domingo, outubro 31, 2010

O trapezista (parte I)

Imaginemos uma pessoa cega no trapézio.
O trapézio está constantemente a fazer percurso de ir e voltar.
O trapezista, num dos extremos do percurso tem um elefante, animal que nunca viu mas que tem de descrever, por isso procura tocá-lo para perceber como é que é o animal:
 O elefante está sobre uma plataforma que está a girar, por isso, o elefante está sempre em movimento.
No outro dos extremos da viagem, o trapezista tem de fazer uma breve descrição do animal a que os outros chamam elefante.
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Acontece que o trapezista está sempre a tocar em diferentes partes ou ângulos do elefante, por isso, tem de estar sempre a actualizar a descrição do elefante.
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E nada impede que alguém de vez em quando troque o elefante por outro elefante, ou por outro animal.
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O trapezista é o gestor e o animal (elefantes ou outros) é a realidade interna e externa que o rodeia. Não só temos acesso a sucessivos e diferentes ângulos da realidade como a essência dessa realidade de vez em quando sofre grandes mudanças (por exemplo, trocam o elefante por um canguru... BTW, os adeptos da estimulogia acreditam que se sustermos a respiração e aguentarmos, o canguru transformar-se-á num elefante.)
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Formular uma estratégia é conceber um plano de acção coerente com a interpretação da situação real ... só que a realidade está em constante movimento.
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Continua.

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