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sábado, fevereiro 17, 2018

Não morro de amores por Ferraz da Costa, mas ...

Quem segue este blogue há algum tempo sabe que não morro de amores por Ferraz da Costa. Por exemplo:
Ferraz da Costa tem uma experiência empresarial baseada numa estratégia, a do preço mais baixo, que não é viável para a PME-tipo que pretende exportar. Tem também um problema de falta de criatividade, pensa como a Sandy. Por isso, especulo, tem um problema com as empresas que vão ganhar Mongo, as criativas, flexíveis e pequenas, tipo célula da Al Qaeda.

Nesta entrevista "As pessoas não querem trabalhar, as empresas não conseguem contratar" comete um erro habitual nele (às vezes julgo que é deliberado), usa uma linguagem violenta e, por isso, parte do conteúdo com valor perde-se no ruído da polémica.

Considerando o muito que me separa de Ferraz da Costa sinto que ele aflora algo que vai ser cada vez menos sorrateiro:
  • a falta de mão de obra (demografia oblige)
  • a incapacidade das chefias intermédias motivarem os trabalhadores mais novos
Cada vez mais encontro empresários a dar conta do dilema de terem chefias intermédias que só sabem comandar pela força, pelo posto, pelo poder e isso não funciona com a geração mais nova. O que vão fazer com essas chefias?

Cada vez mais encontro empresários a dar conta do dinheiro não chegar para motivar as gerações mais novas.

Acrescento ainda, os políticos de todas as cores falam da formação de caneta e papel como o futuro, mas a economia está a precisar é de outro tipo de trabalhador. É a vida!

Acrescento mais ainda, a indústria tem de aprender a investir na atracção das pessoas mudando o discurso, falando das possibilidades e reconhecendo o lado negro do discurso de mendigar apoios e subsídios.

BTW, gostava de ver uma investigação sobre o Forum para a Competitividade. Quem o financia? Como é possível que uma economia dinâmica tenha um dinossauro à frente de uma organização como esta.

domingo, fevereiro 21, 2016

Aprenda a duvidar dos media (parte VIII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VI e parte VIII.
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Ao longo dos anos Pedro Ferraz da Costa tem sido muito citado e criticado aqui no blogue. Não por ser empresário, qualquer pessoa que resolve empreender neste país de economia socialista é merecedora de elogios, mas por ser presidente do Forum para a Competitividade. Aqui encontram referência aos estatutos e missão do Forum para a Competitividade:
"O Forum para a Competitividade, assume-se como uma Instituição activa na promoção do aumento da competitividade de Portugal"
E o que é que ao longo dos anos o presidente do Forum para a Competitividade diz e escreve?
Depois, para quem segue este blogue, para quem acredita que estaremos realmente a caminho de uma realidade económica a que aqui apelidamos de Mongo, em que as pessoas não querem ser tratadas como plankton, o que dizer de coisas como esta proferidas como Ferraz da Costa:
"Ferraz da Costa adverte que o excesso de pequenas empresas no tecido industrial "trava o crescimento" e os resultados dos incentivos "seriam potenciados se aplicados em médias empresas, com outra escala e organização"."
Imaginem o gozo que me deu em 2012 quando escrevi "Não causa surpresa que fiquem surpresos"
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Esta série já tem números mais do que suficientes, apresentados em episódios anteriores, a demonstrar o falhanço completo das previsões e do modelo mental do presidente do Forum para a Competitividade. BTW, para que serve o Forum? Quem o paga? 

PS: Não resisti a mais esta maldade. Um país que nos últimos 10 anos aumentou mais as suas exportações que a Alemanha e o presidente do Forum para a Competitividade em 2013 dizia "Ferraz da Costa: Degradação da competitividade externa é o principal problema da economia portuguesa"

O próximo guru a ser desmentido será ... Luís "atirem dinheiro para cima dos problemas" Delgado.

quarta-feira, setembro 24, 2014

Não tinha uma mensagem mais interessante?

Ao longo dos anos tendo acompanhado com alguma estupefacção e desconforto as actividades e manifestações do chamado Fórum para a Competitividade. Recordar "Não causa surpresa que fiquem surpresos":

Hoje, percebi que o governador do Banco de Portugal terminou ontem um seminário organizado pelo Fórum para a Competitividade com esta intervenção "Carlos Costa defende pré-reforma para trabalhadores com baixa produtividade". Uma intervenção ao nível desta outra, "Pregar o Evangelho do Valor a pagãos...ou O jogo do gato e do rato (parte IX)".
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O governador do Banco de Portugal acredita mesmo que isto é um problema endémico em Portugal?
"“Seria necessário pensar (…) em como encontrar formas adequadas de ‘pré-pensionamento’ destes trabalhadores que, por razões ligadas à sua formação, à sua longa história de trabalho e até por razões ligadas à própria inadequação às novas condições [de trabalho], hoje frequentam sobretudo centros de saúde para obter licenças médicas e outros mecanismos de ausência temporária”, afirmou o governador."
Não tinha uma mensagem mais interessante, mais relevante neste momento para aquela audiência?

terça-feira, setembro 24, 2013

O conselho!

Mais um excelente trecho retirado de "The Three Rules":
"The prevalence of revenue-driven profitability among exceptional companies is perhaps most significant for what it says about how best to use ROA as a guide to strategie action.
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As we explored briefly in chapter 1, since ROA is a ratio, there is no mathematieal difference when ROA is inereased by adjusting any of its constituent elements. Raise price or volume, reduce costs or assets ... the arithmetic cannot tell the difference. (Moi ici: Advinhem qual a interpretação dos teóricos da tríade, desconhecedores da relações amorosas e crentes monoteístas no Excel)
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But in practice there seems to he a very real difference. Miracle Workers are not wastrels, but they do not rely ou cost leadership to drive their performance. Both in our population of exceptional companies and in our sample, Miracle Worker status is a consequence of gross margin advantage driven hy higher price or volume—and as often as not enabled by higher costs and frequently assets. ln other words, exceptional profitability demands, beyond a point, making trade-offs, accepting higher costs as the price of being truly exceptional. Driving profitability from merely good to truly great by reducing either costs or assets is not something we see, as an entirely empirical matter, to be the most likely route to Miracle Worker performance."
Um conselho sempre presente neste blogue.
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Li este trecho a caminhar para casa, depois de deixar o carro na revisão e, pensei nas "guerras" que às vezes é preciso ter nas empresas, para conseguir passar esta mensagem... a competição pelo custo está tão entranhada... e eu não tenho o tempo de antena da tríade, sempre a martelarem a mensagem da competição pelo custo... e como sublinhei há dias, com base em Gary Klein, uma mentira muitas vezes repetida passa a ser a verdade oficial, mesmo perante evidências que sustentam o contrário... é um combate desigual.

quarta-feira, maio 22, 2013

Se calhar há mais qualquer coisa


Nas últimas semanas os jornais divulgaram os seguintes sintomas:

  • O calçado em 2012 teve o melhor ano de sempre e, o primeiro trimestre de 2013 está 6% acima;
  • Têxtil em 2012 voltou a crescer e a exportar ao nível de 2006 com cerca de 60% das empresas de então;
  • O mobiliário teve em 2012 o melhor ano de sempre e, o primeiro semestre de 2013 está cerca de 6% acima;
  • A agricultura cresceu em 2012 a dois dígitos;
  • A metalomecânica teve em 2012 o melhor ano de sempre;
  • A vitivinicultura teve em 2012 o melhor ano de sempre;
  • A floricultura teve em 2012 o melhor ano de sempre;

Entretanto, os que acreditam que a produtividade e a competitividade aumentam à custa de boleias dada pelo Estado continuam a sua campanha “Ferraz da Costa: Degradação da competitividade externa é o principal problema da economia portuguesa”.
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Um mapa não é a realidade, um mapa é uma ferramenta que tenta ajudar a descrever a realidade. É certo que a queda continuada desde 2000 é um sinal preocupante, mas se calhar há mais qualquer coisa que o índice não apanha.

terça-feira, julho 10, 2012

Não causa surpresa que fiquem surpresos

Ontem de manhã, antes de apanhar o comboio, fiz a minha habitual leitura rápida dos títulos dos jornais. Ao chegar ao jornal i senti curiosidade em ler na íntegra este artigo "Pedro Ferraz da Costa. “Ministros não ouvem e não respondem”.
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A certa altura encontro:
"O Fórum [da Competitividade] considera uma surpresa o aumento das exportações, o que denota que existe, apesar de tudo, muitas empresas que vêem soluções e que trabalham afincadamente para as atingir."
Sorri com indulgência, percebi logo o porquê da surpresa.
Quem segue este blogue sabe, basta pesquisar os marcadores "Fórum para a Competitividade" e "Ferraz da Costa", qual é o modelo mental seguido por esse empresário. Logo, a sua surpresa não é surpresa.
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Durante a viagem de comboio, fechei o livro que tentava ler com atenção e perguntei-me, por que é que um adulto naquela posição, mostrava surpresa? Por que é que tem o seu locus de controlo no exterior? Por que é que só conhece o preço/custo como variável capaz de seduzir clientes?
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Foi nessa altura que a minha mente voou para o que ouvi durante a sessão de jogging de Domingo à noite em "Predictably Irrational":
"This general procedure is called priming, and the unscrambling task is used to get participants to think about a particular topic—without direct instructions to do so."
Priming... algo que quando li "Thinking, Fast and Slow" de Daniel Kahneman me meteu medo, por causa das possibilidades de manipulação que permite:
"you must accept the alien idea that your actions and your emotions can be primed by events of which you are not even aware."
Que idade é que têm estes senhores mencionados na entrevista? Com que idade frequentaram a universidade? Em que anos frequentaram a universidade?  Qual era o pensamento dominante na altura em que frequentaram a universidade, em que frequentaram as primeiras pós-graduações?
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Um nome: Igor Ansoff.
Uma data: 1965
Uma economia: em que a oferta era inferior à procura; taxas de crescimento do PIB pornográficas para os dias de hoje
Uma ferramenta: planeamento estratégico
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Planeamento estratégico - muito, muito planeamento, alocação de recursos, pouca estratégia. Não era crítica, o que interessava era ser eficiente, era reduzir custos, era ...
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É natural que gente educada nesse tempo, apesar de muitas reciclagens, seja presa fácil do priming inicial e, por instinto, só conheça o factor preço/custo/eficiência para seduzir clientes.
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Como é que seriam capazes de explicar o sucesso do calçado, dos têxteis e vestuário, do mobiliário, da metalomecânica, da agricultura inteligente, da... ?
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Não causa surpresa que fiquem surpresos.
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BTW, concordo com muita da crítica que fazem ao contexto em que operam as empresas portuguesas. (Basta pensar na facilidade com que os jornalistas lançam suspeitas sobre as empresas que têm prejuízos anos a fio, quando eles próprios trabalham em empresas jornalísticas que têm prejuízos anos a fio.) No entanto, há que não esquecer o significado deste gráfico:
Em qualquer país, quando nos focamos no desempenho das empresas que fazem parte de um mesmo sector de actividade económica, apesar de sujeitas aos mesmos "custos de contexto" encontramos impressionantes diferenças de rentabilidade... e isso devia fazer pensar um forum para a competitividade.

sexta-feira, julho 06, 2012

Qual o retorno da atenção?

A propósito de "Fórum para a Competitividade diz faltar “quase tudo nas reformas estruturais”, sim, eu sei, o Estado que temos é como um tumor, um parasita burro que está a minar, cada vez mais, a sustentabilidade desta comunidade. Contudo, pergunto: por que é que ao longo dos anos só vejo referido nos media o Fórum para a Competitividade por causa destas coisas?
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Se consultarmos os estatutos do Fórum, no artigo 1º encontramos:
"2. Constitui objecto global do FORUM a promoção do aumento da competitividade de Portugal, através
do estímulo ao desenvolvimento da produtividade nas empresas e...
...
3. Para prossecução dos seus fins, o FORUM poderá:
a) Promover acções de apoio às empresas e associações empresariais, visando a melhoria da
gestão empresarial e estimulando a competitividade entre as mesmas;
b) Realizar colóquios, seminários e conferências em áreas de interesse para o
desenvolvimento empresarial;
c) Recolher, tratar e divulgar a informação com interesse para a actividade empresarial,
nomeadamente no que respeita aos meios financeiros de apoio ao desenvolvimento;
d) Promover acções de formação e informação de gestores empresariais, designadamente na
área das novas tecnologias;
e) Cooperar ou filiar-se em organismos nacionais e internacionais;
f) Criar um secretariado permanente de apoio aos gestores empresariais;
g) Desenvolver todos os esforços no sentido de motivar comparticipações financeiras para o
desenvolvimento da sua actividade empresarial;
h)Promover a racional aplicação e rentabilização dos meios, materiais ou de “know-how”,
postos a sua disposição pelos associados ou por terceiros."
Por que nunca vejo o Fórum mencionado por causa das acções listadas em 3?
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Talvez seja interessante recordar "Creating Competitive Advantage" de Pankaj Ghemawat e Jan Rivkin:
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"Some companies generate far greater profits than others.
...
large differences in economic performance are commonplace. Understanding their roots is crucial for strategists."
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Existem diferenças na rentabilidade entre os vários sectores económicos:
Mas muito mais interessante é a parte que se segue:
"industry averages can mask large differences in economic profit within industries.
...
Indeed, recent research indicates that intra-industry differences in profitability like those shown in Figures ...


 may be larger than differences across industries such as those in [na primeira figura] Industry-level effects appear to account for 10-20% of the variation in business profitability while stable within-industry effects account for 30-45%."
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Por que será?
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Costumo escrever que o recurso mais escasso que os gestores têm é o tempo... o tempo gasto com uma coisa não pode ser gasto noutra... qual o retorno da atenção?
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E a sua empresa?
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Dentro do seu sector de actividade económica, onde é que ela se encaixa? No grupo com rentabilidades superiores ou no grupo com rentabilidades inferiores? Não está a precisar de um pouco de estratégia? Não sofre da doença de querer servir todo o tipo de clientes? Não sofre da doença da falta de alinhamento e da falta de mosaico?


quarta-feira, janeiro 18, 2012

Sem pistas...

Quando oiço o presidente do Fórum para a Competitividade defender que a medida nº 1para aumentar a competitividade é... reduzir salários!
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Quando oiço o director-geral da COTEC diz estas coisas "Daniel Bessa: "Portugal tem que ser um dos países mais baratos":
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"Portugal deve procurar manter a sua mão-de-obra o mais barata possível, de forma a manter-se competitivo no seio da zona euro, defendeu hoje o economista Daniel Bessa."
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Percebo que eles e as suas instituições não têm quaisquer pistas sobre as alternativas...
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E se os líderes destas organizações não têm pistas... para que servem essas organizações?

domingo, novembro 27, 2011

OMG... e vão viver de quê? (parte IX) ou Mt 11, 25

Parte VIII.
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Há tempos ouvi Manuel Caldeira Cabral na televisão, talvez na SICN(?), e a meio da sua intervenção escrevi no twitter qualquer coisa como "Olha, até que enfim que oiço na televisão alguém que dá a entender que conhece o país real das PMEs"
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O país que passa nas TVs e nas rádios é o país lisboeta que não faz ideia da revolução que tem acontecido nas PMEs nortenhas.
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Basta recordar este trecho do Le Monde que inclui neste postal "Act 9, 3-7"
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Reparem neste gráfico:
Em valor absoluto a Irlanda exporta mais do que Portugal, mas reparem na evolução das taxas de crescimento das exportações portuguesas.
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Segundo os números apresentados por Caldeira Cabral, Portugal foi o 3º país da UE a 15 em que as exportações mais cresceram no período 2005-2010:
Not so fast!
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Por favor, voltar a olhar bem para aquele quadro...
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Da próxima vez que ouvir um lisboeta protestar e gritar "OMG... e vão viver de quê?" lembre-se deste quadro, please!!!
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Eheheh, no texto do Le Monde, Carvalho da Silva a dizer que a indústria têxtil acabou... no melhor ano do têxtil na década... esta gente vive agarrada a mitos da infância.
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Caldeira Cabral escreveu esta semana no JdN "Défice externo, empobrecimento e baixa de salários". Alguns recortes:
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"O persistente défice da balança corrente e de capitais é para muitos o sinal inequívoco de que Portugal é uma país sem capacidade competitiva. O contraste com a Alemanha, que apresenta saldos positivos das contas externas é notório. Nesse país, teria sido a política de moderação salarial a tornar a economia mais competitiva.(Moi ici: Interessante este gráfico que se segue, retirado daqui.
Interessante também, por que ajuda a desmistificar a história da moderação salarial alemã, aqueles 6 primeiros países do lado esquerdo é que contaminam as conclusões... reparem quem é que faz companhia à Alemanha do lado direito e do lado esquerdo... isto tem cada vez menos a ver com salários, com custos. Daí apreciar aquele "teria" na frase de Caldeira Cabral)
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Baixar o défice externo português obriga a aumentar as exportações e diminuir as importações, o que para muitos só é possível conseguir baixando os salários e empobrecendo os consumidores portugueses. (Moi ici: E para alguns, cada vez em maior número, isto consegue-se com a saída do euro. Teríamos uma moeda da treta, e matar-se-iam 3 coelhos de uma cajadada: reduziriam-se os custos, empobreceriam-se os consumidores e enganariam-se os tolos com aumentos salariais brutais. Este racional é o dos encalhados que continuam na guerra dos custos quando, hoje, o truque é co-criar valor, não o concentrar tudo na redução de custos)
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Face ao argumento apresentado sobre a evolução da produtividade e salários na Alemanha e em Portugal, seria razoável admitir que o problema de competitividade português está ligado a uma fraca evolução das nossas exportações. Esse foi o caso até 2005. Mas, não nos últimos seis anos.
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Desde 2005, as exportações portuguesas cresceram a um ritmo superior à média europeia. Comparando com os 15 países da União Europeia (pré-alargamento), a performance das exportações portuguesas nos últimos 6 anos é apenas superada pela Alemanha e Holanda. Portugal é o terceiro país com maior crescimento das exportações neste grupo, posição que deve manter se juntarmos os dados de 2011.

(Moi ici: Segue-se uma afirmação muito interessante, por isso, lisboetas, leiam-na bemEsta performance foi conseguida com os salários e a produtividade existentes em Portugal. Foi conseguida num contexto de evolução dos custos unitários de trabalho (CUT) desfavorável face aos outros países europeus – pelo menos entre 2000 e 2008, e de manutenção de forte concorrência de países de baixos salários como a China e a Índia.
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(Moi ici: Os macro-economistas, os paineleiros e os políticos, constituem aquilo a que chamo a tríade, os lisboetas que pululam nos media tradicionais e que transmitem uma imagem de um país sem futuro. Saiam de Lisboa, saiam dos gabinetes, saiam das carpetes e venham ver este país realA melhoria da competitividade portuguesa nos últimos anos deu-se muito pela capacidade das empresas expandirem a produção em novos sectores, reformularem a qualidade da produção dos sectores tradicionais e conseguirem entrar em novos mercados, reagindo à maior concorrência dos países asiáticos com salários muito mais baixos. É bom que não se descure estes factores de competitividade e que se mantenham os esforços de redução de custos de contexto, de simplificação administrativa, ou de apoio à capacitação das empresas para inovarem, para se internacionalizarem, e para melhorarem a produtividade pelo aumento do valor dos produtos e melhoria dos processos de produção (o que reduz os CUT de uma forma mais interessante). (Moi ici: Eheh, esta afirmação parece retirada deste blogue... acho que nunca li num jornal português, espero estar errado, acho que nunca li nun jornal português alguém a falar sobre a magia... sobre a magia de Marn e Rosiello, sobre o poder de alavancagem que o aumento do valor tem sobre a produtividade face aos custos. Histórico!!!)
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É importante reflectir sobre os factores que ajudaram a que as empresas exportadoras portuguesas conseguissem, nos últimos seis anos, voltar a ter uma performance melhor que a dos outros países da UE15. .
Conseguiram-no num contexto em que a evolução dos CUT não foi a mais favorável, conseguiram-no reagindo ao choque do aumento da concorrência asiática e dos países de leste. Conseguiram-no num contexto de uma política activa de simplificação administrativa, e de apoio à inovação e à investigação. Conseguiram-no numa sociedade que se está a tornar mais qualificada e melhor apetrechada tecnologicamente. Conseguiram com apoio à abertura de novos mercados e à orientação das empresas para a exportação. Mas conseguiram-no principalmente por elas próprias, desenvolvendo projectos, arriscando entrar em novos mercados, investindo na modernização de equipamentos e na inovação."
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Mão amiga que embrulhe o artigo de Caldeira Cabral e o faça chegar a Daniel Bessa e Ferreira do Amaral... e já agora, a Vítor Bento, a Medina Carreira, a João Duque, ao dinossauro Ferraz da Costa, ao histérico Daniel Amaral, e muitos outros que não conhecem o Evangelho do Valor, talvez Caldeira Cabral possa ser o seu Ananias.