"Innovation can give a company a competitive advantage and profits, but nothing lasts forever. Success brings on imitators, who respond with superior features, lower prices, or some new way to draw customers away. Time, the denominator of economic value, eventually renders nearly all advantages obsolete.
Yet, as obvious as this principle of competition is, we have no way to use it in establishing an organization’s strategy. How long and through what means can an organization expect to sustain its specific competitive advantage?"
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"Às vezes, perguntamo-nos o que causou a alegada perda de competitividade das nossas exportações nos últimos 10-15 anos. A resposta mais ouvida (e que tem um grande fundo de verdade) é que a perda da competitividade das nossas exportações
se deve principalmente ao facto de que os nossos custos unitários do trabalho terem subido mais rapidamente do que na Zona Euro, (
Moi ici: Mas tirando a produção de automóveis, onde é que nós competimos ombro a ombro com concorrentes localizados na Zona Euro?) o que tornou as nossas exportações menos atractivas e originou elevados défices da balança comercial (e contribuiu de sobremaneira para o nosso endividamento externo).
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Pessoalmente, não duvido que parte da perda de competitividade também ocorreu através deste mecanismo. No entanto, também me parece que
nem só dos custos unitários do trabalho vive a competitividade das nossas exportações. Mais concretamente,
há toda uma série de custos de contexto que urge diminuir para tornar as nossas exportações mais atractivas." (Trechos retirado deste postal de Álvaro Santos Pereira "
Custos da Competitividade"
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É verdade que os nossos custos unitários do trabalho subiram muito mais rapidamente que na Zona Euro, é verdade que há toda uma série de custos de contextos que sufocam a nossa indústria e promovem a destruição de empresas sem a contrapartida da renovação do tecido empresarial, é uma destruição sem a
criatividade associada de que falava Schumpeter.
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Mas, como revela esta tabela (retirada
daqui), uma vez abertas as comportas do comunismo na Europa de
Leste e na China, ficámos com um posicionamento competitivo insustentável.
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Não somos hoje um país que possa competir pelo preço por volumes de produtos maduros e básicos. Muitas empresas desapareceram, estão a desaparecer e continuam a definhar (
aqui e
aqui) por que o modelo de negócio, a lógica competitiva em que assentavam ficou obsoleta.
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Claro que quanto mais os nossos custos subirem, maior será a velocidade de destruição das empresas que vão tentando sobreviver.
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As empresas que estão a dar a volta e a ter sucesso são as empresas que não competem no negócio pelo preço, ou seja, onde o preço não é o order winner. Competem com base em tecnologia e, sobretudo, competem com base na rapidez e na flexibilidade, aproveitam também a boleia da escassez do crédito para se tornarem mais atractivas em franjas onde competem com asiáticos.
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A nossa adesão à UE, a queda do Muro de Berlim e a adesão da China à OMC culminaram num pico de globalização uniformizadora, vantajosa para o negócio do preço e do volume. A nossa abertura económica, com empresas pequenas e, sobretudo, muito viradas para o mercado interno, dizimou essas empresas impreparadas para a competição internacional (foi como no interior do país, assim que abre uma auto-estrada que facilita as comunicações entre o litoral e o interior, adeus empresas do interior que tinham na proximidade a sua vantagem competitiva num mercado regional). Qual a hipótese competitiva de uma empresa portuguesa preparada para competir num mercado de 10 milhões de habitantes quando chega um concorrente com acesso a mais capital e habituado a competir num mercado de 40 ou 50 milhões aqui ao lado? Tal qual europeus com armas de fogo a combater e a aniquilar os incas e aztecas das Pandoras sul-americanas.
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A nossa adesão à UE, os apoios comunitários, os salários baixos e a inexistência da Europa de Leste e China como opção produtiva, até porque não existiam as infra-estruturas de comunicação que o boom das dotcom criou no final do século passado, abriram a porta às multinacionais que vivem dos negócios baseados no preço, ou seja, nos custos baixos. Vimos que foi
chão que deu uvas assim que os nossos custos laborais ficaram incomportáveis.
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A recuperação em curso da nossa competitividade assenta, também, numa alteração macro-económica ainda em desenvolvimento, aquilo a que chamo a mongolização do planeta, aquilo a que Ghemawatt chama a semi-globalização. Muitas empresas, muitos sectores estão a descobrir o mundo da heterogeneidade, o mundo das tribos, o mundo da rapidez (já devem estar à venda na Catalunha t-shirts com a cara de Mourinho e um 5-0 impresso), incompatível com os contentores chineses e, os custos que se escondem por detrás dos markdown de final de estação e dos sell-out não repostos.
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Somos alemães e temos de competir com uma moeda forte... não há alternativa estratégica sustentável dentro do actual euro a esta realidade. E é a única forma de a prazo os portugueses viverem melhor num país sustentável.
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IMHO, neste momento o que faz falta é abrir as comportas à criação de empresas, para isso há que reduzir o peso do Estado-cuco-normando. Não há forma de dar a volta à questão e, por isso, é que os instalados do regime, uma certa burguesia tem medo do FMI.
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Trecho inicial retirado de "
How Sustainable Is Your Competitive Advantage?" de Jeffrey R. Williams
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Para os que de fora, em vez de rachar lenha, mandam umas bocas sobre a capacidade gestora dos empresários (
daqui):
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"organizations that are reliable and accountable are those that can survive (favored by selection). A negative by-product, however, of the need for reliability and accountability is a high degree of inertia and a resistance to change. A key prediction of organizational ecology is that the process of change itself is so disruptive that it will result in an elevated rate of mortality.
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The theory fragment on niche width distinguishes broadly between two types of organizations: generalists and specialists. Specialist organizations maximize their exploitation of the environment and accept the risk of experiencing a change in that environment. On the other hand, generalist organizations accept a lower level of exploitation in return for greater security (Hannan and Freeman 1977: 948).
Niche theory shows that specialisation is generally favoured in stable or certain environments.
However, the main contribution of the niche theory is probably the finding that “generalism is not always optimal in uncertain environments” (Hannan and Freeman 1977: 958). The exception is produced by environments which
“place very different demands on the organization, and the duration of environmental states is short relative to the life of the organization” (Hannan and Freeman 1977: 958)."
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Sempre gostei deste
esquema de 2008 feito no tempo em que tinha um tablet: