sábado, julho 07, 2012

Não apetece fazer humor?

Ontem à noite vi um bocado da série NCIS, a certa altura o agente DiNozzo estava, como é costume, com o seu repertório de conversa da treta, a fazer pouco de alguém, neste caso um agente da Mossad.
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Tentei contextualizar aquela mania dele com a sua profissão... e lembrei-me do que li recentemente em "Deep Survival" de Laurence Gonzales. Ter medo é bom, entrar em pânico é a morte do artista. Como é que quem tem medo pode combater o sentimento de pânico? ~
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Segundo Gonzales, uma das formas mais eficazes de combater a perda de controlo de uma situação que mete medo é... brincar com ela, é apostar no humor:

"The first lesson is to remain calm, not to panic. Because emotions are called “hot cognitions,” this is known as “being cool.”
Only 10 to 20 percent of people can stay calm and think in the midst of a survival emergency. They are the ones who can perceive their situation clearly; they can plan and take correct action, all of which are key elements of survival. Confronted with a changing environment, they rapidly adapt.
The first rule is: Face reality. Good survivors aren’t immune to fear. They know what’s happening, and it does “scare the living shit out of” them. It’s all a question of what you do next. ...Survivors “laugh at threats… playing and laughing go together. Playing keeps the person in contact with what is happening around [him].” To deal with reality you must first recognize it as such. … if you let yourself get too serious, you will get too scared, and once that devil is out of the bottle, you’re on a runaway horse. Fear is good [Fear puts me in my place. It gives me the humility to see things as they are]. Too much fear is not."
É interessante relacionar isto com o discurso de quem olha para a realidade e de como a interpreta:

Comparem os títulos... comparem os textos.
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Existe realidade? Parece que sim...
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Existe objectividade? Eheheh
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Não apetece fazer humor?
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Será genuíno ou para evitar que o medo se transforme em pânico?
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Ou, talvez para ilustrar a facilidade com que todos nós tomamos decisões influenciados por informação dita factual mas carregada de subjectividade... ehehehhe 
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Razão tem Dan Ariely em "Predictably Irrational - The Hidden Forces That Shape Our Decisions"
que dedica o primeiro capítulo à relatividade das nossas decisões:
"humans rarely choose things in absolute terms. We don't have an internal value meter that tells us how much things are worth. Rather, we focus on the relative advantage of one thing over another, and estimate value accordingly."

Luís "atirem dinheiro para cima dos problemas" Delgado

Há anos que faço o esforço de ouvir um programa na rádio, na Antena 1, chamado o "Contraditório". Costumava chamá-lo de o "Consistório" porque não havia contraditório nenhum. Contudo, ultimamente, com a saída de Carlos Magno do painel e com a entrada de Raul Vaz, o contraditório surge com muito mais frequência, o que só abona em favor de Raul Vaz.
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Digo que faço um esforço, porque faço mesmo um esforço, tais são as opiniões mirabolantes que por lá passam. No entanto, procuro ouvir-lo para ter uma ideia de qual é o modelo mental dos lisboetas que vivem do Estado e encostados ao Estado. E esse modelo, acreditem, é tão chocantemente diferente do das pessoas com quem lido todos os dias...
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Em 2008, em plena crise financeira, quando pessoas como Murteira Nabo proferiam estas barbaridades que me faziam arrepiar:
"O fundamental, neste momento, é que haja investimento. Sob a forma de investimento público ou em articulação com o sector privado. Já nem interessa se esse investimento é rentável ou não."
Dizia eu, em 2008, no Contraditório a dupla Luís Delgado e Carlos Magno passava os programas sempre com o mesmo discurso. Esse discurso, sem ser caricaturado, pode ser resumido em:
"Agora é preciso gastar, gastar, para a economia não colapsar. Depois se vê, quando passar a crise." 
Desde essa altura, cunhei um novo nome para Luís Delgado, nome que uso religiosamente há anos no twitter: Luís "atirem dinheiro para cima dos problemas" Delgado.
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Escrevo isto porque ontem, durante o meu jogging, ao ouvir o programa na rádio, podem ouvir o podcast aqui,  ao minuto 7:25, ouvi Luís "atirem dinheiro para cima dos problemas" Delgado a classificar o esforço de tanta gente anónima que está a tentar fazer pela vida e, em consequência disso, está a tentar salvar o país,  de "historietas das exportações".
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Este é um bom exemplo do modelo mental lisboeta...
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E para calar a revolta que me invade, volto a este texto de Daniel Deusdado, porque me acalma, porque reconheço nele tantos e tantos portugueses anónimos que fazem pela vida:
"No meio disto há muita gente humilde. Quando visito fábricas, encontro homens e mulheres presos a linhas de montagem muito duras para se trabalhar oito horas por dia. Há ruído, há poeiras, há gestos infinitamente mecânicos e repetidos, há uma corrida contra o tempo para se fazer mais e melhor. Por muito que tenham evoluído as fábricas, elas serão sempre um local algo hostil à fragilidade do ser humano. Olho para os operários, para as suas mãos, para a rotina no olhar e na postura, e vejo-os a levar o país às costas de manhã à noite sem ficarem na fotografia - e tantas vezes por 600 euros ou menos. Com a certeza que, muitos deles, para viverem melhor, chegam a casa e vão para a horta trabalhar. É o seu mundo, a sua defesa contra o tempo da escassez."
Anda esta gente a levar o país às costas e, nem imagina o que é que o modelo mental lisboeta pensa delas e do seu esforço...
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E é triste, esta semana visitei quatro fábricas, três exportadoras e uma quarta que fornecia componentes para exportadoras. Todas transpiravam optimismo: carteira de encomendas OK, feiras feitas com boas reacções dos clientes, algumas até contrataram pessoal!!!
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E como me disse um dos gerentes de uma ex-startup no mundo de calçado (ex porque já passou a fase de startup com distinção):
"Estamos numa feira em Milão, entre mil expositores, cada um com 300, 400 e até 500 pares em exposição e entra um visitante no nosso stand e olha e pega num sapato... aquele par, entre pelo menos 300 mil pares, tinha algo de especial. Naquele momento, no meio do banho de humildade que é ser-se um no meio de mil, sente-se uma pequena vitória"
Para Luís "atirem dinheiro para cima dos problemas" Delgado é mais uma historieta das exportações...
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Percebem porque é um esforço ouvir o "Contraditório" e porque teimo em o fazer por causa do lado pedagógico?
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Há um colega do twitter que me chama masoquista...

sexta-feira, julho 06, 2012

Magnitograd versus Mongo

A propósito de "O paraíso perdido da mão-de-obra", julgo que o autor labora num erro.
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O autor continua a projectar para o futuro da produção o mesmo modelo do passado.
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Num mundo em que a uniformização crescia, em que a curva de Gauss se estreitava, em que as grandes séries triunfavam, em que as Magnitograds cresciam como cogumelos, o modelo da segunda metade do século XX, acabou.
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O mundo em que nos embrenhamos repousa cada vez mais na democratização da produção, na diversidade, nas pequenas séries, nas produções feitas próximas do consumo, em Mongo!
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Em Magnitograd, o valor estava no trabalho, o valor estava na produção, o valor estava no músculo:
Em Mongo, o valor está nas ideias, o valor está na criatividade, o valor está nas experiências.
"Isto não é apenas, ou principalmente, porque mais tarde ou mais cedo, estaremos confrontados com os limites naturais do crescimento. É porque não podemos continuar por muito mais tempo a economizar mão-de-obra a um ritmo mais acelerado do que aquele em que podemos encontrar novas utilizações para ela. Esse caminho conduz a uma divisão da sociedade numa minoria de produtores, profissionais, supervisores e especuladores financeiros, de um lado, e numa maioria de desempregados, do outro."
E uma economia de prosumers? E uma economia de artesãos? E uma economia sem empregados, só com produtores/consumidores?
"Mas há algo mais. O capitalismo moderno inflama, através de todos os poros e todos os sentidos, a fome de consumo. Satisfazê-la tornou-se o grande paliativo da sociedade moderna, a nossa falsa recompensa pela quantidade irracional de horas de trabalho. Os anúncios publicitários proclamam uma única mensagem: a sua alma será descoberta nas suas compras."
 E quando o consumo deixar de ser normalizado, deixar de ser produzido em massa e puder ser produzido em casa de cada um com um impressora 3D ou obtido no mercado local de criadores/fazedores?

Como se o paraíso dos trabalhadores fosse aquela descrição que recordo, posso estar a ser traído pela memória, do início do livro "A Mãe" de Gorky.

Subsídios para a batota

"Simple tips to design a Customer Journey Map"
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"Design the Experience from the Customer Viewpoint"
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"9 Questions You Need to Ask When Developing Buyer Personas"

Excelente desempenho

Excelente desempenho, reforçado pelo peso do sector no total das exportações portuguesas de bens.
"Setor metalúrgico e metalomecânico cresce 13,3% nas exportações":
"O setor metalúrgico e metalomecânico registou um crescimento de 13,3% nas exportações e decréscimo de 19,8% nas importações no primeiro quadrimestre deste ano, revela um estudo da AIMMAP, realizado com base em dados do INE. De acordo com o estudo, o setor metalúrgico e metalomecânico em Portugal representa um peso de 18% no PIB."
Ainda ontem estive numa empresa do sector que está com problemas de... crescimento das exportações.
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Pena é que depois de todo o esforço que esta gente faz aparece o Estado-vampiro ...

Qual o retorno da atenção?

A propósito de "Fórum para a Competitividade diz faltar “quase tudo nas reformas estruturais”, sim, eu sei, o Estado que temos é como um tumor, um parasita burro que está a minar, cada vez mais, a sustentabilidade desta comunidade. Contudo, pergunto: por que é que ao longo dos anos só vejo referido nos media o Fórum para a Competitividade por causa destas coisas?
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Se consultarmos os estatutos do Fórum, no artigo 1º encontramos:
"2. Constitui objecto global do FORUM a promoção do aumento da competitividade de Portugal, através
do estímulo ao desenvolvimento da produtividade nas empresas e...
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3. Para prossecução dos seus fins, o FORUM poderá:
a) Promover acções de apoio às empresas e associações empresariais, visando a melhoria da
gestão empresarial e estimulando a competitividade entre as mesmas;
b) Realizar colóquios, seminários e conferências em áreas de interesse para o
desenvolvimento empresarial;
c) Recolher, tratar e divulgar a informação com interesse para a actividade empresarial,
nomeadamente no que respeita aos meios financeiros de apoio ao desenvolvimento;
d) Promover acções de formação e informação de gestores empresariais, designadamente na
área das novas tecnologias;
e) Cooperar ou filiar-se em organismos nacionais e internacionais;
f) Criar um secretariado permanente de apoio aos gestores empresariais;
g) Desenvolver todos os esforços no sentido de motivar comparticipações financeiras para o
desenvolvimento da sua actividade empresarial;
h)Promover a racional aplicação e rentabilização dos meios, materiais ou de “know-how”,
postos a sua disposição pelos associados ou por terceiros."
Por que nunca vejo o Fórum mencionado por causa das acções listadas em 3?
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Talvez seja interessante recordar "Creating Competitive Advantage" de Pankaj Ghemawat e Jan Rivkin:
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"Some companies generate far greater profits than others.
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large differences in economic performance are commonplace. Understanding their roots is crucial for strategists."
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Existem diferenças na rentabilidade entre os vários sectores económicos:
Mas muito mais interessante é a parte que se segue:
"industry averages can mask large differences in economic profit within industries.
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Indeed, recent research indicates that intra-industry differences in profitability like those shown in Figures ...


 may be larger than differences across industries such as those in [na primeira figura] Industry-level effects appear to account for 10-20% of the variation in business profitability while stable within-industry effects account for 30-45%."
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Por que será?
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Costumo escrever que o recurso mais escasso que os gestores têm é o tempo... o tempo gasto com uma coisa não pode ser gasto noutra... qual o retorno da atenção?
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E a sua empresa?
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Dentro do seu sector de actividade económica, onde é que ela se encaixa? No grupo com rentabilidades superiores ou no grupo com rentabilidades inferiores? Não está a precisar de um pouco de estratégia? Não sofre da doença de querer servir todo o tipo de clientes? Não sofre da doença da falta de alinhamento e da falta de mosaico?


Transportar commodities a alta velocidade

À atenção dos que imaginam que as exportações comuns podem ser feitas via comboio de alta velocidade:
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"Schenker lança serviço ferroviário entre Portugal e Alemanha"
"O nosso produto é ideal para clientes com grandes cargas."
Grandes cargas! Muito provavelmente estamos a falar de commoditities. O preço é fundamental para o sucesso na venda das commodities. Qual a diferença entre o custo de transporte de uma tonelada por cada 1000 km, entre um comboio de alta velocidade e um convencional? E acham que a velocidade é crítica na venda das commodities?
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"Schenker: Terceira ligação ferroviária semanal entre Portugal e Alemanha prevista para 2014"
"A Autoeuropa (grande responsável pelos vagões importados) e a Portucel Soporcel (que tem ocupado boa parte dos vagões para exportação).
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A angariação de novos clientes é essencial para viabilizar este segundo comboio. Foi talvez com essa intenção que a Schenker convidou Hermano Sousa, da Altri Celbi, para uma breve intervenção."

quinta-feira, julho 05, 2012

They've done it, again

O José  Silva bem me dizia mas eu, na minha ingenuidade provinciana, achava que não teriam coragem.
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Trouxa!!!
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Claro que têm coragem.
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"Construção vai ter pacote de medidas de apoio"
"A quebra na procura interna e as dificuldades de internacionalização explicam o pacote: desde o início do ano, 811 empresas abriram insolvência em Portugal, número que acumula com as 14 mil que já fecharam portas na construção e imobiliário desde 2002. "A quebra da procura é significativa e exige soluções, que estão a ser preparadas em conjunto com as associações de imobiliário", admitiu, em Angola, Álvaro Santos Pereira.
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Em paralelo, sublinhou Santos Pereira, o "Governo quer criar linhas de crédito para apoiar grandes empresas exportadoras e já não só as PME", reconhecendo a debilidade da construção face à queda abrupta da procura interna."
Depois da Parque Escolar, a festa tem de continuar...
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Em vez de "Amanhem-se" temos: "os contribuintes líquidos serão obrigados a suportar o sector mais beneficiado no país nos últimos 38 anos".
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É nestas alturas que tenho vontade de ir para a clandestinidade combater este regime... depois, vêm armados em castas Vestais pregar a virgindade: "Passos alerta que aversão ao risco pode pôr a economia em perigo":
"“Esta cultura de aversão ao risco, espero, não se desequilibre muito mais, porque se se desequilibrar muito mais qualquer dia temos algum sistema financeiro, mas não teremos economia que o suporte”."
Se ele parasse para pensar perceberia que: temos uma administração pública e uma estrutura governativa e do Estado, sobre-dimensionada para a economia que a tem de suportar" e teimam em alombar mais treta normanda sobre os desgraçados saxões.

Quase apetece telefonar para as empresas onde estive hoje, cheias de trabalho e de perspectivas de crescimento e gritar-lhes: "Trouxas!!!"

É a vida!

Uma leitura dedicada a todos os que, ao mínimo percalço, correm para os braços do papá-Estado a pedir protecção, porque existem uns meninos-maus que não jogam da mesma maneira que a senhora professora tinha indicado.
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"Smash your business model"
"The point of this story is that there is always a new idea, a new business model waiting in the wings to make your brilliant concept suddenly irrelevant and out of date."
Pena que não se dê a mesma ênfase aos que fuçam e fuçam e voltam a fuçar em busca de uma alternativa para o seu negócio, sem me sobrecarregar a vida como contribuinte e mais, tentando-me facilitar a vida como cliente.

A amaricação

Em tempos mais sensatos defendia-se:
"“[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (...). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego”. Mário Soares, JN, 28 de Abril de 1984"
Ou seja, gritava-se: Amanhem-se!
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A última cena que descobri é esta: "Arrendamento social poderá ser alargado a espaços comerciais".
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Parece que desde 1984 para cá a sociedade amaricou-se... 
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No livro "The Strategist" de Cynthia A. Montgomery encontrei esta versão da história da IKEA:
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"By following this philosophy, Kamprad became a force to contend with in the Swedish furniture industry—and, not liking his low prices, the industry struck back. Sweden’s National Association of Furniture Dealers began pressuring suppliers to boycott him and, with the support of the Stockholm Chamber of Commerce, banned him from trade fairs. Many of the suppliers stopped selling to him, and those that continued to do business with IKEA resorted to cloak-and-dagger maneuvers: sending goods to fictitious addresses, delivering in unmarked vans, and changing the design of products sold to IKEA so they wouldn’t be recognized. Soon Kamprad was suffering the humiliation of not being able to deliver on orders. He counterattacked on several fronts—for example, he began paying suppliers within ten days, as opposed to the standard industry practice of three or four months, and he started a flock of little companies to act as intermediaries. These moves helped, but IKEA was growing rapidly and supplies were short. Without a reliable source of supply, Kamprad feared his business would be doomed. Having heard that Poland’s communist government was hungry for economic development, Kamprad began scouring the Polish countryside. He found many eager and willing small manufacturers laboring in the shadow of the bureaucracy. Their plants were antiquated and the quality of their products was dreadful, so Kamprad located better-quality (though used) machinery in Sweden. He and his staff moved the machinery to Poland and installed it, working hand in hand with the manufacturers to raise productivity and quality. The furniture they turned out ended up costing about half as much as Swedish-made equivalents and Kamprad was able to nail down his costs on a huge new scale.
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Kamprad said. “When we were not allowed to buy the same furniture others were, we were forced to design our own, and that came to provide us with a style of our own, a design of our own. And from the necessity to secure our own deliveries, a chance arose that in its turn opened up a whole new world to us.”
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As dificuldades que se enfrentam, os constrangimentos que se procuram contornar, são muitas vezes o estímulo para uma nova abordagem, para uma nova experiência bem sucedida. Como aprendi em inglês: A vida (animal) não planeia, simplesmente procura alternativas para fugir aos constrangimentos e restrições que encontra.

quarta-feira, julho 04, 2012

Amanhem-se!!

Como é que um português-tipo compra carro?
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Paga a pronto? Resposta errada! Recorre a crédito.
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O que aconteceu ao crédito?
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"Portugal teve a maior quebra no crédito ao consumo da Europa em 2011"
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O crédito vai voltar no curto ou médio prazo?
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Não me parece.
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Assim, qual o interesse em atrasar o inevitável? Qual o interesse em esconder a realidade?
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"Sector automóvel pede apoio de 800 milhões para evitar falências"
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Um conselho: Amanhem-se!
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Recordo a frase "A vida não planeia, foge dos constrangimentos!" Estudem a vida da IKEA e, porque foi para a Polónia produzir e, porque teve de recorrer a design próprio.

Para reflexão

Um conselho que muita gente não segue:
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"he best market opportunities are often to be found in the least likely customers. If you want a big profit, go for the marginal users, not the ones all your competitors are chasing as well.
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There is a tendency to focus marketing efforts and budgets on the most attractive segments. Based on my consulting experience, many industries have standard attractiveness segmentation schemes, segment A, B, C ... and the "rest" left over. The A customers typically exhibit strong demand, are relatively insensitive to price, and are easy to serve.
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The moral: if you want to find your Blue Ocean market, don't go where the pickings look richest. Chase the customers no-one wants instead."
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Ser contrarian, optar pelo caminho menos percorrido. 
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Quando a massa segue as luzes, as primeiras páginas, a quantidade, talvez faça sentido olhar com atenção para quem não é servido, para quem está de fora, para quem  não é cool.
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Por exemplo, ainda hoje alguém comentava comigo, com pena, o abandono dos doces da gastronomia tradicional. Respondi que não, pelo contrário, a escassez valoriza progressivamente essa oferta. Mais tarde ou mais cedo o mercado da saudade vai funcionar.

Trecho retirado de "Marginal Market Opportunities"

"Move up, move up, move up" (parte II)

Parte I.
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Agradável perceber que a evolução continua e está a ser positiva:
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"Fábrica de cabos para plataformas petrolíferas gera 50 empregos em Viana do Castelo"

Empresas concentradas em nichos mundiais (parte II)

Recordar a parte I e "O fim da barreira geográfica".
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A propósito da leitura de "Frato faz o seu primeiro milhão sem vender em português":
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"competem no "segmento mais alto que pode existir" com marcas globais como a Fendi Casa, Armani Casa ou Ralph Lauren Home." (Moi ici: Escolher um mercado, um nicho sofisticado onde se pode fazer uma diferença. Fugir do mercado do preço mais baixo e da guerra do volume e da escala)
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"A empresa assume que "todos os países terão um nicho de mercado interessante", o que explica a "dispersão de risco" por mercados e clientes. O melhor comprador não representa mais de 10% das vendas." (Moi ici: A lição das Mittelstand. Escolhido o nicho, ir pelo mundo fora à procura de clientes que se incluam nele)
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"Porque optaram pela produção integral em Portugal?
Nem sequer equacionámos o Oriente. Estarmos e produzirmos em Portugal é uma vantagem estratégica muito grande. Portugal produz muito bem a nível de mobiliário e de estofo, há maior flexibilidade - não temos um sofá de tamanho específico, se o cliente quiser um de 2,62 metros nós fazemos para uma unidade - e os produtores estão aptos a produzir pequenas séries, o que enquadra bem no 'luxury'. A dificuldade maior é elevar o padrão de qualidade para aquilo que é o "standard" da Frato. Demora algum tempo, mas consegue-se." (Moi ici: Proximidade, flexibilidade, rapidez, interacção, fugir do modelo IKEA)
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"4. TRAVAR CRESCIMENTO PARA SER SUSTENTADO
Um passo de cada vez. Prefere não carregar muito no acelerador e admite estar a ser "um pouco passivo no desenvolvimento de contactos". Por estar "no limite" e porque obrigaria a formar novas equipas de produção e "staff" para o acompanhamento." (Moi ici: Faz lembrar Collins e Hansen em "Great by Choice". Um crescimento sustentado é um crescimento disciplinado que "1. It builds confidence in your ability to perform well in adverse circumstances. 2. It reduces the likelihood of catastrophe when you’re hit by turbulent disruption. 3. It helps you exert self-control in an out-of-control environment." O mesmo Collins em "How the Mighty Fall" escreveu que a segunda etapa das empresas que se afundam é "Undisciplined Pursuit of More")
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É mais um dos girassóis que escrevemos aqui.

Mais umas pinceladas sobre Mongo

"How Open Source Hardware Is Driving the 3D-Printing Industry":
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"Making it easier, faster and cheaper to produce physical objects could fundamentally shift the manufacturing paradigm. As 3D printing, powered by Arduino and other open source technologies, becomes more prevalent, economies of scale become much less of a problem. A 3D printer can print a few devices - or thousands - without significant retooling, pushing upfront costs to near-zero.
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This is what The Economist calls the “Third Industrial Revolution,” where devices and things can be made in smaller, cleaner factories with far less overhead and - significantly - less labor."
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“Offshore production is increasingly moving back to rich countries not because Chinese wages are rising, but because companies now want to be closer to their customers so that they can respond more quickly to changes in demand.”
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"Manufacturer Quirky finds China not always cheapest":
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"Kaufman has been contracting with Chinese factories since 2005, when he started his first company making iPod accessories. Back then, Chinese manufacturers "fought hard" for his business, but they have since grown "cocky," he says."
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Sinais reveladores

Ontem de manhã reli este texto "Finalmente, uma nova sociedade".
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Ao princípio da tarde, li este texto "França precisa de 33 mil milhões de euros para cumprir défice em 2013".
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À noite, durante o jogging, ouvi o final do quarto capítulo de "How the Mighty Fall" de Jim Collins onde se encontra:
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O que acontece na quarta etapa da queda de uma empresa grande:
"A SERIES OF SILVER BULLETS: There is a tendency to make dramatic, big moves, such as a "game changing" acquisition or a discontinuous leap into a new strategy or an exciting innovation, in an attempt to quickly catalyze a breakthrough and then to do it again and again, lurching about from program to program, goal to goal, strategy to strategy, in a pattern of chronic inconsistency.
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GRASPING FOR A LEADER·AS·SAVIOR: The board responds to threats and setbacks by searching for a charismatic leader and/or outside savior.
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PANIC AND HASTE: Instead of being calm, deliberate, and disciplined, people exhibit hasty, reactive behavior, bordering on panic.
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RADICAL CHANGE AND "REVOLUTION" WITH FANFARE: The language of "revolution" and "radical" change characterizes the new era: New programs' New cultures! New strategies! Leaders engage in hoopla, spending a lot of energy trying to align and "motivate" people, engaging in buzzwords and taglines."
Bate certo, tudo se encaixa.

terça-feira, julho 03, 2012

Ferramentas para a Produtividade

"Ferramentas para a Produtividade" nome da apresentação que farei na sede do CTCP em S. João da Madeira no próximo dia 11 de Julho de tarde.

Programa completo aqui.

E a sua?

"Some [executivos, gestores, gerentes, ...] find it extremely difficult to identify why their companies exist. Accustomed to describing their businesses by the industries they’re in or the products they make, they can’t articulate the specific needs their businesses fill, or the unique points that distinguish them from competitors on anything beyond a superficial level. Nor have they spent much time thinking concretely about where they want their companies to be in ten years and the forces, internal and external, that will get them there.
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If leaders aren’t clear about this, imagine the confusion in their businesses three or four levels lower. Yet, people throughout a business - in marketing, production, service, as well as near the top of the organization - must make decisions every day that could and should be based on some shared sense of what the company is trying to be and do. If they disagree about that, or simply don’t understand it, how can they make consistent decisions that move the company forward? Similarly, how can leaders expect customers, providers of capital, or other stakeholders to understand what is really important about their companies if they themselves can’t identify it? This is truly basic - there is no way a business can thrive until these questions are answered."
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E na sua empresa?
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Qual a sua razão de ser? Por que existe?
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Não, a sua empresa não produz produtos nem presta serviços, isso são instrumentos. Que experiências produz na vida dos seus clientes?
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A minha, ajuda PMEs a fazerem batota, a aproveitarem e abusarem da concorrência imperfeita. E a sua?
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Não está na altura de reflectir sobre esse porquê?




Trecho retirado de "The Strategist - Be the Leader Your Business Needs" de  Cynthia A. Montgomery.

Abordar o panorama de forma diferente

Eis um dos motivos porque cada vez mais os modelos de negócio que duraram gerações estão a dar lugar a novas experiências:
"The first step in articulating a financial model is describing a company's revenue sources. Who pays? Seems like such a straightforward question. It isn't always. Often the person or intermediary who pays the bill creating revenue isn't the value recipient at all.
...
As consumers, there are often many intermediaries between us and the company or organization responsible for value creation. (Moi ici: Claro que esta interpretação do "value creation" não é a que sigo como a melhor para perceber a realidade, prefiro a service-dominant logic e a co-criação de valor pelo utilizador, mas adiante) When we buy clothing or food from the local boutique or supermarket, revenue is produced supporting the business model of the retailer. When the retailer replenishes its inventory it produces revenue supporting the business model of a local distributor. And when the distributor replenishes its inventory or agrees to stock the merchandise from the fashion designer or farmer, it produces revenue to support their respective business models."
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Quando Storbacka escreve sobre o "scripting markets" ou sobre "markets as configurations" pensa num actor que decide abordar o panorama de forma diferente. Em vez de considerar relações diádicas (entre a empresa e os seus clientes, e a empresa e os seus fornecedores), alguém que equaciona um modelo de negócio que consiga conjugar o interesse de vários intervenientes, desenvolver uma rede de sinergias entre actores que operam num mesmo ecossistema da procura.
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Em vez de se concentrar apenas nos seus contactos directos, não fará sentido a sua empresa olhar para o filme todo e alinhar toda uma cadeia de intervenientes? Criando uma vantagem, uma relação ganhar-ganhar para todos eles?

"The future is local"

Dá-me um gozo especial escrever sobre um tema que aterrou neste blogue em Novembro de 2007 com "Esquizofrenia?" e em Julho de 2008 com "Um mundo de oportunidades".
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O tema é a "proximidade", aquela que já considerei a nossa mais importante vantagem competitiva em Mongo (um mundo de rapidez, de diferenciação, de diversidade, de pequenas séries, de pequenos lotes, de co-produção, de interacção, de co-criação), por exemplo em "A vantagem de estar a 2 dias de Berlim".
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Dois exemplos, o comércio de proximidade no têxtil e calçado em "Producción de moda en proximidad: ¿Qué y cuánto se fabrica hoy en España?" e na agricultura "Small Farmers Creating a New Business Model as Agriculture Goes Local":
"But beyond the familiar mantras about nutrition or reduced fossil fuel use, the movement toward local food is creating a vibrant new economic laboratory for American agriculture. The result, with its growing army of small-scale local farmers, is as much about dollars as dinner: a reworking of old models about how food gets sold and farms get financed, and who gets dirt under their fingernails doing the work."