domingo, julho 19, 2009
Fisipe um exemplo de aposta nas margens
Do caderno de Economia do semanário Expresso de ontem destaco o artigo “Do têxtil para o carbono” onde se pode ler:
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“Focada no crescimento das margens, a Fisipe está a deixar a produção têxtil tradicional para se dedicar às fibras técnicas, como o carbono.”
…
“A empresa, que tem vindo a apostar na reconversão da actividade industrial, dos têxteis para a produção de especialidades e fibras técnicas com valor acrescentado”
…
“Não queremos crescer em volume de produção, mas na oferta de produtos com maior valor acrescentado”
Eis um exemplo de uma empresa que segue a minha religião: valor acrescentado em detrimento do volume. Não esquecer aquela máxima: volume is vanity, profit is sanity.
Acedendo ao nosso texto base sobre o conceito de proposta de valor podemos considerar a figura 10 sobre os atributos a ter em conta para satisfazer clientes-alvo que valorizam acima de tudo a inovação:
Se estivéssemos a desenhar um mapa da estratégia, entre vários objectivos estratégicos, uns mais específicos e outros mais genéricos, teríamos certamente em conta estes:
Ao pesquisar na internet o sítio da Fisipe encontrei este artigo “Internacionalizar é preciso” de onde sublinho os seguintes trechos:
1.”Temos participado em várias feiras e congressos nacionais e internacionais”
2.”A participação em feiras tem sido positiva não só pelos contactos realizados, mas também como forma de promover a imagem da Fisipe a nível internacional.”
3.”Participar em feiras internacionais, estar presente em congressos, aparecer nos eventos mais importantes do sector.”
4.”Temos que apostar em fabricar produtos de qualidade, com design, inovadores, com marca própria e com uma boa cadeia logística associada (o “lead time” é muito importante).
5.”Devemos também trabalhar mais próximo das universidades, poi é importante que nos conheçam e que, em conjunto, possamos desenvolver novos produtos e/ou novas aplicações para os produtos tradicionais.”
A figura que se segue relaciona as palavras do responsável de marketing da Fisipe com a proposta de valor:
A figura mostra como tudo fica encadeado de forma harmoniosa.
Agora, mais importante do que estes pormenores técnicos é a filosofia estratégica que parece permear a organização: o imperativo de fazer crescer as margens. Profit em vez de volume. Quem me dera ter mais sucesso no meu esforço missionário, na minha capacidade de converter mais PME’s a esta religião do valor acrescentado.
Como a empresa não pode receber apoios para aumentar a sua capacidade de produção… a aposta não é na quantidade mas no valor acrescentado… há aqui algo de biológico, perante o constrangimento legal de não poder crescer em capacidade de produção segue a máxima "nature evolves away from constraints, not toward goals"
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