desemprego registado”.
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As indústrias tradicionais da região “dão também sinais positivos ao registarem um aumento do volume de negócios a nível nacional, nomeadamente nos sectores têxtil, do vestuário e do calçado”.
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Também as exportações da zona Norte do País terão aumentado em valor, neste primeiro trimestre e em termos homólogos, 18,7%".
...
De acordo com o relatório, as exportações regionais “mantiveram um crescimento em valor semelhante ao do trimestre anterior e ligeiramente superior ao observado para o total das exportações portuguesas”.
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Os plásticos (+33,6%), as obras de ferro fundido, ferro ou aço (+20,8%), o calçado (+19,6%), a borracha (+17,0%) e os produtos da fileira automóvel (+15,9%) estão entre os principais produtos
de exportação da região Norte." (Moi ici: Números retirados deste relatório. Pois... não conseguimos ser competitivos... temos é um Estado super-pesado que suga o capital necessário ao re-investimento em novas oportunidades de negócio. Parem por um minuto e pensem em tudo o que ouvem sobre a competitividade da nossa economia e estes números)
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Dá que pensar… e devia pôr mais gente a pensar. Um catedrático diz que só nos espera a desgraça se não sairmos do euro, porque a nossa economia não consegue ser competitiva. E depois, as empresas anónimas, as empresas onde não pontuam catedráticos resolvem, têm sucesso, dão a volta… com euro forte, sem abaixamento da TSU, sem redução de salários e apesar dos políticos que temos… conseguem imaginar o que seria deste país se não tivéssemos tido “cainesianos” no poder nos últimos 15 anos… ("Portugal não tem políticos maus. O mal é, pelo contrário, que eles sejam tão bons. Para acederem ao poder e nele se manterem, têm de acomodar os interesses, mesmo quando dizem enfrentá-los. Sob a retórica, a verdadeira estratégia de Sócrates em 2010, como foi a dele em 2005, a de Barroso em 2002 e a de Guterres em 2001, foi simples: dado ser impossível alterar a trajectória da despesa, enfrenta-se o défice aumentando os impostos" texto de João César da Neves em "As 10 questões da crise"). Imaginem que o nosso Estado emagrecia drasticamente e deixava de drenar tantos recursos da sociedade empreendedora? Conseguem imaginar...
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Depois, por volta das 8h48 sentado numa carruagem quase vazia do metro algures perto de Custóias lia Jesus Huerta de Soto em “Escola Austríaca – Mercado e Criatividade Empresarial”:
"O homem, mais do que alocar meios “dados” a fins também” dados”, procura constantemente novos fins e meios, aprendendo com o passado e usando a sua imaginação para descobrir e criar (mediante a acção) o futuro. Por isso, para os austríacos, a economia está integrada dentro de uma ciência muito mais geral e ampla, uma teoria da acção humana…
.
Um segundo aspecto de importância crucial para os austríacos é o subjectivismo. Para a Escola Austríaca, a concepção subjectivista é essencial e consiste precisamente na tentativa de construir a Ciência Económica partindo sempre do ser humano real de carno e osso, (Moi ici: Como gosto desta frase... em vez de modelos e leis, gente de carne e osso que se desunha e faz milagres... os Muggles não percebem este poder, não sabem o que é a magia) considerado como agente criativo e protagonista de todos os processos sociais.
…
É fácil portanto entender que para os teóricos da Escola Austríaca, e em grande medida ao contrário dos neoclássicos, as restrições em economia não são impostas por fenómenos objectivos ou factores materiais do mundo exterior (por exemplo, as reservas de petróleo), mas antes pelo conhecimento humano de tipo empresarial (a descoberta de um carburador que conseguisse duplicar a eficiência dos motores de explosão teria o mesmo efeito económico que uma duplicação do total de reservas físicas de petróleo). Por isso, para a Escola Austríaca, a produção não é um facto físico natural e externo, sendo antes, pelo contrário, um fenómeno intelectual e espiritual (Mises, 1959)."
Ler Huerta de Soto é voltar a ter a sensação de ler Popper. Os textos, tal como com Popper, suam optimismo moderado, optimismo na capacidade humana de fazer milagres. Algo que se ajusta à minha experiência profissional. Enquanto o Estado vai-se esboroando, enquanto o discurso dos media é de tragédia e desgraça, vejo e lido com empresas que prosperam. Como? Através do engenho, da arte, da capacidade de lidar com a subjectividade, do valor potencial!!!
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Optimismo e confiança, não em professores, não em teóricos, mas em anónimos que se desenmerdam para fazer a diferença, que não olham para o mundo como um problema a resolver tendo em conta os dados de um problema, mas inventam soluções, desestabilizam o status-quo, criam novidade, geram roturas. É, também por causa deles, que as palavras de Greg Sattel ressoam na minha mente “Trends are for suckers!!!”
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O que mudaria neste país se, durante uma semana os exemplos positivos dos empresários anónimos tivessem acesso livre aos media do mainstream, sem queixinhas, sem coitadinhismo e alguns austríacos explicassem como é que a vida económica pode ser mais do que custos, pode ser valor, pode ser criação de oportunidades, pode ser crença num futuro melhor.
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Porque o Estado não tem coragem de reduzir a sério a sua dimensão, sob a desculpa da falta de competitividade da nossa economia quer-se dar poder ao Estado para roubar ainda mais os contribuintes com a manipulação da taxa de câmbio. Com que então não conseguimos competir… ou será que temos é um Estado demasiado pesado, um cuco que drena a seiva da economia real, da economia que cria valor.
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Depois, por volta das 8h30, na estação de Campanhã, enquanto aguardava pelo metro, li este artigo na página 3 do jornal Metro “Desemprego desce 2,3% na zona Norte”:
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"Segundo os dados a que o metro teve acesso, “na média do primeiro trimestre, a maior parte dos concelhos do Norte (49 em 86) observaram uma tendência decrescente do desemprego registado”.
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As indústrias tradicionais da região “dão também sinais positivos ao registarem um aumento do volume de negócios a nível nacional, nomeadamente nos sectores têxtil, do vestuário e do calçado”.
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Também as exportações da zona Norte do País terão aumentado em valor, neste primeiro trimestre e em termos homólogos, 18,7%".
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De acordo com o relatório, as exportações regionais “mantiveram um crescimento em valor semelhante ao do trimestre anterior e ligeiramente superior ao observado para o total das exportações portuguesas”.
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Os plásticos (+33,6%), as obras de ferro fundido, ferro ou aço (+20,8%), o calçado (+19,6%), a borracha (+17,0%) e os produtos da fileira automóvel (+15,9%) estão entre os principais produtos
de exportação da região Norte." (Moi ici: Números retirados deste relatório. Pois... não conseguimos ser competitivos... temos é um Estado super-pesado que suga o capital necessário ao re-investimento em novas oportunidades de negócio. Parem por um minuto e pensem em tudo o que ouvem sobre a competitividade da nossa economia e estes números)
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Dá que pensar… e devia pôr mais gente a pensar. Um catedrático diz que só nos espera a desgraça se não sairmos do euro, porque a nossa economia não consegue ser competitiva. E depois, as empresas anónimas, as empresas onde não pontuam catedráticos resolvem, têm sucesso, dão a volta… com euro forte, sem abaixamento da TSU, sem redução de salários e apesar dos políticos que temos… conseguem imaginar o que seria deste país se não tivéssemos tido “cainesianos” no poder nos últimos 15 anos… ("Portugal não tem políticos maus. O mal é, pelo contrário, que eles sejam tão bons. Para acederem ao poder e nele se manterem, têm de acomodar os interesses, mesmo quando dizem enfrentá-los. Sob a retórica, a verdadeira estratégia de Sócrates em 2010, como foi a dele em 2005, a de Barroso em 2002 e a de Guterres em 2001, foi simples: dado ser impossível alterar a trajectória da despesa, enfrenta-se o défice aumentando os impostos" texto de João César da Neves em "As 10 questões da crise"). Imaginem que o nosso Estado emagrecia drasticamente e deixava de drenar tantos recursos da sociedade empreendedora? Conseguem imaginar...
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Depois, por volta das 8h48 sentado numa carruagem quase vazia do metro algures perto de Custóias lia Jesus Huerta de Soto em “Escola Austríaca – Mercado e Criatividade Empresarial”:
"O homem, mais do que alocar meios “dados” a fins também” dados”, procura constantemente novos fins e meios, aprendendo com o passado e usando a sua imaginação para descobrir e criar (mediante a acção) o futuro. Por isso, para os austríacos, a economia está integrada dentro de uma ciência muito mais geral e ampla, uma teoria da acção humana…
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Um segundo aspecto de importância crucial para os austríacos é o subjectivismo. Para a Escola Austríaca, a concepção subjectivista é essencial e consiste precisamente na tentativa de construir a Ciência Económica partindo sempre do ser humano real de carno e osso, (Moi ici: Como gosto desta frase... em vez de modelos e leis, gente de carne e osso que se desunha e faz milagres... os Muggles não percebem este poder, não sabem o que é a magia) considerado como agente criativo e protagonista de todos os processos sociais.
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É fácil portanto entender que para os teóricos da Escola Austríaca, e em grande medida ao contrário dos neoclássicos, as restrições em economia não são impostas por fenómenos objectivos ou factores materiais do mundo exterior (por exemplo, as reservas de petróleo), mas antes pelo conhecimento humano de tipo empresarial (a descoberta de um carburador que conseguisse duplicar a eficiência dos motores de explosão teria o mesmo efeito económico que uma duplicação do total de reservas físicas de petróleo). Por isso, para a Escola Austríaca, a produção não é um facto físico natural e externo, sendo antes, pelo contrário, um fenómeno intelectual e espiritual (Mises, 1959)."
Ler Huerta de Soto é voltar a ter a sensação de ler Popper. Os textos, tal como com Popper, suam optimismo moderado, optimismo na capacidade humana de fazer milagres. Algo que se ajusta à minha experiência profissional. Enquanto o Estado vai-se esboroando, enquanto o discurso dos media é de tragédia e desgraça, vejo e lido com empresas que prosperam. Como? Através do engenho, da arte, da capacidade de lidar com a subjectividade, do valor potencial!!!
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Optimismo e confiança, não em professores, não em teóricos, mas em anónimos que se desenmerdam para fazer a diferença, que não olham para o mundo como um problema a resolver tendo em conta os dados de um problema, mas inventam soluções, desestabilizam o status-quo, criam novidade, geram roturas. É, também por causa deles, que as palavras de Greg Sattel ressoam na minha mente “Trends are for suckers!!!”
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O que mudaria neste país se, durante uma semana os exemplos positivos dos empresários anónimos tivessem acesso livre aos media do mainstream, sem queixinhas, sem coitadinhismo e alguns austríacos explicassem como é que a vida económica pode ser mais do que custos, pode ser valor, pode ser criação de oportunidades, pode ser crença num futuro melhor.
quinta-feira, junho 30, 2011
Falácias populistas *
"I don't have my finger on the pulse of corruption in China, but I think most people on the ground would say that as China was emerging from communism it was a very regulated society and therefore it was very corrupt.
But as they have deregulated the economy, there just aren't as many opportunities for people to be corrupt. China has become a more efficiently lubricated capitalist economy."
...
"Well, shutting borders will help a few wealthy people preserve their wealth. But there's no evidence that I know that shows shutting down borders helps your economy grow. Look at what happened with India during the first three decades after their independence, where they essentially wanted to keep imports out so that they could develop their internal industries. None of those industries became engines for economic growth. They were all inefficient and served India very poorly. It wasn't until things opened up that the local economies prospered. History is pretty strong on that question."
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As ideias de "desvalorização fiscal", saída do euro para "desvalorizar moeda" não resultam, nem na Índia, nem no Reino Unido como recorda o Anti-comuna.
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Trechos retirados de "Clayton Christensen: 'China's Growth Will Force an Innovation Competition with the West'"
* Classification made by Anti-comuna in the hyperlinked text.
But as they have deregulated the economy, there just aren't as many opportunities for people to be corrupt. China has become a more efficiently lubricated capitalist economy."
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"Well, shutting borders will help a few wealthy people preserve their wealth. But there's no evidence that I know that shows shutting down borders helps your economy grow. Look at what happened with India during the first three decades after their independence, where they essentially wanted to keep imports out so that they could develop their internal industries. None of those industries became engines for economic growth. They were all inefficient and served India very poorly. It wasn't until things opened up that the local economies prospered. History is pretty strong on that question."
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As ideias de "desvalorização fiscal", saída do euro para "desvalorizar moeda" não resultam, nem na Índia, nem no Reino Unido como recorda o Anti-comuna.
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Trechos retirados de "Clayton Christensen: 'China's Growth Will Force an Innovation Competition with the West'"
* Classification made by Anti-comuna in the hyperlinked text.
segunda-feira, junho 13, 2011
Uma realidade heterogénea. muito mais complexa do que nos pintam
Neste postal "Lugar do Senhor dos Perdões (parte III)" escrevi:
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"Quando os macro-economistas falam sobre o desempenho, sobre a produtividade de um sector de actividade, como o calçado, como o têxtil, como o mobiliário, falam de um bloco homogéneo, coerente, maciço... como se todas as empresas, imersas no mesmo ambiente competitivo, tivessem o mesmo comportamento"
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Pois bem, acabo de descobrir este artigo "Measuring and Analyzing Aggregate Fluctuations: The Importance of Building from Microeconomic Evidence" de John Haltiwanger:
.
"A pervasive finding in recent research using longitudinal establishment level data is that idiosyncratic factors dominate the distribution of output, employment, investment, and productivity growth rates across establishments.
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Seemingly similar plants within the same industry exhibit substantially different behavior on a variety of measures of real activity at cyclical and longer-run frequencies. In the fastest-growing industries, a large fraction of establishments experience substantial declines, whereas in the slowest growing industries, a large fraction of establishments exhibit dramatic growth."
...
"The observed tremendous withinsector heterogeneity raises a variety of questions for our understanding and measurement of key macro aggregates. Much of macroeconomic research and our measurement of aggregates is predicated on the view that building macro aggregates from industry-level data is sufficient for understanding the behavior of the macroeconomy. The implicit argument is that, at least at the level of detailed industry, the assumption of a representative firm or establishment is reasonable.
...
the accumulating evidence from recent establishment-level studies of employment, investment, and productivity growth suggests that this canceling out is far from complete. It is becoming increasingly apparent that changes in the key macro aggregates at cyclical and secular frequencies are best understood by tracking the evolution of the cross-sectional distribution of activity and changes at the micro level."
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"Quando os macro-economistas falam sobre o desempenho, sobre a produtividade de um sector de actividade, como o calçado, como o têxtil, como o mobiliário, falam de um bloco homogéneo, coerente, maciço... como se todas as empresas, imersas no mesmo ambiente competitivo, tivessem o mesmo comportamento"
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Pois bem, acabo de descobrir este artigo "Measuring and Analyzing Aggregate Fluctuations: The Importance of Building from Microeconomic Evidence" de John Haltiwanger:
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"A pervasive finding in recent research using longitudinal establishment level data is that idiosyncratic factors dominate the distribution of output, employment, investment, and productivity growth rates across establishments.
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Seemingly similar plants within the same industry exhibit substantially different behavior on a variety of measures of real activity at cyclical and longer-run frequencies. In the fastest-growing industries, a large fraction of establishments experience substantial declines, whereas in the slowest growing industries, a large fraction of establishments exhibit dramatic growth."
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"The observed tremendous withinsector heterogeneity raises a variety of questions for our understanding and measurement of key macro aggregates. Much of macroeconomic research and our measurement of aggregates is predicated on the view that building macro aggregates from industry-level data is sufficient for understanding the behavior of the macroeconomy. The implicit argument is that, at least at the level of detailed industry, the assumption of a representative firm or establishment is reasonable.
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the accumulating evidence from recent establishment-level studies of employment, investment, and productivity growth suggests that this canceling out is far from complete. It is becoming increasingly apparent that changes in the key macro aggregates at cyclical and secular frequencies are best understood by tracking the evolution of the cross-sectional distribution of activity and changes at the micro level."
sexta-feira, maio 20, 2011
Para quando um "Ananias" que lhes abra os olhos para que vejam a luz???!!!
Vasconcellos e Sá, em entrevista ao semanário Vida Económica "Portugal tem falta de liberdade económica", põe o dedo na ferida, replicando vários dos temas que missionamos neste blogue:
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O primeiro é delicioso e está relacionado com os nossos marcadores "macroeconomia" e "macro-economistas":
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"Vida Económica - Que opinião tem relativamente à geração actual dos economistas? É muito diferente da anterior?
Jorge A. Vasconcellos e Sá - Há dois aspectos. A maioria (nem todos) dos economistas estão hoje reduzidos à condição de simples comentadores e totalmente incapazes de desenvolver quaisquer políticas. É como se analisassem um jogo de ténis pelo marcador, em vez de pelas tácticas dos jogadores.
Porquê? Porque perderam os instrumentos para actuarem (e não se actualizaram para aprender outros): a política cambial, a política monetária, e (também em grande parte) a política orçamental e de preços e rendimentos. O que resta pois de verdadeiramente importante? A gestão. Que para muitos economistas sempre foi uma caixa negra. (Moi ici: Só sabem mexer no preço e nos custos, não fazem a mínima ideia do que é o valor. Na linha da tareia que achamos que a academia merece! )
Por (em segundo lugar) sempre a terem desprezado, dado (na opinião deles) não ter o formalismo da economia, e ser assim uma ciência menor.
O que é obviamente um duplo erro. Pela acusação infundada: basta ver a elevada percentagem de artigos científicos, empíricos, nas melhores revistas académicas de gestão.
E a esquizofrenia de não reconhecer as suas próprias debilidades: muitos artigos económicos não passam de meras construções abstractas, matemáticas, "baseadas em pressupostos de vacas redondas para assim se resolver a crise do leite". (Moi ici: Pagãos que ainda não ouviram o Evangelho do Valor, cegos que ainda não percorreram a Estrada de Damasco, para quando um "Ananias" que lhes abra os olhos para que vejam a luz???!!!)
...
O segundo tema é o da liberdade económica:
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"VE - A situação difícil por que Portugal está a passar é culpa dos economistas ou de outros factores, entre os quais a falta de liberdade económica?
JAVS - Um desastre destas proporções - uma economia abrilista que não consegue sobreviver sem os balões de oxigénio do FMI, apesar de inserida no bloco económico mais rico do mundo (em valor absoluto), beneficiando da moeda única e recebendo até 2,5% de fundos líquidos de Bruxelas -, uma catástrofe económica destas, dizia, não tem obviamente apenas uma causa. Tem várias. Entre elas, a falta de liberdade económica.
A correlação entre o índice de liberdade económica e o PIB per capita dos 55 países mais ricos do mundo é altíssima (0,74). E é simples de ver porquê. Liberdade económica significa concorrência, em que, um, cada empresa é incentivada a dar o seu melhor; dois, as companhias que fazem um mau trabalho e destroem valor são afastadas do mercado; e, três, quem manda é o consumidor, com a sua soberania relativamente ao preço, qualidade e entrega. Não há tachos. Há uma meritocracia. Como dizia o povo: "quem não trabuca não manduca".
VE - A falta de liberdade económica continua a ser um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento do país?
JAVS - Sem dúvida. E defender o contrário é um "barrete" que muitos políticos continuam a enfiar aos portugueses, criando-lhes medo da liberdade económica."
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O primeiro é delicioso e está relacionado com os nossos marcadores "macroeconomia" e "macro-economistas":
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"Vida Económica - Que opinião tem relativamente à geração actual dos economistas? É muito diferente da anterior?
Jorge A. Vasconcellos e Sá - Há dois aspectos. A maioria (nem todos) dos economistas estão hoje reduzidos à condição de simples comentadores e totalmente incapazes de desenvolver quaisquer políticas. É como se analisassem um jogo de ténis pelo marcador, em vez de pelas tácticas dos jogadores.
Porquê? Porque perderam os instrumentos para actuarem (e não se actualizaram para aprender outros): a política cambial, a política monetária, e (também em grande parte) a política orçamental e de preços e rendimentos. O que resta pois de verdadeiramente importante? A gestão. Que para muitos economistas sempre foi uma caixa negra. (Moi ici: Só sabem mexer no preço e nos custos, não fazem a mínima ideia do que é o valor. Na linha da tareia que achamos que a academia merece! )
Por (em segundo lugar) sempre a terem desprezado, dado (na opinião deles) não ter o formalismo da economia, e ser assim uma ciência menor.
O que é obviamente um duplo erro. Pela acusação infundada: basta ver a elevada percentagem de artigos científicos, empíricos, nas melhores revistas académicas de gestão.
E a esquizofrenia de não reconhecer as suas próprias debilidades: muitos artigos económicos não passam de meras construções abstractas, matemáticas, "baseadas em pressupostos de vacas redondas para assim se resolver a crise do leite". (Moi ici: Pagãos que ainda não ouviram o Evangelho do Valor, cegos que ainda não percorreram a Estrada de Damasco, para quando um "Ananias" que lhes abra os olhos para que vejam a luz???!!!)
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O segundo tema é o da liberdade económica:
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"VE - A situação difícil por que Portugal está a passar é culpa dos economistas ou de outros factores, entre os quais a falta de liberdade económica?
JAVS - Um desastre destas proporções - uma economia abrilista que não consegue sobreviver sem os balões de oxigénio do FMI, apesar de inserida no bloco económico mais rico do mundo (em valor absoluto), beneficiando da moeda única e recebendo até 2,5% de fundos líquidos de Bruxelas -, uma catástrofe económica destas, dizia, não tem obviamente apenas uma causa. Tem várias. Entre elas, a falta de liberdade económica.
A correlação entre o índice de liberdade económica e o PIB per capita dos 55 países mais ricos do mundo é altíssima (0,74). E é simples de ver porquê. Liberdade económica significa concorrência, em que, um, cada empresa é incentivada a dar o seu melhor; dois, as companhias que fazem um mau trabalho e destroem valor são afastadas do mercado; e, três, quem manda é o consumidor, com a sua soberania relativamente ao preço, qualidade e entrega. Não há tachos. Há uma meritocracia. Como dizia o povo: "quem não trabuca não manduca".
VE - A falta de liberdade económica continua a ser um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento do país?
JAVS - Sem dúvida. E defender o contrário é um "barrete" que muitos políticos continuam a enfiar aos portugueses, criando-lhes medo da liberdade económica."
terça-feira, maio 17, 2011
Esta doeu!!!
Ainda esta manhã escrevi "O que falta no relatório".
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E o que escrevi está em linha com o meu esforço missionário neste blogue:
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E o que escrevi está em linha com o meu esforço missionário neste blogue:
É um esforço titânico contra as forças do status-quo!!!
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Vejam lá se não tenho razão... com os salários chineses a crescerem ao ano a uma taxa com 2 dígitos a solução é... não, não é cortar os salários!!!
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A solução é... subir na escala de valor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Sim, a tal que é só a longo prazo... pois...
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"China: the end of cheap? Not so fast…"
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"China’s export makeup is changing (and has already changed significantly). Shoes, textiles and garments that once made around half of Chinese exports a decade ago, now only account for just over 20 per cent. Instead, electronics, machinery, cars and car parts are taking over"
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O tempo que se perde com discursos e masturbações de gente que não sai de gabinetes nem da academia e não percebe como Mongo pode ser fantástico para todos!!!
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"China’s export makeup is changing (and has already changed significantly). Shoes, textiles and garments that once made around half of Chinese exports a decade ago, now only account for just over 20 per cent. Instead, electronics, machinery, cars and car parts are taking over"
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O tempo que se perde com discursos e masturbações de gente que não sai de gabinetes nem da academia e não percebe como Mongo pode ser fantástico para todos!!!
O que falta no relatório
O INE publicou ontem um relatório com informação sobre a evolução do Índice de Custo do Trabalho.
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O índice de custo do trabalho é um indicador que mede a evolução do custo médio do trabalho por hora efectivamente trabalhada (custo médio horário).
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Dois gráficos chamam-me a atenção.
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1º Como se comparam as evoluções dos custos de trabalho na UE no quarto trimestre de 2010
2º Como se comparam as evoluções dos custos de trabalho sectorialmente em Portugal no primeiro trimestre de 2011
Olhando para o pormenor do quadro que se segue:
Gostaria de chamar a atenção para um parâmetro que não se encontra neste relatório.
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Um parâmetro que escapa à maioria dos economistas... por isso, este relatório é bom para demonstrar como esta mentalidade está ultrapassada.
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Já imaginam qual é?
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O custo do trabalho e a quantidade de trabalho não têm nada a ver com o valor gerado!!!
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Por isso, é muito mais útil usar os Custos Unitários do Trabalho.
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Álvaro Santos Pereira escreveu recentemente no seu blogue:
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"A lógica da desvalorização fiscal é simples: nos últimos anos, um dos factores que mais afectou a competitividade das exportações portuguesas foi o agravamento dos custos unitários do trabalho, que subiram bem mais do que na Zona Euro. Por isso, se quisermos que as nossas exportações fiquem mais competitivas, não temos outro remédio que não seja diminuir estes custos. (Moi ici: Qual a formula de cálculo dos Custos Unitários do Trabalho? Custos Totais do Trabalho sobre o Produto Real Produzido) Ora, como os custos unitários do trabalho dependem da evolução da produtividade e dos custos laborais, uma melhoria da competitividade necessita não só que nos tornemos mais produtivos, mas também que efectuemos uma redução dos nossos custos do trabalho. Como ganhos significativos de produtividade só são possíveis a médio e longo prazo (pois dependem, entre outras coisas, da melhoria do capital humano), (Moi ici: Por que se argumenta que "só são possíveis a médio e longo prazo"? Por que se argumenta tão rapidamente que dependem "do capital humano?" Há uma forma rápida de aumentar a produtividade de uma costureira! Basta despedi-la de uma fábrica subcontratada por uma marca para costurar T-shirts e, adimiti-la numa outra fábrica, na mesma rua, que tem marca própria e fabrica T-shirts para vender com essa marca) resta-nos diminuir os custos laborais."
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Ás vezes penso que os economistas têm medo de falar sobre a criação de valor... como não a entendem, porque ela está na cabeça de quem compra e na mente de quem cria em sintonia com os clientes, como o valor está cada vez mais associado à diferenciação, à arte, os economistas não o conseguem meter nos seus modelos. Por isso, despacham-na para um futuro a médio longo prazo e, assim, retiram-na do problema em mãos.
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Volto sempre ao sector que devia servir de benchmarking para todos os outros, quantos anos demorou o calçado a fazer a revolução? Volto ao têxtil, como é que o sector está a exportar para a China? Volto ao mobiliário, por que é que o sector exporta mais de 60% do que produz e, no entanto, o país importa mobiliário da Malásia, da Tailândia e ...?
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Hoje, devia ser muito claro para muita mais gente a máxima:
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"Don't try to compete on costs with China, and with Wal-Mart on price"
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Era muito interessante que o INE disponibilizasse a distribuição dos CUT para um mesmo sector de actividade. Talvez dessa forma as explicações simplistas demais não fossem suficientes para descrever a figura que se iria ver... basta recordar a diferença entre a realidade e a teoria.
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NOTA: Há dias, em resposta a um comentário do JMG, entretanto cortado pelos problemas que o Blogger teve na passada quinta e sexta-feira, escrevi:
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O velho desafio do gato e do rato e da pregação do Evangelho do Valor.
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Ontem à noite, enquanto lia o sexto capítulo do livro de Hilary Austen, "Artistry Unleashed", não pude deixar de pensar em como a autora toca numa série de pontos-chave para o desafio da originação de valor!!!
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O índice de custo do trabalho é um indicador que mede a evolução do custo médio do trabalho por hora efectivamente trabalhada (custo médio horário).
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Dois gráficos chamam-me a atenção.
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1º Como se comparam as evoluções dos custos de trabalho na UE no quarto trimestre de 2010
2º Como se comparam as evoluções dos custos de trabalho sectorialmente em Portugal no primeiro trimestre de 2011
Olhando para o pormenor do quadro que se segue:
Gostaria de chamar a atenção para um parâmetro que não se encontra neste relatório.
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Um parâmetro que escapa à maioria dos economistas... por isso, este relatório é bom para demonstrar como esta mentalidade está ultrapassada.
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Já imaginam qual é?
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O custo do trabalho e a quantidade de trabalho não têm nada a ver com o valor gerado!!!
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Por isso, é muito mais útil usar os Custos Unitários do Trabalho.
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Álvaro Santos Pereira escreveu recentemente no seu blogue:
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"A lógica da desvalorização fiscal é simples: nos últimos anos, um dos factores que mais afectou a competitividade das exportações portuguesas foi o agravamento dos custos unitários do trabalho, que subiram bem mais do que na Zona Euro. Por isso, se quisermos que as nossas exportações fiquem mais competitivas, não temos outro remédio que não seja diminuir estes custos. (Moi ici: Qual a formula de cálculo dos Custos Unitários do Trabalho? Custos Totais do Trabalho sobre o Produto Real Produzido) Ora, como os custos unitários do trabalho dependem da evolução da produtividade e dos custos laborais, uma melhoria da competitividade necessita não só que nos tornemos mais produtivos, mas também que efectuemos uma redução dos nossos custos do trabalho. Como ganhos significativos de produtividade só são possíveis a médio e longo prazo (pois dependem, entre outras coisas, da melhoria do capital humano), (Moi ici: Por que se argumenta que "só são possíveis a médio e longo prazo"? Por que se argumenta tão rapidamente que dependem "do capital humano?" Há uma forma rápida de aumentar a produtividade de uma costureira! Basta despedi-la de uma fábrica subcontratada por uma marca para costurar T-shirts e, adimiti-la numa outra fábrica, na mesma rua, que tem marca própria e fabrica T-shirts para vender com essa marca) resta-nos diminuir os custos laborais."
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Ás vezes penso que os economistas têm medo de falar sobre a criação de valor... como não a entendem, porque ela está na cabeça de quem compra e na mente de quem cria em sintonia com os clientes, como o valor está cada vez mais associado à diferenciação, à arte, os economistas não o conseguem meter nos seus modelos. Por isso, despacham-na para um futuro a médio longo prazo e, assim, retiram-na do problema em mãos.
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Volto sempre ao sector que devia servir de benchmarking para todos os outros, quantos anos demorou o calçado a fazer a revolução? Volto ao têxtil, como é que o sector está a exportar para a China? Volto ao mobiliário, por que é que o sector exporta mais de 60% do que produz e, no entanto, o país importa mobiliário da Malásia, da Tailândia e ...?
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Hoje, devia ser muito claro para muita mais gente a máxima:
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"Don't try to compete on costs with China, and with Wal-Mart on price"
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Era muito interessante que o INE disponibilizasse a distribuição dos CUT para um mesmo sector de actividade. Talvez dessa forma as explicações simplistas demais não fossem suficientes para descrever a figura que se iria ver... basta recordar a diferença entre a realidade e a teoria.
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NOTA: Há dias, em resposta a um comentário do JMG, entretanto cortado pelos problemas que o Blogger teve na passada quinta e sexta-feira, escrevi:
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- Se me vendem a redução da TSU para tornar as empresas que exportam mais competitivas não engulo.
- Se me venderem a redução da TSU para facilitar a vida às empresas que vivem do mercado interno concordo.
- Se me venderem a redução da TSU para capitalizar as empresas concordo.
O velho desafio do gato e do rato e da pregação do Evangelho do Valor.
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Ontem à noite, enquanto lia o sexto capítulo do livro de Hilary Austen, "Artistry Unleashed", não pude deixar de pensar em como a autora toca numa série de pontos-chave para o desafio da originação de valor!!!
terça-feira, maio 10, 2011
Os economistas continuam perdidos e a brincar à política
Enquanto não perceberem a diferença entre preço e valor não vão lá.
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Mongo rules!!!
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"Comércio Internacional
No 1º trimestre de 2011, as saídas de bens registaram um aumento de 17,0% e as entradas de 8,5% face ao período homólogo do ano anterior. A taxa de cobertura foi de 70,3%, o que corresponde a uma melhoria de 5,1 p.p. face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.
.
Em termos das variações homólogas, no mês de Março de 2011 as saídas registaram um aumento de 11,5%, sobretudo em resultado da evolução positiva do Comércio Intracomunitário. As entradas também apresentam um acréscimo: 6,0% face aos valores registados em Março de 2010, devido aos aumentos verificados tanto nas importações de bens originários dos mercados extracomunitários como nas chegadas de bens provenientes dos parceiros comunitários.
.
No que se refere às taxas de variação mensais (Março de 2011 face a Fevereiro de 2011), em Março de 2011 as saídas registaram um aumento de 12,8%, devido em especial ao acréscimo das expedições de bens para os mercados comunitários."
...
"Comércio Intracomunitário
No 1º trimestre de 2011, as expedições aumentaram 18,0% e as chegadas 8,3%, face ao mesmo período do ano anterior."
...
"Comércio Extracomunitário
No 1º trimestre de 2011, as exportações aumentaram 13,9% e as importações 9,1%, face ao mesmo período do ano anterior."
.
.
.
Realmente não somos nada competitivos ... só conseguimos aumentar as exportações em 17%!!!!!
.
Se os economistas andassem em contacto com o mundo real das empresas exportadoras interrogar-se-iam:
.
Com a relação euro/dolar a comportar-se desta forma no último ano e quadrimestre
como é que as nossas exportações extracomunitárias cresceram quase 14%?
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"Estatísticas do Comércio Internacional - Março de 2011"
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Mongo rules!!!
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"Comércio Internacional
No 1º trimestre de 2011, as saídas de bens registaram um aumento de 17,0% e as entradas de 8,5% face ao período homólogo do ano anterior. A taxa de cobertura foi de 70,3%, o que corresponde a uma melhoria de 5,1 p.p. face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.
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Em termos das variações homólogas, no mês de Março de 2011 as saídas registaram um aumento de 11,5%, sobretudo em resultado da evolução positiva do Comércio Intracomunitário. As entradas também apresentam um acréscimo: 6,0% face aos valores registados em Março de 2010, devido aos aumentos verificados tanto nas importações de bens originários dos mercados extracomunitários como nas chegadas de bens provenientes dos parceiros comunitários.
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No que se refere às taxas de variação mensais (Março de 2011 face a Fevereiro de 2011), em Março de 2011 as saídas registaram um aumento de 12,8%, devido em especial ao acréscimo das expedições de bens para os mercados comunitários."
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"Comércio Intracomunitário
No 1º trimestre de 2011, as expedições aumentaram 18,0% e as chegadas 8,3%, face ao mesmo período do ano anterior."
...
"Comércio Extracomunitário
No 1º trimestre de 2011, as exportações aumentaram 13,9% e as importações 9,1%, face ao mesmo período do ano anterior."
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Realmente não somos nada competitivos ... só conseguimos aumentar as exportações em 17%!!!!!
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Se os economistas andassem em contacto com o mundo real das empresas exportadoras interrogar-se-iam:
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Com a relação euro/dolar a comportar-se desta forma no último ano e quadrimestre
como é que as nossas exportações extracomunitárias cresceram quase 14%?
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"Estatísticas do Comércio Internacional - Março de 2011"
segunda-feira, maio 09, 2011
À atenção dos economistas
"AFTER more than a quarter-century as a professional economist, I have a confession to make: There is a lot I don’t know about the economy. Indeed, the area of economics where I have devoted most of my energy and attention — the ups and downs of the business cycle — is where I find myself most often confronting important questions without obvious answers."
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Trecho retirado daqui.
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Trecho retirado daqui.
terça-feira, maio 03, 2011
A barreira a vencer
"In each instance, the practicioner allows himself to experience surprise, puzzlement, or confusion in a situation he finds uncertain and unique... He is not dependent on categories of established technique, but constructs a new theory of the unique case... He does not keep means and ends separate but defines them interactively as he frames a problematic situation." (trecho de Donald Schon retirado de "The Reflective Practitioner")
.
Cada caso é um caso. Cada caso é único. O que funcionou ontem já não funciona hoje...
.
Impressionante como o conselho que se segue, de um cowboy para alguém que quer aprender a montar um cavalo, se aplica ao desafio que um empresário tem de enfrentar nos tempos actuais em que Mongo se instala e a globalização imperial da quantidade recua. O que aconteceu na TV, desde o "I love Lucy" até à actualidade, é uma metáfora do que está a acontecer na economia (BTW, lembro-me de em miúdo ver na TV portuguesa esse programa "I Love Lucy")
.
"Eric: You're trying to do too much. Stop thinking, and pay attention to your horse. It's about trying to feel what is happening underneath you right now. You can't ride yesterday's horse. You can't ride what might happen. Everybody who rides has the same problem: we're hoping what we learned yesterday will always apply. You often ride the problem you had a minute ago, or for the goal you want to achieve. But this not a recipe. It changes every second, and you've got to change with it."
.
E o que fazem os macro-economistas? Pois... e o que valem as suas previsões baseadas na extrapolação do passado?
...
"You've got to start with observing real people in depth. Burn the market research. Go out there with your own eyes. Stand there. Do it yourself as the businessperson. Be there with your own eyes."
.
"This way of working - call it artistry.
Artistry is rooted in qualities. ... To become a proficient rider in her own right, she needs to perceive these qualities and interpret them herself; until she does that, she's merely applying a collection of disconnected generic techniques - and haphazardly, at that. If she can become focused enough and then use this awareness to respond effectively to these qualities, she'll be able to improve her own efforts and those of her horse. She faces the same learning challenge that students of every demanding discipline face if they wish to leave routines and recipes behind and become creative and masterful practicioners in their own right."
.
Por isto é que é tão redutor isto "“A qualificação devia ser o motor da competitividade da economia”" Imagino n situações em que gente mais qualificada, podia ajudar a fazer milagres na capacidade de originar valor ... desde que tenha a humildade de abandonar as receitas assépticas e aceite apaixonar-se.
.
Focalização, sempre a focalização...
.
"Eric: Just because he has a little more energy than you're used to doesn't mean you have to freak out about it. Ride it, for Christ's sake! One of the reasons we ride horses is because they're dynamic. So, when things are a little different, you should appreciate that and not be scared of it. Scared is a distraction. Utilize him!"
.
Por cá, muitas vezes, a reacção instintiva quando as coisas mudam e ficam um pouco diferentes é... pedir protecção e ajuda ao papá-Estado. E isso, impede o crescimento interno, evita a subida para o nível seguinte do jogo, ficamos parados e atolados no nível actual.
.
"I recognize this vulnerable state, when fear, anxiety, or embarrassment creates a self-absorbed distraction. Yet in the heat of the moment it's nearly impossible to ignore these reactions."
.
Aqui, o papel de um outsider que não imponha receitas mas que facilite uma abordagem diferente ao desafio, pode ser útil.
.
"Eric: It takes more focus, but that's what this game is about. When we talk about asking a horse for a hundred percent, we're asking a person for a hundred percent. It means we have got them right to the point where they are either going to perform or explode! If they perform to their maximum ability, they will do the best they possibly can if you can get it just right, and you're sitting on a hundred percent of a horse, all you can do is pull your hat down and hope you don't screw up."
...
"He's trying to take her across an invisible barrier that divides amateur riders from genuine horsemen."
.
É uma barreira deste tipo que impede aos teóricos da macro-economia verem como se fazem milagres ao nível da macro-economia.
.
Cada caso é um caso. Cada caso é único. O que funcionou ontem já não funciona hoje...
.
Impressionante como o conselho que se segue, de um cowboy para alguém que quer aprender a montar um cavalo, se aplica ao desafio que um empresário tem de enfrentar nos tempos actuais em que Mongo se instala e a globalização imperial da quantidade recua. O que aconteceu na TV, desde o "I love Lucy" até à actualidade, é uma metáfora do que está a acontecer na economia (BTW, lembro-me de em miúdo ver na TV portuguesa esse programa "I Love Lucy")
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"Eric: You're trying to do too much. Stop thinking, and pay attention to your horse. It's about trying to feel what is happening underneath you right now. You can't ride yesterday's horse. You can't ride what might happen. Everybody who rides has the same problem: we're hoping what we learned yesterday will always apply. You often ride the problem you had a minute ago, or for the goal you want to achieve. But this not a recipe. It changes every second, and you've got to change with it."
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E o que fazem os macro-economistas? Pois... e o que valem as suas previsões baseadas na extrapolação do passado?
...
"You've got to start with observing real people in depth. Burn the market research. Go out there with your own eyes. Stand there. Do it yourself as the businessperson. Be there with your own eyes."
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"This way of working - call it artistry.
Artistry is rooted in qualities. ... To become a proficient rider in her own right, she needs to perceive these qualities and interpret them herself; until she does that, she's merely applying a collection of disconnected generic techniques - and haphazardly, at that. If she can become focused enough and then use this awareness to respond effectively to these qualities, she'll be able to improve her own efforts and those of her horse. She faces the same learning challenge that students of every demanding discipline face if they wish to leave routines and recipes behind and become creative and masterful practicioners in their own right."
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Por isto é que é tão redutor isto "“A qualificação devia ser o motor da competitividade da economia”" Imagino n situações em que gente mais qualificada, podia ajudar a fazer milagres na capacidade de originar valor ... desde que tenha a humildade de abandonar as receitas assépticas e aceite apaixonar-se.
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Focalização, sempre a focalização...
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"Eric: Just because he has a little more energy than you're used to doesn't mean you have to freak out about it. Ride it, for Christ's sake! One of the reasons we ride horses is because they're dynamic. So, when things are a little different, you should appreciate that and not be scared of it. Scared is a distraction. Utilize him!"
.
Por cá, muitas vezes, a reacção instintiva quando as coisas mudam e ficam um pouco diferentes é... pedir protecção e ajuda ao papá-Estado. E isso, impede o crescimento interno, evita a subida para o nível seguinte do jogo, ficamos parados e atolados no nível actual.
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"I recognize this vulnerable state, when fear, anxiety, or embarrassment creates a self-absorbed distraction. Yet in the heat of the moment it's nearly impossible to ignore these reactions."
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Aqui, o papel de um outsider que não imponha receitas mas que facilite uma abordagem diferente ao desafio, pode ser útil.
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"Eric: It takes more focus, but that's what this game is about. When we talk about asking a horse for a hundred percent, we're asking a person for a hundred percent. It means we have got them right to the point where they are either going to perform or explode! If they perform to their maximum ability, they will do the best they possibly can if you can get it just right, and you're sitting on a hundred percent of a horse, all you can do is pull your hat down and hope you don't screw up."
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"He's trying to take her across an invisible barrier that divides amateur riders from genuine horsemen."
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É uma barreira deste tipo que impede aos teóricos da macro-economia verem como se fazem milagres ao nível da macro-economia.
domingo, fevereiro 27, 2011
Qual é a vantagem competitiva?
"Competitive advantage is a function of what game you’re playing. Not only that, in business competitive advantage is defined not by some abstraction and not by your rival, but by your customers. When ABC Corp. competes with XYZ, Inc., it’s not to see which can run the 100-yard dash fastest. They’re competing to see whose offer will appeal most to a set of customers. Forgetting that is like pretending Rhett and Ashley are just rivals for a gold medal.
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Win By Playing a Different Game
.
The question isn’t “which company is better?” It’s “Which customers will buy from you, not the other guy, and why?” Oddly, this key strategy question is often unasked, and even more often answered sloppily. (Moi ici: Grande, grande verdade!!! As empresas pensam que basta dizer "Produzimos vinto tinto"... ficam-se pelo produto e esquecem a experiência do cliente. Vinho tinto para quem? O que é que esse cliente procura num vinho tinto? Onde é que faz sentido expor esse vinho tinto?) Executives often forget that they can-and often should-beat their competitors by playing a different game.
...
Don’t Follow the Others, Build on Your Strengths
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Strategic “me-tooism” is endemic. Companies benchmark each other, chase the same hot technologies or markets, fall for the same management fads. What they should do is define a game they are uniquely able to play well, then maintain and invest in the capabilities needed to stay on top of that game. The first step in doing this, I argued a couple of weeks ago, is to identify what intangible assets matter most to your way to play. A company like Bang & Olofson will hire different people, set a different innovation strategy, sell through different channels, and manage its brand different from, say, Panasonic or Nokia.
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As HR experts Dave Ulrich and Norm Smallwood point out, a smart company will develop a distinctive leadership brand. They define this as “a reputation for developing exceptional managers with a distinct set of talents that are uniquely geared to fulfill customers’ and investors’ expectations.” Even more specifically, it means hiring and promoting people in order to build capabilities that reinforce the choice you have made about the game you’re playing, not in order to fill in some generic map of HR competencies.
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The same goes for all the other intangibles: your IT system, your processes, your philosophy of customer relations. They are, or should be, selected and perfected according to your needs rather than a “what’s benchmark” or “what’s world-class’ standard that may be meaningless to your business. (Moi ici: O alinhamento da perspectiva de recursos e infra-estruturas com a estratégia)
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In almost every industry, there’s more than one way to play, which means there’s more than one definition of competitive advantage-and more than one winner." (Moi ici: Claro que para os economistas encalhados só existe a opção de competir pelo custo mais baixo)
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Trechos retirados de "Do You Know Your Company’s Competitive Advantage?"
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Win By Playing a Different Game
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The question isn’t “which company is better?” It’s “Which customers will buy from you, not the other guy, and why?” Oddly, this key strategy question is often unasked, and even more often answered sloppily. (Moi ici: Grande, grande verdade!!! As empresas pensam que basta dizer "Produzimos vinto tinto"... ficam-se pelo produto e esquecem a experiência do cliente. Vinho tinto para quem? O que é que esse cliente procura num vinho tinto? Onde é que faz sentido expor esse vinho tinto?) Executives often forget that they can-and often should-beat their competitors by playing a different game.
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Don’t Follow the Others, Build on Your Strengths
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Strategic “me-tooism” is endemic. Companies benchmark each other, chase the same hot technologies or markets, fall for the same management fads. What they should do is define a game they are uniquely able to play well, then maintain and invest in the capabilities needed to stay on top of that game. The first step in doing this, I argued a couple of weeks ago, is to identify what intangible assets matter most to your way to play. A company like Bang & Olofson will hire different people, set a different innovation strategy, sell through different channels, and manage its brand different from, say, Panasonic or Nokia.
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As HR experts Dave Ulrich and Norm Smallwood point out, a smart company will develop a distinctive leadership brand. They define this as “a reputation for developing exceptional managers with a distinct set of talents that are uniquely geared to fulfill customers’ and investors’ expectations.” Even more specifically, it means hiring and promoting people in order to build capabilities that reinforce the choice you have made about the game you’re playing, not in order to fill in some generic map of HR competencies.
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The same goes for all the other intangibles: your IT system, your processes, your philosophy of customer relations. They are, or should be, selected and perfected according to your needs rather than a “what’s benchmark” or “what’s world-class’ standard that may be meaningless to your business. (Moi ici: O alinhamento da perspectiva de recursos e infra-estruturas com a estratégia)
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In almost every industry, there’s more than one way to play, which means there’s more than one definition of competitive advantage-and more than one winner." (Moi ici: Claro que para os economistas encalhados só existe a opção de competir pelo custo mais baixo)
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Trechos retirados de "Do You Know Your Company’s Competitive Advantage?"
quinta-feira, janeiro 13, 2011
Micro-economia versus macro-economia
Esta é uma velha teimosia minha: a importância da micro-economia sobre a macro-economia num mundo heterogéneo e cada vez mais mongolizado, daí que tenha sorrido ao ler este texto:
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"In the long run it's all microeconomics".
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"In the long run it's all microeconomics".
segunda-feira, janeiro 03, 2011
O modelo NK de Kauffman - uma introdução (parte II)
Continuado daqui.
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"With a low K value, an organization can change a particular attribute without significantly impacting the fitness contribution of other organizational attributes. Put more abstractly, with a low K value, the organization faces a highly correlated fitness landscape and is therefore able to engage in effective local adaptation.
...
With higher levels of K, local adaptation is not an effective response to a change in the fitness landscape. A change in a single organizational attribute is likely to have repercussions for the fitness contribution of a variety of other organizational attributes. As a result, with a higher level of K, survival subsequent to a change in the fitness landscape is much more dependent on a successful long-jump or reorientation than local adaptation. Thus, as suggested by the work of Tushman and Romanelli (1985), there may be a correlation between survival and reorientations, but the analysis implies that this correlation should be present only for organizations that have a relatively high intensity of epistatic interactions. When organizations are tightly coupled, and as a result the fitness space is only weakly correlated, local adaptation is not very effective. Under such conditions, survival in the face of a changing environment becomes more linked to a successful (lucky or visionary) long-jump or reorientation."
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Daí que, perante uma importante alteração abiótica, seja preciso tempo para que as organizações façam as alterações estruturais que lhes permitam voltar a um desempenho adequado.
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Trechos retirados de Trecho retirado de capítulo 13 "Organizational Capabilities in Complex" de Daniel Levinthal que faz parte do livro “The Nature and Dynamics of Organizational Capabilities”, editado por Giovanni Dosi, Richard R. Nelson, Sidney G. Winter.
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"With a low K value, an organization can change a particular attribute without significantly impacting the fitness contribution of other organizational attributes. Put more abstractly, with a low K value, the organization faces a highly correlated fitness landscape and is therefore able to engage in effective local adaptation.
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With higher levels of K, local adaptation is not an effective response to a change in the fitness landscape. A change in a single organizational attribute is likely to have repercussions for the fitness contribution of a variety of other organizational attributes. As a result, with a higher level of K, survival subsequent to a change in the fitness landscape is much more dependent on a successful long-jump or reorientation than local adaptation. Thus, as suggested by the work of Tushman and Romanelli (1985), there may be a correlation between survival and reorientations, but the analysis implies that this correlation should be present only for organizations that have a relatively high intensity of epistatic interactions. When organizations are tightly coupled, and as a result the fitness space is only weakly correlated, local adaptation is not very effective. Under such conditions, survival in the face of a changing environment becomes more linked to a successful (lucky or visionary) long-jump or reorientation."
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Daí que, perante uma importante alteração abiótica, seja preciso tempo para que as organizações façam as alterações estruturais que lhes permitam voltar a um desempenho adequado.
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Trechos retirados de Trecho retirado de capítulo 13 "Organizational Capabilities in Complex" de Daniel Levinthal que faz parte do livro “The Nature and Dynamics of Organizational Capabilities”, editado por Giovanni Dosi, Richard R. Nelson, Sidney G. Winter.
domingo, janeiro 02, 2011
Medo...
Medo!!!
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"A França e a Alemanha deram no final de Dezembro sinais de quererem avançar para uma nova coordenação das políticas económicas, cujas diferenças estão na base de muitos dos problemas estruturais da zona euro, a começar pelas disparidades de competitividade. Os dois países deram como exemplo algum tipo de harmonização fiscal e de políticas sociais, como a idade da reforma."
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Quem acompanha este blogue já sabe qual é a nossa opinião acerca destas políticas económicas...
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Medidas de macro-economista, gente que não percebe, por que não concebe, que a diferença de competitividade e produtividade entre as empresas de um mesmo sector de actividade, é maior que as diferenças entre sectores de actividade.
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Gente que não abre a caixa negra e, por isso, não percebe de mosaicos estratégicos e, por isso, não imagina o papel do modelo NK de Kauffman.
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Trecho retirado de "Crise do euro corre o risco de se arrastar em 2011"
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Representação de um macro-economista e dos seus problemas (na sua, dele, óptica):
Para um macro-economista todos os problemas são custos ou preços...
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Como é que um macro-economista explica o sucesso do calçado português? Como é que um macro-economista explica o "comeback" do têxtil? Como é que um macro-economista explica a explosão nas exportações de mobiliário? Como é que...
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Basta pensar nas previsões de Daniel Bessa acerca do futuro do sector do calçado em Portugal, publicadas no editorial do Jornal de Negócios de 30 de Março de 2005.
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O falhanço rotundo destas previsões deveria levar os macro-economistas a reflectirem sobre o que falha na sua explicação do mundo... e reparem como esse modelo mental só leva à depressão!!!
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E eu? Acham que estou deprimido?
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Deprimido eu?
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Entusiasmado!
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Excitado!
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Animado!
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Estou a assistir ao vivo, estou a participar, estou a viver o comeback das PMEs exportadoras do Norte de Portugal!!!
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E tudo, mas tudo o que escrevi, tudo o que defendi neste blogue desde 2004 está a cumprir-se!!!
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ADENDA: E tudo, mas tudo o que escrevi, tudo o que defendi neste blogue desde 2004 está a cumprir-se!!!
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"A França e a Alemanha deram no final de Dezembro sinais de quererem avançar para uma nova coordenação das políticas económicas, cujas diferenças estão na base de muitos dos problemas estruturais da zona euro, a começar pelas disparidades de competitividade. Os dois países deram como exemplo algum tipo de harmonização fiscal e de políticas sociais, como a idade da reforma."
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Quem acompanha este blogue já sabe qual é a nossa opinião acerca destas políticas económicas...
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Medidas de macro-economista, gente que não percebe, por que não concebe, que a diferença de competitividade e produtividade entre as empresas de um mesmo sector de actividade, é maior que as diferenças entre sectores de actividade.
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Gente que não abre a caixa negra e, por isso, não percebe de mosaicos estratégicos e, por isso, não imagina o papel do modelo NK de Kauffman.
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Trecho retirado de "Crise do euro corre o risco de se arrastar em 2011"
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Representação de um macro-economista e dos seus problemas (na sua, dele, óptica):
Para um macro-economista todos os problemas são custos ou preços...
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Como é que um macro-economista explica o sucesso do calçado português? Como é que um macro-economista explica o "comeback" do têxtil? Como é que um macro-economista explica a explosão nas exportações de mobiliário? Como é que...
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Basta pensar nas previsões de Daniel Bessa acerca do futuro do sector do calçado em Portugal, publicadas no editorial do Jornal de Negócios de 30 de Março de 2005.
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O falhanço rotundo destas previsões deveria levar os macro-economistas a reflectirem sobre o que falha na sua explicação do mundo... e reparem como esse modelo mental só leva à depressão!!!
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E eu? Acham que estou deprimido?
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Deprimido eu?
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Entusiasmado!
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Excitado!
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Animado!
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Estou a assistir ao vivo, estou a participar, estou a viver o comeback das PMEs exportadoras do Norte de Portugal!!!
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E tudo, mas tudo o que escrevi, tudo o que defendi neste blogue desde 2004 está a cumprir-se!!!
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ADENDA: E tudo, mas tudo o que escrevi, tudo o que defendi neste blogue desde 2004 está a cumprir-se!!!
sexta-feira, dezembro 31, 2010
O modelo NK de Kauffman - uma introdução
"An important contribution of Kauffman's work is the finding that the topography of the fitness landscape is determined by the degree of interdependence of the fitness contribution of the various attributes (genes) of an organism. In the literature on population genetics, such interaction effects are termed epistatic effects. If organizational fitness is highly interactive, that is the value of a particular feature of the organization depends on a variety of other features of the organization, then the fitness landscape will tend to be quite rugged. (Moi ici: Fundamental este ponto.
Não há uma receita única!!!) In such a setting, even if only one element is changed, the fitness contribution of those attributes that did not change might still be affected.
...
Despite the importance of such interactive effects on fitness, much of the population genetics literature, as well as the organizations' literature, has tended to treat facets of the organism (organization) as if their fitness contribution is independent of other attributes of the organism (organization). Kauffman (1993) has developed a simple but powerful analytic structure to represent epistatic interactions, which he terms the NK model. An entity, an organization for our purposes here, is characterized as consisting of N attributes where each attribute can take on A possible values. Thus, the fitness space consists of A (elevado a) N possible types of organizations. The degree to which the fitness of the organization depends on interaction effects among the attributes is specified by the variable K. In particular, the contribution of a given attribute of the organization to the organization's overall fitness is assumed to be influenced by K other attributes. Therefore, if K equals zero, then the contribution of each element of the organization (such as strategy, personal system, structure, etc.) is independent of all other attributes. At the other extreme, if K equals N − 1, then the fitness contribution of any one attribute depends on the value of all other attributes of the organization. As a result, adjacent locations in the fitness space need not have similar fitness values. In this sense, the value K determines the intensity of interaction effects and, in turn, how rugged or correlated is the fitness space.
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Consider the problem of identifying a coherent set of policies, that is a set of behaviours for which there are positive complementarities. This is a problem of finding an attractive peak in a rugged fitness landscape. If organizational capabilities are an outcome of such a search process, what general statements can we make about such a process?
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Intelligent, non-exhaustive, search processes are sensitive to the topography of the problem space being explored. This may be the actual topography or, as in many efforts at calculative rationality, a representation of the actual topography.
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At one level, this sensitivity to the topography is a statement of minimal intelligence of the search process. Clearly, if a search process is to reflect any intelligence, it should be sensitive to the fitness value of alternative locations in the space of possible solutions. In particular, the engineering challenge is to design an algorithm that is effective at finding extreme points in such a space.
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However, search processes tend to be sensitive to the topography of the solution space in a stronger sense as well. The particular extreme value that is identified by a given algorithm is typically sensitive to the initial proposed solution at which search started. Furthermore, the extreme value that is identified will be (or quite close to) a local peak in the solution space.
Consider the outcome of a process of local search on a rugged landscape. In particular, suppose that search takes the form of examining alternatives in the immediate neighborhood of the current proposed solution and that search ceases when a local optimum is obtained. Finally, imagine carrying out a large number of such search efforts at randomly chosen starting locations in the space of possible solutions. Except by chance, the initial ‘solutions’ for each of the search efforts will differ. However, after a few iterations of local search, the number of distinct solutions will decline radically. This reduction in the number of identified ‘solutions’ reflects the fact that while the solutions were initially distributed randomly in the landscape, many initial starting points share the same local optimum. Kauffman (1993) terms the set of locations in the landscape for which local search results in a common local optimum as belonging to a common ‘basin of attraction’.
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The number of local optima that are reached increases as the landscape becomes more ‘rugged’. In particular, consider the landscape that results when K = 0. As noted earlier, when K = 0 there is a single maximum in the space of alternative solutions. If a policy array is located at any point other than the optimum, there is a location in the immediate neighborhood, involving a change in a single attribute that enhances performance. Since K = 0, changing this attribute improves the performance independent of the other N−1 attributes. Therefore, a process of local search results in a ‘walk’ to the optimum from all starting positions.
For K > 0, the landscape has multiple local optima. More generally, as K increases the landscape becomes less correlated and the number of local optima increases. (Moi ici: Estão a ver as consequências? Pode-se competir de muito mais maneiras do que simplesmente pelo preço/custo!!!) As a result, search efforts may become ‘trapped’ at a suboptimal local peak. (Moi ici: E não só, não é tudo falta de visão para descobrir o pico máximo, é também o leque de opções deixado aberto pelo espaço de MInkowski. è possível visionar picos mais atraentes mas reconhecer que não se tem ADN empresarial para lá chegar e triunfar de forma sustentada) This property is clearly an implication of the limited nature of local search. The ‘ruggedness’ of the landscape has an impact on organizational form to the extent that there are peaks and valleys beyond the ‘vision’ of the search algorithm. Thus, greater vision attenuates the effect of a given level of K. However, as long as the search effort is not exhaustive, the qualitative properties of search leading to, possibly inferior, local peaks remains. Furthermore, the number of such peaks increases with K for a given range, or vision, of neighborhood search.
.
This analysis of local search in complex landscapes has important implications for contingency theory arguments regarding variation in organizational forms in a population. Contingency theory is typically expressed as an argument for a correspondence between facets of organizations and features of the environment in which organizations function. In this discussion of movement on rugged fitness landscapes, all organizations face the same environment. What differs is their initial composition. As a result of these different starting points, organizations are led to adopt distinct organizational forms. Local search in a multi-peak landscape results in organizational adaptation being path-or history-dependent. (Moi ici: Cá está o espaço de Minkowski) As a result, the observed distribution of organizational forms in a population may reflect heterogeneity in the population of organizations at earlier points in time rather than variation in niches in the environment, as suggested by ecological analyses, or a set of distinct external conditions, as generally suggested by contingency theories."
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Isto faz-me pensar numa outra consequência... a exploração que uma empresa faz na paisagem enrugada em busca da optimização do seu desempenho pode levar aquilo a que se chamam estratégias puras... (estratégias puras e híbridas - o dilema: parte I e parte II, ou seja, não há almoços grátis) estratégias puras geram maiores retornos mas têm um problema...
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Empresas que seguem estratégias puras são menos robustas a enfrentar alterações importantes no meio abiótico!!! Quanto mais interdependência, quanto mais sinérgico for o mosaico, maior o compromisso com determinada visão do futuro do meio abiótico... e se este muda... menor a flexibilidade da empresa, Minkowski outra vez, para recuar para uma posição anterior e recomeçar a busca numa paisagem alterada.
Empresa (ponto vermelho) aperfeiçoa-se para trepar de 1 para 2 e de 2 para 3. Quando começa a pensar em chegar a uma etapa 4...
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Oooppsss!
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Uma alteração imprevista do meio abiótico baralha os planos da empresa que aterrou na etapa 4.
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E quem garante que a alteração no meio abiótico não terá réplicas que fragilizarão ainda mais a posição competitiva da empresa?
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Em Portugal a reacção típica nestas circunstâncias é pedir ajuda ao governo... ou seja, adiar o inevitável... como as escolas privadas hoje em dia. Recordarei sempre o exemplo da Pirelli.
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Trecho retirado de capítulo 13 "Organizational Capabilities in Complex" de Daniel Levinthal que faz parte do livro “The Nature and Dynamics of Organizational Capabilities”, editado por Giovanni Dosi, Richard R. Nelson, Sidney G. Winter.
Não há uma receita única!!!) In such a setting, even if only one element is changed, the fitness contribution of those attributes that did not change might still be affected.
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Despite the importance of such interactive effects on fitness, much of the population genetics literature, as well as the organizations' literature, has tended to treat facets of the organism (organization) as if their fitness contribution is independent of other attributes of the organism (organization). Kauffman (1993) has developed a simple but powerful analytic structure to represent epistatic interactions, which he terms the NK model. An entity, an organization for our purposes here, is characterized as consisting of N attributes where each attribute can take on A possible values. Thus, the fitness space consists of A (elevado a) N possible types of organizations. The degree to which the fitness of the organization depends on interaction effects among the attributes is specified by the variable K. In particular, the contribution of a given attribute of the organization to the organization's overall fitness is assumed to be influenced by K other attributes. Therefore, if K equals zero, then the contribution of each element of the organization (such as strategy, personal system, structure, etc.) is independent of all other attributes. At the other extreme, if K equals N − 1, then the fitness contribution of any one attribute depends on the value of all other attributes of the organization. As a result, adjacent locations in the fitness space need not have similar fitness values. In this sense, the value K determines the intensity of interaction effects and, in turn, how rugged or correlated is the fitness space.
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Consider the problem of identifying a coherent set of policies, that is a set of behaviours for which there are positive complementarities. This is a problem of finding an attractive peak in a rugged fitness landscape. If organizational capabilities are an outcome of such a search process, what general statements can we make about such a process?
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Intelligent, non-exhaustive, search processes are sensitive to the topography of the problem space being explored. This may be the actual topography or, as in many efforts at calculative rationality, a representation of the actual topography.
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At one level, this sensitivity to the topography is a statement of minimal intelligence of the search process. Clearly, if a search process is to reflect any intelligence, it should be sensitive to the fitness value of alternative locations in the space of possible solutions. In particular, the engineering challenge is to design an algorithm that is effective at finding extreme points in such a space.
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However, search processes tend to be sensitive to the topography of the solution space in a stronger sense as well. The particular extreme value that is identified by a given algorithm is typically sensitive to the initial proposed solution at which search started. Furthermore, the extreme value that is identified will be (or quite close to) a local peak in the solution space.
Consider the outcome of a process of local search on a rugged landscape. In particular, suppose that search takes the form of examining alternatives in the immediate neighborhood of the current proposed solution and that search ceases when a local optimum is obtained. Finally, imagine carrying out a large number of such search efforts at randomly chosen starting locations in the space of possible solutions. Except by chance, the initial ‘solutions’ for each of the search efforts will differ. However, after a few iterations of local search, the number of distinct solutions will decline radically. This reduction in the number of identified ‘solutions’ reflects the fact that while the solutions were initially distributed randomly in the landscape, many initial starting points share the same local optimum. Kauffman (1993) terms the set of locations in the landscape for which local search results in a common local optimum as belonging to a common ‘basin of attraction’.
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The number of local optima that are reached increases as the landscape becomes more ‘rugged’. In particular, consider the landscape that results when K = 0. As noted earlier, when K = 0 there is a single maximum in the space of alternative solutions. If a policy array is located at any point other than the optimum, there is a location in the immediate neighborhood, involving a change in a single attribute that enhances performance. Since K = 0, changing this attribute improves the performance independent of the other N−1 attributes. Therefore, a process of local search results in a ‘walk’ to the optimum from all starting positions.
For K > 0, the landscape has multiple local optima. More generally, as K increases the landscape becomes less correlated and the number of local optima increases. (Moi ici: Estão a ver as consequências? Pode-se competir de muito mais maneiras do que simplesmente pelo preço/custo!!!) As a result, search efforts may become ‘trapped’ at a suboptimal local peak. (Moi ici: E não só, não é tudo falta de visão para descobrir o pico máximo, é também o leque de opções deixado aberto pelo espaço de MInkowski. è possível visionar picos mais atraentes mas reconhecer que não se tem ADN empresarial para lá chegar e triunfar de forma sustentada) This property is clearly an implication of the limited nature of local search. The ‘ruggedness’ of the landscape has an impact on organizational form to the extent that there are peaks and valleys beyond the ‘vision’ of the search algorithm. Thus, greater vision attenuates the effect of a given level of K. However, as long as the search effort is not exhaustive, the qualitative properties of search leading to, possibly inferior, local peaks remains. Furthermore, the number of such peaks increases with K for a given range, or vision, of neighborhood search.
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This analysis of local search in complex landscapes has important implications for contingency theory arguments regarding variation in organizational forms in a population. Contingency theory is typically expressed as an argument for a correspondence between facets of organizations and features of the environment in which organizations function. In this discussion of movement on rugged fitness landscapes, all organizations face the same environment. What differs is their initial composition. As a result of these different starting points, organizations are led to adopt distinct organizational forms. Local search in a multi-peak landscape results in organizational adaptation being path-or history-dependent. (Moi ici: Cá está o espaço de Minkowski) As a result, the observed distribution of organizational forms in a population may reflect heterogeneity in the population of organizations at earlier points in time rather than variation in niches in the environment, as suggested by ecological analyses, or a set of distinct external conditions, as generally suggested by contingency theories."
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Isto faz-me pensar numa outra consequência... a exploração que uma empresa faz na paisagem enrugada em busca da optimização do seu desempenho pode levar aquilo a que se chamam estratégias puras... (estratégias puras e híbridas - o dilema: parte I e parte II, ou seja, não há almoços grátis) estratégias puras geram maiores retornos mas têm um problema...
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Empresas que seguem estratégias puras são menos robustas a enfrentar alterações importantes no meio abiótico!!! Quanto mais interdependência, quanto mais sinérgico for o mosaico, maior o compromisso com determinada visão do futuro do meio abiótico... e se este muda... menor a flexibilidade da empresa, Minkowski outra vez, para recuar para uma posição anterior e recomeçar a busca numa paisagem alterada.
Empresa (ponto vermelho) aperfeiçoa-se para trepar de 1 para 2 e de 2 para 3. Quando começa a pensar em chegar a uma etapa 4...
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Oooppsss!
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Uma alteração imprevista do meio abiótico baralha os planos da empresa que aterrou na etapa 4.
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E quem garante que a alteração no meio abiótico não terá réplicas que fragilizarão ainda mais a posição competitiva da empresa?
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Em Portugal a reacção típica nestas circunstâncias é pedir ajuda ao governo... ou seja, adiar o inevitável... como as escolas privadas hoje em dia. Recordarei sempre o exemplo da Pirelli.
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Trecho retirado de capítulo 13 "Organizational Capabilities in Complex" de Daniel Levinthal que faz parte do livro “The Nature and Dynamics of Organizational Capabilities”, editado por Giovanni Dosi, Richard R. Nelson, Sidney G. Winter.
terça-feira, dezembro 28, 2010
Purpose First. Then Profit.
Este postal de Umair Haque "Purpose First. Then Profit." merece ser lido e relido:
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"90% of boardrooms tend to think profit is the fundamental animating purpose of commerce, companies, and trade.
It’s not. Profit is an effect, not a cause; a reward, not the accomplishment (unless your goal is an economy that’s nothing more than a herd of drooling zombies lumbering their way around a game of creaking musical chairs). The cause, the accomplishment, the outcome—these are the stuff of purpose. In short: though the vast majority of beancounting, overquantified, fatally oblivious C-suites think so, from an economic perspective, profit is not purpose. Put the two together, and you get what might call a yawning, gaping “purpose gap”.
The result of the purpose gap? 90% of companies can’t get to grips with one of the most significant and powerful institutional innovations around. They can’t craft a meaningful, resonant—and disruptive—philosophy, a statement of first principles that defines in sharp, clear terms how they will create value (instead of merely extracting it), because they don’t (or won’t) put a bigger, more enduring purpose first.
The endgame? Many industries become ponziconomies, creating little or no authentic economic value—because the bulk of firms within them are earning profits which are mostly an illusion."
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Para formular, para entender, para viver uma razão de ser, um propósito, uma missão, há que: primeiro abandonar as teorias e ter sentimentos, e sonhar!
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Conhecem economistas comentadores da realidade económica que estejam apaixonados por produtos ou por clientes?
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"90% of boardrooms tend to think profit is the fundamental animating purpose of commerce, companies, and trade.
It’s not. Profit is an effect, not a cause; a reward, not the accomplishment (unless your goal is an economy that’s nothing more than a herd of drooling zombies lumbering their way around a game of creaking musical chairs). The cause, the accomplishment, the outcome—these are the stuff of purpose. In short: though the vast majority of beancounting, overquantified, fatally oblivious C-suites think so, from an economic perspective, profit is not purpose. Put the two together, and you get what might call a yawning, gaping “purpose gap”.
The result of the purpose gap? 90% of companies can’t get to grips with one of the most significant and powerful institutional innovations around. They can’t craft a meaningful, resonant—and disruptive—philosophy, a statement of first principles that defines in sharp, clear terms how they will create value (instead of merely extracting it), because they don’t (or won’t) put a bigger, more enduring purpose first.
The endgame? Many industries become ponziconomies, creating little or no authentic economic value—because the bulk of firms within them are earning profits which are mostly an illusion."
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Para formular, para entender, para viver uma razão de ser, um propósito, uma missão, há que: primeiro abandonar as teorias e ter sentimentos, e sonhar!
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Conhecem economistas comentadores da realidade económica que estejam apaixonados por produtos ou por clientes?
segunda-feira, dezembro 27, 2010
Acerca da competitividade
Depois de passar a manhã numa empresa que exporta 90% do que produz, e que nos primeiros 11 meses do ano vendeu mais 26% do que em igual período do ano anterior, custa-me a ler estas coisas de economista:
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"A Irlanda e os países do Sul da Europa têm de reduzir a dívida e melhorar muito significativamente a competitividade das suas economias. É difícil imaginar como poderão alcançar estas duas metas enquanto permanecerem na zona euro"
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O nosso problema não é a competitividade, quem exporta é competitivo.
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O nosso problema é uma economia em que 78% das empresas estão na área dos serviços.
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Quem exporta é como o verdelhão da fotografia:
Precisamos é de mais empresas exportadoras... muitas mais.
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Trecho retirado "Europa: Pensar o impensável"
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"A Irlanda e os países do Sul da Europa têm de reduzir a dívida e melhorar muito significativamente a competitividade das suas economias. É difícil imaginar como poderão alcançar estas duas metas enquanto permanecerem na zona euro"
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O nosso problema não é a competitividade, quem exporta é competitivo.
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O nosso problema é uma economia em que 78% das empresas estão na área dos serviços.
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Quem exporta é como o verdelhão da fotografia:
Precisamos é de mais empresas exportadoras... muitas mais.
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Trecho retirado "Europa: Pensar o impensável"
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