Pergunte-se, por que é que nunca lhe mostraram estes números?
Quando escrevi a parte I a minha ideia era escrever uma parte II que respondesse à pergunta "Como se altera a composição relativa dos sectores económicos?" e numa parte III mergulhar nos números. Agora, mudei de ideias. Responderei à pergunta numa parte III e vou dedicar esta parte II aos números.
Pense na quantidade de pessoas que falam e escrevem sobre produtividade. Pense nas dezenas de anos e milhares de conversas em que o tema da produtividade é discutido. Recorde as teorias mais estapafúrdias que aparecem nos media, um exemplo cómico, outro exemplo cómico de 2007 é o da saudade. E recorde os professores de Economia a pedirem estudos, "Formação e salários: não podemos nivelar por baixo", quando basta procurar os números. Não resisti...
Vamos lá aos números a frio sem mais demoras.
Na parte I apresentamos esta comparação:
Alguma vez foram procurar números ao sítio da instituição irlandesa que trata das estatísticas, Central Statistics Office (CSO)? Vamos a esta publicação em particular, "Productivity in Ireland Quarter 3 2023". Nela vão encontrar algo que referimos inicialmente aqui no blogue em 2020, no dia em que nasceu o primeiro campeonato do Amorim, no dia em que chamei a atenção para a falta de informação e conhecimento de Alexandre Relvas sobre este tema em particular.- para a economia no seu total - 103,9 €/h
- para o sector doméstico - 54,4 €/h
- para o sector estrangeiro, agarrem-se à cadeira - 405,9 €/h
- a lição irlandesa;
- os mastins dos Baskerville, os que "não ladram" porque não estão presentes;
- "a descida do IRC é injusta" - tão dolorosa é a posição do PS como a do PSD. Um porque não a quer, o outro porque não a sabe explicar;
- Portugal precisa mais delas do que elas de Portugal;
- Flying Geese;
- deixem as empresas morrer;
- Maliranta e Taleb; e
- falta a parte dolorosa da transição.
2 comentários:
Carlos,
Tendo em conta que usou o caso irlandês e o compara com Portugal, expondo a diferença de produtividade das empresas do sector doméstico e do sector estrangeiro, gostaria que indicasse quatro ou cinco medidas que permitissem atrair aquelas empresas.
Eu tenho uma ideia, mas gostaria de saber a sua opinião: impostos (simplificação, impostos mais baixos), licenciamentos, leis laborais...
Olá João,
Amanhã escrevo sobre isso na parte III. IMO julgo que a medida mais importante seria tirar-nos desta posição no ranking "Corporate Tax Rank" aqui https://taxfoundation.org/wp-content/uploads/2023/12/2023-International-Tax-Competitiveness-Index-Rankings.png
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