sábado, maio 25, 2013

Curiosidade do dia

E volto à figura sobre a distribuição da qualidade de gestão nas empresas portuguesas:
E volto à pergunta:
Por que é que a cauda está tão povoada?
Porque o Estado apoia as empresas, porque o Estado não as deixa morrer.
"É por isso que "hoje é necessário apoiarmos as empresas, para que elas continuem a trabalhar, para preservar os seus postos de trabalhos e criar, se possível, mais emprego"."
Assar sardinhas com o lume dos fósforos... sempre a mesma treta.
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Por isto é que a troika nunca vai sair de cá.

Perigosa propaganda liberal que quer promover a precariedade, outra vez

Já recebi a mensagem da Amazon a comunicar-me que o livro encomendado já há alguns meses, finalmente foi publicado e expedido. Trata-se de "The End of Competitive Advantage" de Rita Gunther McGrath.
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Tim Kastelle já leu o livro e, recentemente, escreveu sobre ele em "Competitive Advantage is Dead. Or at Least Dying.", ao ler este trecho retirado do livro:
"As one senior executive noted, “Inherently, companies like ours are super agile, because we are not in control of our own destiny (Moi ici: Lembrei-me logo do uso da palavra refém!)… We can only live off something that our clients have decided to do.” This makes Sagentia a model for where more and more businesses are headed—as competitive advantages shorten and competition comes from everywhere, increasingly firms are in the same position, that is, “not in control of [their] own destiny.” Consistent, ongoing innovation and extraordinary closeness to customers is the only possible response."
Pensei logo na quantidade de fazedores de opinião neste país que são incapazes de perceber esta mudança no mundo económico e que são capazes de apelidar estes livros de "perigosa propaganda neo-liberal promotora da precariedade".
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Um "senior executive" que afirme "we are not in control of our own destiny" não será, não é entendido por estes fazedores de opinião e rapidamente rotulado de explorador.


"Heaven will direct it" ?


"Ricardo Salgado: “Portugueses preferem o subsídio de desemprego”" e "Alentejo com a décima maior subida do desemprego jovem na Europa"
Imaginem uma zona do interior rural. Os jovens são integrados na escola e são submetidos entre 9 a 12 anos de uniformização e mentalização.
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Ao fim desse período estão preparados para trabalhar na cidade grande do litoral. Nada na escola os preparou para a vida laboral numa pequena cidade do interior.
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Acaso alguma vez os programas escolares falaram sobre as tradições da sua região sem ser em linguagem museológica? Acaso alguma vez os programas escolares falaram sobre as actividades económicas da sua região? Acaso alguma vez os programas escolares falaram sobre o que se pode fazer com as diferenças do interior? Acaso alguma vez os programas escolares apostaram em algo mais do que formatar mentes para serem funcionários e obedecerem?
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Admito que os jovens não queiram trabalhar na agricultura, não por causa de um eventual magro salário, mas porque não joga com o modelo mental em que a escola os formatou.
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É como uma empresa que rejeita uma encomenda de um potencial ciente sério, honesto, disposto a pagar o preço do mercado, porque o cliente e a encomenda não estão em sintonia com o que a empresa faz ou quer fazer, ou se quer especializar.

O senhor Mario Draghi consegue ver coisas que eu não consigo

"Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, disse hoje que os programas de ajustamento aplicados em alguns países da Zona Euro - como é o caso de Portugal - "começam agora a dar os seus primeiros frutos", disse citado pela Bloomberg.
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"Vemos isto claramente na melhoria impressionante no desempenho das exportações na Irlanda, Espanha e Portugal e no pequeno aumento recente na produção industrial nos últimos dois países", frisou Draghi num discurso em Londres, citado pela Bloomberg."
O senhor Mario Draghi consegue ver coisas que eu não consigo... por isso é que ele é o presidente do Banco Central Europeu e eu sou só um mero anónimo da província.
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A verdade é que não consigo descortinar o impacte do programa de ajustamento na evolução das exportações portuguesa de bens:
Não concordo com Mário Draghi no sentido em que não atribuo grande influência do programa de ajustamento à evolução das exportações.
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Trecho retirado de "Draghi: Melhoria das exportações portuguesas é impressionante"

sexta-feira, maio 24, 2013

Curiosidade do dia

No meu JdN de ontem vinha um suplemento intitulado "Encontros da Junqueira" sobre a sessão que se terá realizado a 6 de Fevereiro último.
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Esta tarde, aproveitei para ler a intervenção do Key-Note Speaker, o professor Ricardo Reis. A certa altura  verifico que ele também usou a imagem referente a Portugal (que independentemente referi esta manhã aqui):
E disse:
"o grande problema é a cauda não a média. A empresa mediana portuguesa está ao nível da americana. A grande dificuldade é termos esta cauda tão grande. Há tantas empresas mal geridas em Portugal. Muito mal geridas, ou pouco produtivas."
Depois, quando começa a sessão de perguntas e comentários, Jorge Braga de Macedo pergunta:
"O que é que se faz com aquele gráfico?"
 António José Seguro responde mostrando como é que aquela cauda permanece:
"Seguro quer Estado a entrar no capital de empresas "sem gastar um cêntimo""
Ou, então, Daniel Bessa.
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O Estado não precisa de fazer nada, esse é o ponto, basta seguir a via negativa e deixar o mercado actuar. Os clientes e consumidores que reduzam aquela cauda.

Surreal

Há mais uma cena deste evento que queria partilhar.
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Quando finalmente a mesa ficou completa, o vice-presidente da AEP deu as boas vindas e passou a palavra ao presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Portugal (ADVP).
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Este, sem abrir a boca, chegou ao púlpito, mexeu no computador e começou a projecção de um filme de 3 minutos (?) sobre a ADVP.
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Estamos em Portugal, é uma associação de dirigentes de vendas e marketing... e reparem: o filme não tinha locução e tinha como música de fundo uma canção cantada em brasileiro por um coro de vozes. E, de 30 em 30 segundos ouvia-se o refrão:
"Pra fazer o Brasil crescer!
Pra fazer o Brasil crescer!"
Lembrei-me logo daqueles folhetos que nos põem na caixa do correio:
"Venha por 1 euro a Santiago de Compostela, tem é de ficar não sei quantas horas a ouvir as apresentações sobre os produtos que comercializamos"

Surreal!!

Abraçar a mudança


"If your company is already well established and has smart management, it is likely that it will become a hybrid in the next ten years, blending its legacy business with a new business model that is rising to threaten it."

Tentativa e erro

Tendo em conta este retrato da qualidade da gestão em Portugal:
Interpreto estes factos:
"Até ao final de Abril passado, o saldo líquido entre as aberturas e as dissoluções naturais e insolvências é bastante positivo: neste período, foram abertos mais do dobro dos negócios que encerraram (5095) ou que estão insolventes (2029).
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Curiosamente, é nos sectores mais massacrados pelas falências que se registam, simultaneamente, mais aberturas. São os casos dos ramos dos serviços, construção e restauração, que apresentam também um saldo líquido altamente favorável."
Como a conjugação dos optimistas, Kahneman escreve sobre a importância do optimismo para a sobrevivência da espécie, com a realização de mais uma rodada, de mais uma tentativa, testando uma nova hipótese de negócio na caixa de Petri que é a realidade.
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Somos, como colectivo, muito mais de agir do que de pensar... o que tem o seu lado menos mau quando o mundo muda muito. Os modelos mentais demoram muito a morrer, por isso esta curiosidade do dia.
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Saúdo cada um destes optimistas anónimos e faço minhas as palavras do editorial de PSG no JdN de ontem:
"Mas não está tudo parado: estão a ser criadas empresas e isso tem de representar alguma coisa. Não é um fenómeno colectivo, mas são muitos fenómenos individuais. A agricultura está na moda, a restauração sempre esteve à mão, os serviços continuam a dominar. Já se sabe, não é isto que muda a economia, o que muda são investimentos reprodutivos, indústrias exportadoras, investimento estrangeiro. Mas estas empresas que não pesam um grama no nosso "pibinho" pesam muito no PIB de quem as ergue e de quem lá trabalha. Merecem reconhecimento. Atenção. E, se forem boas, merecem clientes."

Factos retirados de "Não se criavam tantas empresas desde a queda da Lehman"... afinal não estamos só numa fase de destruição, também já chegou a fase de criação... esperemos que o conjunto resulte em destruição criativa.

O dia da expiação

Esta semana assisti a um evento na AEP intitulado "Produtividade Portugal II", para meu espanto, em vez de se olhar para as empresas, em vez de se compararem boas e más práticas entre empresas, para descortinar formas de subir a produtividade:
  • afirmou-se que a culpa da baixa produtividade é da troika e do programa de ajustamento (Miguel Frasquilho)
  • afirmou-se que "a culpa é do Gaspar" e que é preciso capitalizar as empresas (António Marques da AIMinho)
  • olhou-se para o umbigo e celebrou-se a universidade (João Duque) por causa da evolução positiva de:
  1. nº de doutoramentos por 100 mil habitantes;
  2. nº de publicações académicas por 100 mil habitantes;
  3. nº de citações
Claro que dei logo por mal empregue o meu rico tempo. O locus de controlo no exterior a funcionar a todo o gás... como pude ter esperado algo de diferente...
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Entretanto, descubro "Management Practices Across Firms and Countries" de onde retiro:
"Studying the causes and implications of variation in productivity across firms has become an important theme in social science. While several fields have been studying management for many decades, economists have traditionally ignored management as a driving factor explaining differences in productivity. We believe the discipline would benefit from more interaction with the management field. We have started to bridge this gap by developing a simple methodology to quantify some basic aspects of management practices across sectors and countries, and using experiments to identify causal impact.
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The patterns we find in our large samples of management data lead us to believe that an important explanation for these large differences in productivity among firms and countries are variations in management practices. These are hard, but not impossible, to measure, and we hope the methodology we have developed will be refined and used by other researchers to help draw the international map of management in finer detail in additional countries, industries, and practices.
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From a policy perspective, several factors seem important in influencing management quality. Product market competition has a critical influence in increasing aggregate management quality by thinning the ranks of the badly managed and incentivizing the survivors to improve. Indeed, much of the cross-country variation in management appears to be due to the presence or absence of this tail of bad performers. One reason for higher average management scores in the United States is that better managed firms appear to be rewarded more quickly with greater market share and the worse managed forced to rapidly shrink and exit."

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Alguns gráficos interessantes:
Como não sou um frequentador habitual destes happenings pensava que informação deste tipo já teria entrado no circuito... afinal, descobri que estes momentos são para eleger um ou dois bodes expiatórios e fazer uma espécie de diatribe contra eles, como causadores dos nossos males e, assim, evitar olhar para dentro de casa e para as nossas próprias práticas.
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No 2º painel, apanhei um tal de Nadim Habib, CEO da Nova Business School e fiquei rendido. Falha minha não conhecer este senhor. O homem a certa altura afirma: "agora o que conta não é a eficiência, é a eficácia". 

quinta-feira, maio 23, 2013

Curiosidade do dia

""Survival of the fittest", a term so hackneyed in the investment media, does not seem to be properly understood: under regime switching, ..., it will be unclear who is actually the fittest, and those who will survive are not necessarily those who appear to be the fittest.
...
at a given time in the market, the most profitable traders are likely to be those that are best fit to the latest cycle."
Neste trecho, Nassim Taleb fala sobre o "investment media", mas eu julgo que se aplica, também, à economia.
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Porque acredito em:
"under regime switching, ..., it will be unclear who is actually the fittest, and those who will survive are not necessarily those who appear to be the fittest" 
É por isto que acredito que os estímulos são um erro, quando há um corte epistemológico e dá-se uma mudança estrutural, a situação "normal" mudou, ela já não volta e, torrar dinheiro dos contribuintes é atrasar a transformação inevitável... "stressors are information".

Trecho retirado de "Fooled by randomness"

O mundo a mudar

O mundo a mudar:

Há 3/5 anos estaria condenado

Um exemplo interessante "Produtor do Fundão vende folhas de tabaco pela Internet"

"Em 2012, o produtor do Fundão cultivou uma área com cerca de oito hectares de tabaco e este ano prevê laborar 35 hectares."
Há 3/5 anos estaria condenado.
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Hoje, com uma prateleira na internet, faz o by-pass ao incumbente...
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A não ser que o incumbente, em conluio com o Estado, lhe corte as pernas.

Que margens vão ter?

O anti-comuna é que costuma(va) falar disto "Empresas querem produzir para os "hipers" estrangeiros" (em boa verdade ele escrev(i)a sobre as empresas acompanharem a distribuição portuguesa na sua expansão externa).
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No entanto, há algo que me interpela. Por um lado:
""Todas as empresas têm experiência com a grande distribuição portuguesa e a maioria já fornece cadeias internacionais.
...
Na próxima semana, um grupo de dez empresas vai marcar presença na PLMA Amesterdão, considerado o certame agro-alimentar mais interna­cional para a marca da distribuição.
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Para as empresas, a vantagem de produzir com o rótulo do supermer­cado prende-se não só com o facto de não ser preciso fazer investimen­tos comerciais ou de marketing, mas também com a garantia de venda do produto. (Moi ici: Eu percebo esta adição... mas transforma-se numa armadilha, deixa-se de contactar os consumidores, deixa-se de existir aos seus olhos)
...
Ao contrário do que seria espera­do, a dimensão reduzida - muitas vezes apontada como entrave - aca­ba por dar às empresas nacionais mais flexibilidade para responder às exigências dos clientes. "Está a ser uma vantagem competitiva", garan­te Ondina Afonso, apontando como exemplo a facilidade em adaptar a produção à rotulagem, embalagem e a ingredientes." (Moi ici: Este é o parágrafo que me faz parar... trabalhar com a grande distribuição é um negócio de quantidades, é um negócio de preço baixo e, conjugar isso com flexibilidade... que margens estão a ter? Que margens vão ter? Aqui no blogue estou sempre a escrever isto, ser pequeno é bom para ser rápido e flexível, mas não para competir pelo preço mais baixo)

O meu desafio seria outro...

Ontem de manhã, na viagem de comboio, comecei por ler um recorte de jornal, retirado da internet, "Ginásios balançam crise com preços baixos, descontos e contratos flexíveis".
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Um recorte que me fez pensar e abanar a cabeça...
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Presumo que os ginásios Solinca se queiram posicionar numa gama superior do mercado.
Presumo que os ginásios Fitness Hut se posicionem no "low cost".
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Como é que um e outro têm agido?
"torneiam a crise com mensalidades ‘low cost’, descontos nas inscrições, acompanhamento nutricional gratuito e até descontos nos supermercados."
Confesso que esta promoção da Solinca:
"Os ginásios Solinca, do grupo Sonae, contornaram a crise apostando em campanhas “agressivas”, designadamente com parcerias com a marca Continente e oferecendo nos meses de Janeiro e Fevereiro deste ano “50% de desconto em cartão” nas mensalidades de 50 euros," 
Me fez muita espécie... sobretudo porque logo a seguir li o artigo "When Opposites Detract: Categorical Reasoning and Subtractive Valuations of Product Combinations" (Quando se junta A para dar mais valor a B, está-se a afirmar que B, sozinho, não é suficientemente forte... voltei a recordar as promoções mixirucas dos hotéis de 5 estrelas")
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O que fez a Solinca para fazer frente à crise? Olhou para dentro, olhou para os custos, procurou ficar mais eficiente:
"começaram por intervir nos custos ao longo de 2012, na reorganização da estrutura de pessoal, renegociação de rendas e redefinição do plano de eficiência energética."
Pessoalmente, se trabalhasse com a Solinca, teria lançado outro desafio, teria convidado a empresa para fazer uma outra aposta, independentemente de algum trabalho a nível de custos.
Podem competir com ginásios low-cost?
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Não!
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Logo, qual é o caminho menos percorrido?
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Teria desafiado a Solinca a concentrar-se na experiência que proporcionam.
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Se um potencial cliente entrar no site... vai perguntar, qual é a oferta? O que têm para mim?
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E a oferta é:
  • modalidades; e
  • programas adicionais
E também há um "saiba mais sobre as nossa campanhas" ... 
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Ou seja, a Solinca concentra-se na oferta, concentra-se no objecto, concentra-se no que domina, concentra-se no produto/serviço.
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O meu desafio seria:
"Concentrem-se na experiência que a vossa oferta gera!"
Em vez de listagem das especificações da oferta, apostaria num site que convidasse o potencial cliente a co-desenhar, a co-construir e a co-produzir um programa feito à medida dos objectivos, da experiência procurada e valorizada.
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Voltava à jornada e à Microsoft dos anos 90: "Where do you want to go today?"
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Em tempos escrevi aqui sobre os ginásios e, 2 anos passados, a minha crença nesta abordagem está mais fortalecida.
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Há tempos, tive acesso ao "Barómetro AGAP" (Associação de Ginásios de Portugal) do 1º trimestre de 2012 e descobri lá esta pérola:
"Os ginásios com mais de um clube (cadeias) registam maiores perdas de clientes que os independentes (um único clube); de forma surpreendente, os clubes independentes que não possuem vantagens de escala, têm recursos mais escassos e menor facilidade de crédito que as cadeias, são mais resistentes e conseguem obter melhores resultados também na variação da facturação”
A minha explicação é: os clubes independentes, ainda que inconscientemente, apostam na relação, apostam na interacção, co-constroem algo que é mais forte que uma oferta que pode ser retirada assepticamente de uma vending machine.
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Paulo Viñaspre é da mesma opinião "Fazer face ao low cost".

quarta-feira, maio 22, 2013

Curiosidade do dia

A propósito de "Portugal com 3.ª maior queda nas vendas do comércio a retalho na UE" sublinho:
"Entre os 27 Estados-membros, as maiores descidas homólogas pertenceram a Espanha (-10,5%), à Eslovénia (-7,7%) e a Portugal (-5,9%), enquanto a Letónia (8,8%), a Lituânia (4,5%) e a Suécia (3%) lideraram as subidas."
Não há dúvida que Espanha atravessa uma crise, a qual se reflecte, naturalmente, na queda das venda a retalho; contudo, gostaria de chamar a atenção para este ponto:
"En el año 2012, más de 2,4 millones de españoles compraron moda a través de la Red, lo que supone un incremento del 12,5%. Aunque por el momento las compras de moda online sólo suponen un 1,4% de la facturación registrada por el sector textil en 2012, esta cifra se ha duplicado en tan solo dos años." 
Trecho retirado de "La moda duplica su facturación en la Red en 2012 y supera los 2,4 millones de compradores"

Se calhar há mais qualquer coisa


Nas últimas semanas os jornais divulgaram os seguintes sintomas:

  • O calçado em 2012 teve o melhor ano de sempre e, o primeiro trimestre de 2013 está 6% acima;
  • Têxtil em 2012 voltou a crescer e a exportar ao nível de 2006 com cerca de 60% das empresas de então;
  • O mobiliário teve em 2012 o melhor ano de sempre e, o primeiro semestre de 2013 está cerca de 6% acima;
  • A agricultura cresceu em 2012 a dois dígitos;
  • A metalomecânica teve em 2012 o melhor ano de sempre;
  • A vitivinicultura teve em 2012 o melhor ano de sempre;
  • A floricultura teve em 2012 o melhor ano de sempre;

Entretanto, os que acreditam que a produtividade e a competitividade aumentam à custa de boleias dada pelo Estado continuam a sua campanha “Ferraz da Costa: Degradação da competitividade externa é o principal problema da economia portuguesa”.
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Um mapa não é a realidade, um mapa é uma ferramenta que tenta ajudar a descrever a realidade. É certo que a queda continuada desde 2000 é um sinal preocupante, mas se calhar há mais qualquer coisa que o índice não apanha.

Nunca esquecer, produzir é o mais fácil

"Disruption Lessons From Airbnb"

"Your future competitors will likely supply what you do--but from cheaper, off-the-radar sources.
...
the key to Airbnb's disruption of the incumbent hospitality market--that is, hotels and inns--was its ability to challenge the incumbents' traditional source of supply. "Airbnb enables anyone with a spare room and a mattress to run their own BnB and benefit from a global market of travelers."
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It would be one thing if Airbnb were the only upstart disrupting incumbents by challenging traditional supply sources.
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1. They create new sources of supply.
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2. These new sources of supply tend to be inferior to and less sophisticated than previously existing ones.
...
3. Over time, the supply on these platforms evolves to compete directly with mainstream competitors."
Nunca esquecer, produzir é o mais fácil. Difícil, difícil é vender.

Ainda sobre a Airbnb.


Gente que não se intimida com a mini-saia, agora aqui ao lado, também

"La principal conclusión del informe, titulado Análisis de Actuaciones y Estrategias 2012-2013, es que las expectativas para este año son, de nuevo, optimistas en los mercados exteriores y pesimistas en el nacional. El 54,3% de las empresas del sector asegura que en 2012 disminuyeron sus ventas en España y sólo la mitad del 60,1% de las compañías de calzado que esperaban mantenerlas, lo consiguió.
Por el contrario, el estudio subraya que la evolución del comercio exterior en 2012 fue positivo y mejor de lo esperado. En la Unión Europea, el 31,5% de las empresas aumentó sus ventas y el 46,2% las mantuvo. Fuera de la zona Euro, el 36,1% de las compañías del sector incrementó sus resultados y el 44,6% conservó las mismas cifras que en 2011.
Para 2013, el 39,3% de las empresas españolas de calzado espera aumentar sus ventas en la Unión Europea y el 56,7%, mantenerlas. En cambio, el 22% de las firmas prevé una caída de sus ingresos en el mercado nacional, mientras el 60,7% estima que conservará su cifra de negocio.
Por otro lado, el año pasado aumentó el número de empresas que subcontrataron su producción sólo en España. Las compañías que fabrican en el país han pasado del 51,8% en 2011 al 58,5% en 2012. Para este año, se estima que el porcentaje de empresas que recuperen la producción local alcance el 65%."
Trecho retirado de "El calzado español apuesta en 2013 por las exportaciones y el retorno de la producción"

"La moda española mantiene su pujanza en el exterior. Las exportaciones españolas de textil y confección alcanzaron un total de 2.948 millones de euros en el primer trimestre del año, un 8,7% más que en el mismo periodo de 2012.
...
La marcha de las exportaciones textiles es netamente mejor a la del conjunto de las exportaciones industriales españolas, que en el periodo de enero a marzo registraron un crecimiento del 3,9%, según datos del Ministerio de Economía y Competitividad.
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En el primer trimestre, los productos de confección (subgrupo dentro de la categoría de productos textiles) registraron un aumento de las exportaciones del 13,3%, hasta los 2.110 millones de euros, y en marzo el alza interanual llegó al 18%."
Trecho retirado de "Exportaciones textiles: la moda sigue creciendo fuera de España con un alza del 9% en el primer trimestre"

terça-feira, maio 21, 2013

Curiosidade do dia

Via twitter tive conhecimento desta cena no PeC de ontem.

Como um "fazedor" cala um elemento da "tríade": parabéns, caro Martim!!!

Os vinhos e a mini-saia

Este artigo "Vinhos portugueses lançam-se à conquista do mundo atentos ao preço" levanta um tema interessante, o Evangelho do Valor no mundo dos vinhos.
"Especialistas no sector, mas sobretudo influentes críticos e fazedores de opinião que são, como é sabido, o melhor veículo para levar a mensagem até ao consumidor final."
A aposta na cadeia da procura, a aposta no ecossistema da procura em vez da aposta pura e simples em vender aos pagadores.

 "Num mercado onde o crescimento tem sido dominado pelos produtores de fora da Europa, Portugal registou um crescimento sustentado nos últimos três anos, tanto em valor como volume de vendas.
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O grande problema é que as exportações, sobretudo nos vinhos de mesa, assentam ainda numa estrutura de baixos preços. É que enquanto o vinho francês é exportado por um valor médio por litro acima dos seis euros, os vinhos portugueses não chegam sequer ainda aos 1,5 euros, abaixo de países como Nova Zelândia, Chile ou África do Sul.
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Apesar de tudo a tendência tem sido de crescimento, embora muito ligeiro, mas ao contrário daquilo que se passa com a generalidade dos produtores europeus, com excepção da França. Na vizinha Espanha, que se tornou no segundo exportador mundial, ultrapassando a França e só atrás da Itália, o preço por litro parece cair nos últimos anos na proporção em que aumenta o volume de vendas.
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Quer isto dizer que os espanhóis necessitam de vender uma cada vez maior quantidade de vinho ao exterior para arrecadar o mesmo nível de receita.
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Um fenómeno que se reflecte também nas nossas vendas para o país vizinho. Nos últimos três anos a exportação de vinho português para Espanha mais que quintuplicou (de 43.771 para 229.375 hectolitros, ao mesmo tempo que o preço caía de 2,64 euros para apenas 88 cêntimos por litro). Trata-se sobretudo, como está bom de ver, da venda de vinhos de granel, que os agentes do sector querem ver cada vez mais restringida em favor dos vinhos engarrafados de qualidade, sobretudo os de denominação de origem protegida (DOP).
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É neste tipo de vinhos que assenta a promoção internacional, com resultados que se têm revelado bastante satisfatórios. Nalguns mercados os valores/litro aproximam-se até dos vinhos da França e da Nova Zelândia, que são os mais valorizados no mercado internacional, e ultrapassam até os valores médios da Itália."
 É bom, é reconfortante ver mais gente, em mais sectores, preocupada em seguir o conselho que também partilhamos "Trabalhar para aumentar os preços"
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BTW, outros que dizem que a mini-saia não é argumento, não culpabiliza as "galdérias", "Exportações de vinho verde de Felgueiras para a Rússia aumentam 15 por cento ao ano"
"As exportações de vinho verde da Cooperativa Agrícola de Felgueiras (CAF) destinadas à Rússia estão a aumentar 15 por cento ao ano, tendo ultrapassado as 100 mil garrafas em 2012, disse à Lusa o presidente da direcção.
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Os importadores russos preferem a mais cara das três marcas comercializadas pela CAF, o que reflete o tipo de consumidores que consomem o vinho importado de Felgueiras.
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Outro mercado onde os vinhos de Felgueiras continuam a ter boa aceitação é o dos Estados Unidos da América, que importam anualmente cerca de 150 mil garrafas. «É um mercado que tem crescido, embora a um ritmo mais lento, porque está mais consolidado do que o russo», observou o presidente.
Alemanha, Noruega e Suíça são outros mercados onde o vinho verde de Felgueiras tem tradicionalmente uma boa aceitação.
Também com forte crescimento continua o Brasil, apesar de, admitiu, haver por vezes grandes dificuldades nos processos burocráticos de importação." (Moi ici: Tudo países fora da zona euro... pois, treta)