Mostrar mensagens com a etiqueta transformative scenario planning. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta transformative scenario planning. Mostrar todas as mensagens

domingo, setembro 24, 2017

O veneno do activismo

"we consider scenario planning to be a good approach to support search and research approaches that can be adopted by managers seeking to either test existing VCSs or innovate new VCSs. Existing practices - particularly if they have encountered success for some time - can conceal tacit assumptions about existing and future roles. these assumptions may have made sense in the past but with changed conditions may now appear to be arbitrary demarcations between "what is (or can be) ours" and "what cannot be". Obsolete assumptions that remain unsurfaced and unquestioned may render potentially valuable strategic configurations difficult to explore."
Enquanto lia isto veio-me à mente Nassim Taleb: "Stressors are information" e uma notícia da manhã, "Vinho da Madeira: Excesso de produção leva Governo a comprar uvas a baixo preço".

Quando o activismo governamental mascara os sinais de stress, distorce a realidade e está a minar a realização de transições de modelo de negócio por alguns ao longo do tempo. O activismo cria uma espécie de reserva onde as premissas tornadas obsoletas no mundo real continuam válidas. Como o mundo real continua a evoluir, o gap entre a realidade real e a realidade distorcida da reserva continua a crescer até que algures, o activismo do governo deixa de ser capaz de suportar a reserva e a barragem rebenta obrigando muita gente a um choque brutal para o qual não estavam preparadas.

No Douro, o vinho DOP, as marcas e o enoturismo conjugaram-se com o vinho do Porto para criar um ecossistema muito mais estável e atraente. Até que ponto esta intervenção governamental na Madeira não impede a evolução do ecossistema da vitivinicultura da Madeira para uma nova realidade onde o vinho da Madeira se conjugue com outras formas de transformação das uvas da região em vinho com marca e DOP?

Trecho retirado de "Strategy in a Networked World" de Ramírez & Mannervik.

sábado, abril 18, 2015

Para reflexão

Quanto mesmo é que as empresas produtoras e distribuidoras de electricidade têm de dívida?
.
Como consumidor, depois de ler "Mapping The End Of Utilities: Where Grid Defection Will Happen Fastest", comecei logo a imaginar futuros governos a criarem algemas e correntes, para impedir que os anónimos façam o que se perspectiva no artigo.
.
Há dias, no Twitter, mandaram-me este artigo "Why Energy Storage is About to Get Big – and Cheap" e seguiu-se a conversa abaixo:
Pois, havendo liberdade, começará lentamente o desenvolvimento de uma função exponencial... recordar os nenúfares no lago, primeiro uma evolução incipiente e, depois, de um dia para o outro, uma revolução.
.
Então, virá, relativamente à rede de distribuição eléctrica, um dilema semelhante a este "Do We Need a Postal Service?"
.
Como é que as empresas que trabalham na fileira da produção e distribuição da energia, se podem preparar para este futuro?

sábado, março 14, 2015

Cenarizar, para não ficar com as calças na mão

Moro em Estarreja.
.
Em Estarreja, para fazer compras diárias para a casa podemos optar por:

  • Minipreço;
  • Lidl;
  • Pingo Doce;
  • Intermarché;
  • Supermercado Couto.
Só no Supermercado Couto é que os sacos plásticos não eram cobrados. 
.
Há muito que adoptei a prática de ter sempre um saco azul do IKEA no carro, para usar nas compras.
.
Portanto, para quem está no sector dos sacos plásticos, se tivesse pensado em cenários acerca do futuro, teria sempre de equacionar como muito forte o que o governo precipitou com a legislação que entrou em vigor há cerca de um mês. Por isso, apesar de não gostar de Moreira da Silva, apesar de detestar que os governos se metam nas relações que decido ter com os meus fornecedores, não posso deixar de pensar que estas empresas andaram a brincar com o fogo, "Fabricantes de sacos plásticos admitem reduzir pessoal".
.
Estava escrito nas estrelas que, mais tarde ou mais cedo, induzido por legislação ou pelos actores económicos que ainda o não praticavam, isto ia acontecer.
.
É fundamental, apesar da azáfama do quotidiano, pelo menos uma vez por ano, parar e pensar. Pensar no que é a paisagem competitiva onde se opera, pensar em cenários hipotéticos, pensar em como se preparar para eles.
.
Como escrevi em 2009:
"Uma PME não pode lutar contra o "causal background", mas pode, ao analisá-lo, aperceber-se de que existem ..."
Ou "Se não se pode mudar o mundo, há que perceber para onde ele vai, para tirar partido"

segunda-feira, abril 29, 2013

Transformative scenario planning

"First, these people see the situation they are in as unacceptable, unstable, or unsustainable. Their situation may have been this way for some time, or it may be becoming this way now, or it may possibly become this way in the future. They may feel frightened or excited or confused. In any event, these people cannot or are not willing to carry on as before, or to adapt to or flee from what is happening. They think that they have no choice but to try to transform their situation.
...
Second, these people cannot transform their situation on their own or by working only with their friends and colleagues. Even if they want to, they are unable to impose or force through a transformation. The larger social-political-economic system (the sector or community or country) within which they and their situation are embedded is too complex - it has too many actors, too many interdependencies, too much unpredictability - to be grasped or shifted by any one person or organization or sector, even one with lots of ideas and resources and authority. These people therefore need to find some way to work together with actors from across the whole system.
...
Third, these people cannot transform their situation directly. The actors who need to work together to make the transformation are too polarized to be able to approach this work head-on. They agree neither on what the solution is nor even on what the problem is. At best, they agree that they face a situation they all find problematic, although in different respects and for different reasons. Any attempt to implement a solution directly would therefore only increase resistance and rigidity.
So the transformation must be approached indirectly, through first building shared understandings, relationships, and intentions.
...
Transformative scenario planning is, then, a way for people to work with complex problematic situations that they want to transform but cannot transform unilaterally or directly. This way of working with the future can be used to deal with such situations at all scales: local, sectoral, regional, national, or global."
O uso de cenários, o uso de histórias, o uso de narrativas sobre futuros alternativos é uma técnica que as empresas podem usar para melhor se prepararem para um futuro imprevisível. Contudo, o transformative scenario planning é diferente:
"The key difference between adaptive and transformative scenario planning is, then, one of purpose. Adaptive scenario planning (Moi ici: Técnica usada pelas empresas. As empresas partem do princípio que não podem mudar o mundo. São cascas de noz no meio do oceano. Assim, tentam perceber para onde vão as correntes, quais podem ser os ventos e marés) uses stories about possible futures to study what could happen, whereas transformative scenario planning assumes that studying the future is insufficient, and so it also uses stories about possible futures to influence what could happen. To achieve these two different purposes, adaptive scenario planning focuses on producing new systemic understandings, whereas transformative scenario planning assumes that new understandings alone are insufficient and so also focuses on producing new cross-system relationships and new system-transforming intentions. And to produce these two different sets of outputs, adaptive scenario planning requires a rigorous process, whereas transformative scenario planning assumes that process alone is insufficient, and so it also requires a whole-system team and a strong container.
Transformative scenario planning enables people to transform their problematic situation through building a strong alliance of actors who deeply understand the situation, one another, and what they need to do."
Ouvindo os políticos da situação e da oposição, parece-me que esta técnica, "transformative scenario planning", seria muito útil para começarem a preparar um futuro que possam influenciar e, de certa forma, voltarem ao leme dos acontecimentos.
.
Trechos retirados de "Transformative Scenario Planning - Working Together to Change the Future" de Adam Kahane