"Amorim, on the other hand, upon being asked what he meant when he said, "The players and the team spoke really loud today", simply looked down and replied that they were "completely lost". Metaphorically or in the dressing room, hot air is hot air. At least United's manager finally admitted it.
No chance governments and boardrooms the world over would ever do the same. Rather, the nonsense of simply saying something and therefore considering it done has spread widely over the course of my career. Some countries do it more than others, as do certain professions.
...
Meanwhile, it requires more than a chancellor repeating that "growth is our number one priority" hundreds of times for an economy to take off - just as holding up a scrum takes more than a long chat between tight-heads in the shower. Wooing executives isn't the answer either. Nor is raising taxes.
Got a problem? Talk, talk, talk."
Ao ler este artigo, que critica governos e líderes por confundirem conversa com acção, não pude deixar de pensar em António Costa. Em Portugal, a prática tornou-se quase uma arte: multiplicavam-se anúncios, conferências de imprensa e planos estratégicos... mas a execução ficava sempre adiada para amanhã. É como se o verbo “falar” tivesse substituído o verbo “fazer”. No fundo, Costa elevou à perfeição aquilo que o autor descreve: governar a partir do “já falámos sobre isso”, como se o mero acto de pronunciar palavras fosse suficiente para mudar a realidade.
Trechos iniciais retirados de "It's time to shut up and get on with it" publicado no FT de ontem.
"An updated evolutionary model shows that living systems evolve in a split-and-hit-the-gas dynamic, where new lineages appear in sudden bursts rather than during a long marathon of gradual changes
...
Species would just sit still in the fossil record for millions of years, and then all of a sudden — bang! — they would turn into something else"
O artigo destaca que a evolução é frequentemente marcada por saltos rápidos logo após a formação de novos ramos genéticos ou culturais — um padrão que se repete em organismos (como os cefalópodes), proteínas e línguas humanas — e que pode ser melhor compreendido com um modelo que cruza diferentes fontes e escalas de dados.
As PME vivem períodos de estabilidade com crescimento limitado, intercalados com fases de oportunidade ou desafio radical ("saltos evolutivos") que exigem mudança ágil e estratégica. As fases de estabilidade são como o "embalar o bebé" para que adormeça. E o bebé adormece. Depois, o contexto muda abruptamente, exige agilidade e adaptação, mas muitas empresas continuam adormecidas, tentam avançar só na base de melhorias pequenas e contínuas, o que limita o potencial de inovação. Depois, procuram-se culpados no exterior ... são os concorrentes que são desonestos, são os chineses, são os clientes que são esquisitos, são ... em suma, os maus.
No FT do passado dia 27 li "Do broken windows mean a broken Britain?".
O autor avança uma explicação para que as estatísticas mostrem que os níveis de criminalidade estão hoje entre os mais baixos do século, e, no entanto, a percepção pública de insegurança tem aumentado.
Pequenos sinais de incivilidade têm um efeito desproporcionado sobre o sentimento de segurança, agravado pela quebra do policiamento de proximidade e por cortes no sistema de justiça.
O crime estatístico baixa, mas a insegurança sobe porque as pessoas reagem mais ao que vêem e sentem no dia a dia (incivilidade, vandalismo, ausência de polícia visível) do que aos números agregados.
"Despite falling reported crime rates, the UK public perceive crime to be rising. This disconnect can be explained by the changing composition of crime. While total crime has fallen in England and Wales, "street crime" has risen rapidly. Over the past decade, reported shoplifting has risen by over 50 per cent, robberies (including phone and car theft) by over 60 per cent and knife crime by almost 90 per cent. Public order offences have almost trebled.
When judging crime, people tend to use mental short-cuts such as the "availability heuristic". The visibility and highly personal nature of street crime means it has an outsized effect on public perceptions. So too does the UK's creaking criminal justice system with police numbers per head of population, and sentencing and prosecution rates, all having fallen sharply.
This has created a sense of criminal injustice. Half the public now lack trust in the police and nearly 40 per cent think they are doing a bad job. One consequence of this perception of injustice is a failure to even report crime: over 40 per cent of the public now say they are unlikely to report minor offences. This means the "eyes of the street" may have a better sense of true crime rates than reported statistics."
Que iniciativas, que projectos, que mudanças devemos executar para poder aspirar a fazer a transição:
Portanto, nos episódios anteriores desta série fomos do reconhecimento de um problema até à formulação de uma política da qualidade alinhada com a estratégia, e daí à tradução dessa política em objectivos da qualidade com indicadores associados. Agora chegamos a uma etapa crítica: como fazer com que esses objectivos não sejam apenas boas intenções, mas trajectórias de melhoria sustentada? A resposta está no desenvolvimento de iniciativas estratégicas.
Recordar a definição de sistema de gestão (Parte VIII):
"Conjunto de elementos interrelacionados ou interatuantes de uma organização para o estabelecimento de políticas e objectivos e de processos para atingir esses objectivos."
É nada mais nada menos que o que nos propomos com os primeiros 3 passos. BTW, nunca gostei da revisão da definição com a incorporação da palavra "processos", mas adiante.
Os resultados que a Vitrumo obtém hoje não são fruto do acaso: são a consequência natural do modo como trabalha, decide e aprende. Se os resultados futuros desejados forem mais exigentes, então a organização terá de se transformar. Essa transformação não acontece por decreto, mas sim através de projectos concretos — as iniciativas estratégicas — que criam as condições para a convergência entre o desempenho actual e o desempenho futuro desejado.
As iniciativas são projectos, conjuntos de actividades a desenvolver por alguém num certo espaço de tempo. Cada uma dessas actividades faz parte de um cronograma e é possível acompanhar e controlar a sua execução.
E como é que se definem estas iniciativas? (estas iniciativas podem ser chamadas de iniciativas estratégicas pois estão focadas no cumprimento de objectivos, desafios de desempenho, alinhados com a estratégia).
Kaplan e Norton propuseram, na sua evolução do Balanced Scorecard, que as iniciativas estratégicas fossem definidas por brainstorming. Foi uma desilusão! O problema não está na técnica em si, mas no seu uso superficial: depois de todo o rigor intelectual na construção de um mapa da estratégia e na definição de indicadores, reduzir a escolha de iniciativas a um exercício criativo e genérico, come on!
Aqui entra o contributo de Goldratt e da sua Teoria das Restrições (TOC): identificar os pontos fracos que limitam o sistema e concentrar esforços em quebrar essas restrições. E também o contributo de Senge e do pensamento sistémico: ver os resultados não como acidentes isolados, mas como produtos de ciclos invisíveis que conspiram contra a estratégia.
O desempenho insatisfatório raramente é culpa de um “terrorista organizacional” ou de um acidente do destino. É o resultado previsível de um sistema a funcionar exactamente como está desenhado. Usando o “iceberg de Senge”, percebemos que os resultados visíveis são apenas a ponta; por baixo estão padrões de comportamento e estruturas sistémicas que os alimentam. Ou seja, os resultados de uma empresa não são como meteoritos caídos do céu, nem são obra de um jogo de roleta, nem uma consequência de artimanhas de “terroristas”, intervenientes maldosos, que fazem mal de propósito.
Normalmente as organizações vêem o mundo assim:
Um lugar cheio de resultados inesperados que conspiram contra sua existência e o seu sucesso.
Mas se cavarmos um pouco, se mergulharmos mais fundo vemos:
Encontramos sempre um sistema invisível com a sua agenda própria. Pior, encontramos grupos de ciclos invisíveis conspirando contra a agenda oficial.
Muitas vezes, estas estruturas estão interligadas em ciclos de feedback negativos que reforçam a manutenção do status quo.
Este iceberg é uma boa forma de perceber a realidade e os resultados, e uma boa ferramenta para diferenciar remendos de actuações estruturais.
Assim, o primeiro passo, portanto, não é inventar ideias, mas mapear a conspiração da realidade: recolher factos negativos observáveis (que ninguém pode negar), relacioná-los com as suas causas prováveis e perceber como se encadeiam em ciclos de causa-efeito. É nesse emaranhado que se escondem as restrições centrais que geram um efeito dominó:
Se determinarmos a primeira peça, podemos actuar para impedir a reacção em cadeia.
A minha primeira hibridização do BSC surge quando descobri a teoria das restrições e percebi como a podia usar para desenvolver as tais iniciativas estratégicas, como a podia usar para fazer emergir à superfície os ciclos sistémicos conspirativos. A partir do trabalho de uma equipa heterogénea pode-se tirar uma fotografia ao vivo e a cores de como funciona a conspiração da realidade actual, podemos vislumbrá-la como uma sequência de dominós a caírem, e a contribuírem de uma forma normal para o tal desempenho negativo.
As iniciativas estratégicas afloram de uma forma cirúrgica das abordagens para quebrar os ciclos conspirativos.
O primeiro passo para desenvolver iniciativas estratégicas não é inventar soluções, mas mapear a conspiração da realidade. O exercício pode seguir três passos simples usando post-its:
Recolher factos negativos – Observações concretas, que ninguém pode negar: “a máquina X esteve parada 12 horas”, “faltam peças críticas”, “não temos plano de manutenção preventiva”.
Ligar causas e efeitos – Relacionar cada facto com possíveis causas. Ao ligar vários post-its numa parede, começa a surgir o desenho dos ciclos invisíveis.
Identificar restrições e causas-raiz – Onde estão os “não temos”, “não fazemos”, “não sabemos”? São esses os pontos de alavanca para a mudança.
Este trabalho, feito por equipas heterogéneas que conhecem a realidade no terreno, revela onde actuar. É nesse ponto que a teoria ganha vida.
Voltemos ao exemplo:
Há muitos anos com William Dettmer aprendi a magia de usar esta trilogia:
1 - Começar por um facto negativo. Algo que seja inegável (factual), sem discussão. Por isso, pode ser usado como uma âncora segura, uma boa fundação para o resto.
2 - O facto negativo pode ser incontestável, mas ser irrelevante para o nosso desafio estratégico. Por que é que o facto negativo é importante para o nosso desafio? Esta pergunta obriga-nos a subir na escala de abstracção e ver o mundo a outro nível.
3 - Agora vamos entrar no domínio da especulação. Qual a causa ou causas na origem do facto negativo?
Voltemos à política. A política retrata um estado futuro desejado, mas a empresa está no presente. O que fazemos é:
Vamos ao futuro desejado retratado na política e quantificado nas metas associadas aos indicadores e vemos como é o mundo, como é a realidade da organização. Depois, regressamos ao presente e comparamos o que se vê no presente com o que se viu no futuro desejado. Cada trilogia fica ancorada num facto negativo que se observa quando se faz a comparação.
Se pedirmos a X pessoas que isoladamente escrevam 4/5 trilogias relacionadas com a estratégia da empresa, elas conseguem facilmente gerar 20 ou 30.
Se as afixarmos numa parede e olharmos para o conjunto, começamos a notar que conseguimos estabelecer relações entre elas. Por exemplo:
E juntamos mais e mais trilogias e começamos a ver emergir os tais ciclos conspirativos:
E vemos como eles minam o cumprimento dos objectivos estratégicos.
No próximo episódio (Parte XII) vamos mostrar como é que a partir destes ciclos chegamos às iniciativas estratégicas. Um plano que nos diz o que vai ser feito, por quem e até quando.
"[To attract] workers, the employer may have to increase his wage offer. ... So when you hear an employer saying he needs immigrants to fill a "labor shortage", remember what you are hearing: a cry for a labor subsidy to allow the employer to avoid the normal functioning of the labor market." (fonte)
Parece que as coisas na Sic estão más, o subsídio de férias foi pago com atraso e isto mostra bem as dificuldades do Grupo Impresa! É uma questão de tempo até cair em definitivo, tic tac ; tic tac ... pic.twitter.com/l9UQiKC8G6
Então a CNN consegue juntar, em "prime time", ao longo de uma semana inteira, menos gente do que o Gil Vicente num jogo de meio da tabela em Barcelos. E falamos de um canal que já foi a referência mundial de notícias em directo.
Entretanto, a confiança do público evaporou-se. Resultado? As pessoas já não ligam a televisão para ouvir o que "a voz oficial" tem para lhes dizer. Vão ao YouTube, aos podcasts, ao TikTok.
A ironia é esta: nunca tivemos tanta informação, mas os grandes meios tradicionais conseguem ser invisíveis — e depois ainda se perguntam por que é que ninguém acredita neles.
O novo "prime time" já não é às 21h na TV, é quando a notificação toca no telemóvel.
Achei interessante quando acabou o jogo do Benfica ontem à noite a SIC-N transmitia uma conversa entre políticos, reconheci o Brilhante Dias. Devem ser mais baratos do que ter comentadores e apresentador.
"Os dados divulgados pelo BdP mostram ainda que o país perdeu 400 milhões de euros em investimento direto estrangeiro nos primeiros seis meses deste ano."
Cuidado com as justificações que põem paninhos quentes:
"Tal ficou a dever-se, em grande parte, a uma alteração metodológica nas estatísticas. É a primeira vez que se verifica uma queda desde 2013."
De seguida comparo afirmações dos meus textos com trexos do JdN:
Nos meus textos sublinho o "salto irlandês", onde o sector estrangeiro atinge produtividades acima dos 400 €/hora. O JdN, ao relatar que o IDE em Portugal está a cair, confirma a minha preocupação: sem captação de multinacionais de alto valor acrescentado, a produtividade portuguesa não se afasta da mediocridade.
Nos meus artigos mostro que na Irlanda, mesmo com dualidade (empresas estrangeiras muito produtivas vs. domésticas menos produtivas), há efeito de spillover. Se o JdN destaca a fuga ou retracção do IDE, isto implica também perda de potenciais efeitos de aprendizagem e inovação para empresas portuguesas.
No texto "Em Portugal, a conversa de café é a norma (Parte II)" denuncio que se fala muito de produtividade sem olhar para números. O JdN fornece precisamente os números de queda no IDE — que deviam estar no centro da discussão. "Enquanto se discute produtividade em abstrato, a realidade é que o país perdeu X% do investimento estrangeiro em 2024, o que compromete ganhos de produtividade futuros."
Em "Não são elas que precisam de Portugal" sublinho que Portugal é menos atractivo que a França no ranking fiscal. Se o JdN mostra quebra no IDE, posso ligar: não basta formação ou apoios estatais, é preciso políticas que tornem o país competitivo para decisores globais. Ou seja "Baixar o IRC pode não ser suficiente, mas é certamente necessário" = "a queda no IDE é também reflexo da falta de atratividade fiscal e regulatória."
"There’s a tweet by Andrew Wilkinson that I really like: “Every entrepreneur ever: here’s the winning number for my lottery ticket.” The point is that entrepreneurs often talk as if they’ve discovered a winning ticket, but in reality, that particular draw has already happened. You can’t cash in that ticket anymore — it’s done."
Muitos empreendedores apresentam as suas ideias como se fossem uma oportunidade única e garantida de sucesso, mas na verdade essa “oportunidade” já passou, o mercado já se moveu, a sorte já foi jogada. Ou seja, não basta repetir uma fórmula que funcionou no passado como se fosse um “bilhete premiado”; é preciso criar algo novo e não apenas imitar o que já deu certo.
Fiquei a pensar nos jornalistas que perguntam aos políticos, ou aos académicos, que negócios "vão dar" no futuro?
Estes deviam responder-lhes: não procurem bilhetes já sorteados — procurem novas combinações, partam dos princípios básicos e criem algo original.
No DN de ontem "Bayrou convoca voto de confiança, que oposição vê como "demissão'.":
"Num discurso de meia hora, Bayrou deixou o desejo de ver a situação política de França "clarificada", admitindo que o atual contexto é "preocupante e decisivo". ". O primeiro-ministro, no cargo desde dezembro de 2024, voltou a alertar para o "risco de sobreendividamento" que pesa sobre França. Segundo ele, a urgência é evidente, uma vez que a dívida francesa ultrapassou os 3, 35 biliões de euros no final do ano de 2024 e que "o peso da dívida se tornará, este ano, o maior orçamento da nação"."
Já hoje no The Times li o título "France may need a bailout, admits finance minister."
"El actual modelo de bienestar social de Alemania atraviesa una crisis financiera sin precedentes, y el país germánico no podrá sostener indefinidamente un sistema que consume más recursos de los que es capaz de generar. Este es el diagnóstico que el canciller alemán, Friedrich Merz, realizó este sábado durante una conferencia de su partido, la Unión Demócrata Cristiana (CDU), en la ciudad de Osnabrück. Merz insistió en el hecho de que la reorganización del sistema de seguridad social no se puede seguir aplazando. De momento, sin embargo, la imposición de recortes drásticos no está sobre la mesa. Su mensaje está claro: son necesarias reformas profundas y urgentes para transformar el sistema y evitar un colapso financiero."
Ontem no FT, "Germany eyes €10 a month to ease pensions crisis." O governo alemão propõe-se criar um subsídio mensal de 10 euros destinado a crianças, com o objectivo de as familiarizar desde cedo com a poupança e o investimento em mercados de capitais, reduzindo no futuro a dependência das pensões públicas."
E por cá?
Todos... quase todos adeptos da ironia do ICI-man (Sir John Harvey-Jones):
"Planning is an unnatural process; it is much more fun to do something. And the nicest thing about not planning is that failure comes as a complete surprise rather than being preceded by a period of worry and depression."
Então, os jornalistas não estão curiosos para saber: - quem despejou o esgoto? - se foi um acidente ou uma prática comum? - porque é que o incidente não foi noticiado em tempo útil para evitar vómitos e diarreia nas 70 pessoas?
A primeira notícia que me chamou a atenção tinha sido na semana anterior em Matosinhos.
A comunicação social relata o que acontece, mas não vai à procura do porquê.
Começo a ficar desconfiado de que no tratamento das águas residuais pode estar a acontecer o que já acontece em muitos sectores da sociedade portuguesa. Um país dois sistemas.
Existe uma legislação. Público e privado têm de cumprir. Se o privado não cumprir, cai-lhe a justiça em cima. Se o público não cumprir, não acontece nada.
Interessante no JN de hoje "Com o odor, não se pode abrir a janela de casa, é um inferno":
"OLIVEIRA DE AZEMÉIS - A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do lugar do Salgueiro, em Oliveira de Azeméis, é um martírio para quem vive nas proximidades. Há maus cheiros persistentes e denúncias de descargas poluentes.
...
Apesar das queixas se prolongarem ao longo de anos, a resolução do problema não se apresentou fácil. O anunciado investimento é uma luz ao fundo do túnel."
Investimentos com 40(?) anos, crescimento populacional e dinheiro canalisado para as verdadeiras prioridades:
Imagem retirada do CM do passado dia 24 de Agosto.
No FT de ontem li "Inside DHL's AI upgrade: Love it or hate it, you have to work with it'."
O artigo aborda como a DHL está a aplicar inteligência artificial (IA) não para substituir trabalhadores, mas para colmatar lacunas numa força de trabalho envelhecida e em contracção. Com muitos funcionários prestes a reformar-se e a escassez de mão-de-obra na Alemanha, a empresa usa IA para automatizar processos, apoiar trabalhadores em tarefas complexas e melhorar a eficiência. A narrativa contraria o receio de que a IA “roube empregos”, defendendo antes que liberta tempo para que as pessoas se concentrem em problemas que exigem criatividade e contacto humano.
"Faced with an ageing workforce and a surge in ecommerce, the German business fears AI will plug looming staff shortages rather than force lay-offs.
...
Everyone in Germany understands that if you don't automate and use AI, you won't be able to deal with the shrinking workforce.
...
Bots free employees up to use their valuable human brain to solve the customer problem' principles, to speed up adoption of tools and improve security.
...
As staff leave, AI is helping plug holes in the company's knowledge base. Outgoing workers document procedures they follow and some attend an exit "interview" with an AI tool trained on DHL's official manuals. "The AI asks 'have I understood the process?' and the person might say 'that's right, but there's this exception'," explains Gemein. The tool updates itself with the additional knowledge which can then be used to train new recruits. AI is also making training materials more engaging, with staff encouraged to create short videos to explain new processes or services."
Em suma, a mensagem central é que a DHL encara a IA como aliada para enfrentar a crise demográfica e a falta de trabalhadores na Alemanha, reforçando a produtividade sem destruir empregos.
""There are questions [from staff] and a certain level of insecurity," says Hübner. "But that changes [when] people see the benefits of it in their day to day work."
One way in which the German group has sought to improve acceptance from sceptical employees is by encouraging them to think of AI "not as a superintelligent master, but as an older colleague",
Gemein says.
"I think it's the future," adds Schneider. "You can't work without it. Whether you love it or hate it, you have to work with it. So make the best of it.""
Trata-se de uma narrativa muito diferente daquela a que estamos habituados quando se fala de inteligência artificial. Em vez da visão distópica da IA como "ladrão de empregos", o artigo mostra um enquadramento pragmático e até optimista: a tecnologia como parceira, como "um colega mais velho" que ajuda a preservar conhecimento, a formar novos trabalhadores e a libertar tempo para que as pessoas se concentrem no que realmente faz a diferença. É refrescante ver um caso em que a IA não surge como ameaça, mas como aliada para enfrentar um desafio demográfico inevitável.
Aquele "AI is helping plug holes in the company's knowledge base" levou-me a pesquisar mais sobre o tema:
Colossyan, uma startup tecnológica que usa IA generativa para criar vídeos de formação corporativa a partir de texto. O sistema suporta mais de 70 idiomas, permite avatares realistas e inclui quizzes para avaliar a compreensão. Utilizada por empresas como HP, BMW, e Porsche.
A startup Clueso oferece ferramentas que convertem gravações de ecrã em vídeos explicativos e documentação passo a passo, com voiceovers, legendas e formatação automatizada. Usada para vídeos de produto, instruções e onboarding.
"Strategic plans and budgets are often misaligned because they're built on incompatible frameworks: Strategy focuses on stakeholders and long-term goals, while budgets are structured around income and expense categories....
CEOs are routinely told to "link their strategic plan to their budgets." Yet over many years, I've observed an alarming disconnect between the two. Aligning strategy and budgets is touted as a hallmark of effective management. And, in theory, it is. You test a strategic idea by analysing its impact. Change suppliers - what happens to revenues and costs? Upskill employees - what happens to the bottom line?"
O autor propõe 5 passos para fazer este alinhamento:
"Step 1: Review How You Address Strategy
...
before setting off to design a budget or any further steps, you must revise your strategic plan to structure it around the key stakeholders on which your company depends.
To identify which are key, ask yourself whether the stakeholder has a fundamental impact on your organization's performance. Can you exist without or easily replace the stakeholder? Do you clearly know what you want from the stakeholder? Do you want the relationship with that stakeholder? In the case of a business, your key stakeholders are most likely to include some or all of these five: customers, suppliers, employees, shareholders, and the community. [Moi ici: O meu clássico foco nos clientes-alvo e no ecossistema da procura]
...
Step 2: Visit Your Operational Budget
...
A useful for exercise for the CEO's strategy team is to take a closer look at these expense categories. They will find that each one belongs with a key stakeholder, e.g., "materials and supplies" belong with suppliers, "indirect labor" and "employee benefits" belong with employees, and so on.
So, take note of this important insight : your budget has stakeholder relationships buried in it; you just need to dig them up, and the exercise will help you learn more about how your strategy and your stakeholders are connected, which brings me to the next step. [Moi ici: IMHO não concordo nada com este passo. Não traz grande valor. Vou investir mais na minha posição]
Um orçamento operacional segundo o texto organiza-se em categorias de despesas correntes (salários, consumíveis, eletricidade, publicidade, seguros, etc.), mas o simples facto de associar cada linha a um stakeholder (ex.: fornecedores, empregados, clientes) não acrescenta verdadeira visão estratégica. Isso é apenas uma leitura administrativa, contabilística.
Kaplan e Norton, quando escreveram sobre o orçamento como instrumento estratégico, introduziram uma distinção fundamental:
Operational Expenses (despesas operacionais) - São as despesas correntes, necessárias ao dia-a-dia para manter o negócio a funcionar (por exemplo: energia, salários, consumíveis, manutenção), relacionam-se com a eficiência e o controlo de custos, mas não, por si só, com a direcção futura da empresa.
Strategic Expenses (despesas estratégicas) - São investimentos deliberados em iniciativas ligadas ao mapa da estratégia (novos sistemas, formação crítica, inovação de produtos, marketing em segmentos-chave). São escolhas para mudar a trajectória da organização.
A visão estratégica do orçamento não está em "descobrir stakeholders escondidos", mas em separar o que mantém a máquina a funcionar do que constrói o futuro. A diferença é que as despesas estratégicas são escolhidas, não apenas herdadas do funcionamento normal da máquina. São um investimento para criar o futuro, não apenas um custo para sustentar o presente.
O artigo reinterpreta despesas correntes à luz de stakeholders (exercício de reclassificação). Kaplan & Norton separam claramente o que é custo do dia-a-dia do que é investimento no futuro, e alinham este último com o mapa da estratégia.
O modelo do artigo pode ser útil como exercício de consciencialização (ver que fornecedores, clientes e empregados estão "enterrados" no orçamento). Mas a lógica de Kaplan e Norton é muito mais robusta: introduz disciplina para assegurar que o orçamento financia a execução da estratégia, em vez de se perder na contabilidade das despesas correntes.
No WSJ do passado dia 21 encontrei "Hertz to Sell Used Cars on Amazon".
A Hertz anunciou que vai começar a vender os seus carros usados directamente na plataforma da Amazon, através do marketplace automóvel da gigante digital.
Esta parceria poderá aumentar o valor de revenda por veículo e reforça a aposta da Hertz em diversificar canais, já que tradicionalmente vende a maior parte dos seus carros usados em leilões ou a concessionários.
"Hertz sells about a third of its former rental cars directly to consumers through its auto lots and website, but most of its vehicle sales still go through auto auctions or to dealers.
...
In the deal with Amazon Autos, buyers can browse cars, complete their purchase on the website and pick up the car at locations in Dallas, Houston, Los Angeles and Seattle, the company said.
...
Retail sales are worth an additional $1,000 to $1,500 per vehicle for Hertz, Barclays analysts said in a note published Aug. 11."
Hertz a vender carros usados na Amazon?
Natural nos EUA. Em Portugal seria impensável. Bastava anunciar e logo se ergueria o coro dos incumbentes — concessionários, associações do sector, importadores — todos em uníssono com o governo de turno, a explicar que “não é possível”, “não é seguro”, “não é regulado”.
No fim, continuaria tudo igual: consumidores a pagar mais, inovação a ficar à porta, e o mercado a fingir que ainda é século XX.
Foquemos a nossa atenção nos arquitectos. O que queremos é que eles na relação que desenvolvem com a Vitrumo percepcionem a sensação de satisfação como um resultado da interacção. E esse resultado é uma consequência natural de outros resultados:
O que é que a Vitrumo pode fazer de forma sistemática para que estes resultados sejam expectáveis?
A figura que se segue lista o que a Vitrumo pode fazer (exemplo: Divulgamos os projectos que servimos nas universidades) e os desafios que a Vitrumo se propõe a cumprir (exemplo: Entregamos sem defeitos).
Para manter o esquema legível e manejável, não esquecer que um modelo é sempre uma simplificação, vamos usar focos de atenção: os objectivos estratégicos na perspectiva interna.
Ou simplificando:
Que indicadores, que KPI podemos usar para medir o desempenho, a evolução, de cada objectivo estratégico na perspectiva interna?
Por exemplo:
Criar o futuro comercial - Nº de eventos (exposições/concursos/feiras) em que a empresa participa; Nº de leads ou contactos gerados em cada evento; Nº de acções de divulgação realizadas em universidades; Nº de estudantes/professores envolvidos; Nº de webinars realizados; Nº de participantes nos webinars, Taxa de conversão de propostas; Nº total de propostas apresentadas
Criar o futuro tecnológico - Nº de parcerias formais activas com centros de I&D ou universidades; Nº de projectos de investigação ou inovação conjuntos
Co-desenvolver o projecto - Nº de workshops realizados por ano; Nº médio de arquitectos participantes; Satisfação dos participantes (questionário pós-evento); Nº de sessões de co-design em que a empresa participa; % de projectos relevantes com participação activa da empresa; Avaliação da utilidade da participação pelos parceiros
Controlar a produção - Percentagem de produtos entregues sem não-conformidades; Percentagem de entregas dentro do prazo acordado
Apoiar a montagem - Nº de incidentes críticos em obra por projecto; Índice de retrabalho em obra; Desvio médio ao plano de produção (com base em datas prometidas em dias)
Estes serão os objectivos da qualidade alinhados com a estratégia. Claro que se alguns destes KPI já tiverem um desempenho adequado, podem ser monitorizados e controlados pela gestão operacional da Vitrumo, e não precisam de ocupar a largura de banda de atenção da gestão de topo. Por exemplo, se a empresa tem um histórico de cumprimento dos prazos de entrega, pode retirar esse KPI da lista estratégica.
A estes KPI gosto de juntar os relacionados com a perspectiva de clientes (uso aqui a classificação de clientes quando na verdade os arquitectos são prescritores, não são clientes) que vimos na Parte IX:
Clientes ganhos - Nº de novos clientes no período; Nº de clientes ganhos por word-of-mouth
Clientes satisfeitos - Avaliação da satisfação após entrega; Taxa de reclamações
Clientes mantidos - Taxa de clientes recorrentes no período; % de vendas a clientes recorrentes
Trabalhando para atingir objectivos associados a estes indicadores está-se ao mesmo tempo a trabalhar para satisfazer os verdadeiros clientes, os que pagam o produto e serviço, nuns casos são os empreiteiros e noutros casos são os donos de obra.
É claro que os objectivos na perspectiva financeira são muito importantes, mas não os costumo incluir directamente como objectivos da qualidade, a menos que o cliente assim o entenda.
Os objectivos e metas não devem limitar-se a exortações como “Estar presentes nas universidades para inspirar e atrair talento”. Todos concordamos com a frase, mas onde estão definidos os critérios de sucesso? Onde se encontram os resultados desejados?
Falar de objectivos e metas é como traçar uma linha na areia: de um lado está o incumprimento, do outro o sucesso. Findo o prazo estabelecido, deve ser inequívoco perceber em que lado ficámos.
Um KPI sem meta é apenas um número; com meta, transforma-se num guia para a acção e para a melhoria. A cada indicador associamos dois resultados: um que traduz o desempenho actual e outro que reflecte o desempenho futuro que pretendemos. Essa diferença entre o presente e o desejado é a “tensão criativa” que mobiliza a organização. A meta dá sentido à medição, cria foco e alinhamento, gera compromisso, ajuda a priorizar recursos e alimenta a melhoria contínua.
Assim, a meta torna-se critério para avaliar de forma menos subjectiva a qualidade das nossas decisões e o valor do nosso esforço.
Seguindo este raciocínio, surge naturalmente a questão: por que é que vamos precisar de um espaço de tempo X para atingir o desempenho futuro desejado? Porque é que não estamos já lá? É aqui que a Teoria das Restrições oferece uma perspectiva útil, ao convidar-nos a olhar para a forma como trabalhamos e a identificar o que não está a ser feito, ou o que é feito de forma deficiente, que explica a diferença entre o desempenho actual e o futuro desejado. Onde estão os gargalos que limitam a nossa capacidade de melhorar? Que restrições do sistema impedem que os esforços se convertam em resultados consistentes? É ao identificar e actuar sobre essas restrições que se liberta o verdadeiro potencial de crescimento e de desempenho.
Estamos a entrar no terceiro passo.
Que iniciativas, que projectos, que mudanças devemos executar para poder aspirar a fazer a transição:
No próximo episódio vamos abordar o desenho das iniciativas.
"Qual é a minha primeira lei sobre a concorrência? Quando um mercado está saturado, a primeira via para eliminar concorrência é aumentar as barreiras burocráticas, tipo marcações CE, removem concorrentes sem se gastar dinheiro em aquisições e guerra de preços."
Entretanto, ontem no WSJ em "The Tale of the Rent-Seeking Saw" um exemplo americano. O artigo critica o comportamento da empresa SawStop e da Comissão de Segurança de Produtos de
Consumo dos EUA (CPSC).
A história começa com a invenção de uma tecnologia que detecta dedos humanos e trava serras circulares para evitar acidentes. Em vez de competir no mercado vendendo este sistema como uma opção de segurança, a SawStop tentou que a CPSC tornasse obrigatório o uso da sua tecnologia em todas as serras. Isso teria dado à empresa um monopólio de facto, já que detém patentes sobre o mecanismo.
O artigo descreve como a CPSC considerou impor esta obrigatoriedade, mas acabou por recuar. A crítica é que tal decisão teria criado um monopólio protegido pelo governo, elevando preços e limitando a concorrência e a inovação.
E no final:
"This is one small story about one discrete product in one corner of one industry. Imagine what else goes on behind regulatory doors."
Somos constantemente moldados pelo ambiente externo que nos rodeia. Durante o tempo da troika, para resistir ao pessimismo generalizado, procurei evitar os profetas da “espiral recessiva” que alimentavam um clima de desânimo. Não ver notícias era quase um antídoto contra o veneno da narrativa dominante. Aqui no blogue deixei os meus avisos:
Há dias, seguindo um conselho de Rory Sunderland, comecei a ler o livro Blindsight. O livro começa por relatar várias experiências. Por exemplo:
""Can People Distinguish Pâté from Dog Food?"" [Moi ici: Em testes cegos as pessoas não conseguem distinguir]
...
[Moi ici: Outro exemplo] If anyone should be able to taste something for what it is, it's a sommelier. These wine experts go through years of reading, drinking, eating, and testing, better known as formal wine education, to be formally certified. Soms' sense of taste is amazing. One sip and they are able to tell the wine they are drinking, the species of grapes involved, what country it is from, and the vintage year of the bottle.
In a deliciously devious experiment,? Frederic Brochet at the University of Bordeaux showed that taste is fallible even for these supertasters. He provided sommeliers with two different glasses of wine, one red and one white, and had them review each wine. Unknown to the sommeliers, the red wine was the exact same wine as the white, just with red food coloring added. Not only were the wines perceived as tasting completely different, but the "red" wine was described as if it had red ingredients. Tasters of the white wine described it with flavors like "honey" and "citrus," while the red wine was described as tasting like "raspberry" and "mahogany." This is despite identical information reaching the tongue. The dog-food eaters shouldn't feel too bad; the pros get fooled, too."
E agora vem o cerne:
"We don't experience the food we eat directly. There's a massive gap between the objective sensation of the food hitting our tongues and what our brains ultimately experience. As the late great philosopher Alan Watts describes, "We eat the menu, not the food." In other words, we're always one step removed-experiencing our own internal description of the world, rather than the world itself.
In neuroscience, this gap is humbling evidence of perceptual fallibility: we don't, perhaps can't, experience the world as it is. In marketing, this gap represents something else altogether: opportunity. The opportunity to tweak, influence, and fundamentally alter consumers' innermost experience of reality. What more could a marketer want, in their pursuit of persuasion, than the ability to alter reality itself in their favor?"
O que Blindsight mostra em laboratório — a falibilidade da percepção, a distância entre estímulo e experiência — confirma e reforça o que escrevi no tempo da troika: somos constantemente moldados pelo ambiente externo e pelas histórias que escolhemos (ou recusamos) ouvir. A experiência não é neutra; é construída. E, como no marketing, também na política e na vida social essa brecha entre realidade e percepção abre espaço para manipulação — ou, ao contrário, para libertação, se soubermos escolher as narrativas que nos alimentam.
Entretanto, esta semana ouvi uma entrevista com David Priestley que recomendo vivamente. Segue-se um trecho de 1 minuto sobre o poder do contexto no mundo dos empreendedores:
Mais uma vez, a mesma ideia: o ambiente molda perceções, decisões e comportamentos.
E é neste ponto que encontro eco numa entrevista recente de António José Seguro, que declarou ao Diário de Notícias:
“O meu papel é levar a esperança onde há medo. E hoje há muito medo na sociedade portuguesa.”
O recurso à palavra “medo” não é inocente. Ao identificar uma emoção negativa, supostamente predominante, posiciona-se como o antídoto: a esperança. Procura vestir-se de messias, o candidato que traz redenção num clima dominado pela ansiedade. Ao mesmo tempo, capitaliza a insatisfação: se os portugueses estão desiludidos, não precisa ainda de apresentar soluções concretas — basta prometer uma mudança de atmosfera. A sua retórica desenha uma narrativa binária, medo versus esperança, convidando o eleitor a escolher entre permanecer no medo ou apostar na esperança. É uma mobilização emocional, já que tantas vezes se vota mais pelo sentimento do que pelo programa.
No entanto, esta estratégia tem riscos. Se enfatizar demasiado o medo, pode amplificar a ansiedade em vez de a atenuar. O eleitor pode pensar: “Se até o candidato diz que vivemos no medo, então a situação deve ser ainda pior do que eu imaginava”, afastando os que procuram serenidade. E, se a esperança não for acompanhada de propostas concretas, a mensagem corre o risco de parecer um slogan vazio, uma palavra bonita sem substância.
Estranho, por isso, que Seguro tenha apostado precisamente no medo como eixo central do seu discurso.
Estando ele numa posição de "influencer" pode alterar a realidade e fazer com que mais pessoas sintam medo.
BTW: Algo interessante, ao falar de medo de forma genérica, Seguro mantém a mensagem flexível, permitindo que cada eleitor projete no discurso o seu próprio medo e encontre nele correspondência. Por exemplo, ao ouvi-lo, um eleitor do Chega pode rever-se no medo acerca da imigração.
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação. . "Lovaglia’s Law: The more important the outcome of a decision, the more people will resist using evidence to make it."
"If an organisation is too stable it can ossify, but if it is too unstable it can disintegrate. Successful organisations work between these two conditions or states, in what Stacey called ‘the chaos zone’."
"If the customer doesn't care about the price, then the retailer shouldn't care about the cost," “It's not enough that we do our best; sometimes we have to do what's required”. "Das Leben, das uns gegeben ist, ist uns nicht als etwas Fertiges gegeben, sondern wir müssen es uns gestalten, und zwar jeder sein eigenes." "Eine Regierung, die nichts wert ist, kostet am meisten." "Forget trying to persuade them; light their pants on fire." "O futuro é o que importa. O futuro é a base do significado, é de onde vem o projecto que alguém tem para si próprio" "The single biggest problem in communication is the illusion that it has taken place."
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent; it is the one that is most adaptable to change.”
"o Marketing só existe a partir do pensamento estratégico, caso contrário "não resulta"" "It is difficult to get a man to understand something, when his salary depends upon his not understanding it" "Perder diversidade é como arrancar páginas de um livro. Quantas páginas poderemos arrancar até deixar de compreender o enredo?" The great enemy of the truth is very often not the lie – deliberate, contrived and dishonest – but the myth, persistent, persuasive, and unrealistic. Belief in myths allows the comfort of opinion without the discomfort of thought."
"By strategy, I mean a cohesive response to a challenge. A real strategy is neither a document nor a forecast but rather an overall approach based on a diagnosis of a challenge. The most important element of a strategy is a coherent viewpoint about the forces at work, not a plan."
"Un desastre està punt de succeir a Espanya. El malentès de la gravetat de la crisi costarà car als inversors, ja que tindrà profundes conseqüències per a tot el sistema bancari europeu", afirma.
Entre d'altres coses, Mauldin diu que "els inversors estan fumant crack si creuen que els bancs espanyols són entre els més forts d'Europa, ja que estan amagant les seves pèrdues".
“… there are no “sunset” industries condemned to disappear in high wage economies, although there are certainly sunset and condemned strategies, among them building a business on the advantages to be gained by cheap labor”
"o vencedor da vida, o optimista que vive em incesto com o próprio ego, é o traço mais frágil do líder"
"We shall not grow wiser before we learn that much that we have done was very foolish." You may not be able to change the world but can at least get some entertainment & make a living out of the epistemic arrogance of the human race.
"I wanted you to see what real courage is, instead of getting the idea that courage is a man with a gun in his hand. It's when you know you're licked before you begin but you begin anyway and you see it through no matter what. You rarely win, but sometimes you do."
“Trust your guts. But not too much!”
"Customers will try 'low-cost providers,' because the majors have not given them any clear reason not to." "
"Natal é quando as Crianças pedem e os Pais pagam. Défices é quando os Pais pedem e as Crianças pagam."
"A imprevidência dos povos é infinita, a dos governos é legal"
"What a man sees depends both upon what he looks at and also upon what his previous visual-conceptual experience has taught him to see"
“The leaders first task is to be the trumpet that sounds a clear sound”
"lamented the lack of any systematic data on the scale of unfunded IOUs that care-free politicians have handed out like confetti."
"Let them call me rebel and welcome, I feel no concern from it; but I should suffer the misery of devils, were I to make a whore of my soul..."
O problema não é o consumo. O problema é o consumo assente em endividamento."
"There are designations, like "economist", "prostitute", or "consultant" for which additional characterization doesn't add information."
When it becomes more difficult to suffer than change, you will change"
"Hope is not a strategy and a crisis is a terrible thing to waste"
The more you can see of the present, the more you can see of the future"
Yes, You can change the future, but only changing the present"
"Entrepreneurship is 'Having aspirations greater than your resources'"
“The single biggest reason companies fail is they overinvest in what is, as opposed to what might be."
"The first principle is that you must not fool yourself - and you are the easiest person to fool. So you have to be very careful about that"
"A estabilidade é uma ilusão"
"When we create the conditions of possibility, the universe becomes our co-conspirator"
Thinking about doing is not doing. Talking about doing is not doing. Doing is doing."
"'God has created me to do him some definite service. He has committed some work to me which he has not committed to another'.
...
"Each of us has a mission, each of us is called to change the world, to work for a culture of life, a culture forged by love and respect for the dignity of each human person.
"As our Lord tells us in the Gospel we have just heard, our light must shine in the sight of all, so that, seeing our good works, they may give praise to our heavenly Father."
"The future is not there waiting for us. We create it by the power of imagination."
"confusing testosterone with strategy is a bad idea"
"Much consulting involves the application of models to a system, as opposed to getting involved in the system as a positive change agent""
"O Portugal que pára sem orçamento é precisamente aquele que vive dele e que há todo o interesse em parar."
"credibilidade da política financeira e dos seus executores está ao nível da credibilidade de uma barraca das farturas"
"The role of the manager is thought to be reduction of uncertainty rather than the capacity to live creatively in it"
"today an entrepreneur is closer to artists than managers"
"A business without a path to profit isn’t a business, it’s a hobby"
"If no one’s upset by what you’re saying, you’re probably not pushing hard enough. (And you’re probably boring, too.)"
"Storytelling isn’t just how we construct our identities, stories are our identities"
"'He who has a why to live can bear almost any how' "
"They can because they think they can"
"Se há coisa que não suporto é misturar catequese com negócios, é a incapacidade para calçar os sapatos do outro e só pensar na nossa posição de coitadinhos, pobres vítimas indefesas dos maus e que por isso precisamos do Estado todo poderoso para nos proteger e, nem percebem na volta, os juros que o Estado cobra por esse serviço mafioso de protecção que, ainda por cima não resolve nada."
"Empathy is like a universal solvent. Any problem immersed in empathy becomes soluble."
"In victory, do not brag; in defeat, do not weep"
"Value it's a feeling not a calculation"
"An economist is someone who has had a human being described to him, but has never actually seen one."
"Don't finish first--it's not about running a rat race. Start with a better ending in mind."
"If you sit in on a poker game and don’t see a sucker, get up. You’re the sucker.”
"The 'value added' for most any company, tiny or enormous, comes from the Quality of Experience provided."
"Crediting government with the success of entrepreneurs is like crediting the guy who built Bill Gates’ garage with the success of Microsoft."
"I have found that assuming social scientists understand the difference between correlation and causality is not generally a good one."
"Promising never to raise taxes, without reaching a deal on spending, really means a high and rising commitment to future taxes."
"Some things are so foolish that only an intellectual could believe them, for no ordinary man could be such a fool"
"os bancos não financiam a economia, a poupança sim"
"I do not know the key to success, but the key to failure is trying to please everybody"
"Never be afraid to try, remember... Amateurs built the ark. Professionals built the Titanic."
"terms such as 'experiment' and 'observation' cover complex processes containing many strands. 'Facts' come from negotiations between different parties and the final product - the published report - is influenced by physical events, dataprocessors, compromises, exhaustion, lack of money, national pride and so on."
"'science in the making' is 'the consequence of [a] settlement' of 'controversies'."
"If the state wishes to spend more, it can do so only by borrowing your savings or taxing you more. And it's no good thinking someone else will pay, that someone else is you."
"All failures of strategy are rooted in the assumption that outcomes are predictable."
"Doing things like your bigger competitors is how to get killed in the wars out there"
“Uma moeda boa e forte é como a saúde. Só lhe damos verdadeiramente valor quando não a temos.”
"Life’s tough. It’s tougher if you’re stupid"
"O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros"
"Change is a threat when done to me, but an opportunity when done by me."
"As elites foram deixando de falar das exportações à medida que se foi percebendo que o país consegue exportar sem elas"
"Your toughest competition is the little voice inside your head telling you to stop"
"Pain is just weakness leaving your body"
"Built to last" is bad economics. Built to do something great" is the better idea. Think: "Creative destruction."
"the world is an uncertain place no matter how many Greek letter equations you affix to a problem."
"You never change things by fighting existing reality. To change s.th., build a new model making the existing model obsolete"
“No, no, you're not thinking; you're just being logical.”
"Success is not a destination. It's the trail you leave behind you."
"Winners make a habit of manufacturing their own positive expectations in advance of the event."
“You’ve got to start with the customer experience and work back toward the technology – not the other way around”
"Strategy as the "smallest set of - intended or actual - choices and decisions sufficient to guide all other choices and decisions sufficient to guide all other choices and decisions."
"When something is commoditized, an adjacent market becomes valuable"
"nature evolves away from constraints, not toward goals"
"There aren't any textbooks on what to stop doing!"
"With great power comes great irresponsibility "
"Weird things happen when you take price out of the equation for consumers"
"‘It’s so damn complex. If you ever think you have the solution to this, you’re wrong and you’re dangerous.’"
"Saruman believes it is only great power that can hold evil in check, but that is not what I have found. I found it is the small everyday deeds of ordinary folk that keep the darkness at bay. Small acts of kindness and love."
"Increasing stuff that doesn't add value dilutes existing value."
"O federalismo não é a alternativa à troika, é a troika para sempre."
"Never underestimate the difficulty of changing false beliefs by facts"
"Stressors are information"
“If you hear a “prominent” economist using the word ‘equilibrium,’ or ‘normal distribution,’ do not argue with him; just ignore him, or try to put a rat down his shirt.”
"The advantage of experiences over things for most of us is that we can make them seem unique, which = scarce, which = value"
"Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo"
"Without risk, faith is an impossibility."
"Não posso com quem vive a achar que os outros lhe devem sempre alguma coisa."
"In a world of increasing automation, our ability to perform tasks is not nearly as important as our ability to dream. The questions we need to ask are not ones of action, but ones of meaning"
"Me arrancam tudo a força e depois me chamam de contribuinte."
"Letting people vote for expensive programs that “somebody else” will finance is a good recipe for getting people to vote irresponsibly"
"what's fairness gotta do with pricing based in value?"
"The epic battle of our generation is between the status quo of mass and the never-ceasing tide of weird."
“Price is emotional”
"There will always be a reason why you can't pursue it, until competitors create a reason why you must."
"The most important thing to study is opening theory"
"The greater the contrast, the greater the potential"
“Customers don't care about your solution, they care about their problems.”
"Todos querem conhecer a verdade, mas o que desejam é que lhes contem uma mentira em que não sejam protagonistas."
"Execution efficiency strangles innovation in the crib, but not with malice, by default.”
"Our obsession with scalability is getting in the way of unleashing the potential of the 21st century."
"The system is optimized to mitigate risk, not create value"
"Champions are made when no one is looking"
"Don't bargain on value. Half as expensive is often twice as cheap."
"Customers care about outcomes, not effort, technology, or originality."
" I can't believe it. That is why you fail."
"You don't have to pick between 1) playing the game and 2) not playing the game. You can *change* the game."
""The first principle is that you must not fool yourself and you are the easiest person to fool." "
"Debt may have ended up as a problem, but it always starts out as a solution."