sábado, agosto 30, 2014

Oferecer experiências, batoteiros ao ataque

Ando a ler esta tese "On Experiences as Economic Offerings".
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A ideia inicial era ler a tese em modo rápido e focar a atenção num ponto ou outro. Contudo, rapidamente fui conquistado e optei por uma leitura lenta. Estes trechos remetem para uns números curiosos:
"The rise of affluence is one important factor for the ongoing transformation towards an increasingly more experientially oriented economy.
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This rise of affluence combined with social and cultural changes has influenced what type of products, economic offerings, are being produced and consumed.
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Recently there has been a growing understanding of the economy as becoming increasingly dematerialized. In western economies 2/3 of the economy is made up of intangible products.
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The other major shift, then, is the move towards experientially orientated consumption. Due to the widespread growth in prosperity combined with falling prices on such necessities as food and clothing, consumers have increasingly been able to afford to change their priorities on what they buy. Experiential consumption is a result of a new market arising due to the large number of consumers who now are able and willing to put money on the table when wanting to have fun and feel good.
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Spending on luxuries and experiential consumption is currently calculated to constitute about 40% of the economy. It is expected to continue its strong growth and should reach the 50% mark by the year 2020.
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From 1958 to 2007 the average yearly spending for a Norwegian household increased threefold. The spending for such necessities as food and clothing has fallen sharply. An average household is today spending 11% on food compared to 40% in 1958. Likewise, 5% is used on clothes and shoes, and that is less than half of what was spent on such items in 1958."
Conciliar isto com, encontrado em poucos minutos no Twitter, sem procurar:
Estou a escrever isto (ontem) em frente a um espaço em Braga que pelos vistos, cobrando 250€ por cabeça, teve o mês de Agosto cheio a proporcionar férias criativas a crianças de férias com pais presos ao trabalho.
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Por outro lado, isto só me leva a crer que o que está por trás de coisas como esta:
É falta de aposta na batota ou, na linguagem de Poulsson, a autora da tese, falhas de execução:
  • na comunicação das Promessas;
  • no esclarecimento das Premissas;
  • no desenho e execução do Processo; e
  • no desenho e execução dos Gatilhos.


sexta-feira, agosto 29, 2014

Acerca da proposta de valor

A propósito de "A proposta de valor são os sapatos de correr?" mão amiga remeteu-me para uma excelente reflexão de Tom Graves, "What is a value-proposition?"

Paciência têm, e retorno?

"Os Estados Unidos da América, o maior importador e consumidor de vinho do mundo, é hoje o principal mercado externo da Quintas de Melgaço, empresa vinícola especializada na produção de alvarinho. A empresa iniciou há mais de dez anos as exportações para este mercado, mas só em 2011 é que reforçou a sua ligação comercial aos EUA.
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"Tem sido efectuado um trabalho mais profundo, com uma participação activa no mercado, com presença em feiras e nos certames de vinho mais importantes, o que permitiu estabelecer contactos comerciais que agora estão a dar frutos, revelando-se hoje como o principal mercado de exportação", avança Pedro Soares, administrador da empresa.
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França, Inglaterra, Brasil e Alemanha são os outros principais mercados externos dos vinhos da Quintas de Melgaço. Neste momento, a internacionalização já absorve um investimento de 400 mil euros, diz o administrador. Mas os esforços parecem estar a compensar. No ano passado, a Quintas de Melgaço registou um crescimento de 42,6% nas exportações, totalizando um volume de negócios de 300 mil euros. Este aumento exponencial "deve-se a um trabalho persistente de contínuo investimento nas marcas e nos mercados e a uma visão de longo prazo", justifica."
Ao ler o artigo "Estados Unidos sustentam exportações da Quinta de Melgaço" sublinhei logo esta paciência para trabalhar um mercado. Não sei se é o melhor investimento, não sei qual é o retorno do investimento, dada a capacidade limitada da produção e o custo da oportunidade perdida com outros mercados.

“Tell me something good that happened today.”

Primeiro, ler este trecho:
"When I was growing up, my mom had a ritual. Every night at dinner, despite the real challenges we were facing as a family, she would look around the table at her six kids and say, “Tell me something good that happened today.” As simple as those words are, they changed the energy in the room. Instead of harping on the dysfunction in our home, we were connecting and laughing and acting like a family. Wow Mom, how’d you do that?"
Lembrei-me logo de:
BTW, recordar Seligman:
"Pessimistic prophecies are self-fulfilling."

E voltamos à batota...

"The big shift, you see, is that while stores are ceasing to be vital for the distribution of products they are becoming more profoundly crucial for the distribution of experiences.  The store allows the consumer to engage the brand, its products and its culture in a visceral and emotional way that simply cannot be replicated online. Therefore, as more and more sales are attributed to mobile, social and online channels, the store’s strategic importance has to shift to delivering more powerful, galvanizing experiences that forge love and loyalty. In short, the store is becoming a media experience!  And if executed properly, I would argue that the physical store experience is most powerful form of media a brand has at its disposal.
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Don’t Down-size the Store. Right-size the Experience.
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In short, the era of the store as the primary distribution channel is rapidly coming to an end.  The era of the store as media is upon us."
Trechos retirados de "The Future Of Retail: Experiences Per Square Foot"

Recordar "Acerca da batota".

Bem vindo ao Estranhistão

"There is no more everyone. Instead, there are many pockets of someones."
Em linha com aquela tendência da fragmentação.

Trecho retirado de "The end of everyone"

quinta-feira, agosto 28, 2014

Para reflexão

Combinando:
E, já agora, pensando na demografia europeia que virá:
É natural que os periféricos sejam enganados para pagar a peso de ouro a oportunidade de localizarem a produção de produtos no final do ciclo de vida... remember Gaulois?

Sugestão de investimento

Lembram-se dos governos que sabiam o que era o melhor para a economia? Que sabiam que existiam uns sectores que representavam o passado, porque eram tradicionais, e outros que representavam o futuro, porque eram cools, Lembram-se da Qimonda? Lembram-se de Daniel Bessa? Lembram-se de André Macedo? Lembram-se do que Mira Amaral fez com o relatório Porter?
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"Espanha, Espanha e Espanha!" teria sido uma desgraça ainda maior se tivesse sido levada à letra pelos empresários.
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Ainda hoje li que o calçado no primeiro semestre de 2014, depois de 2013 ter sido o melhor ano de sempre, cresceu mais 12%, li que a exportação de vinho está a correr bem e a de têxteis e mobiliário também.
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Escrevo tudo isto por causa de uma afirmação de Paulo Fonseca António José Seguro:
"O socialista promete, porém, não voltar a aumentar os impostos. "Não vou aumentar nem o IRS nem o IVA e o IRC será mantido na próxima legislatura de acordo com a reforma que foi feita", garantiu Seguro na entrevista ao "Diário Económico", admitindo "alterações na taxa do IVA, de modo a introduzir maior justiça ou maior coerência com a estratégia económica". A ideia é "valorizar alguns sectores em detrimento de outros", explicou."
Isto deixa-me com uma curiosidade, quais serão os sectores a prejudicar, a perseguir, a destruir?
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Deixa-me também com medo, quais serão os sectores a beneficiar, a ajudar, e quanto custarão aos contribuintes?
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Se tivesse de investir, com base no histórico das previsões dos socialistas de todos os partidos, que têm estado nos sucessivos governos, optaria pelos sectores que Paulo Fonseca António José Seguro quer prejudicar.

Acerca do caminho para Mongo (parte II)

Parte I.
"Though it manifests differently in different parts of the economy, fragmentation refers to an increase in the number of smaller entities addressing a diverse range of business and consumer needs. In fragmenting parts of the economy, each entity has a small addressable market, often focused on a niche; minimal investment or backing is needed to enter the market. These small entities proliferate rapidly, and no one controls enough market share to influence the industry. Crucially, this fragmentation is not cyclical or transitory; in these parts of the economy, where businesses compete on specialization, personalization, and customization, “diseconomies of scale” mean that growing larger creates a performance disadvantage. At the same time, certain roles in the economy are increasingly dominated by fewer, but larger, entities. In concentrating parts of the economy, an entity cannot profitably compete without having scale or scope, and their value to fragmented players is predicated on their being leaders in the market.
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Unfortunately, many large companies today don’t yet recognize or understand the
impact of fragmentation in their industries."
Tudo, mas tudo coisas que temos escrito ao longo dos anos aqui no blogue e que contribuem para a caracterização e descrição de Mongo!!!
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Continua.

Acerca da estratégia

Hoje, durante uma reflexão estratégica, não me vou esquecer destas palavras:
"In any business, value is created or destroyed in the market with customers, not in planning sessions or training seminars. Without credible sales input, any strategy runs the risk of dealing with yesterday’s market realities, not today’s. Conversely, daily selling efforts—successful or unsuccessful, smart or stupid—constrain and redirect strategies in often unintended ways. Selling in your firm can’t generate sustained returns if it’s not linked to your strategy."
BTW, mais uma fonte para corroborar as consequências da falta de alinhamento entre estratégia e execução:
"Selling is, by far, the most expensive part of implementation for most firms. Yet, relatively few strategies - some studies indicate less than 10% - carry through to successful execution and, on average, companies deliver only 50-60% of the financial performance that their strategies and sales forecasts promise. That’s a lot of wasted effort and money. Similarly, a recent survey of more than 1,800 executives across industries found that their biggest challenges are ensuring that day-to-day decisions are in line with strategy and allocating resources in a way that supports strategy."

Trechos retirados de "You Can’t Do Strategy Without Input from Sales"

quarta-feira, agosto 27, 2014

Curiosidade do dia

Segunda-feira à noite, durante uma caminhada tive a oportunidade de ver algo que não via há anos:
Conseguem ver aquele pixel claro no meio da noite? (No canto superior direito de um hipotético quadrante inferior esquerdo da foto)
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Há anos que não via a luz de um pirilampo!!!

Vou especular...

A propósito de "Falência leva mais 150 para o desemprego no Vale do Ave", tratando-se de um evento que destoa do panorama global do sector, interrogamos-nos.
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Uma leitura do lead da notícia:
"A unidade têxtil Fillobranca detinha a licença exclusiva da Disney e garantia a produção e distribuição para a Europa de vestuário da "Guerra das Estrelas"."
Fez-me logo especular sobre o que poderá estar por trás deste fenómeno...
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Pedofilia empresarial
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Se alguém conhecer mais informação, agradeço.

A proposta de valor são os sapatos de correr?

Neste postal "The Future of Strategy and Innovation: Computer Aided Design (CAD)" encontrei esta imagem:
(destaques a vermelho feitos por mim)

Então a proposta de valor de uns prestadores de serviços da Nike é "sapatos de correr"?
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Se desenharmos o  ecossistema de procura podemos identificar vários actores: os utilizadores; os prescritores; os donos das prateleiras; ... todos eles querem "sapatos de correr" da Nike?
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IMHO os sapatos de correr da Nike são um instrumento, um avatar, um artefacto para chegar a algo mais importante que cada uma desses actores quer.

O efeito Shark Tank tem algo a ver com...

Ontem à noite vi mais um programa do Shark Tank e, como é costume, fui à internet pesquisar acerca do futuro de alguns dos projectos que mais me interessaram. Um deles foi o da Bon Affair e a pesquisa fez-me chegar a este texto "A Struggling Start-Up Dives Into the ‘Shark Tank’".
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O que me chamou a atenção foi o já conhecido efeito do Shark Tank nas vendas após a emissão:
"In the 24 hours after the show aired, the company posted $40,000 in sales, almost doubling its total for the previous six months."
Neste caso particular, o que a empreendedora fez foi revelar toda a fraqueza do seu estado, o que estava mal, o que tinha corrido mal e porquê... e as pessoas respondem comprando.
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Fiz logo a ligação para "Qual é o verdadeiro produto que a nossa agricultura pode oferecer? (parte IV)"

Dedicado aos caçadores de unicórnios (parte V)

Parte Iparte II, parte III e parte IV.
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Há uns anos, julgo que em pleno ano catastrófico de 2009, depois de um dia de trabalho, tiveram a amabilidade de me levar à estação de caminho de ferro de Vila Nova de Famalicão. Enquanto atravessávamos a cidade, recordo-me perfeitamente de conversar sobre o que víamos na altura.
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As casa estavam de pé, as ruas estavam transitáveis, no entanto, estávamos num cenário de pós-guerra. Em vez de ruínas físicas, nós víamos as ruínas do modelo de negócio do regime. Claro que na altura este tipo de pensamento era tabu, Sócrates ainda teria de disputar e ganhar as eleições legislativas desse ano. Trechos dessa conversa estarão algures enterrados aqui no blogue mas não os consegui encontrar.
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Imaginem agora que em vez de uma guerra numa cidade, se usa a metáfora de um fogo florestal para descrever o colapso de um modelo de negócio de uma sociedade. o que podemos aprender com a biologia?
"after a mature forest burns down, and nothing remains but charred topsoil, there is a standard growth pattern and cycle for the way species repopulate the forest. The first returning species are fast-growing grasses and shrubs. These opportunistic fast growth species provide low groundcover. Next, small softwoods start to fill in, also growing quickly and providing some shade canopy. Finally, the slow-growing hardwood trees begin to reappear, offering significant canopies over decades or centuries.
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[Moi ici: O trecho que se segue é precioso] At each phase of development, different organisms are best suited for the network of available ecological resources. Grasses thrive in the bright light and can withstand harsh, unsheltered conditions, but when hardwoods have grown in, these grasses don’t get enough light to thrive. Hardwood saplings aren’t as hardy and quick growing as shrubs, but once there is some groundcover, they can grow to great heights, achieving long life spans. Life’s early stage strategies don’t make sense as the ecological network matures, and later stage strategies don’t take hold until the local conditions are right. By the same token, economic clusters offer different value-capturing opportunities relative to their life stage."
O que os caçadores de unicórnios na Europa criaram, muitos deles autênticos Quintas-feiras, nas mãos das extractivas elites económico-políticas sem o saberem, foi uma paisagem competitiva adequada a um sistema ecológico maduro, pesado, burocrático... que já não funciona.
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Por que é que não se vêem mais empresas por cá a testar novas oportunidades, a bater com a cabeça na parede, a abrir novas categorias e sectores? Porque é muito penalizante a simples tentativa de fazer o papel de "opportunistic fast growth species provide low groundcover".
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Mas claro, é mais simples dizer que a culpa é da Merkel, ou do euro, ou de quem poupa, ou ...
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Trechos retirados de "The nature of value : how to invest in the adaptive economy" de  Nick Gogerty

terça-feira, agosto 26, 2014

Curiosidade do dia

Na passada segunda-feira, para conciliar o trabalho com as caminhadas matinais, resolvi fazer um percurso a partir das 6h15.
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Uma hora depois, encontro este caramelo:
Julgo que um Lissotriton boscai (tritão).
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Tive de o tirar da estrada senão...

Pricing, pricing e pricing...

Tantas e tantas vezes já escrevemos aqui no blogue sobre o péssimo hábito dos empresários portugueses deixarem dinheiro em cima da mesa.
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Outro tema que costumamos repetir aqui no blogue é o de desmistificar a qualidade de gestão dos empresários portugueses, são humanos como os outros. Os outros cometem o mesmo tipo de erros.
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Este artigo "Pricing for Profits: Three Simple Rules to Price your Product", escrito para empreendedores na área digital, além de dar bons conselhos aplicáveis para as PMEs portuguesas, faz referência a um artigo de 2003, "Pricing new products", com um dado interessante:
"How much should you charge for a new product? Charge too much and it won't sell—a problem that can be fixed relatively easily by reducing the price. Charging too little is far more dangerous: a company not only forgoes significant revenues and profits but also fixes the product's market value position at a low level. And as companies have found time and again, once prices hit the market it is difficult, even impossible, to raise them. In our experience, 80 to 90 percent of all poorly chosen prices are too low.
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Companies consistently undercharge for products despite spending millions or even billions of dollars to develop or acquire them."

E voltam as erecções psicológicas

Pelos vistos as palavras de Draghi estão a provocar erecções psicológicas em muita gente que não aprendeu nada.
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Os Luís "atirem dinheiro para cima dos problemas" Delgado deste mundo salivam logo perante a possibilidade de voltarem à orgia despesista (afinal a orgia continua e continua, bem feito para os tansos que compram bilhetes do tesouro e outras tretas emitidas pelo estado português).
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E recuo a Maio de 2009. E rejeito a postura do amador a jogar bilhar, que só pensa na próxima jogada, e procuro ver as jogadas seguintes. Trecho que se segue retirado de entrevista de Wim Kok, ex-primeiro-ministro holandês, ao Público e publicada a 17 de Maio de 2009:

"As medidas tomadas até agora de estímulo à economia são as mais correctas?
Sim. Não se trata apenas de colocar dinheiro na economia, mas de pensar como vamos pagar as dívidas assim que os mercados começarem a funcionar. Neste aspecto, vejo algumas diferenças na União Europeia. Penso que a Alemanha e os países escandinavos estão mais inclinados a considerar o futuro e a pensar no que devem fazer quando chegar a recuperação. Não quero especificar, mas alguns países põem muito ênfase no "estímulo, estímulo, estímulo" e não conseguem saber se essas medidas vão funcionar quando a economia crescer. E alguns desses países já têm défices elevados.
Como Portugal.
Sim. Penso que é preciso fazer um equilíbrio entre os pacotes de estímulos e as medidas que é preciso tomar depois da crise. Se isso não acontecer, haverá problemas durante muito tempo. Aumentar a dívida não será um problema apenas para o Governo, os cidadão terão de a pagar de uma forma ou de outra."
Condenados a repetirmos-nos:

"fantasmas estatísticos e a miudagem potenciada em grande"

Muitas empresas, em especial as PMEs, porque se consideram demasiado pequenas, o que é verdade, e porque têm poucos recursos, o que também é verdade, olham para o mercado como algo que não podem influenciar, olham para o mercado como uma realidade dada, como uma constante na equação do seu sucesso.
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Fez este mês de Agosto dez anos que, sem o saber na altura, comecei a pôr em causa esse posicionamento mental pessoal, ao desenvolver um trabalho numa PME em que nos armamos em modeladores do mercado. Se um mercado resulta da actuação de actores que trocam ou partilham serviços, relações, símbolos, normas, aspirações, ... talvez seja possível pôr o mercado, pôr a paisagem competitiva ou parte dela, a dançar a um ritmo e com um estilo que seja o mais adequado para a nossa empresa em particular.
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Ontem, no Twitter, alguém escreveu:
"O banco alimentar é provavelmente umas das formas mais ineficientes de ajudar pessoas"
Não tenho informação suficiente quer para corroborar, quer para contestar esta afirmação. Contudo, o primeiro pensamento que me veio à cabeça quando a li foi qualquer coisa como:
"Mas para aquela pessoa concreta X, fez toda a diferença do mundo" 
Fiz este desvio por causa da capacidade de modelar o mercado ao jeito da nossa PME. Quando se fala em modelar o mercado, há empresários que tomam a ideia por absurda pois pensam logo numa alteração com escala, para alterar as estatísticas gerais do sector onde actuam. Uma PME não precisa de mudar o mercado, essa entidade estatística geral, basta-lhe alterar o mercado onde actua, cliente a cliente, relação a relação, troca a troca, interacção a interacção.
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Esta cascata de pensamentos foi gerada pela leitura de "Why Small Businesses Actually Have the Big-Data Advantage". Uma leitura que me fez recordar:

Sim, a história dos fantasmas estatísticos e a miudagem potenciada em grande:

Dedicado aos caçadores de unicórnios (parte IV)

Parte I, parte II e parte III.
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Via Insurgente tive conhecimento deste artigo, "Tanto trabalho, ora bolas", na revista Visão.
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Um exemplo que se encaixa perfeitamente nesta série.
Exame aos dentes? Depilação? Unhas arranjadas? Despiste de diabetes? Enfim... é o liberalismo.
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BTW, no entanto, não conseguem, nem se importam que médicos e enfermeiros não lavem as mãos

Continua