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segunda-feira, novembro 01, 2010

O trapezista (parte II)

Continuado daqui.
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O trapezista bem tenta perceber a realidade em que toca. Contudo, esta está sempre em mudança, a realidade não é, vai sendo.
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Agora imaginem que o trapezista escreve a estratégia para lidar com a ideia da realidade que ele tem na cabeça... ou deveria dizer, vai tendo? Alguns trapezistas, julgo que a maioria, tem uma ideia da realidade e vê a realidade como algo mais permanente e confiável. Outros, sabem que a realidade exibe uma estabilidade ilusória daí que, como diz John Ortner, se encontrem duas perspectivas: "The role of the manager is thought to be reduction of uncertainty rather than the capacity to live creatively in it"
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Escrever é comunicar! Escrever é ser objectivo, é ser claro. O que está escrito num contrato pode ser levado a tribunal se desrespeitado.
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Se bem me lembro, no filme "Encontros Imediatos do 3º grau" a música era o meio de comunicação...
Quando recordo esta música recordo a minha infância feliz, quando oiço esta outra sinto a tristeza que o autor sofria, ou então, esta faz-me pensar na vida feliz do seu autor.
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Quando aprecio uma pintura, o pintor e a sua época comunicam comigo:
Quando vejo uma fotografia o autor comunica comigo.
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Quando oiço uma história, a mente voa e visualizamos a cena, sentimos o cheiro, vemos as cores.
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Todas estas formas de comunicação são diferentes.
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Qual é a que é aceite em tribunal por ser clara, transparente, objectiva, verificável?
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Como descrevemos uma estratégia?
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Com palavras? Com palavras! E como é que o texto se adapta à fluidez da realidade?
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Continua!

domingo, outubro 31, 2010

O trapezista (parte I)

Imaginemos uma pessoa cega no trapézio.
O trapézio está constantemente a fazer percurso de ir e voltar.
O trapezista, num dos extremos do percurso tem um elefante, animal que nunca viu mas que tem de descrever, por isso procura tocá-lo para perceber como é que é o animal:
 O elefante está sobre uma plataforma que está a girar, por isso, o elefante está sempre em movimento.
No outro dos extremos da viagem, o trapezista tem de fazer uma breve descrição do animal a que os outros chamam elefante.
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Acontece que o trapezista está sempre a tocar em diferentes partes ou ângulos do elefante, por isso, tem de estar sempre a actualizar a descrição do elefante.
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E nada impede que alguém de vez em quando troque o elefante por outro elefante, ou por outro animal.
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O trapezista é o gestor e o animal (elefantes ou outros) é a realidade interna e externa que o rodeia. Não só temos acesso a sucessivos e diferentes ângulos da realidade como a essência dessa realidade de vez em quando sofre grandes mudanças (por exemplo, trocam o elefante por um canguru... BTW, os adeptos da estimulogia acreditam que se sustermos a respiração e aguentarmos, o canguru transformar-se-á num elefante.)
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Formular uma estratégia é conceber um plano de acção coerente com a interpretação da situação real ... só que a realidade está em constante movimento.
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Continua.