terça-feira, julho 21, 2009

O dinheiro é parte do problema não da solução

No Diário Económico de hoje no artigo "Elogio da pobreza" de João Vieira da Cunha pode ler-se:
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"A ausência de apoios foi importante para os primeiros sucessos da Lotus. ... A escassez de dinheiro obrigou também a empresa a especializar-se no ‘design' de chassis e suspensões, recorrendo aos motores desenvolvidos por outros construtores. A Lotus foi empurrada para um nicho onde é, ainda hoje, líder mundial.
Casos como o da Lotus e o da Virgin, mostram que as políticas de financiamento fazem mais parte do problema do que parte da solução. É mais importante apresentar desafios e oportunidades aos futuros empreendedores do que atirar-lhes com dinheiro."
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O desenvolvimento, a evolução de uma organização, apesar da escassez de dinheiro, das restrições e constrangimentos levam à tal actuação biológica "nature evolves away from constraints, not toward goals"
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Who is your WHO?

"The consumer is our boss, and we have to win with her at two moments of truth day in and day out."
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"The most essential component to game-changing innovation is deeply understanding your consumer at both the rational and the emotional levels.
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You must get an appreciation for who they are, how they live, and - yes, of course - how your product can best improve their lives."
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"Who is your WHO?"
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"For example, the team preparing for the launch in the United States of the heartburn medication Prilosec as an over-the-counter product created a life-sized cardboard cutout of a consumer they named Joanne. She represented their most important WHO, or consumer. In order to keep Joanne front and center, the team put the cutout of Joanne in a chair in their conference room. Often during meetings, to cut through the debates and focus only on those innovations that would meaningfully impact her life, they turn to her and ask, "What would Joanne think?"
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E em relação à sua empresa? Quer seja B2B ou B2C, quem são os clientes-alvo?
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Para quem trabalham? Quem querem servir?
Trecho retirado de "Game-Changer" de A. Lafley e Ram Charan.

segunda-feira, julho 20, 2009

Para reflexão

Para ler atá ao fim "Should We Save Dying Companies?"
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"Maybe we should cheer when a poorly managed company with poorly led employees, poorly served customers and poorly rewarded shareholders, finally shuffles off the stage—and releases its resources for more productive uses."



Se o mercado muda... não mudar é morrer!

Não sei se é uma boa opção para o futuro da marca.
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Internamente não se trata de competição entre duas propostas de valor pois não há guerra pelo uso de recursos.
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Importante o ter evitado o lay-off dos trabalhadores, importante o não ter de recorrer a apoios e subsídios.
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"Workers at C.F Martin & Co. are putting finishing touches on the solid-wood 1 Series model, so named for its simplicity. It lacks inlay, as did the company's stripped-down 1930s model, and is expected to sell for less than $1,000, breaking a key price point and far less than its $100,000 limited-edition guitars made of Brazilian rosewood. More popular Martins generally sell for $2,000 to $3,000.
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Initial reaction is promising. The company, which had sales of $93 million last year, introduced the 1 Series in April and promptly sold out its first year's output of 8,000 guitars."
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Preconceito posto em causa

Um dos preconceitos que sigo para facilitar a minha orientação no mundo económico é simples: vivemos num mundo de abundância, num mundo de excesso de produção. Existe excesso de tudo excepto de empregos e clientes.
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Contudo, no último mês tenho descoberto com espanto vários sectores de actividade industrial onde os clientes (B2B) são mal-tratados.
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Fornecedores que não conseguem entregar as encomendas, fornecedores que não conseguem fazer previsões sobre quando poderão entregar as encomendas, fornecedores que se recusam a evoluir para acompanhar clientes.
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Isto só pode indiciar mais mudanças, mais encerramentos de empresas que não se adaptam aos tempos que vivemos, mais oportunidades para quem está à espreita de uma nesga.

Dois ADN's que se excluem.

"Robert Pollin, an economist at the University of Massachusetts, told Ruppel Shell that raising the wages of a worker in Mexico by 30 percent would add only 1.2 percent to the price of a shirt — that’s 24 cents on a $20 shirt. Most companies won’t hear of it. Cost-cutting is the only value they recognize, in part because profit margins are so narrow that companies can’t afford to compete on any basis except ever-lower prices. An American dream once fueled by ideas and entrepreneurship has been reduced to laying off workers and reducing risk. “When prices are kept too low, innovation is nearly impossible,” the Harvard economist Robert Lawrence told Ruppel Shell. Apparently we’re not even building better mousetraps anymore — just cheaper ones."
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Ou se está no negócio do preço-baixo, ou se está no negócio da inovação. Querer estar nos dois ao mesmo tempo condena ao pântano do stuck-in-the-middle. São dois ADN's diferentes, duas especializações que se excluem.
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Muitas marcas, algumas muito conhecidas e conceituadas, parece que optaram por viver à sombra da bananeira e dos louros conquistados noutros tempos. Esquecem-se que o que satisfaz as necessidades dos clientes são os produtos e não as marcas.
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Há dias entrei numa loja duma marca portuguesa conceituada. Na secção de senhora peguei num vulgar sapato aberto... preço inicial €62, preço marcado na altura €42. Espreitei para dentro do sapato e vi "Made in China", olhei bem para o sapato e calculei... não deve ter custado mais de €7.
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Trecho inicial retirado de "Nothing for Nothing"


domingo, julho 19, 2009

O dia de Alberto

É a vida!
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Mesmo aos maiores campeões... chega uma altura em que a idade cobra a sua taxa para dar lugar à renovação das gerações.

Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXXI)

Não sei qual é a resposta correcta, só posso especular uma hipótese.
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A pergunta é: o que nos separa da Irlanda? Se estamos com um colapso de 20% na recolha de impostos quando comparado com o ano anterior o que está a impedir o governo português de uma actuação à irlandesa?
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Exemplo de actuação irlandesa:
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"A further 17,000 state jobs must go (equal to 1.25m in the US), though unemployment is already 12pc and heading for 16pc next year.
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Education must be cut 8pc. Scores of rural schools must close, and 6,900 teachers must go. "The attacks outlined in this report would represent an education disaster and light a short fuse on a social timebomb", said the Teachers Union of Ireland.
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Nobody is spared. Social welfare payments must be cut 5pc, child benefit by 20pc. The Garda (police), already smarting from a 7pc pay cut, may have to buy their own uniforms. Hospital visits could cost £107 a day, etc, etc.
"Something has to give," said Professor Colm McCarthy, the report's author. "We're borrowing €400m (£345m) a week at a penalty interest.""
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Mais, por cá o governo até faz alterações à lei para aumentar as pensões apesar da deflação (-1%) implantada.
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A pergunta é: o que nos separa da Irlanda?
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Serão só as eleições de Setembro e Outubro?
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A justificação para esta actuação do governo irlandês reside nos €400m pedidos emprestados todas as semanas.
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Lembram-se das contas de Medina Carreira e Silva Lopes? Portugal tem um défice de 2 milhões de euros por hora. Uma semana tem 7 dias, um dia tem 24 horas... ora é só fazer as contas.
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Portugal pede emprestado por semana 2 x 24 x 7 = €336m por semana...
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Por que é que os irlandeses estão a agir como estão e nós por cá ... não passa nada?
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Trecho extraído de "For a glimpse of what awaits Britain, Europe, and America as budget deficits spiral to war-time levels, look at what is happening to the Irish welfare state."
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A pergunta é: o que nos separa da Irlanda?

"The imperative for the debt-bloated West is to cut spending systematically for year after year, off-setting the deflationary effect with monetary stimulus. This is the only mix that can save us."

Fisipe um exemplo de aposta nas margens

Do caderno de Economia do semanário Expresso de ontem destaco o artigo “Do têxtil para o carbono” onde se pode ler:
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“Focada no crescimento das margens, a Fisipe está a deixar a produção têxtil tradicional para se dedicar às fibras técnicas, como o carbono.”
“A empresa, que tem vindo a apostar na reconversão da actividade industrial, dos têxteis para a produção de especialidades e fibras técnicas com valor acrescentado”
“Não queremos crescer em volume de produção, mas na oferta de produtos com maior valor acrescentado”
Eis um exemplo de uma empresa que segue a minha religião: valor acrescentado em detrimento do volume. Não esquecer aquela máxima: volume is vanity, profit is sanity.
Acedendo ao nosso texto base sobre o conceito de proposta de valor podemos considerar a figura 10 sobre os atributos a ter em conta para satisfazer clientes-alvo que valorizam acima de tudo a inovação:
Se estivéssemos a desenhar um mapa da estratégia, entre vários objectivos estratégicos, uns mais específicos e outros mais genéricos, teríamos certamente em conta estes:
Ao pesquisar na internet o sítio da Fisipe encontrei este artigo “Internacionalizar é preciso” de onde sublinho os seguintes trechos:
1.”Temos participado em várias feiras e congressos nacionais e internacionais”
2.”A participação em feiras tem sido positiva não só pelos contactos realizados, mas também como forma de promover a imagem da Fisipe a nível internacional.”
3.”Participar em feiras internacionais, estar presente em congressos, aparecer nos eventos mais importantes do sector.”
4.”Temos que apostar em fabricar produtos de qualidade, com design, inovadores, com marca própria e com uma boa cadeia logística associada (o “lead time” é muito importante).
5.”Devemos também trabalhar mais próximo das universidades, poi é importante que nos conheçam e que, em conjunto, possamos desenvolver novos produtos e/ou novas aplicações para os produtos tradicionais.”
A figura que se segue relaciona as palavras do responsável de marketing da Fisipe com a proposta de valor:
A figura mostra como tudo fica encadeado de forma harmoniosa.
Agora, mais importante do que estes pormenores técnicos é a filosofia estratégica que parece permear a organização: o imperativo de fazer crescer as margens. Profit em vez de volume. Quem me dera ter mais sucesso no meu esforço missionário, na minha capacidade de converter mais PME’s a esta religião do valor acrescentado.
Como a empresa não pode receber apoios para aumentar a sua capacidade de produção… a aposta não é na quantidade mas no valor acrescentado… há aqui algo de biológico, perante o constrangimento legal de não poder crescer em capacidade de produção segue a máxima "nature evolves away from constraints, not toward goals"

sábado, julho 18, 2009

Para reflexão

"China's shoppers learn 'Made in China' hazard"
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"Outplaying your partner"
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Recordar o "O cavalo de Tróia chinês"
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Não vendam fruta!!!

Vendam anti-cancro na próstata:
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"There's new hope for men with prostate cancer when their disease doesn't respond adequately to standard medical care. According to the results of a long-term study presented this week at the 104th Annual Scientific Meeting of the American Urological Association (AUA) held in Linthicum, Maryland, pomegranate juice may effectively slow the progression of the disease, even when regular treatment has failed."
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Mudar de proposta de valor, como no caso dos morangos e do colesterol a aposta na saúde.

As empresas oportunistas... (parte II)

Parte I.
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As empresas oportunistas não acreditam na linearidade dos factos, apostam na relação, apostam no contacto, criam estórias de caserna, criam pequenos grandes épicos... o produto ou serviço vira um artefacto básico, o mais importante é o intangível que os rodeia, que lhes dá profundidade, que lhes dá personalidade.
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Esta semana uma PME recebeu uma reclamação de um cliente estrangeiro por causa de uma encomenda que tinha recebido... no dia seguinte, às 9h da manhã um gerente e um técnico estavam à porta do cliente para esclarecer o assunto. O problema foi resolvido e perante o sinal que o fornecedor tinha dado, o cliente, impressionado, marcado, colocou-lhe mais duas encomendas!!!
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Seth Godin traduz isto muito bem "Facts always win, right?"

Conta-me a tua experiência de vida

A propósito deste artigo no sítio do Público “Intelectuais lançam manifesto com “questões prementes” destinadas aos partidos políticos” por causa deste tipo de linguagem:

“Por outro lado, de há muito que se sente no País uma ausência de um modelo de desenvolvimento minimamente consensual que permita traçar orientações de médio e longo prazo e propiciar um quadro de coerência às políticas públicas e às estratégias empresariais.”

Desconfio que se trata de mais uma reflexão bem-intencionada de gente que vive na e da sociedade de produção de bens não transaccionáveis e, que acredita na capacidade e bondade do Grande Geometra.

“Como pensam reduzir o horário de trabalho regular, o abuso de recurso a horas extraordinárias, o duplo e triplo emprego de alguns, de modo a assegurarem melhor qualidade de vida das pessoas e melhor repartição do tempo entre o trabalho produtivo e a vida pessoal, familiar e cívica?”

Será que imaginam o que é competir no mercado de bens transaccionáveis? Será que percebem que num mês uma empresa pode estar cheia de encomendas e depois, no seguinte pode estar às moscas? Será que alguma vez viveram longe do ramram universitário, na dúvida sobre se haveria dinheiro para pagar o mês seguinte?

BTW, o documento fez-me recordar o livro “Broken Window Broken Businesses” de Michel Levine:

The broken windows theory originated in the context of crime. It states that if a window in a building is broken and is not quickly repaired then within a short period all of the windows will be broken, or that leaving such minor infractions uncorrected indicates that major crimes might also be condoned.

Levine has taken this model and applied it to business. His hypothesis is that it is the small problems left unattended that lead to business failure.

This is an interesting book. It deals with some familiar issues including customer service, marketing and website design, but from a slightly different angle. Levine recommends an obsession with the details and a compulsion to fix problems as soon as they arise. He emphasises the importance of customer perception and the obvious, if too frequently ignored, fact that values and promises are no good to the company if they are not practised by everyone.

Levine is not necessarily advocating that a CEO micromanage the frontline business, but he makes some good points around the value of maintaining high standards in the small, seemingly unimportant things.”

Hummmm!!! Estou mesmo a envelhecer!!!

Aranha, mais estudiosos de golfinhos!!!

sexta-feira, julho 17, 2009

Retoma no Batalha

No sítio do Público encontra-se “Roubini prevê fim da recessão norte-americana este ano” onde se pode ler:

Roubini, professor de economia da Universidade de Nova Iorque e também presidente da centro de previsões económicas, RGE Global Monitor, reuniu-se ontem com investidores num evento organizado pelo governo chileno, no qual transmitiu uma perspectiva optimista sobre a economia dos Estados Unidos.

No Naked Capitalism “However, Roubini issued a statement after markets closed repudiating the view that he had changed his view on the U.S. economy at all (see statement here).

Roubini chama a atenção ““While the recession will be over by the end of the year the recovery will be weak given the debt overhang in the household sector, the financial system and the corporate sector. Now there is also a massive re-leveraging of the public sector with unsustainable fiscal deficits and public debt accumulation.

O fim da queda dos indicadores não vai ser sinónimo de retoma… só fim da queda mais nada.

Não sacrificar a marca

Um importante conselho de Ram Charan no seu livro “Leadership in the Era of Economic Uncertainty", nestes tempos de crise: não sacrificar a marca, não estragar num ápice o que tanto custou a desenvolver:

“Brand identity is extremely valuable to your company as a long-term differentiator. Although there is clearly a major trend for consumers to move from branded products to private-label products, brand will remain a valuable asset. You need to be sure the customer’s experience with your product lives up to the promise of the brand. Do not give in to the temptation to sacrifice identity by cheapening the product.

A brand reputation takes a long time to build. It is something you cannot afford to lose.”

Um exemplo do poder das marcas "The Enduring Power of Brand: Leica vs Panasonic" (por isto é que um japonês com que trabalhei nos anos 90 do século passado, apesar de conhecer alguns problemas dos Alfa-Romeo (era a sua profissão descobri-los) adorava e invejava a marca.

Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXX)

O artigo de Daniel Amaral no Diário Económico de hoje toca na ferida "A dívida".
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Como macro-economista, propõe uma solução de curto-prazo que pode muito bem, se aplicada, transformar-se em mais uma adição para o nosso tecido empresarial, que todos os anos vai voltar a querer a boleia de um abaixamento de salários.
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Esta semana estive em várias PME's que até ao Natal têm de trabalhar todos os sábados, dado que estão soterradas de trabalho. E continuam a ganhar mais encomendas.
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Como macro-economista que se preza não profere nem uma palavra sobre o peso do cuco.
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"Como imaginam, nenhum partido vai falar disto no decorrer da campanha eleitoral. Mas um deles vai ter de formar governo. E aqui, uma de duas: ou não faz nada, e será um desastre económico, ou reduz mesmo os salários, e será um suicídio político. O mais provável é que não dure 6 meses.

Proponho uma via melhor: uma vez que o futuro governo vai sair do bloco PS/PSD, que tal estes partidos discutirem o problema entre si e definirem para ele uma solução conjunta?"

Elementos de vitória

Fernando Pessoa escreveu em Maio de 1926 o texto "Elementos de vitória", publicado pela Revista de Comércio e Contabilidade:
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Estão cheias as livrarias de todo o mundo de livros que ensinam a vencer. Muitos deles contêm indicações interessantes, por vezes aproveitáveis. Quase todos se reportam particularmente ao êxito material, o que é explicável, pois é esse o que supremamente interessa a grande maioria dos homens. A ciência de vencer é, contudo, facílima de expor; em aplicá-la, ou não, é que está o segredo do êxito ou a explicação da falta dele. Para vencer - material ou imaterialmente - três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades, e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome, se chama sorte. Não é o trabalho, mas o saber trabalhar, que é o segredo do êxito no trabalho. Saber trabalhar quer dizer: não fazer um esforço inútil, persistir no esforço até o fim, e saber reconstruir uma orientação quando se verificou que ela era, ou se tornou, errada. Aproveitar oportunidades quer dizer não só não as perder, mas também achá-las. Criar relações tem dois sentidos - um para a vida material, outro para a vida mental. Na vida material a expressão tem o seu sentido directo. Na vida mental significa criar cultura. A história não regista um grande triunfador material isolado, nem um grande triunfador mental inculto. Da simples "vontade" vivem só os pequenos comerciantes; da simples "inspiração" vivem só os pequenos poetas. A lei é uma para todos."
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Saber trabalhar (ter uma orientação, ter uma estratégia e reflectir sobre ela); aproveitar oportunidades (as oportunidades multiplicam-se, à medida que são aproveitadas); criar relações (criar uma rede de contactos)

Obrigado Aranha pela referência

quinta-feira, julho 16, 2009

Ao que isto chegou!!!

"IMF warns pound could be at risk from uncertainty"
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"In a report published yesterday following a staff mission to Britain in May, the IMF said that a "credible plan" was needed to reverse the rapid deterioration of the public finances if confidence in the UK was to be upheld.

"Market conditions suggest the UK has been getting the benefit of the doubt, both in the Government bond market and also the foreign exchange market," said Ajai Chopra, the IMF's mission chief for the UK. "This benefit of the doubt is not going to last forever and it's going to be important that the Government does not test the limit of the market's confidence."

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E para nós, até quando dura a +rotecção do euro?

Começar pelo fim, para fugir aos rituais ocos

A propósito do artigo de Filipe Garcia no Jornal de Negócios “O Processo” onde se pode ler:
"O Processo" pode ser relevante de várias formas, mas destacaria essencialmente duas perspectivas: em primeiro lugar, do ponto de vista conceptual, o livro mostra-nos que as instituições podem desvirtuar-se, abandonando os seus objectivos ou funções, bastando que se percam numa teia de procedimentos, hierarquias, paradigmas e práticas, aniquilando a sua razão de existência e quem quer que esteja ao seu redor. Em segundo lugar, evidencia como, para o indivíduo, é crucial compreender a necessidade de, desde o início, controlar os processos (de qualquer tipo) e de não deixar a mínima margem para que a burocracia, os ritos, as práticas instaladas ou mesmo terceiros aparentemente prestáveis o afastem ou inviabilizem os seus objectivos.”
Recordo esta reflexão sobre a finalidade dos processos:
Antes de olhar para o interior de um processo, propomos que se equacione em primeiro lugar: qual a sua razão de ser; qual a sua finalidade, qual o seu entorno, quais as entradas, quais as saídas, quais as fronteiras.
Pensamos que esta sequência ajuda a concentrar a atenção na finalidade, nos resultados, e não nas actividades, não na quantidade de trabalho, não no que parece bem, nas boas intenções.
Ou, como deliciosamente escreve Tom Peters no seu livro “Re-imagine!”:
“When we think about “systems” or “processes,” we think about nuts and bolts – the dirty engineering details – that go into creating something that will “get the job done.”
We think in terms of “efficiency,” not “elegance.”
And yet most of the trouble business get into – in serving their customers and in general getting things done in dispatch – is directly attributable to the ugliness of their systems and processes. Over time, even a beautiful system tends to get elaborated and elaborated … and then more elaborated … with every change. Each one made, of course, for a “good reaon.” Until the whole ugly, sloppy, inefficient, demoralizing, dehumanizing mess makes everybody unhappy. We end up “serving the system” rather than having the system serve us.”
Para fugir a isto, vão por mim, comecem pelo fim.

Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXIX)

“The bourgeoisie worked primarily in order to invest, and it was not so much a standard of consumption as a standard of accumulation that the bourgeoisie struggled for and tried to defend against governments that took the short-run view. With the decline of the driving power supplied by the family motive, the businessman’s time horizon shrinks, roughly, to his life expectation. And he might now be less willing than he was to fulfill that function of earning, saving and investing even if he saw no reason to fear that the results would but swell his tax bills. He drifts into an anti-saving frame of mind and accepts with an increasing readiness anti-saving theories that are indicative of a short-run philosophy.”

Trecho retirado de "Capitalism, Socialism and Democracy" de Joseph Schumpeter

Lembrei-me deste trecho ao ler "De onde virá o dinheiro?" no jornal i:

"Será através de dinheiro emprestado que se vai redinamizar a economia. Isto significa que o dinheiro que desapareceu (ou que existia apenas virtualmente) está a ser substituído por mais dinheiro emprestado - algum dele também virtual. "