segunda-feira, novembro 01, 2010

Uma das poucas coisas que invejo do futuro que não viverei


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"IN YEARS TO COME, THEY MAY DISCOVER
WHAT THE AIR WE BREATHE AND THE LIFE WE LEAD ARE ALL ABOUT.
BUT IT WON'T BE SOON ENOUGH, (soon enough)
SOON ENOUGH FOR ME.
NO, IT WON'T BE SOON ENOUGH, (it won't be soon enough for me)
SOON ENOUGH FOR ME."
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"Há vestígios de água quente em Marte"
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"Mars volcanic deposit tells of warm and wet environment"

O trapezista (parte II)

Continuado daqui.
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O trapezista bem tenta perceber a realidade em que toca. Contudo, esta está sempre em mudança, a realidade não é, vai sendo.
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Agora imaginem que o trapezista escreve a estratégia para lidar com a ideia da realidade que ele tem na cabeça... ou deveria dizer, vai tendo? Alguns trapezistas, julgo que a maioria, tem uma ideia da realidade e vê a realidade como algo mais permanente e confiável. Outros, sabem que a realidade exibe uma estabilidade ilusória daí que, como diz John Ortner, se encontrem duas perspectivas: "The role of the manager is thought to be reduction of uncertainty rather than the capacity to live creatively in it"
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Escrever é comunicar! Escrever é ser objectivo, é ser claro. O que está escrito num contrato pode ser levado a tribunal se desrespeitado.
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Se bem me lembro, no filme "Encontros Imediatos do 3º grau" a música era o meio de comunicação...
Quando recordo esta música recordo a minha infância feliz, quando oiço esta outra sinto a tristeza que o autor sofria, ou então, esta faz-me pensar na vida feliz do seu autor.
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Quando aprecio uma pintura, o pintor e a sua época comunicam comigo:
Quando vejo uma fotografia o autor comunica comigo.
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Quando oiço uma história, a mente voa e visualizamos a cena, sentimos o cheiro, vemos as cores.
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Todas estas formas de comunicação são diferentes.
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Qual é a que é aceite em tribunal por ser clara, transparente, objectiva, verificável?
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Como descrevemos uma estratégia?
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Com palavras? Com palavras! E como é que o texto se adapta à fluidez da realidade?
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Continua!

Precisamos de um corte de cabelo

E a Alemanha está a preparar as peças no terreno para que isso seja possível sem grande estrilho para o todo da zona euro.
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Vai ser duro mas vai ser um castigo merecido, quer para os serial-lenders, quer para os serial-borrowers. Quem empresta também tem de pagar pela sua irresponsabilidade:

Estamos mesmo a precisar de uma lição!
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Claro, o passo seguinte vai ser a criação de partidos anti-UE. A culpa é sempre dos outros, nunca é da nossa responsabilidade.

Os cultos de hoje

Este artigo "Daniel Sá Nogueira. O novo guru que nos quer mudar a vida" faz-me recordar várias coisas:

  • uma frase que ouvi a minha mãe proferir várias vezes: "Nunca ninguém perdeu dinheiro por subestimar o gosto ou a inteligência dos outros!"
  • como diria Carol Dweck, há muita gente, cada vez mais gente, que foi criada pelos pais e familiares cheias de elogios ao que eram e não ao que conseguiam com esforço. Por isso, é que os jovens licenciados aparecem cada vez mais nas entrevistas para um emprego acompanhados da mãe, por isso, é que cada vez mais se fala da necessidade de criar incentivos semanais em vez de anuais. Gente perdida, incapaz de orientar a sua vida, gente que se tem em alta-conta mas que desiste à primeira dificuldade por que não foi educada na perseverança, na paciência, no esperar pelos frutos do esforço. Como hoje são adultos e já não têm quem lhes cante o canto da sereia do elogio ao que são que se habituaram a ouvir, procuram um guru que as oriente, que as elogie, que as faça sentirem-se bem com elas próprias. É esta educação que cria este vazio a que Alberoni se refere em "A dificuldade do talento em triunfar". Quantos Pélés, Eusébios e Maradonas existiram? Quantos milhares de jogadores profissionais de futebol existiram? Talento nato é muito, muito, muito raro. O talento nasce do esforço: da auto-motivação, do auto-desenvolvimento e da responsabilidade pessoal. 
  • A gente com mais posses enche o Pavilhão Atlântico, os outros compram as revistas num qualquer quiosque, mas a fome é a mesma:

domingo, outubro 31, 2010

Ide, ide

Primeiro ler o texto de opinião "A força que nos tira do buraco"...
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Depois, a imagem que me vem à mente é esta:
Sim, camponeses... ide à feira da vila fazer negócio. Trocai os vossos produtos por dinheiro.
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Quando regressardes com as vossas bolsas cheias de moedas, nós teremos o prazer de vos aliviar desse peso.
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Ide, ide ...

Recordações

O cheiro a papel de jornal nas páginas de Domingo do "Primeiro de Janeiro" onde o pontuava o colorido das histórias do Príncipe Valente.

O trapezista (parte I)

Imaginemos uma pessoa cega no trapézio.
O trapézio está constantemente a fazer percurso de ir e voltar.
O trapezista, num dos extremos do percurso tem um elefante, animal que nunca viu mas que tem de descrever, por isso procura tocá-lo para perceber como é que é o animal:
 O elefante está sobre uma plataforma que está a girar, por isso, o elefante está sempre em movimento.
No outro dos extremos da viagem, o trapezista tem de fazer uma breve descrição do animal a que os outros chamam elefante.
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Acontece que o trapezista está sempre a tocar em diferentes partes ou ângulos do elefante, por isso, tem de estar sempre a actualizar a descrição do elefante.
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E nada impede que alguém de vez em quando troque o elefante por outro elefante, ou por outro animal.
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O trapezista é o gestor e o animal (elefantes ou outros) é a realidade interna e externa que o rodeia. Não só temos acesso a sucessivos e diferentes ângulos da realidade como a essência dessa realidade de vez em quando sofre grandes mudanças (por exemplo, trocam o elefante por um canguru... BTW, os adeptos da estimulogia acreditam que se sustermos a respiração e aguentarmos, o canguru transformar-se-á num elefante.)
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Formular uma estratégia é conceber um plano de acção coerente com a interpretação da situação real ... só que a realidade está em constante movimento.
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Continua.

Para formadores, professores, apresentadores

A teoria não joga com a prática

A propósito desta apresentação "A Indústria Têxtil e Vestuário Portuguesa no quadro da Regeneração Industrial Europeia" do presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) algumas reflexões.
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Para aqueles que com dolo ou por ignorância passam a mensagem de que durante a primeira década do século XXI os salários alemães baixaram (os ignorantes ignoram o significado do custo unitário do trabalho), aqui vai:
Interessante perceber que o país onde mais cresceram os custos da mão de obra foi ... Portugal (160%).
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Uma das ameaças identificadas é "Falta de atractividade do sector para jovens profissionais, que optam por outras actividades". Pois bem, quando a ATP desata a atacar as importações paquistanesas, que mensagem transmite para os potenciais jovens profissionais? Será que o sector aparece como uma aposta de futuro? Será que competir com o Paquistão é atraente?
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Aqui defendi que o recurso mais escasso que há é o tempo. Quando se gasta o tempo numa coisa, opta-se por não o investir noutra.
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A ATP conclui que o futuro passa por "OBJECTIVO ESTRATÉGICO 2015: Uma Indústria de Excelência, Dirigida a Nichos de Mercado de Alto Valor Acrescentado" e por "Melhor Emprego - Mais Exportações e de Maior Valor Acrescentado" e, no entanto derrete tempo a combater as importações paquistanesas...
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Olhando só para a a conjugação das oportunidades e pontos fortes do sector:
Fica claro que o futuro são nichos, é valor acrescentado, é flexibilidade, é proximidade, é inovação... não é o passado... Para isso não são precisas empresas grandes (já que a "Reduzida dimensão das empresas" é vista como uma fraqueza... David combateu Golias, há que apreciar a história e recordar Sun-Tsu "Combater no terreno que nos é mais favorável)
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Uma das fraquezas do sector que é referida na apresentação é "Baixa produtividade da mão-de-obra"... o que é que isto quer dizer? Treta... a produtividade é sobretudo função do valor do que se produz, e quem faz essa opção é a gestão, não os operários (ver Rosiello). Esta é, para mim, a mais importante descoberta que uma empresa pode fazer acerca da sua capacidade de aumentar a produtividade.
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A ATP tem uma mensagem nos papéis que não conjuga e converge com a prática e o discurso. Isso significa falta de orientação? Falta de coragem? ... É o mesmo problema que afectou Barroso que não avançou com o prometido choque fiscal...

sábado, outubro 30, 2010

Os megafones ignorantes

O mundo Euro-Americano-Japonês está em recessão, mas a América Latina e a Ásia estão em expansão.
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Todos os dias, na China, compram-se 46500 novos carros...
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Eu sei que isso é muito lá longe, mas será que isso não influencia isto?
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"A especulação bolsista é a única explicação que encontra para aumentos tão drásticos do preço das matérias-primas em tempo de recessão. "É ilógico", diz." Trecho retirado daqui.
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Aliás o DN tem uma sequência interessante:

Nos quatro artigos pressinto o mesmo problema nacional... encontrar um culpado: os mercados, os especuladores. O problema está sempre nos outros, está sempre fora de nós... até parece que a alta de preços só afecta os fabricantes portugueses...
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Ontem, no livro de Scott McKain "The Collapse of Distinction, sublinhei: "When customers perceive that times are tight, they naturally want to spend their money where they receive the highest degree of value... Now is the time to stand out... If your customers cannot differentiate you, then they will fall back upon the point where they can always discover a distinction - price. Price is the single worst point of differentiation for any organization in any industry."
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Basta recordar estas duas figuras que criei para este postal "Bottom-up vs Top-down":
e esta que compara diferentes empresas:
Acham mesmo que para este nível de preços do par de sapatos o preço da matéria-prima é assunto? (BTW, esta é uma empresa que admiro, julgo que única no seu género no país, pessoalmente acho mais atraente o calçado desta marca que também é deles.)
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Passo-me com esta ignorância dos media, são usados e abusados como megafones e ainda julgam que estão a fazer algo de útil.
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A nossa indústria com futuro é a que não se preocupa demasiado com os custos, preocupa-se acima de tudo é com a criação de valor. Anda muita gente a precisar de aprender a encarar os problemas como desafios que nos fazem crescer para termos de os ultrapassar, em vez de muros que nos fazem apoucar e recuar... please leiam Mindset de Dweck!!! Leiam Linchpin de Seth Godin!!! Leiam The Power of Pull de Hagel et al!!! É urgente. É urgente apanhar o comboio de uma nova mentalidade para um mundo novo, um mundo cheio de oportunidades para quem as quiser e souber criar e aproveitar.

Sonho de um optimista ingénuo (parte VI)

Na sequência deste postal "Mais estratégias, mais valor acrescentado, mais nichos, mais diversidade" e deste outro "Qual é a diferença?" mais um prego no caixão das mega-empresas e mega-organizações e no do top-down.
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Este artigo vai na mesma onda: "Why Can't Big Companies Solve Big Problems?":
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"In an increasingly turbulent and interconnected world, the ambiguity that surrounds us is rising to unprecedented levels. And that's a serious problem that our current systems can't handle." (Moi ici: Reminds me of "If everything is under control, you're not fast enough")
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"It turns out that while large companies and organizations are phenomenally good at managing complexity, they're actually quite bad at tackling ambiguity. A complicated problem is like playing a game of chess, an ambiguous problem is like having your in-laws over to dinner for the first time. In the latter situation, it's not the number of variables that kills you. It's what you don't know that you don't know."
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Não consigo deixar de relacionar o destino das mega-empresas, e das empresas que não se diferenciam, e das empresas que apostam na escala para terem eficiência (a Toyota está outra vez em tribunal nos EUA), com o significado da queda da Torre de Babel.
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Quero olhar para o texto do Génesis sobre a Torre de Babel e retirar todas as intenções atribuídas aos homens e a Deus, e ficar só pelos factos ("factos" aqui não é o termo mais correcto, admito)  ...
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"Naquele tempo toda a humanidade falava uma só língua."
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"projectaram levantar um templo com a forma de uma torre altíssima que chegasse até aos céus, qualquer coisa que se tornasse um monumento a si próprios." (Moi ici: "A si próprios" ... "projectaram" ... escala, arrogância, ego... faz lembrar aquelas torres de Lego que se faziam em criança, algures dobram-se sobre si mesmas e caiem por terra, não é intervenção divina, é pura incapacidade estrutural).
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Relaciono filosoficamente este episódio do Génesis com a necessidade e superioridade da diversidade, para fazer face aos altos e baixos dos desafios que se colocam à vida. E como a economia é decorre da biologia...

sexta-feira, outubro 29, 2010

Mais estratégias, mais valor acrescentado, mais nichos, mais diversidade

Ontem, no postal "Qual é a diferença?"escrevi que acredito que a biologia nos pode dar pistas importantes sobre a actuação em economia.
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Não há acasos! Todas as coincidências são significativas!!!
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Pois bem, ao final da tarde dei de caras com alguns textos deste livro "Evolutionary Essays - A Thermodynamic Interpretation of the Evolution" de Sven E. Jørgensen.
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E recordo o que Holland escreveu sobre os Complex Adaptive Systems:
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"A complex adaptive system, CAS, is an evolving, perpectually novel set of interacting agents where
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• There is no universal competitor or optimum
• There is great diversity, as in a tropical forest, with many niches occupied by different kinds of agents
• Innovation is a regular feature – equilibrium is rare and temporary
• Anticipations change the course of the system."
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Há poucas horas, no Twitter, John Ortner escreveu:
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"#complexity is movement toward a future that is under perpetual construction by the movment itself. Strategic meaning arises in the present!"; "#complexity theory advocates the relationship between emergence and self-organisation and how it can re-create a new reality" e "#complexity theory: self-organisation, rather than being marginal, must be the primal ground of all reality!".
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Não há destinos inevitáveis, não há fados inexoráveis: o futuro constrói-se!
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Em vez de imaginar um futuro governado por mega-empresas que tudo controlam e tudo ocupam... diversidade, variedade, Mongo rules!!! (About Mongo, the explanation): o triunfo dos pequenos, dos rápidos, dos diferentes, dos que ouvem, dos flexíveis, dos conhecidos, dos próximos, dos amigos, das relações humanas!!!
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No livro de Jørgensen fui atraído por algumas figuras e trechos acerca do papel da diversidade. Para mim, diversidade na economia significa opção por estratégias de valor acrescentado, opção por nichos, opção pela situação descrita por Holland:
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"The more different species, the better is the possibility to build a larger, more effective and better organized ecological network. (Moi ici: O que contraria todas as abordagens top-down. O que contraria todos os Grandes Planeadores e Geometras. O que desmascara o perigo que sempre representou a afirmação "Espanha! Espanha! Espanha!" Precisamos de ecossistemas de agentes e de estratégias. A diversidade é fundamental. Por exemplo, cada vez me convenço mais, que a indústria automóvel, por causa das guerras de eficiência, tem já as suas cadeias de valor a serem afectadas por diversos tumores resultantes da falta de variedade... todos os meses mais uma marca é obrigada a recolher milhões de veículos. É a mensagem da Torre de Babel.....................eu escrevi isto, eu usei esta metáfora mas só agora é que ela me acordou a sério!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Uau!!!!!!!!!!!!!  ) It is therefore important, before the evolution of ecological networks is scrutinized, to examine how the diversity has evolved.
Tilman and his coworkers (Tilman and Downing, 1994) have shown that temperate grassland plots with more species have a greater resistance or buffer capacity (Moi ici: Remember Hamel & Valikangas) to the effect of drought. The resistance or buffer capacity could be expressed by the change in biomass between a drought year and a normal year. However, there is a limit—each additional plant contributed less. … Many experiments (Tilman and Downing, 1994) have also shown that higher biodiversity increases the biomass and therefore the eco-exergy, because by a higher biodiversity more ecological niches will inevitably exist and be utilized. (Moi ici: Quem defende o proteccionismo não acredita na capacidade de criar, prefere manter o enganadoramente seguro, em vez de arriscar o futuro, por que incerto.) There seems, in other words, to exist relationships between biodiversity and eco-exergy, between eco-exergy and resistance or buffer capacity and between biodiversity and buffer capacity. It is possible from fossil records to estimate the evolutionary increase of the biodiversity and the species richness or what we could call the horizontal evolution. The results of the estimations are presented in the following section.
Biodiversity may cover several diversity concepts as, for instance, the number of species, the number of families, the genetic diversity…”
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É interessante apreciar a evolução do número de espécies até à actualidade, sempre a crescer, sempre a crescer:


Agora, fazendo o paralelismo para a economia... mais complexidade, mais auto-organização, mais valor acrescentado, mais nichos, mais diversidade, mais modelos de negócio, mais estratégias, mais riqueza.
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Mongo rules!!!
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No caso particular de Portugal, dez a quinze anos depois, iremos, como comunidade, descobrir que a resposta foi sempre a que Barroso prometeu em campanha eleitoral mas que, uma vez chegado ao poder, teve medo de implementar. Medo a sério, por que significa confiar nos outros, nos anónimos empreendedores. Vamos descobrir que a resposta foi sempre o choque fiscal prometido por Barroso...
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A Torre de Babel...
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Look for Vistesen's work

A propósito de "Vendas a retalho caem inesperadamente na Alemanha" talvez valha a pena acompanhar o trabalho, a tese de doutoramento, de Claus Vistesen sobre o efeito da demografia, neste caso do envelhecimento de uma sociedade, nos seus padrões de consumo.
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Há dias, ao almoçar com um jovem alemão disse-lhe: É fácil perceber que uma série que passa na televisão é alemã, mesmo sem som. Basta olhar para a idade média dos actores.
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"Growth Theory and Demographics"
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"Ageing leads to a decline in domestic demand and in a closed economy there is really not a lot you can do; savings/investment will fall and consumption will be lacklustre since there is no underlying dynamic to feed it other than dissaving. However, in an open economy you can fight this through claims on other economies or put in another way, you can save more than merited by domestic demand and thus you can invest your savings abroad. Note here that technically this is exactly what e.g. Germany and Japan are doing in the sense that their excess savings have to be matched by excess borrowing/investment demand elsewhere." (Trecho retirado daqui)

A simplicidade é uma arte!

Confesso que não estou inocente deste pecado e, volta e meia, tenho outros que me fazem ver as minhas falhas.
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A simplicidade é uma arte!
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Gosto desta comunicação directa que, despida de toda a roupagem supérflua, diz claramente ao que vamos. Em tempos salientei o caso do "Perdi a carteira".
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Ontem, numa empresa, o empresário passou-me uma folha com a promoção a uma acção de formação:
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Designação: Comunicação interpessoal e assertividade
Objectivo: Distinguir e identificar os elementos básicos do processo comunicacional e identificar os factores determinantes da comunicação eficaz na dinamização das equipas de trabalho. Identificar e desenvolver estilos de comportamento assertivo.
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Uma acção de formação sobre comunicação não devia ser mais clara, mais comunicativa?
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A minha irmã mais nova anda a fazer um doutoramento. Quando teve de apresentar um primeiro "poster" em York, sobre o que anda a investigar, foi penalizada por que era demasiado publicitário e tinha pouco de ciência. Depois, foi fazer uma comunicação a um congresso em Espanha e... viu o seu "poster" carregado de ciência, preterido na atenção dos visitantes da parte expositiva em favor dos posters com imagens mais fantásticas.
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Lição aprendida: É preciso perceber quem é o público-alvo a quem nos dirigimos e o que é que o atrai.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Bright spots

É por aqui que temos de ir, bottom-up em vez e top-down, pessoas comuns, pessoas anónimas a co-criarem, co-construírem novas relações económicas:
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O passado, o que nos trouxe até aqui é esta mentalidade e este discurso "Estratégia".
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Nunca, mas nunca esquecer o que Murteira Nabo escreveu "Já nem interessa se esse investimento é rentável ou não..." está ao mesmo nível da opinião de Fidel, durante a crise dos mísseis:
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"Atacar os Estados Unidos com armas nucleares!"

Qual é a diferença?

Se os morcegos inventaram o sonar biológico e se os leopardos inventaram as suas manchas, os humanos inventaram a economia.
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Acredito que temos muito a aprender na biologia que se aplica à economia.
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Uma das lições que volta e meia regressa à minha mente é a que aprendi com Georgyi Frantsevitch Gause e traduzi-a neste postal "O que os protozoários nos ensinam sobre estratégia":
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Assim, tal como acontece para as populações concorrentes de paramécias, quando duas ou mais organizações competem pelos mesmos recursos escassos, a aplicação do princípio da competição exclusiva dita que uma terá sucesso à custa da outra.
Para evitar esta destruição assegurada, as organizações têm de ter uma estratégia para se diferenciarem, para apelarem a grupos de clientes distintos, para captarem nutrientes distintos das outras...
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Ontem, comecei a ler o livro de Scott McKain "Collapse of Distinction" e a introdução remeteu-me logo para as paramécias de Gause:
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O autor, na sua terra-natal, conversava com um velho habitante e, juntos, recordavam os restaurantes da povoação no passado.
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Nesse tempo existiam dois restaurantes. Dois restaurantes que viviam lado-a-lado sem se incomodar. Um dedicava-se a servir comidas rápidas e era muito eficiente. Ainda as pessoas não tinham chegado à caixa para pagar e já algum funcionário tinham iniciada a limpeza da mesa. O outro restaurante era procurado por quem precisava de uma refeição mais demorada.
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O velho recordava como os sabores eram diferentes, como o atendimento era diferente, como ... depois, voltando ao presente, pergunta: "E agora? Como é que se diferenciam? São todos iguais..."
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E o autor lança-nos uma primeira grande questão:
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"Can your customers tell the difference between you and your competition?"
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Olhando agora para o mundo como uma aldeia global...

As evidências não mentem

Eis a mais recente aquisição de vídeos para o arsenal que utilizo em acções de formação.

Bom para usar na introdução às auditorias quando se fala no papel das evidências.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Switch - acerca da mudança (parte VII)

Muitas vezes a dimensão da mudança necessária é tão grande que só de pensar nela... há o risco de desmoralizar e desistir.
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Uma das tácticas que se pode seguir é a de transformar uma grande mudança numa sequência de pequenas mudanças que originam uma torrente de pequenas vitórias: aqui e aqui.
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Chip e Dan Heath no livro Switch chamam a esta técnica "Shrink the Change":
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"One way to shrink change, then, is to limit the investment you're asking for ... Another way to shrink change is to think of small wins - milestones that are within reach.
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You can't count on these milestones to occur naturally. To motivate change, you've got to plan for them.
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When you engineer early successes, what you're really doing is engineering hope. Hope is precious to a change effort. It's Elephant fuel.
Once people are on the path and making progress, it's important to make their advances visible. With some kinds of change, such as weight loss, progress is easy to measure-people can step on a scale. Unfortunately, there's no off-the-shelf scale for "new-product innovation" or "reduced carbon impact." Where do you find a yardstick that can measure the kind of changes you're leading?
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When you set small visible goals, and people achieve them, they start to get it into their heads that they can succeed They break the habit oflosing and begin to get into the habit of winning.
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Small targets lead to small victories, and small victories can often trigger a positive spiral of behavior."

Se não gostam do modelo alemão... minem-no

Ontem foi um dia interessante:

  • "Portugal tem de fazer prioridades e ser mais competitivo" Reparar como termina este podcast de Miguel Monjardino na TSF com uma referência à necessidade de aprender com a Alemanha;
  • "Ask Germany where growth comes from" no WSJ. Um reparo: o autor não faz qualquer referência à influência da demografia no perfil de compras e gastos dos consumidores; (ver o comentário de Álvaro Santos Pereira no seu Desmitos)
  • A propósito do artigo "German minister says country experiencing 'textbook' recovery" Edward Hugh comentou no Facebook: "And in which text book is there a model based on permanent export dependency?" É verdade quando houver um excesso de exportadores a competir no mesmo terreno. Contudo, para já, só lá estão os alemães. A única forma de obrigar a Alemanha a mudar é copiá-la e criar um excesso de exportadores. Por enquanto, o que é que a Alemanha pode ganhar em mudar o status-quo?