quinta-feira, setembro 28, 2017
Derrubar/baixar barreiras à entrada
Ontem li "En Bretagne, une personne sur trois est surqualifiée pour son job" e foi um festival de pensamentos que emergiram... lembrei-me da caridade, metáfora para os que acreditam que é uma questão de oferta e não de procura.
Lembrei-me da previsão que faço acerca de Mongo e da ascensão/regresso dos artesãos. Lembrei-me que quanto mais as pessoas têm formação menos predispostas estão para empreender. E os artesãos do futuro serão, muitas vezes, gente com formação superior mas capazes de serem fazedores e artistas que interagem com tribos com as quais reforçam laços e co-criam valor.
Lembrei-me das barreiras fiscais que os Estados conluiados com os incumbentes ergueram, mantêm e até reforçam, para reduzir a probabilidade de gente com ideias fora da caixa aparecer e disrupcionar o status-quo.
É preciso derrubar/baixar as barreiras para que mentes livres de modelos mentais do passado arrisquem com mais frequência na criação de experiências de co-criação mais poderosas e que requeiram naturalmente e possam suportar gente com mais formação.
Lembrei-me da previsão que faço acerca de Mongo e da ascensão/regresso dos artesãos. Lembrei-me que quanto mais as pessoas têm formação menos predispostas estão para empreender. E os artesãos do futuro serão, muitas vezes, gente com formação superior mas capazes de serem fazedores e artistas que interagem com tribos com as quais reforçam laços e co-criam valor.
Lembrei-me das barreiras fiscais que os Estados conluiados com os incumbentes ergueram, mantêm e até reforçam, para reduzir a probabilidade de gente com ideias fora da caixa aparecer e disrupcionar o status-quo.
É preciso derrubar/baixar as barreiras para que mentes livres de modelos mentais do passado arrisquem com mais frequência na criação de experiências de co-criação mais poderosas e que requeiram naturalmente e possam suportar gente com mais formação.
DISCOVER ISO 9001:2015 THROUGH PRACTICAL EXAMPLES
Saiu! Pode ser adquirido aqui.
Esta equipa croata foi super exigente mesmo! E ajudou a melhorar a versão final de forma a torná-la mais simples, mais directa e mais útil.
"in the real world WOB often shifts faster than WOM"
E eis que chego ao capítulo final de "Strategy for a Networked World" de Ramírez & Mannervik onde apanho:
E um tweet de Nassim Taleb que vou tentar recuperar:
Só a PAX ROMANA durou pelo menos 300 anos.
BTW, naquela citação lá em cima acrescentaria o WOG - o World of Government que transmite sinais errados para o WOM e aumenta a descolagem entre o WOB e o WOM até à inevitável derrocada.
Já depois de fechar este postal recomecei a leitura de "Reframing Business - When the Map Changes the Landscape" de Richard Normann onde encontrei:
"Our colleague Richard Normann used to differentiate between World of Business (WOB) concerning the organization's interactions with its external context - and World of Management (WOM), or what happens inside the organization. While in an ideal world WOM supports WOB, in the real world WOB often shifts faster than WOM in established companies and in established societal processes, and WOM becomes a prison or obstacle for new WOB possibilities, preventing WOB to develop as fast as one would hope."A primeira coisa que me veio à mente foram os números desta tabela:
E um tweet de Nassim Taleb que vou tentar recuperar:
"The Romans judged their political system by asking not whether it made sense but whether it worked."— NassimNicholasTaleb (@nntaleb) September 5, 2017
The clear minded @holland_tom
Só a PAX ROMANA durou pelo menos 300 anos.
BTW, naquela citação lá em cima acrescentaria o WOG - o World of Government que transmite sinais errados para o WOM e aumenta a descolagem entre o WOB e o WOM até à inevitável derrocada.
Já depois de fechar este postal recomecei a leitura de "Reframing Business - When the Map Changes the Landscape" de Richard Normann onde encontrei:
"As change increasingly comes to characterize the world around us, more often than not the problem is that the dominating ideas reflect a 'reality' of the past, not the 'reality' of the present nor of the future. And sometimes dominating ideas may have been so successful that they are adhered to even though they should really have been abandoned and replaced. Thus, 'the failure of success'. Such misfits between the dominating ideas and an evolving context are often easy to see with hindsight, but we should bear in mind that every reality is open to innumerable interpretations and descriptions, and that in the heat of the moment there are always good reasons for defending many such sets of dominating ideas (as management guru entertainers who sarcastically tell stories about the wrongdoings of managers of earlier eras tend to forget)."
quarta-feira, setembro 27, 2017
Curiosidade do dia
"Secretário de Estado da Saúde: É "um tormento" governar nas actuais circunstâncias"
Eheheh espalham ao vento facilidades e amanhãs que cantam, depois choram porque não conseguem controlar o elefante.
Eheheh espalham ao vento facilidades e amanhãs que cantam, depois choram porque não conseguem controlar o elefante.
A propósito de ver ao longe
Ontem, numa empresa disseram-me:
Esta manhã, no local onde tomei café estava uma cópia desactualizada do JN, dei uma vista de olhos rápida e ainda tirei esta foto:
Vamos esquecer o título porque acredito que se trata de treta simplista, como se fizesse sentido apoiar empresas que tinham a procura insustentável. O que me interessa é o lead:
Se você for ver a idade das pessoas que trabalham aqui na empresa vai descobrir que dentro de 10 anos cerca de 80% delas não vão estar cá. Estarão na reforma.Pensei logo, e onde vão conseguir gente nova para substituir essa geração?
Esta manhã, no local onde tomei café estava uma cópia desactualizada do JN, dei uma vista de olhos rápida e ainda tirei esta foto:
Vamos esquecer o título porque acredito que se trata de treta simplista, como se fizesse sentido apoiar empresas que tinham a procura insustentável. O que me interessa é o lead:
"... o Homem [Moi ici: ehehe, vê-se logo que é um machista heteropatriarcal] é cada vez menos o factor-chave da produção e os empregos serão escassos"Aqui no blogue estamos numa outra onda. A demografia vai ser implacável e a breve trecho vamos ter um choque de falta de mão-de-obra neste país pouco recomendável para quem trabalha, dado o jugo fiscal que vigora. E em Mongo, vão descobrir que o factor-chave de produção será o humano capaz de interagir e co-criar com uma rede de outros humanos. Automatização e robôs terão o seu lugar a produzir o que restar do modelo do século XX e das grandes séries. No entanto, o grosso da economia será baseada em artesãos modernos apoiados por algumas máquinas.
"systems or webs, not as lines or chains"
"Letting go of value as "added" and dropping the view of it arranged along "value chains" has important implications that need to be taken into account for strategists who design configuring offerings as systems of relations, and not as linear ones. ... in a co-creation world, one value manifested in a first interaction would be contingent on how it enables the co-creation of a second value.[Moi ici: O truque que aprendi a usar desde 2004. Para reforçar a co-criação de valor com um cliente, uma PME pode ter de pensar na relação de co-criação de vapor desse cliente com os seus clientes, ou com outros actores com quem interage]
For VCSs operate as systems or webs, not as lines or chains."Quanto mais um actor trouxer para o ecossistema de criação de valor (VCS) outros actores que co-criam valor e tornam as interacções mais ricas e mais densas, mais valor emerge.
Trechos e imagens retiradas de "Strategy for a Networked World" de Ramírez & Mannervik.
A gentrificação de Lisboa vai acelerar (parte II)
Há os que, com as calças na mão, perguntam o que está a acontecer.
Há os que observam muito à frente e dizem: vai acontecer.
Em Outubro de 2015 escrevia, "A gentrificação de Lisboa vai acelerar" e este tweet resumia:
Há os que observam muito à frente e dizem: vai acontecer.
Em Outubro de 2015 escrevia, "A gentrificação de Lisboa vai acelerar" e este tweet resumia:
Agora, estamos quase em Outubro de 2017 e leio "“Estão a mudar-se, e a fazê-lo em massa”. Lisboa é o novo destino dos ‘millennials’, escreve o Independent":Eheh os mesmos q andam em eracção psicológica com a Web Summit em Lx são os mesmos q estão contra a gentrificação de Lx. Definam-se— Carlos P da Cruz (@ccz1) October 6, 2015
"O jornal britânico descreve como freelancers e trabalhadores em áreas digitais, com flexibilidade para trabalhar a partir de qualquer local, estão a transformar Lisboa num hub.O turismo de alojamento local é o alvo fácil em que para alguns é, não só fácil bater, como motivo de cruzada cultural e ideológica. No entanto, há muito mais em curso do que o alojamento local.
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“Bem-vindos à ‘gig’ economia”, escreve o jornal. “Lisboa tem sido a cidade europeia por excelência desde há algum tempo; a nova Barcelona, se quiser”. E enumera as razões: um clima subtropical, o custo de vida baixo, o número de bares e restaurantes e o acesso fácil às praias algarvias.
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Contudo, realça que os millennials não escolhem a capital portuguesa apenas como destino de férias: “Eles estão a mudar-se, e estão a fazê-lo em massa”."
terça-feira, setembro 26, 2017
Curiosidade do dia
A propósito de "Ricardo Reis: “Não vejo razões para estar muito eufórico com crescimento”" este trecho:
Por mim, continuo a conseguir explicar a nova realidade económica com o mesmo argumento do passado: Não é o euro, é a China!!!
Portanto, espero que o PIB continue a crescer nos próximos trimestres, apesar deste governo, à boleia do reshoring massivo que está em curso provocado pela alteração do modelo económico chinês.
Claro que olhando para o panorama europeu...
... é triste termos uma moldura de contexto que nos leva a não aproveitar tanto quanto os outros países do mesmo nível que o nosso.
"O economista Ricardo Reis prefere "não embandeirar em arco" com o desempenho da economia. "Temos de recuperar de um enorme buraco que criámos em 17 anos", explicou."O que dirão os que nos últimos 10 anos culpam o euro de todos os nossos males económicos?
Por mim, continuo a conseguir explicar a nova realidade económica com o mesmo argumento do passado: Não é o euro, é a China!!!
Portanto, espero que o PIB continue a crescer nos próximos trimestres, apesar deste governo, à boleia do reshoring massivo que está em curso provocado pela alteração do modelo económico chinês.
Claro que olhando para o panorama europeu...
... é triste termos uma moldura de contexto que nos leva a não aproveitar tanto quanto os outros países do mesmo nível que o nosso.
"Now we need to be focused on the state of the customer"
"In the Age of the Product, customer service ensured that the product lived up to its specifications. Everything after that was the customer’s responsibility, not the vendor’s. In the Age of the Customer, the bar has been raised. Now it is the outcome that must live up to the customer’s expectations, else it is the vendor who is left holding the bag.Trechos retirados de "From Customer Service to Customer Success: Taking the Next Step"
...
First of all, we still need customer service. Products still break, implementations still go awry, and parts still wear out, and they all need to be attended to. The traditional CRM customer service model is admirably suited to the task. It is organized around a trouble ticket generating a case which is managed through to a resolution with the data captured in a knowledge base to better inform the next case.
...
What this system does not measure well is the customer side of the equation. In a B2C world we call this the customer experience. In a B2B world, the critical variable is the customer outcome. In both cases it is the reason the customer bought the product in the first place. The problem with this variable is that it is, well, so variable. Experiences and outcomes are in the eye of the beholder, and there can be as many as you have beholders—even more if some of your customer tend toward schizophrenia as they so often seem to do.
...
The point is, in the past we were focused on the state of the product. Now we need to be focused on the state of the customer. That means there is market both for programs that can help change state and for systems that can help maintain state."
Experimentar e iterar (parte II)
Parte I.
Com o fim do modelo do século XX e do seu ajuste à realidade:
Trecho inicial retirado de "Strategy For a Networked World" de Ramírez & Mannervik .
Com o fim do modelo do século XX e do seu ajuste à realidade:
"Strategy is considered "contingent" in the sense that its success depends upon obtaining fit between an organization and its environment. It is thus not surprising that notions of the "environment" have a long history in both strategy and scenario work. Successful strategy involves the discovery or generation of new and effective ways for the organization to relate to its environment."É interessante perceber o quanto as organizações mais pequenas são mais rápidas a ajustarem-se a uma nova paisagem competitiva:
- Why neighborhood toy stores are thriving while Toys R Us goes bankrupt
- This 1 Crafty Underdog Could Dethrone Amazon and Whole Foods in the Grocery War--Before It Even Starts
"If Toys R Us is a private-equity horror story (not one for the kids), then mom-and-pop neighborhood toy shops are more like a fairy tale.Recordo logo aquela citação:
...
On a recent weekday afternoon, the store bustled with children. Their parents in tow said they come to the store regularly because they like the carefully curated selection, helpful employees, Lego-building events and the gift wrapping, which can come in handy when you drop in on the way to a birthday party.
...
Throughout the country, experts say, independent toy stores are seeing a revival as parents — and their children — look for unique shopping experiences that stand out at a time when so many of their shopping habits have been reduced to impersonal clicks of a button. While adults may be inclined to compare prices or shop from their living rooms, children would rather take their allowances and birthday money to a store that allows them to play and explore."
"When something is commoditized, an adjacent market becomes valuable"
Trecho inicial retirado de "Strategy For a Networked World" de Ramírez & Mannervik .
Uma terceira vez
Ao aproximar-me do final de "Strategy for a Networked World" de Ramírez & Mannervik já decidi. Vou pôr em stand-by o início da leitura da mais recente aquisição, "Value First then Price: Quantifying value in Business to Business markets from the perspective of both buyers and sellers" e vou ler pela terceira vez (a primeira vez em 2008, a segunda vez em 2012) "Reframing Business: When the Map Changes the Landscape".
Acho que nunca li um mesmo livro técnico 3 vezes.
O prefácio do livro é de Mintzberg o que é engraçado pois é dele a citação que uso tantas vezes:
Espero com a terceira leitura apanhar muito mais e relacionar com mais experiências pessoais e outras leituras feitas entretanto. (Olha, há um tipo que já o leu sete vezes!!!)
Acho que nunca li um mesmo livro técnico 3 vezes.
O prefácio do livro é de Mintzberg o que é engraçado pois é dele a citação que uso tantas vezes:
Nunca é tarde para aprender, às vezes é demasiado cedo.Quando li o livro em 2008 apanhei umas pequenas pérolas. Quando o reli em 2012 apanhei e percebi muitas mais coisas.
Espero com a terceira leitura apanhar muito mais e relacionar com mais experiências pessoais e outras leituras feitas entretanto. (Olha, há um tipo que já o leu sete vezes!!!)
segunda-feira, setembro 25, 2017
Curiosidade do dia
"Demissão irrevogável de Portas foi combinada com Ricardo Salgado para fazer cair o Governo?"
Faz todo o sentido!
Obrigado Passos!
Faz todo o sentido!
Obrigado Passos!
A importância dos indicadores não-financeiros
Para um fã do BSC isto é óbvio:
"Principle 4. Include Nonfinancial TargetsTrechos retirados de "Comp Targets That Work"
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Our final recommendation is to incorporate targets that are not directly related to sales and profits in any CEO performance contract. Although the research we base this article on didn’t explicitly measure the effects of nonfinancial targets, it’s clear that many of them are hard to game. To begin with, it often takes a significant amount of time for the results of decisions related to them to become apparent. Investments in employee training, for example, may not translate into employee productivity for a while. Additionally, many nonfinancial metrics, such as brand, reputation, and sustainability rankings, are set by outside agencies and so are hard for managers to manipulate.
...
Creating a compensation package that adheres to the four guiding principles is not easy for a board. Directors need to debate multiple metrics (financial and nonfinancial alike), align them with the company’s strategy and values, [Moi ici: E relacionar com Bruce Jenner e os salami slicers] calibrate them with the risk appetite of the firm, and select an appropriate peer group to use as benchmarks. But this is ultimately what a board is there to do. If it uses executive compensation packages as a way to reinforce the company’s competitive strategy and manage its risks, so much the better. Not only will it be more effective at communicating the strategy and rationale for top management pay with shareholders but it will also ensure that senior managers execute against the right objectives. Remember: Executives will do their best to hit whatever goals are set. So set targets that work for the corporation."
Experimentar e iterar
"As for remaking its stores, Toys “R” Us is going to try: According to a report in The Wall Street Journal, the company will convert “its remaining locations … to be more experienced-based, incorporating amenities such as in-store play areas,” a gambit to be not just a place where parents can get things for their kids but one where they can entertain them. This move places the store in line with many other retailers in this moment, claiming they are not, in the end, shopping destinations but places to have “experiences”—something Millennials are believed to prefer. As my colleague Joe Pinsker reported last week, retailers from Apple to Starbucks to Nordstrom are pivoting to providing spa services, classes, restaurants and cafes, and so on.Por todo o lado sinais desta evolução no mundo do retalho com a ascensão do comércio electrónico.
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Catering to Millennial parents is not an impossible task, ... Millennials, he argues, will “pay a small premium for exceptionally easy-to-use brands, exceptionally strong brands—brands where they feel like, ‘They get me.’"
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That, of course, is tough to do when working under a giant debt burden and investors who want to see a quicker return. Most Millennial parents just aren’t going to pass on the convenience and prices offered online, even for a brand whose aisles seemed like heaven when they were growing up."
O português-tipo, carregado de locus de controlo externo, quando abalroado pela evolução dos modelos de negócio, resvala para a esmola do papá-Estado como se pressente com a imprensa.
Gente com locus de controlo interno procura alternativas, refaz o mundo onde actua, experimenta e itera.
Trechos retirados de "Toys Aren’t Us"
Desenho de ecossistemas de co-criação de valor
A leitura de "Strategy For a Networked World" de Ramírez & Mannervik fez-me recordar e voltar a este esquema:
Começámos por retratar a situação actual, muito "pobre":
E acabámos numa primeira versão de ecossistema da procura no futuro que pode ser representada por:
A formulação da estratégia começa por equacionar que sistema de co-criação de valor pode ser organizado juntando um conjunto de actores num ecossistema.
"in scenario planning we distinguish between the more immediate business (or "transactional") environment that a strategist influences through their interactions with counterparts (who, from their point of view, are "actors" or "interactors") from the "factors" around these interactors, which remain beyond the strategist's influence - and which constitute and are situated in the broader "contextual" environent.E dei conta que na semana passada fiz exactamente isto numa empresa.
...
by definition, the "contextual environment" is that part of the environment of every organization that it cannot influence; whereas the organization has offerings in relations to all parts of its transactional environment, and therefore can influence it to a smaller or larger degree.
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A new design of a VCS by any one firm (typically carried out with others) can challenge the existing distinction between the individual firm's transactional and contextual environments.
...
probing the boundary between contextual and transactional environments not only helps to surface tacit assumptions about roles and relationships, and to challenge established beliefs about constraints that may no longer be valid
...
This redrawing of the transactional/contextual environment boundary by coming together with actors that remained outside the existing VCS with a new offering that configures a new VCS"
Começámos por retratar a situação actual, muito "pobre":
E acabámos numa primeira versão de ecossistema da procura no futuro que pode ser representada por:
A formulação da estratégia começa por equacionar que sistema de co-criação de valor pode ser organizado juntando um conjunto de actores num ecossistema.
domingo, setembro 24, 2017
Biologia e economia
Cuidado com a eficiência.
Every small company thinks and acts biologically because it lacks the resources to shape its environment through brute force, it lacks the scale to buffer change, and it's constantly thinking about the though odds for a startup to survive.
O veneno do activismo
"we consider scenario planning to be a good approach to support search and research approaches that can be adopted by managers seeking to either test existing VCSs or innovate new VCSs. Existing practices - particularly if they have encountered success for some time - can conceal tacit assumptions about existing and future roles. these assumptions may have made sense in the past but with changed conditions may now appear to be arbitrary demarcations between "what is (or can be) ours" and "what cannot be". Obsolete assumptions that remain unsurfaced and unquestioned may render potentially valuable strategic configurations difficult to explore."Enquanto lia isto veio-me à mente Nassim Taleb: "Stressors are information" e uma notícia da manhã, "Vinho da Madeira: Excesso de produção leva Governo a comprar uvas a baixo preço".
Quando o activismo governamental mascara os sinais de stress, distorce a realidade e está a minar a realização de transições de modelo de negócio por alguns ao longo do tempo. O activismo cria uma espécie de reserva onde as premissas tornadas obsoletas no mundo real continuam válidas. Como o mundo real continua a evoluir, o gap entre a realidade real e a realidade distorcida da reserva continua a crescer até que algures, o activismo do governo deixa de ser capaz de suportar a reserva e a barragem rebenta obrigando muita gente a um choque brutal para o qual não estavam preparadas.
No Douro, o vinho DOP, as marcas e o enoturismo conjugaram-se com o vinho do Porto para criar um ecossistema muito mais estável e atraente. Até que ponto esta intervenção governamental na Madeira não impede a evolução do ecossistema da vitivinicultura da Madeira para uma nova realidade onde o vinho da Madeira se conjugue com outras formas de transformação das uvas da região em vinho com marca e DOP?
Trecho retirado de "Strategy in a Networked World" de Ramírez & Mannervik.
Para reflexão
"we humans, when thinking about risk, need to develop policies that take into consideration our inherent cognitive limitations.Trechos retirados de "Why You’re Not Prepared For Disasters (And What To Do About It)"
...
Most modern approaches to risk management start by analyzing the objective likelihood and consequences of risks faced by individuals or communities, then design measures that could mitigate these risks—and hope people choose to implement them.
...
But since people often don’t adopt these measures, we argue, effective risk management has to proceed in the reverse order, starting with an understanding of why people may not choose to adopt risk-reduction measures and then designing approaches that work with, rather than against, our natural biases."
sábado, setembro 23, 2017
O top-down é uma doença
Quinta-feira à noite enquanto conduzia ouvia este artigo, "O palavrão que vai trazer o futuro às empresas já" e não consegui chegar ao fim horrorizado com o grau de visão top-down tão ao estilo de o Grande Planeador.
Primeiro, o benchmarking com a Alemanha. Portugal não é a Alemanha! O que funciona na Alemanha provavelmente não será adequado para a realidade portuguesa.
Segundo, as empresas não devem mergulhar na Indústria 4.0 só porque está na moda ou há dinheiro público para torrar. As empresas têm ambições, as empresas têm desafios, as empresas têm problemas e constrangimentos e, a Indústria 4.0 pode ajudar quando surgir como uma resposta a desafios/problemas concretos não como algo de intrinsecamente bom independentemente das empresas e da sua orientação estratégica.
A melhoria não começa porque alguém resolve planear uma melhoria, esqueçam o velho PDCA (Plan-Do-Check-Act). A melhoria começam quando se compara o real com o desejado e se resolve mudar (CAPD) (Check-Act-Plan-Do). Recordo Scott Berkun:
Primeiro, o benchmarking com a Alemanha. Portugal não é a Alemanha! O que funciona na Alemanha provavelmente não será adequado para a realidade portuguesa.
Segundo, as empresas não devem mergulhar na Indústria 4.0 só porque está na moda ou há dinheiro público para torrar. As empresas têm ambições, as empresas têm desafios, as empresas têm problemas e constrangimentos e, a Indústria 4.0 pode ajudar quando surgir como uma resposta a desafios/problemas concretos não como algo de intrinsecamente bom independentemente das empresas e da sua orientação estratégica.
A melhoria não começa porque alguém resolve planear uma melhoria, esqueçam o velho PDCA (Plan-Do-Check-Act). A melhoria começam quando se compara o real com o desejado e se resolve mudar (CAPD) (Check-Act-Plan-Do). Recordo Scott Berkun:
"We didn't need a Department of Innovation to achieve the greatest technological achievement in human history: putting a man on the moon. We did create NASA, but its goal was not the vague and distracting mandate to "promote innovation", but to solve a specific set of problems, problems so hard that they demanded a huge amount of innovation."Ou "For Successful Social Innovation, Start With The Problem, Not The Solution":
- "Start with the problem, not the solution. If you start with a solution, it may not actually solve the problem.
- Identify the “binding constraint” that is causing the problem. Be careful of coming up with a solution that doesn’t actually remove that constraint.
- Work with the user. We think we know what is best, but then we get it wrong. Listen to them and co-create a solution."
Visão sem acção não é mais que fantasia
Sinto que provavelmente padeço desta doença:
Para quem tem um martelo, ou sabe usar um martelo, todos os problemas são pregos.
Ao assistir a uma tertúlia/debate ouvem-se muitos argumentos, ouvem-se ideias interessantes mas no fim arruma-se a trouxa e a realidade continua na mesma.
Às vezes esses debates descambam para o pensamento de que Portugal é assim desde há não sei quantos séculos e não há volta a dar.
Quando trabalho com empresas, muitas delas PME, os empresários até podem apreciar algum nível de diagnóstico mas querem é acção, querem é mudar a realidade.
Uma PME consegue mudar a realidade?
Sozinha não, mas com a ajuda de um ecossistema e com o critério de sucesso do engenheiro, funciona o suficiente para ser útil, consegue mudar a realidade que lhe interessa ou onde está inserida.
Por isso, ao voltar a "Strategy for a networked world":
O velho provérbio japonês:
Para quem tem um martelo, ou sabe usar um martelo, todos os problemas são pregos.
Ao assistir a uma tertúlia/debate ouvem-se muitos argumentos, ouvem-se ideias interessantes mas no fim arruma-se a trouxa e a realidade continua na mesma.
Às vezes esses debates descambam para o pensamento de que Portugal é assim desde há não sei quantos séculos e não há volta a dar.
Quando trabalho com empresas, muitas delas PME, os empresários até podem apreciar algum nível de diagnóstico mas querem é acção, querem é mudar a realidade.
Uma PME consegue mudar a realidade?
Sozinha não, mas com a ajuda de um ecossistema e com o critério de sucesso do engenheiro, funciona o suficiente para ser útil, consegue mudar a realidade que lhe interessa ou onde está inserida.
Por isso, ao voltar a "Strategy for a networked world":
"For strategists, it is not only important that the key attention in VCS is the configuring offering (as it sets out the relations or interactions), not the actors; but also that these are designed and enacted over timeComeço a pensar na aplicação da Actor Network Theory para desenhar um sistema (VCS) que junte n actores diferentes numa rede de interacções que se torne auto-sustentável e promova a mudança que queremos ver na realidade.
...
the strategist must have a broad view on who are relevant actors and must explore how they interact. A lesson from Actor Network Theory is moreover that, even though the strategist can aim at orchestrating a VCS, the VCS can never be fully controlled"
O velho provérbio japonês:
"Visão sem acção não é mais que fantasia,acção sem visão é apenas um pesadelo"Sem este salto, um dia acontecerá o "bardamerda tertúlias/debates"
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