quinta-feira, outubro 29, 2009
Mais uma opção...
Edward Hugh chama a atenção para mais uma opção que se abre para a realização desse interessante fenómeno chamado cash carry trade:
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"Carry trade enthusiasts must be whetting their lips at the prospect of what is going on in Norway. The Norges Bank said its main rate should remain between 1.25 and 2.25 per cent until next March and should be “raised gradually” thereafter."
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Portanto, quem quiser transferir dinheiro, remunerado ao preço da chuva no seu país, para outro sistema bancário que proporcione melhores remunerações já tem mais uma opção, depois da Austrália.
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"Norway becomes first European country to raise interest rates"
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"Carry trade enthusiasts must be whetting their lips at the prospect of what is going on in Norway. The Norges Bank said its main rate should remain between 1.25 and 2.25 per cent until next March and should be “raised gradually” thereafter."
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Portanto, quem quiser transferir dinheiro, remunerado ao preço da chuva no seu país, para outro sistema bancário que proporcione melhores remunerações já tem mais uma opção, depois da Austrália.
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"Norway becomes first European country to raise interest rates"
Devo ser masoquista...
... pois não consigo deixar de ver esta decisão "Moody's revê em baixa avaliação da dívida portuguesa" como uma decisão positiva para os contribuintes portugueses.
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Tem os seus custos? Tem!
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Mas evita ou reduz muitos outros!!!
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Assim, talvez ponha algum travão ao deboche despesista!
It takes a village
"It takes a village to raise a child" é a versão inglesa de um provérbio africano que Hillary Clinton me deu a conhecer há uns anos.
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Para criar e educar uma criança não basta a família é precisa toda uma comunidade.
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Neste blogue escrevemos regularmente sobre o conceito de estratégia, para iniciar a sua operacionalização, a sua tradução em acções concretas a desenvolver por pessoas concretas numa janela temporal concreta, parto dos conceitos de clientes-alvo e de proposta de valor.
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Para simplificar a abordagem à definição de uma proposta de valor, parto de 3 extremos "puros":
- proposta de valor assente na oferta do preço mais baixo;
- proposta de valor assente na oferta de um serviço feito à medida; e
- proposta de valor assente na oferta de um produto líder em inovação.
Muitas empresas, demasiadas até, apostam inconscientemente na oferta do preço mais baixo. Contudo, só uma é que pode ter o preço mais baixo. Assim, a proposta de valor do preço mais baixo não é para quem quer mas para quem pode.
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Por isto, e apesar de realçar que a proposta de valor do preço mais baixo é uma proposta honesta e legítima, normalmente procuro missionar no sentido de despertar mais e mais empresas para apostarem nas outras duas propostas de valor: serviço à medida ou inovação.
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Ontem de manhã, a caminho de Felgueiras, ouvi no rádio que estava reunida em Madrid a COTEC Europa, e ouvi um breve discurso do presidente Cavaco Silva sobre a importância de apostar na inovação.
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Quem conhece este blogue sabe o quanto o seu autor desconfia de estratégias únicas definidas pelo Estado, decididamente não confio na capacidade do Grande Planeador ou Geometra.
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É fácil dizer, apostem na inovação!
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Só que para criar empresas inovadoras e fomentar uma nova cultura empresarial é preciso mais do que palavras, é preciso também a contribuição do Estado naquilo que só a ele compete.
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I takes a village to raise uma massa crítica de empresas que apostam na inovação. É preciso toda uma arquitectura, todo um ecossistema que suporte, apoie, respalde a aposta na inovação.
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Quando Portugal era um país que não apostava na inovação, era também um país que apostava na cópia, por isso a legislação que protegia a propriedade industrial era muito básica... não fazia sentido ter legislação portuguesa que prejudicava só as empresas portuguesas.
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Entretanto, a legislação alterou-se e hoje em dia, sobretudo por causa da má fama internacional, o crime de contrafacção é muito combatido. Por isso, é comum vermos as imagens na televisão das brigadas da ASAE a recolherem produto contrafeito.
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Agora, uma empresa investe, aposta na inovação, gasta e gasta dinheiro a conseguir um design, ou uma fórmula, ou ... na esperança de que quando acertar será recompensada pelo mercado, exactamente o mesmo que fazem as farmacêuticas que desenvolvem medicamentos inovadores e esperam que durante a vigência da patente possam obter o retorno desse investimento.
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Por exemplo, desenvolvem um produto com um design e registam a propriedade intelectual.
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Algum tempo depois descobrem que o seu design foi copiado por uma outra empresa e comercializado com a marca dessa empresa. Não se trata, portanto, de contrafacção.
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A empresa inovadora recolhe provas e faz uma queixa à ASAE.
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E espera, e espera, e espera, e espera, e espera, e espera, e espera, e espera, e espera, e espera, e espera, e espera, .....
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Quando finalmente a ASAE actua... já a empresa copiadora vendeu o que tinha a vender e se a coisa chegar a tribunal há-de demorar uns anos a resolver.
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Numa empresa onde estive ontem, só ela tem uns 8/9 processos em curso e desespera com a lentidão com que se actua. Por vezes, o empresário, em momentos de maior desânimo, chega mesmo a equacionar a possibilidade de fechar a empresa por que só quer trabalhar com produtos inovadores, tem a estrutura montada, descobriu o truque para ter sucesso na inovação, tem uma boa equipa, mas os piratas são protegidos, de facto, pela legislação.
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Assim, em vez de discursos e convites que podem ser considerados "envenenados" era bom que os políticos começassem por fazer o seu papel e tratassem dos alicerces de uma sociedade que promove, alimenta e protege a inovação, agilizando a actuação das brigadas da ASAE.
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Lembro-me agora deste caso "Não vai dar em nada..."
"merely kicking the can down the road"
Este postal "The choice is between increasing or decreasing aggregate demand" chama a atenção para o excesso de capacidade instalada:
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"De acordo com o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) - que falava aos jornalistas em nome de todas as confederações patronais hoje ouvidas por Sócrates no âmbito do encontro europeu - o planeamento do fim da crise e a substituição dos apoios estatais pela iniciativa privada estarão em cima da mesa nas reuniões em Bruxelas.
“A situação está estabilizada. Os maiores perigos estão ultrapassados (Moi ici: ultrapassados!?) e é natural que os líderes europeus precisem de discutir, nesta altura, o fim dos apoios do Estado, sobretudo por causa do défice orçamental”, defendeu Francisco Van Zeller.
No entanto, advertiu, é “impensável” retirar os apoios sectoriais “pelo menos até 2011”. "
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"Patrões defendem manutenção de apoios estatais “pelo menos até 2011”"
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"De acordo com o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) - que falava aos jornalistas em nome de todas as confederações patronais hoje ouvidas por Sócrates no âmbito do encontro europeu - o planeamento do fim da crise e a substituição dos apoios estatais pela iniciativa privada estarão em cima da mesa nas reuniões em Bruxelas.
“A situação está estabilizada. Os maiores perigos estão ultrapassados (Moi ici: ultrapassados!?) e é natural que os líderes europeus precisem de discutir, nesta altura, o fim dos apoios do Estado, sobretudo por causa do défice orçamental”, defendeu Francisco Van Zeller.
No entanto, advertiu, é “impensável” retirar os apoios sectoriais “pelo menos até 2011”. "
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O que é que estes apoios têm feito? Têm promovido a urgência de mudar?
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"to the degree that government deficit spending is used as a vehicle for channeling funds to so-called systemically important businesses to prevent them from failing, we are merely kicking the can down the road. With the deleveraging, malinvestment must be purged for the economy to right itself on a sustainable growth path."
quarta-feira, outubro 28, 2009
Deitar dinheiros nos problemas e esperar que a tormenta passe...
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““Vim propor-lhes um plano sem precedente de apoio excepcional para a nossa agricultura que inclui mil milhões de empréstimos bancários e 650 milhões de euros de apoio excepcional do Estado”, disse o Presidente francês.”.
““Vim propor-lhes um plano sem precedente de apoio excepcional para a nossa agricultura que inclui mil milhões de empréstimos bancários e 650 milhões de euros de apoio excepcional do Estado”, disse o Presidente francês.”.
Enquanto lia o artigo recordei logo este outro que li na noite de segunda-feira passada no Financial Times “Living strategy and death of the five-year plan” onde sublinho:
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“This hedgehog-style approach – roll up into a ball and wait until things are less scary – may keep a company alive temporarily, but does little to prepare it for the future.
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“This hedgehog-style approach – roll up into a ball and wait until things are less scary – may keep a company alive temporarily, but does little to prepare it for the future.
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Analysis by Boston Consulting Group suggests that corporate hibernation only works if
Analysis by Boston Consulting Group suggests that corporate hibernation only works if
recessions are short, if the outside world goes back to the way it was before, and if all your competitors are equally inactive, tucked up for the economic winter. In 2009, not one of these conditions applies.”
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Há uma série de sessões que realizo em empresas e que começam com esta imagem:
O mundo está em mudança acelerada, tudo está a mudar, podemos ficar parados à espera que passe? Ou temos de nos transformar?
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Existe um universo alternativo num estado futuro desejado em que a agricultura francesa possa ser competitiva e proporcione aos seus trabalhadores um bom nível de vida?
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É possível descrever esse universo? O que o separa da situação actual? Que acções, que transformações temos de promover para lá chegar?
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Deitar dinheiros nos problemas e esperar que a tormenta passe é uma actuação perigosa... tipicamente portuguesa.
Segundas intenções
Aconselha-se Avilez Figueiredo a estudar melhor o perfil das economias europeias, neste artigo "Menos impostos à alemã" no jornal i escreve:
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"O problema de Portugal não é igual ao alemão. Lá as grandes empresas estão em maioria - e é nelas que trabalham grande parte dos alemães. E essas empresas fazem da Alemanha o maior exportador do mundo. Leu bem: do mundo - o país, portanto, não tem défice externo."
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Errado! A grande maioria dos alemães, como em toda a Europa da União Europeia, trabalha em pequenas e médias empresas. Só na Rússia, herança do regime soviético, é que impera a ditadura das grandes empresas.
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Assim, aconselha-se Avilez Figueiredo a ler Hermann Simon, pode começar pelo livro Hidden Champions:
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"Perhaps when Hermann Simon’s book The Hidden Champions became a bestseller in the 1990s, this was a big boost for a lot of so-called niche players in Germany. The majority of the small and medium-sized German companies featured in the book were among the 20 percent of such companies that are scale leaders in small markets. It follows that 80 percent of small and medium-sized German companies are niche players that are in more or less strong competitive situations against their sector’s leaders. Given that this group accounts for 49 percent of Germany’s GDP and 70 percent of all jobs, the subject of niche businesses is a central topic for German macroeconomics, even though researchers have not actually acknowledged it as such."
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Trecho retirado de "BEATING THE GLOBAL CONSOLIDATION ENDGAME - Nine Strategies for Winning in Niches" de Fritz Kroeger, Andrej Vizjak e Michael Moriarty."
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Trecho retirado de "BEATING THE GLOBAL CONSOLIDATION ENDGAME - Nine Strategies for Winning in Niches" de Fritz Kroeger, Andrej Vizjak e Michael Moriarty."
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Avilez Figueiredo trabalha para quem? Pois! "Construtoras portuguesas entre as que mais cresceram na União Europeia" É mesmo neste contexto que se vão reformular e preparar para o futuro... fiem-se na Virgem ...
Duas perguntas
A propósito deste artigo no Diário Económico "TGV não é apenas TGV":
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"3. Vamos de comboio para onde? Para o centro da Europa não, mas para Espanha tudo indica que sim. A ferrovia - mostram os números franceses - é quase imbatível em viagens abaixo das 2h30 pela facilidade de uso, rapidez "centro de cidade a centro de cidade" e, no futuro, menor peso de emissões de CO2. E é esta a diferença: alguns países da Europa podem querer ou não ter comboios mais rápidos. Mas para os dois países ibéricos joga-se a questão da compatibilidade ferroviária de passageiros e mercadorias entre si e com a UE."
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Duas perguntas:
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- Onde estão localizadas a grande maioria das empresas exportadoras portuguesas? Estão situadas a quantos km de Lisboa? Fazem 350 km de camião para depois seguirem para Espanha? Acham isto razoável?
- E as mercadorias nos estudos franceses referidos circulam a que velocidade? Qual o custo m3/km em função da velocidade?
terça-feira, outubro 27, 2009
Comandar o destino
Agora que Jaime Silva deixou de ser ministro da Agricultura e que até o seu sucessor fez declarações no mínimo dúbias quanto ao seu consulado, aproveito para saudar o ex-ministro a 50%.
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Saúdo o Jaime Silva que foi ridicularizado pelos funcionários públicos encapotados da CAP, da fileira do leite e pelos media quando defendeu que o futuro da nossa agricultura estava no kiwi e no diospiro.
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Saúdo o Jaime Silva que teve coragem de dizer alguma da verdade que os agricultores precisam de ouvir.
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Não saúdo o Jaime Silva que pactuou com as políticas que vão adiando o inevitável, o dia em que os contribuintes europeus vão dizer basta.
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Enquanto os agricultores por cá continuam o seu choradinho de coitadinhos, de gente que não etende como o mundo mudou podemos ler isto num jornal inglês:
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"Food will never be so cheap again" (Ao ler este título não posso deixar de recordar que a Rússia tem uma área de terra arável inculta, boa para cereais, seis vezes superior à área arável inglesa, mas adiante).
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Os coitadinhos, perante um mundo em mudança pedem mais apoios e mais subsídios e mais isto e mais aquilo.
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Gente previdente olha para as mudanças em curso e identifica oportunidades e ameaças, desenha cenários e faz opções com base nos seus pontos fortes e minimizando a importância ou influência dos seus pontos fracos, e transforma a sua realidade, comanda o seu destino.
Experiências
"Consumers prefer to buy at a store where they pay a fair price every time: a price that is as low as possible and does not go up and down frequently. Retailers that continually mark down their products and sell nearly all of their merchandise at promotional prices lose part of their credibility. Consumers will no longer be prepared to buy at regular price, but will count on the fact that the product will soon be marked down, so they just wait for the next sale."
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Este ano descobri nos centros comerciais umas interessantes lojas de calçado, as Loop (julgo que pertencem ao grupo Sonae mas não tenho a certeza). As lojas têm uma gama de produtos de marca que dificilmente encontramos noutros locais, tudo reunido num único espaço. Fiquei surpreendido com o abaixamento de preços na época de saldos, em certos casos ultrapassou os 50%.
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Mentalmente pensei, por que comprar por 80€ aquilo que no final da época custa 30€?
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Já agora, Ko Floor chama a atenção para o facto de a loja de moda típica vender 50% do que comprou para a estação na época dos saldos. A Zara, com a sua política de rapidez, apenas vende 15% do stock na época de saldos.
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Trecho retirado de Branding a Store de Ko Floor.
Produtividade
O tema da produtividade é um tema que costumamos abordar neste espaço (basta seguir os marcadores).
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É um tema que muitas vezes aparece associado a mitos e conversas da treta.
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Este postal "Productividad 2.0" ilustra alguns desses mitos e tretas.
segunda-feira, outubro 26, 2009
A caminho da Sildávia do Ocidente (parte III) ou Ruidosamente a caminho do topo da tabela... (parte III)
Um aparte: começam hoje as ligações aéreas directas entre Porto e Faro via a futura nova transportadora aérea nacional, a Ryanair.
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A Rayanair cobra cerca de 30 euros pela viagem em detrimento dos 170 e poucos euros que a TAP cobra (e julgo que via Lisboa, julgo que não há ligação directa).
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O governo quer alagar Portugal em linhas de TGV. Uma viagem o Alfa Pendular entre Porto e Lisboa fica por cerca de vinte e poucos euros. Por quanto ficará uma viagem no TGV?
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Não deixa de ser interessante este pormenor:
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"Outro dado muito interessante, relativamente ao ano de 2008, é o aumento de tráfego no Intercidades, que teve um acréscimo de 15,3%, enquanto o Alfa Pendular quase estagnou, pois teve só um aumento de 0,1%. A principal razão desta ocorrência deve-se à diferença de preços dos bilhetes. Os passageiros preferem perder mais 25 a 15 minutos de viagem, no Intercidades, do que pagar bilhetes mais caros, no Alfa Pendular. Este é um indicador importante e que deve ser estudado com atenção, pois, parte do mercado poderá preferir baixos preços em detrimento do tempo de viagem e de um melhor conforto." (daqui)
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E depois admiramo-nos de estar na cauda da Europa, este ano foi a Eslováquia... para quando a ultrapassagem pela Albânia e pela Sildávia?
O sistema vence os indivíduos.
"First, managers extrapolate individual behavior to explain collective behavior."
...
"Second, executives often fail to recognize that changes in one component of a complex system may have unintended consequences for the whole."
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"Third, there is a tendency to prize a few standout individuals while ignoring how much they draw on their surrounding systems for support. For instance, many companies, sports teams, and entertainment businesses hire a star when they want to quickly improve the organization’s results. More often than not, however, newly transplanted stars fail to deliver, because they’re separated from the people, structures, and norms that helped make them great in the first place."
...
"“When a company hires a star, the star’s performance plunges, there is a sharp decline in the functioning of the group or team the person works with, and the company’s market value falls.”
All three mistakes have the same root: wrong assumptions about the relevance of individual agents to the behavior of a complex adaptive system. When trying to achieve system-level goals, think twice about agent-level changes. They’re unlikely to have the effects you intend."
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Trecho retirado do artigo "When Individuals Don't Matter" de Michael Mauboussin na Harvard Business Review deste mês.
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"Second, executives often fail to recognize that changes in one component of a complex system may have unintended consequences for the whole."
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"Third, there is a tendency to prize a few standout individuals while ignoring how much they draw on their surrounding systems for support. For instance, many companies, sports teams, and entertainment businesses hire a star when they want to quickly improve the organization’s results. More often than not, however, newly transplanted stars fail to deliver, because they’re separated from the people, structures, and norms that helped make them great in the first place."
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"“When a company hires a star, the star’s performance plunges, there is a sharp decline in the functioning of the group or team the person works with, and the company’s market value falls.”
All three mistakes have the same root: wrong assumptions about the relevance of individual agents to the behavior of a complex adaptive system. When trying to achieve system-level goals, think twice about agent-level changes. They’re unlikely to have the effects you intend."
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Trecho retirado do artigo "When Individuals Don't Matter" de Michael Mauboussin na Harvard Business Review deste mês.
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Pretender que um indivíduo sozinho por artes mágicas vença o sistema é um verdadeiro delírio generalizado.
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99,9 % das vezes o sistema vence. Assim, primeiro há que mudar de sistema... algo de muito difícil, por que cada vez mais existem menos jogadores profissionais de bilhar.
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Este tema já foi aqui abordado em 2006:
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I'm not alone (parte IV)
"After finishing The Black Swan, I realized there was a cancer. The cancer was a huge buildup of risk-taking based on the lack of understanding of reality. The second problem is the hidden risk with new financial products. And the third is the interdependence among financial institutions.
MW: But aren't those the very problems we're supposed to be fixing?
NT: They're all still here. Today we still have the same amount of debt, but it belongs to governments. Normally debt would get destroyed and turn to air. Debt is a mistake between lender and borrower, and both should suffer. But the government is socializing all these losses by transforming them into liabilities for your children and grandchildren and great-grandchildren. What is the effect? The doctor has shown up and relieved the patient's symptoms – and transformed the tumour into a metastatic tumour. .
MW: But aren't those the very problems we're supposed to be fixing?
NT: They're all still here. Today we still have the same amount of debt, but it belongs to governments. Normally debt would get destroyed and turn to air. Debt is a mistake between lender and borrower, and both should suffer. But the government is socializing all these losses by transforming them into liabilities for your children and grandchildren and great-grandchildren. What is the effect? The doctor has shown up and relieved the patient's symptoms – and transformed the tumour into a metastatic tumour. .
We still have the same disease. We still have too much debt, too many big banks, too much state sponsorship of risk-taking. And now we have six million more Americans who are unemployed – a lot more than that if you count hidden unemployment.
MW: Are you saying the U.S. shouldn't have done all those bailouts? What was the alternative?
NT: Blood , sweat and tears. A lot of the growth of the past few years was fake growth from debt. So swallow the losses, be dignified and move on. Suck it up. (Moi ici: A destruição calvinista, o espírito que suporta(va) a moral capitalista. Agora...) I gather you're not too impressed with the folks in Washington who are handling this crisis.
Ben Bernanke saved nothing! He shouldn't be allowed in Washington. He's like a doctor who misses the metastatic tumour and says the patient is doing very well. The first thing I would tell Chinese officials is, how can you buy U.S. bonds as long as Larry Summers is there? He's a textbook case of overconfidence. Look what happened to Harvard's finances. They took a lot of risk they didn't understand, and it was a disaster. That's the Larry Summers mentality."
MW: Are you saying the U.S. shouldn't have done all those bailouts? What was the alternative?
NT: Blood , sweat and tears. A lot of the growth of the past few years was fake growth from debt. So swallow the losses, be dignified and move on. Suck it up. (Moi ici: A destruição calvinista, o espírito que suporta(va) a moral capitalista. Agora...) I gather you're not too impressed with the folks in Washington who are handling this crisis.
Ben Bernanke saved nothing! He shouldn't be allowed in Washington. He's like a doctor who misses the metastatic tumour and says the patient is doing very well. The first thing I would tell Chinese officials is, how can you buy U.S. bonds as long as Larry Summers is there? He's a textbook case of overconfidence. Look what happened to Harvard's finances. They took a lot of risk they didn't understand, and it was a disaster. That's the Larry Summers mentality."
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Trecho retirado daqui.
O Estado Predador
Quatro! Quatro linhas!!
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Não uma nem duas, quatro linhas de TGV!
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Eis o que acabo de ouvir na rádio... é o estado predador em todo o seu esplendor.
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É tão fácil perceber como é que de uma ideologia se chega naturalmente ao fascismo, quando as grandes empresas e o estado se misturam e assumem objectivos complementares.
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ADENDA: Peço desculpa, afinal são cinco linhas!!!
domingo, outubro 25, 2009
Grande ideia!!!
"IdeaPaint: Turn Your Entire Office Into a Whiteboard"
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Para mim, um fanático do quadro branco... o quadro branco, e os marcadores, ajudam a destilar as ideias e a organizá-las visualmente.
Decisões estratégicas
Ontem, escrevemos sobre este artigo na HBR deste mês "Should You Launch a Fighter Brand?"
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Hoje, encontro esta notícia na TVI24 "Marcas de luxo recorrem a preços baixos"
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A tentação do curto-prazismo é um atractor muito forte... uma marca precisa de coerência e de uma narrativa com consistência, não aguenta muito bem a incerteza.
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ADENDA: O espaço de Minkowski, as decisões anteriores condicionam as opções futuras disponíveis.
Pôr sal na ferida também serve para alguma coisa...
O avanço das marcas próprias da distribuição também nos diz algo sobre as marcas dos fabricantes, eis alguns trechos que retirei do livro Branding a Store de Ko Floor:
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"Exactly how much choice the consumer wants depends largely on the product category and the situation the consumer is in, but in general the consumer requires the retailer to make a preselection from the enormous number of alternatives."
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"Customers who are confronted with too much choice will look for independent advisors, or will simply choose the cheapest product."
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"Retailers, like manufacturers, now develop brand strategies for their own products. These products are used as strategic weapons in building a strong retail brand. That is why in many cases private labels have turned into private brands." (Moi ici: este é o registo que aconselho aos fabricantes, tratar as marcas da distribuição não como entidades inferiores mas como concorrentes ao mesmo nível, tal como as outras marcas dos outros fabricantes. Daí que, nestes casos, ao facilitar o desenho de um mapa da estratégia proponha dois clientes-alvo e duas propostas de valor: o cliente final que compra e o dono da prateleira)
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"Private brands are no longer overshadowed by manufacturer brands. Private labels have become private brands. Until a few years ago retailers could create a private label by just putting their name on products; it was not about creating brand associations. The brand name acted as the label. Today however, many retailers are managing their private brands in the same way as manufacturers manage their national brands. Private brands now have a clear function in the retailer's total marketing strategy."
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(Moi ici: and now...)
"The products a retail company wants to sell as a private brand should be easy to produce. With complex products, specialist manufacturers are constantly able to gain a technical lead. Continuous product innovations make it difficult for private brands to acquire a strong position. Retailers usually do not have access to the required technology." (Moi ici: Meu caro fabricante como são os seus produtos, fáceis de replicar? Pouco conteúdo inovador? Acredita que a herança da marca só por si vai fazer a diferença?)
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"A private brand will have a higher chance of being successful with functional products than with products that have a strong emotional value." (Moi ici: Meu caro fabricante que investimentos tem feito para desenvolver este lado amoroso entre os produtos e os utilizadores?)
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"The sales opportunities of a private brand depend on the strength of competing manufacturer brands. If there are no strong manufacturer brands in a product category, it will be relatively easy for a private brand to launch in the category." (Moi ici: Isto é veneno puro, isto é pôr sal na ferida... se calhar é isso mesmo que é preciso, para que muitos fabricantes acordarem para a realidade do novo mundo e saltarem da panela como o sapo da história.)
sábado, outubro 24, 2009
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