sábado, setembro 23, 2017

Visão sem acção não é mais que fantasia

Sinto que provavelmente padeço desta doença:
Para quem tem um martelo, ou sabe usar um martelo, todos os problemas são pregos.

Ao assistir a uma tertúlia/debate ouvem-se muitos argumentos, ouvem-se ideias interessantes mas no fim arruma-se a trouxa e a realidade continua na mesma.

Às vezes esses debates descambam para o pensamento de que Portugal é assim desde há não sei quantos séculos e não há volta a dar.

Quando trabalho com empresas, muitas delas PME, os empresários até podem apreciar algum nível de diagnóstico mas querem é acção, querem é mudar a realidade.

Uma PME consegue mudar a realidade?

Sozinha não, mas com a ajuda de um ecossistema e com o critério de sucesso do engenheiro, funciona o suficiente para ser útil, consegue mudar a realidade que lhe interessa ou onde está inserida.

Por isso, ao voltar a "Strategy for a networked world":
"For strategists, it is not only important that the key attention in VCS is the configuring offering (as it sets out the relations or interactions), not the actors; but also that these are designed and enacted over time
...
the strategist must have a broad view on who are relevant actors and must explore how they interact. A lesson from Actor Network Theory is moreover that, even though the strategist can aim at orchestrating a VCS, the VCS can never be fully controlled" 
Começo a pensar na aplicação da Actor Network Theory para desenhar um sistema (VCS) que junte n actores diferentes numa rede de interacções que se torne auto-sustentável e promova a mudança que queremos ver na realidade.

O velho provérbio japonês:
"Visão sem acção não é mais que fantasia,acção sem visão é apenas um pesadelo"
Sem este salto, um dia acontecerá o "bardamerda tertúlias/debates"

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