sexta-feira, maio 09, 2014

Acerca da concorrência imperfeita

"If we had a nickel for every executive who appeared on CNBC and blamed his or her company’s inability to grow on a weakness in the market, we’d be richer than Croesus. Of course, there’s a reason this explanation for uninspiring performance is so common: It’s readily available. At any given time, roughly half of all industries are growing below the level of GDP. And it’s only natural to blame something external for one’s problems. [Moi ici: Como podem ler, o comportamento não é típico de português, é típico de humano]
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The trouble is, a weak market isn’t a valid excuse. Plenty of companies that achieve above-average shareholder returns compete in average or below-average industries. [Moi ici: O tal fenómeno da distribuição das produtividades e rentabilidades que leva a que haja mais heterogeneidade dentro de um sector de actividade do que entre sectores de actividade entre si]
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There are always some companies that find a formula for growth and success in industries that aren’t doing anything special - that are just bumping along with the economy, or underperforming it. If you’re an executive in one of these industries, it’s your job to ignore the excuses and figure out how to join the ranks of overachievers.
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Between 2003 and 2013, for instance, 30 percent of companies with top-quartile shareholder returns (our proxy for success) were in industries growing at or below the rate of GDP. [Moi ici: Notável]
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[Moi ici: Primeiro o pântano para onde nos leva a concorrência perfeita] Equilibrium is the state that exists when a set of companies with fundamentally similar offerings compete within a market, getting similar returns and amassing market shares within a few points of one another. Not to put too fine a point on it, but equilibrium isn’t all that interesting.
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[Moi ici: Agora entra a promoção descarada da concorrência imperfeitaDisequilibrium is much more dynamic. The companies that create the conditions for it generally don’t follow a template, but discover a particular advantage they can use to tilt the market in their direction and keep it that way. [Moi ici: "to tilt the market in their direction and keep it that way" eheheh, quantas teses poderiam ser escritas, pelos bem-pensantes contra esta frase!!!! No entanto, é esta a nossa vida, é este o tema mais sexy com que trabalhamos com as PMEs, co-construir, co-desenhar situações de monopólio informal, de batota pura, de retornos e margens mais acima] These enterprises often become a source of fascination (and envy) among competitors because they offer proof that in business, true advantage can be created and sustained for years, or even for decades, when companies are especially shrewd—no matter the overall state of the industry.
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Executives who want to create disequilibrium should begin by asking themselves a few questions:
  • What do we do that’s unique, that customers value?
  • Can our competitors match this capability we have?
  • Are there any coming technological or regulatory shifts that could transform our market, and if so, do we have a well-thought-out plan for addressing them?
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You can make those better returns come to you by figuring out where you have an advantage, or might gain one, in terms of cost, service, selection, or a disruptive new product." 


Trechos retirados de "Growing When Your Industry Doesn’t"

We will be weird (parte II)

Via Twitter, o @jcangaia chamou-me a atenção para "Largest vinyl record pressing plant in the US is expanding" onde se pode ler:
"America's largest vinyl record pressing plant in Nashville, Tennessee, will be expanding its operations to include a second warehouse full of record-making machinery. United Record Pressing LLC told The Tennessean on Monday that it plans to add 16 presses to its present 30, and it will use the remaining space in the new warehouse as storage to meet a robustly growing demand for its product.
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the company is currently working its 30 presses 24 hours a day, six days a week."
Um fenómeno já aqui referido em "We will be weird"
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A mensagem a retirar deste sintoma?
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Tribos. tribos, tribos!

quinta-feira, maio 08, 2014

Better before cheaper

Em sintonia com o que por aqui se tem escrito sobre a estratégia dos media para fazer face ao grátis da internet:
"Foi uma ideia admirável alguém vir dizer que, na internet, a informação está acessível a toda a gente. O problema é que fazer bom jornalismo não é barato, e ainda ninguém percebeu como ganhar dinheiro no digital. No caso da Monocle, continuamos a crescer, em número de leitores e de anunciantes, em parte porque não parecemos hesitantes. Basta pegar na revista para ver que nos esforçamos muito, a nível jornalístico e no design. Se estivéssemos hesitantes, pensando que deveríamos fazer aplicações em vez de revistas, as pessoas sentiriam o cheiro a sangue e afastar-se-iam.
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Se as pessoas se basearem apenas no imediatismo do online, temo que não compreendam o verdadeiro valor do jornalismo. É preciso separar os comentários do jornalismo rigoroso e, atualmente, isso nem sempre é claro. [Moi ici: Isto fez-me lembrar quer o lero-lero dos políticos, recordar Pires de Lima, por exemplo, ou os brincalhões no recreio, quer as palavras de Ortega Y Gasset sobre ter ideias sem idear] Se vou ao site da BBC ver as notícias sobre o desaparecimento do avião da Malásia é porque confio na BBC e nos seus correspondentes, não me interessa ver os comentários de pessoas que nem sabem bem do que estão a falar. [Moi ici: Nunca me esquecerei do CAA a discorrer na televisão sobre o Katrina] Essa é uma das razões para não termos comentários no nosso site, os nossos leitores confiam nos nossos editores e estão-se nas tintas para o que diga uma pessoa qualquer na caixa dos comentários.
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Não se pode, simplesmente, pôr um paywall e pronto. Tem de haver um reconhecimento do valor do jornalismo. Os donos dos media têm de pensar se acreditam que a informação tem valor, que o exclusivo tem valor, que um colunista tem valor. Se a resposta for "sim", então podem avançar para um novo modelo de negócio. Tem de haver uma valorização da reportagem original. Neste momento, esse valor não é reconhecido pelas redações, nem pelas administrações. [Moi ici: Basta contar a frequência de notícias da Lusa, por exemplo]
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O público começa a perceber, devagar, mas começa a perceber que recebe em proporção daquilo que paga. De repente, se o colunista que gostavam de ler desaparece, as pessoas percebem que é preciso pagar, e que vale a pena pagar."
Lição válida para a indústria e para os media: não tentar competir pelo custo com a China, ou a Etiópia. Ainda ontem um empresário, numa reunião, recordava as 3 regras lidas aqui:

  • Better before cheaper;
  • Revenue before cost
  • Não há terceira regra 


Trecho retirado de "'Portugal é mal compreendido no estrangeiro'"

Um excelente conselho!

"An industry enthralled with tonnage is an industry headed over the cliff. We decided to focus on the highest-quality product that appealed to real consumer need and make it as simple as we could. As a result, the automotive OEM companies sometimes made more profit on the sound system than on the rest of the car, and part of it was the premium for the consumer endorsement of the best high-fidelity system, which we represented. Those systems were branded and nothing else was. I bought a BMW and found one beautiful BMW logo on the steer-ing wheel and nine elsewhere for Harrnan/Kardon in the car. I like that ratio. We can afford to stay loyal to the view that we will do margin, not tonnage."
Em português usaríamos o termo "granel" em vez de "tonnage"!
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Trecho retirado de "Unstoppable" de Chris Zook.

A plataforma de co-criação

Uma notícia interessante, "Siemens e Politécnico de Leiria criam academias para formar 1.200 alunos por ano", sobretudo para um adepto de ecossistemas da procura que actualmente anda a ler "The Power of Co-Creation: Build It with Them to Boost Growth, Productivity, and Profits".
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Começo pela lista de actores:

  • As Academias, situadas na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria;
  • Os estudantes;
  • As empresas da zona;
  • Siemens, IPL e a empresa Cadflow, tem também associadas a Nerlei (Associação Empresarial da Região de Leiria) e a Cefamol (Associação Nacional da Indústria de Moldes);
Continuo com a lista de benefícios-potenciais:
  • "Para além da formação, o IPL pretende também utilizar as academias como um suporte "para projetos de investigação aplicada para o tecido empresarial"" (para o IPL, atracção de alunos, integração reforçada com a comunidade empresarial, podendo dar origem a mais fontes de financiamento através dos projectos de investigação e consultoria)
  • Para a Siemens promoção do seu software, e captação de talentos; "aposta da empresa em Leiria surge também da utilização do “software” e dos equipamentos na indústria "da região", que "tem uma ligação muito forte aos moldes, plásticos e vidro", sendo o investimento nas academias "continuado", embora sem referir o montante." e "A Siemens irá apoiar na "colocação de licenças de ‘software’ e de equipamento" no IPL, garantindo também "apoio técnico e facilitação de estágios curriculares na empresa, em Portugal e no estrangeiro, aos estudantes com os melhores trabalhos realizados com o recurso ao ‘software’ e equipamento" das duas academias, acrescentou o responsável.";
  • Para os alunos, mais empregabilidade futura;
  • Para as empresas, futuros trabalhadores mais competentes e um centro de competência em co-evolução
Isto faz-me lembrar o trabalho extraordinário que a empresa japonesa de máquinas de costura Brother fez nos Estados Unidos para subir na escala de valor... tenho de escrever sobre isso aqui. Qual é o interesse da Simens no desenvolvimento da academia?
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BTW, tendo em conta "A força crescente da democratização da produção (parte II)", a Academia é a plataforma.
"The basis of executive power is shifting from being in charge to being connected. New leaders understand that power with people is much more effective than power over people. It is about integrating the best of networked thinking and leveraging the new platforms for value creation."

A força crescente da democratização da produção (parte II)

Parte I.
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Nem de propósito, acerca da democratização da produção, com a proliferação futura de makerspaces dos duendes do bairro, da cidade, do concelho, este texto:
"What used to be called “public goods” is today called “platforms”. A new form of a company is being born!
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Once the up-front costs have been incurred and the platform is established, the more people there are who are sharing the benefits, the greater the net present value of the whole value system becomes.  A platform company should therefore be as open, as accessible and as supportive as possible, to as many users as possible.  This is unequivocally the route to optimum value creation.  Moreover, the higher the value of the system, the costlier it becomes to all its members to replace it – creating a major barrier to entry.
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Restructuring a firm for the new world would require concurrent relative downsizing of legacy systems and upsizing of the new open platforms.  [Moi ici: Recordar isto, os "greenfield investments"] As both are explicitly costly things to do and the financial rewards of the latter are typically deferred, the exercise becomes challenging for incumbents to implement within the constraints of the existing financial frameworks. But it is happening!
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Internet scale economies can create almost boundless returns without the company growing at all.
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The sheer size of an enterprise will tend to mean less in the digital network business than in the world of physical goods. Companies don’t grow any more in the way they used to! It is the networks that grow!"
A par disto, outro tema comum aqui no blogue, o ecossistema da procura:
"But something else needs to change too: customer focus has been the dominant mantra in business. Everybody knows that everything should focus on the customer. However this is not enough any more.[Moi ici: Recordar "Acerca do ecossistema da procura"]
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The central aggregator of enterprise value will no longer be a value chain, but a network space, where these platform companies are fully market-facing and the customer experience is defined by applications connecting to the platform.
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The basis of executive power is shifting from being in charge to being connected. New leaders understand that power with people is much more effective than power over people. It is about integrating the best of networked thinking and leveraging the new platforms for value creation."
Trecho retirado de "Why companies don’t grow – The idea of the platform company"

A força crescente da democratização da produção

A propósito do impacte da tecnologia na futura democratização da produção e da sua relação com as tribos que vão povoar Mongo:
"there has been one channel of innovation that has always led the pack in product development - the end user.
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End-user innovation consists of hobbyists, tinkerers, pro users and people that are simply passionate about whatever it is they are doing on a daily basis. These are people that want to make their experience better and more efficient. The end user tinkerer armed with passion for their craft has always been the most productive channel of innovation.
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Today, these tinkerers have the ability to develop their ideas in a distributed fashion on their own, rather than relying on traditionally centralized channels like professional prototyping organizations that have traditionally priced out these developments."

Trecho retirado de "3D Printing: What You Need to Know About the Next Industrial Revolution"

BTW, esta contribuição tuga "An Internet of Everything, Powered by Thin Gadgetry"

quarta-feira, maio 07, 2014

Louva-se o progresso (parte II)

Parte I.
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Agora:
""Eu acho que quem defende que o problema [da produtividade] está nos trabalhadores não está a fazer o diagnóstico certo", disse António Pires de Lima durante o CEO Fórum 2014,"
Ainda sou do tempo dos 7% à conta de mais meia-hora por dia.
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Enfim, o lero-lero do costume. Helena Matos escreveu tudo ao escrever sobre Jorge Jesus.
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Trecho retirado de "Pires de Lima defende que a falta de produtividade não é culpa dos trabalhadores"

Apesar dos normandos

"Sectores tradicionais dinamizam as exportações"

"Os sectores tradicionais, como os têxteis e o calçado, são exemplos de sucesso e servem de farol à economia nacional: exportam cada vez mais e somam mercados extra-UE
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Estiveram moribundas, mas souberam renascer. Com visão mundial. A revolução nas indústrias têxteis e calçado foi colossal, demorou vários anos a reconquistar o terreno perdido. Mas a troika ainda cá não estava, já os dois sectores tinham feito o trabalho de casa para se tornarem exemplos de sucesso, corporizando o novo desígnio nacional: exportar, exportar, exportar.
Veja-se o caso dos sapatos nacionais: as exportações da "indústria mais sexy da Europa" aumentaram mais de 40% nos últimos quatro anos, vendendo para mais de 130 países, com as marcas próprias a serem responsáveis por metade das vendas ao exterior.
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Assiste-se entretanto ao regresso das maiores marcas de luxo mundiais às fábricas portuguesas, havendo ainda multinacionais de calçado a deslocalizar novamente a sua produção para Portugal. E os sapatos nacionais tornaram-se os segundos mais caros do mundo, com os industriais a mostrarem-se agora com ambição para bater o preço italiano ainda esta década
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A evolução do sector têxtil e do vestuário bate ainda mais forte: abandonada à sua sorte durante alguns anos, reergueu-se e está a dar provas de crescimento robusto e sustentado. Fechou o ano de 2013 com 4,257 mil milhões de euros, mais 11% do que em 2010, tornando-se o melhor ano dos últimos cinco. E já lá vai o tempo em que a Europa era o seu único cliente. Vende para 184 países - até para a imensa e "low cosf' China, onde pretende duplicar as vendas para 60 milhões até ao final da década.
Mais: as grandes marcas internacionais, que chegaram a deslocalizar em massa a sua
produção para o Leste, estão de regresso a Portugal.
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Já a indústria do metal continua com uma performance de excelência vendendo ao exterior quase metade dos 12,6 mil milhões que factura
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Passados os anos de crise profunda, a indústria da cortiça voltou a crescer.
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E a fileira agrícola volta a medrar optimismo."

"It’s a subtle but critically important difference."

Na semana passada, numa PME, durante uma sessão de divulgação, de comunicação, de explicação, da estratégia a seguir, começamos pelo enquadramento externo, para onde poderão ir os nossos clientes e as suas necessidades. Depois, a identificação do ecossistema da procura e o desenho e explicação do mapa da estratégia. Depois, os indicadores estratégicos e, por fim, as iniciativas estratégicas.
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No entanto, o que motivou a atenção da equipa foi... os indicadores estratégicos.
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Tentei chamar a atenção para o quão redutor era essa abordagem.
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Hoje, ao ler "The Balanced Scorecard ≠ A Report Card" os neurónios-espelho até brilharam com as sinapses de identificação.
"while I would agree that focusing on improving performance and results is great, what was really going wrong back in the day was that we were focused on trying to improve our performance results to improve our Balanced Scorecard SCORE – not to improve the way our organization worked (or didn’t work!) to produce better customer, and by extension, financial outcomes.
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It’s a subtle but critically important difference."

O que nos distingue

O Miguel fez-me chegar este texto de elogio ao que se faz em Portugal, "Portugal, New Production Paradise"
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O que é que escrevemos há anos e anos neste espaço sobre a competitividade da economia portuguesa?
"Quality:   Portuguese people are very qualified.
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Reactivity:   It is easy to get a production done with short lead times, and to have reorders.
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Proximity and Accessibility:   Portugal is approximately 2 hours’ flight from Paris or London. It is in the same time zone as the UK, 1h behind France. There are frequent flights run by both established airlines and low-cost carriers. It is also typically cheaper and faster to ship merchandise from Portugal to Continental Europe.
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Flexibility:   It is possible to produce small quantities.
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Creativity:   Brands appreciate the fact that when they are stuck with a missing fabric or accessory, the factory always finds an suitable and creative solution."
Pois, o cumprimento dos prazos precisa de ser melhorado...
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Vai ser difícil, muito difícil. Ainda ontem a minha manhã foi passada numa reunião numa empresa assolada por um problema cada vez mais comum nos sectores tradicionais portugueses: o excesso de procura!!!

É sempre aquela pergunta: Quem são os clientes-alvo?

Em muitos dos desafios  em que colaboro com PMEs, para subir margens, para subir na escala de valor, para dar a volta, a maioria das vezes o "truque" inicial passa por isto:
"Failure to understand segmentation is a form of failure to understand your customers. It can pass unnoticed, a missed opportunity, but it can be much more costly.
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If competitors recognize distinct customer segments that can be attacked with very different strategies - and your company doesn't you can be vulnerable to a pincer movement from competitors, which can pick off your customers with more focused offerings.
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Failure to recognize segmentation, even in the absence of competitive attack, can also be a form of inefficiency. It means that you are significantly overserving some segments and underserving others, wasting resources that could be put to better use. This is a mismatch that competitors can exploit.
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Incorrect segmentation means that you probably do not understand your market position.
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Finally, segment blindness means you probably do not understand your profit pool or where you really make money.
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What are some of the signs that hidden segments, with true strategic implications, might exist unrecognized in your business? My experience, and our research, reveals a few clear indicators. The first occurs when the key measure of customer loyalty in your business varies widely among customers, and you do not know why.
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This suggests that there are groups of customers you do not understand in basic ways.
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Another indicator is an unexplained loss in market share in part of your historic customer base, suggesting that there is a distinct segment of customers being suddenly underserved (or better served elsewhere). A third indicator occurs when you or your largest competitor has not changed customer segment strategies for a long time. If this is true in a dynamic industry, perhaps you understand neither your customers nor their profitability. That constitutes a big opportunity to refocus."
É sempre aquela pergunta: Quem são os clientes-alvo?  Qual é o ecossistema da procura? Qual é o perfil da curva de Stobachoff da sua empresa?
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Trechos retirados de "Unstoppable" de Chris Zook.

terça-feira, maio 06, 2014

Esquecem-se que Magnitogorsk foi no século XX...

Isto está tudo relacionado!
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Isto (daqui):
"Treat your product like a commodity, and people will buy it like a commodity. Treat it as something special, and you may be able to raise prices by multiples."
Com isto:
Enquanto uns trabalham para tribos, cada vez existem mais tribos e são mais diversificadas, outros continuam a sonhar com o vómito industrial para satisfazer o mercado de massas...
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Esquecem-se que Magnitogorsk foi no século XX...

"There is only work that matters."

Para alguns, isto é perigosa propaganda neo-liberal introduzida pela troika, para mim é a vida:
"The answer is not to sit around imploring the industry or the customer to give us back our value. It's not up to our customers to value us. It's up to us to show them why they should and to do work that creates a difference. There is no more business as usual for musicians, or journalists, or designers, or [insert your profession here because it's sure to be next]. No cushy numbers. No Get Out Of Jail Free card. There is only work that matters."
Trecho retirado de "Difference" de Bernardette Jiwa.

"The Status Quo Is Risky, Too"

Uma chamada de atenção para os medrosos que preferem agarrar-se ao status-quo porque lhes parece mais familiar, por que é terreno conhecido, porque, esperam, está menos sujeito a surpresas:
"Martin describes how executive teams carefully explore the risk of different courses of action, but neglect to make a similar assessment of the risk of staying the course. Armed only with the risks of changing, it’s natural for the team to shy away from decisive action. Unfortunately, failing to assess the risk of the status quo does not mean the risks won’t materialize—it just means you won’t be adequately prepared when they do.
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If you are a member of a leadership team facing a critical strategic decision, you have an obligation to address these biases before inaction leaves your business irrelevant."

Trecho retirado de "The Status Quo Is Risky, Too"
"The logic seems to be that, “since we are already doing what we are doing, it can’t be terribly risky.” This, unfortunately, is a very flawed assumption."
Trecho retirado de "Underestimating the Risk of the {Status Quo}"

"Lição para os portugueses: nunca confiar no low-cost"

No low-cost, é sempre possível arranjar opções mais baratas "Etiopía refuerza su industria textil: un grupo indio invertirá 550 millones de dólares en una fábrica".
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Bom para os etíopes! Será isto um sintoma de algo equivalente ao investimento estrangeiro em Portugal, aquando da adesão à EFTA?
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Lição para os portugueses: nunca confiar no low-cost como uma abordagem competitiva sustentável.

"Treat it as something special, and you may be able to raise prices by multiples"

Recordo, de Abril de 2011 em "A velha academia não percebe nem tem guião":
"A desesperança que a velha academia nos transmite nos media resulta, suspeito eu, da sua incapacidade de fazer a transição da economia do tangível para a economia do intangível. Como é que um João Ferreira do Amaral pode encaixar no seu modelo mental uma Littlemissmatched ou uma Happy Socks ou o sucesso da Nespresso num país em crise? [Moi ici: Hoje poderiamos juntar o sucesso da Bimby, dos smartphones, da Tupperware, dos festivais de Verão, ...]
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A velha economia navega em mares para os quais não tem guião nem bússola."
 Recordo de Junho de 2013 em "Tantos nichos à espera de ser descobertos, criados, aproveitados" a hiperligação para:
"Signaling might be the key for socks to launch into the stratosphere. "I could only see it happening if there was a new fashion craze, if people started wearing knickers or long shorts that showed off socks," says Adams-Geller, who knows a bit about phenomena. See, if socks let you signal your community membership, there could be sock people!.
When does an outrageous price for a product become acceptable and even desirable? When the item transforms us from consumers to connoisseurs.But $300 socks might benefit from one or two additional ideas. V.K. Nagrani, a designer of high-end men's socks that retail for about $35, believes socks are a signal of intimacy.
...
You're not buying something to keep your feet warm or dry; you're buying seduction. (Though with men, of course, the seductive effect may be extinguished with the first glimpse of hairy calves.)
In this way, slowly but surely, products become ideas. And it dawns on consumers that your product--be it jeans, socks, or a high-end gas range--is a meaningful symbol of their personal aesthetics, their inner selves. Yes, we all know that no one in their right mind would ever pay $300 for socks. But having a right mind is so yesterday."
É com gosto que hoje, enquanto escrevo isto com umas Happy Socks calçadas, li "Men's Socks Are Having a $2.8 Billion Moment":
"The sock surge, however, is particularly interesting. Socks, like toothpaste or tonic water, have always been basically a commodity. Demand shouldn’t change that much from one year to the next.
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So the only way to generate more sales dollars—as consumer goods execs know well—is to come out with some new style to justify higher prices or get people to buy more.
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Treat your product like a commodity, and people will buy it like a commodity. Treat it as something special, and you may be able to raise prices by multiples. The sock bosses, it seems, are finally taking a cue from Starbucks."

segunda-feira, maio 05, 2014

O recreio continua...

Depois deste brincalhão, outro distribuidor de dinheiro vem juntar-se na promoção da ilusão:
"Paulo Rangel considerou ainda, que "felizmente os sacrifícios vão acabar a partir do dia 17 de Maio""

Estes são os meus heróis!

Estes são os meus heróis!
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Gente que não desiste, gente que apura os sentidos, aguça o engenho e constrói alternativas, onde os grandes em tamanho falham e desistem:
"Posman's Chelsea store is one of three that the small independent chain currently operates in Manhattan. The other two are in Grand Central Station and at Rockefeller Center. Each one, says Mutter, caters to a specific market, and that niche marketing is one reason Posman has succeeded where others have failed. The Grand Central store is aimed at commuters; the Rockefeller Center store caters to tourists and travelers; and the Chelsea Market store is filled with cookbooks.
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Even in this age of e-books and the convenience of buying online — a market dominated by Amazon — plenty of readers still love browsing through bookstores.
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Robert Fader, vice president of Posman Books, says the family-owned business was able to react more nimbly than the big chains like Barnes & Noble to the changes brought on by the growth of online shopping and digital books."
Sublinho um comentário:
"Good strategy by Posman. Catering to a specific market in a particular location means it doesn't have to carry all sorts of books that sell slow, and it can keep its inventory and costs lower while having the selection and breadth with certain genres that only superstores can offer." 
É uma boa imagem para a livraria como o resultado da co-criação e co-evolução com os seus clientes-alvo.

Momento Zandinga

Escreve a Renascença:
"A Comissão Europeia reviu esta segunda-feira em alta as previsões para a economia portuguesa. Acredita agora que o crescimento seja maior do que o previsto, antecipa uma diminuição do desemprego mais acentuada e acredita nas metas do défice traçadas pelo Governo."
Escreve o JdN:
"A Comissão Europeia manteve a previsão de crescimento para Portugal de 1,2% para este ano e 1,5% para 2015, de acordo com as estimativas de Primavera divulgadas esta segunda-feira."
Prevê a Comissão Europeia:
"Já as exportações deverão crescer 5,7% este ano, o que corresponde a um abrandamento do ritmo face a 2013, ano em que aumentaram 6,1%."
 Prevê o anónimo engenheiro de província, num momento Zandinga:

  • As exportações vão crescer em 2014 a um ritmo superior ao de 2013! 
Sobre esta previsão faremos a sua avaliação no futuro.
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E, em linha com o que vou observando no meu contacto com as empresas (cada vez mais casos de procura superior à capacidade de produção):
"Mais acentuada é a estimativa para a diminuição da taxa de desemprego. No final de Fevereiro, a Comissão apontava para 16,8% de desempregados para 2014 e agora espera que o ano termine com uma taxa de 15,4%. Para 2015 a previsão é de nova diminuição, para 14,8%."

Texto do JdN "Portugal deverá crescer mais do que Espanha e França em 2014"
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Texto da Renascença "Bruxelas revê em alta previsões para a economia portuguesa"