sábado, agosto 16, 2008

Algumas notas sobre o retalho

Sobre a competição entre lojas do preço-baixo e lojas do comércio tradicional nos Estados Unidos, dois estudos:
Um resumo das acções a desenvolver pelo comércio tradicional encontra-se a seguir:

Não adianta continuar a forçar com soluções obsoletas, há que dar a volta e fazer da experiência de compra algo de positivo, algo de interessante.
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Ontem, por exemplo, entrei numa loja Zara Home num centro comercial... só tinha uma funcionária. Entrei, dei uma volta pela loja, estive lá dentro cerca de 4/5 minutos e depois saí. Durante todo esse tempo a funcionária esteve super-concentrada em digitar algo para um PDA... como o balcão estava à saída da loja, lembrei-me logo de uma estória americana em que os funcionários de uma cadeia de lojas foram entrevistados sobre o que julgavam ser a sua missão. Alguns, de boa-fé, acreditavam genuinamente que a sua função era evitar que os clientes roubassem inventário...
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O comércio tradicional nunca conseguirá competir no negócio do preço, mas pode competir recorrendo a combinações daquelas 10 sugestões, na encenação de experiências... como a da recente podologia.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Estratégia --> Processos críticos --> Actividades críticas --> Funções críticas (parte II)

Continuado daqui.
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Assim, recorrendo à proposta de valor e aos consequentes 'drivers' estratégicos de uma organização, e ao seu modelo de funcionamento, com base na abordagem por processos, podemos identificar os processos críticos para a execução estratégica.
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Identificados os processos críticos podemos identificar as funções que executam as actividades críticas porque relevantes para a capacidade de execução estratégica. Mark Huselid, Brian Becker e Richard Beatty, no seu livro "The Workforce Scorecard - Managing Human Capital to Execute Strategy" chamam a estas funções críticas "A"-players.
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"Measures of wokforce performance or contribution to firm performance must reflect that indirect line of sight between the workforce and the firm's financial success."
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"The right workforce performance measures follow directly from the strategic role of the workforce in executing your firm's strategy."
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"The key element of this approach are the need to move from viewing people and people management systems as a cost to be minimized to viewing them as a primary source of competitive advantage. Here we introduce the concept of disproportionate investments and show how disproportionate investments in "A" players in "A" positions (funções críticas) is essential for the effective execition of workforce strategy."
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"We believe that is only after you are clear about the strategic objectives and workforce capabilities that you can effectively develop a Workforce Scorecard. Thus, the process begins with a clear statement of firm strategy and the identification of the key or "A" roles that disproportionately contribute to firm success - as well as "A"-level performance within those roles."
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Continua

quinta-feira, agosto 14, 2008

Estratégia --> Processos críticos --> Actividades críticas --> Funções críticas

Michael Porter no seu clássico “What is Strategy?”, publicado pela Harvard Business Review em Nov.-Dec.1996, escreve:
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"
Uma empresa só pode superar os seus rivais se estabelecer uma diferença que possa preservar"
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Ok, e de onde vêm as diferenças sustentáveis?
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"Em última instância, todas as diferenças entre empresas, em custos ou preço derivam das centenas de actividades…"
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Dado que os processos são conjuntos de actividades solidárias e alinhadas que transformam entradas em saídas, não cessa a minha atenção e interesse pela abordagem por processos, como uma ferramenta fundamental para gerir e liderar uma organização.
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Assim:
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"A diferenciação resulta tanto da escolha das actividades a realizar como da forma como são realizadas."
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E
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"As actividades, são, então, as unidades base para a vantagem competitiva."
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Quem realiza, quem executa, quem desempenha essas actividades são as pessoas!
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Nesta linha de raciocínio, no livro "The Workforce Scorecard - Managing Human Capital to Execute Strategy" de Mark Huselid, Brian Becker e Richard Beatty, encontramos:
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"Traditional perspectives on workforece success, which often focus on standardization and cost reduction, have little to do with the demands of successful strategy execution."
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"Successful strategies and competitive advantage nearly always rely on some form of differention in the marketplace; yet traditional workforce strategies are remarkaly undifferentiated both within and across firms. That is, we often see firms with very different organizational strategies adopting highly similar workforce strategies."
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Ou seja, estamos perante uma contradição.
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"an organization where HR professionals are solely focused on operational efficiency and administrative compliance can never fully capture the strategic value of its workforce."
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Poupar não é o mesmo que ganhar!
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"for many years workforce measurement has primarly consisted of measuring activities associated with HR transactions and of improving the performance of those elements. As a result, managers quite often focus on the wrong measures, and even if those measures could be driven to zero, it would have little or no influence on the successful execution of the firm's strategy."
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"The emphasis on workforce differentiation breaks the traditional disconnect between the logic of differentiation at the level of corporate strategy and the tendency toward homogeneity or commonality in workforce management. The foundation of any successful strategy is some basis of differentiation between the value proposition your firm offers customers and the value proposition your competitors offer ... we are advocating a movement away from "plain vanilla" workforce strategies - where all emplyees are offered the same "deal" - to workforce strategies that arecarefully tailored to your business requirements ... the implications for workforce management is that some positions and some employees are more central to strategy execution than others. This means not only that these positions and employees must be identified, but also that the workforce systems that support, develop, and motivate them are likely to be different from those same systems for non-strategic workers. In short, not all workforce contribution is created equally, some types of workforce performance are more valuable than others, and this different opportunity for value creation has to be managed differently as well."
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Em perfeita sintonia com esta reflexão de Novembro passado.

Algumas ferramentas para ligar ambiente e inovação e desenvolvimento de novos produtos

Na revista Business Week o artigo "Make Green R&D a Competitive Advantage" assinado por Andrew Shapiro.

quarta-feira, agosto 13, 2008

A importância das pessoas para o sucesso de qualquer empreendimento

Uma das razões porque ainda não abri uma página daquela que estava prevista ser a minha leitura de férias deste ano, foi a de ter espreitado um dos livros que estava na minha pilha de leituras atrasadas e ter ficado enfeitiçado pelo seu conteúdo.
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No capítulo VII do nosso livro escrevemos sobre como relacionar as iniciativas estratégicas que decorrem de um balanced scorecard com as pessoas que trabalham na organização. Pois bem, o livro "The Workforce Scorecard - Managing Human Capital to Execute Strategy" de Mark Huselid, Brian Becker e Richard Beatty, regista as reflexões de especialistas sobre as pessoas, os seus comportamentos, competências e cultura, para executar a estratégia de uma organização.
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Hei-de registar aqui algumas das passagens que mais gostei e que julgo serem úteis para o futuro. No entanto, hoje prefiro chamar a atenção para o artigo do Diário Económico "A aprendizagem do ofício", assinado por Pedro Lomba.
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"Um dia percebeu que os clientes, sobretudo as mulheres, sorviam com atenção tudo o que ele lhes dizia sobre a anatomia do pé na sua relação com o sapato. Percebeu que podia melhorar a sua cultura geral em benefício das vendas. "
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"vejam que eu tinha à minha frente um homem notoriamente conhecedor e competente no que fazia. Não era um especialista em bolsas, energias renováveis ou direito comercial. Mas era um vendedor de sapatos que aparentava saber tudo sobre formas de pés, solas, calcanhares, ergonomias e a diferença que nunca me ocorreu na vida entre pés cavos e pés neutros."
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Aqui não posso concordar com a terminologia de Pedro Lomba, não era um vendedor de sapatos, era muito mais do que isso. Vendedor pode ser confundido com impigidor, prefiro chamar a essa gente que faz batota, que pensa no cliente, que procura dar algo mais, não como vendedores, mas como consultores de compra.
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Gente que não vende, gente que prefere ajudar a comprar.

Estatística Criativa

Um eloquente filme sobre a criatividade estatística dos burocratas governamentais americanos.
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E como será na UE?
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Fuzzy Numbers

terça-feira, agosto 12, 2008

Stick to a value proposition ...

... it's not a part-time job.
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É uma ocupação a tempo inteiro. E não adianta argumentar com os custos porque:
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"If the customer doesn't care about the price, then the retailer shouldn't care about the cost"
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Pormenores no The New York Times em "Recall Leads Whole Foods to a Change"

segunda-feira, agosto 11, 2008

Visão e Missão: Futuro e Propósito

A última reflexão que retiro do livro de Richard Normann "Reframing Business When the Map Changes the Landscape" é sobre os conceitos de missão e visão.
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São conceitos que volta e meia voltam à baila, julgo que a reflexão de Normann denota profundidade e substância.
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"I see 'mission' and 'vision' as artefact concepts which are deliberately used to create purposeful, collective action. They do so by making gaps visible."
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"Vision definetely is in the time domain, about the future. It implies a gap between an imagined future state and the present state.
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Mission is not related to time in the same manner. Instead, mission is related to what value creating domain we participate in and how, i.e. what role we have in what larger system.
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This definition of mission also means that mission can (but not necessarily) imply a gap between the present state and some desired state."
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"So, mission is a description of what differences our existence makes to the context we function in, whereas vision defines a gap between the present and some future state. Vision always implies a gap. mission may imply the existence of a gap but doesn't have to."
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"But vision does not have to imply mission. Mission always implies reasoning in terms of what effects you have on the external world and its betterment. Vision may be about effects on the external world, but it may also be only about the state of our own organization (for example its size, its profitability, its competence, how it makes its shareholders rich, how it gains power)."
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"All visions are about the future; all missions are about the effects on the external world."
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"Why are vision and mission interesting conceptual artefacts? Because of the inherent importance of 'gaps' and of 'meaning' and 'purpose' to create (individual and collective) action in human beings... probably the most important 'atractor' equivalent in social systems is 'meaning'.
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In complexity theory, 'atractor' means some sort of principle or 'magnetic field' which can serve to bring the energy of many seemigly disparate elements and actions to move in some particular direction; when suddenly the system acquires qualities beyond those of its elements. This happens normally when a compex system reaches a 'fracture point' in which it takes on a different logic moving towards a different state of organization and structure."
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"visionary leaders who did not formulate a vision about a mission wil be much more quickly forgotten."
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BTW, nesta obra, Richard Normann racionaliza, de certa forma, o exercício de sair para fora do corpo, como o realizar, com o upframing e o downframing.

domingo, agosto 10, 2008

Autocarros vs taxis

Descobri no GoogleBooks o livro de Stephan H. Haeckel "Adaptive Enterprise: Creating and Leading Sense-And-Respond Organizations".
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O quarto capítulo "The Sense and Respond Alternative" (página 60) inclui uma analogia que merece uma reflexão, a diferença entre os autocarros e os taxis.
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Os autocarros são as empresas que criam um produto ou serviço e procuram vendê-lo, os taxis representam as empresas que co-criam um produto ou serviço em conjunto com os seus clientes.
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“The make-and-sell bus company emphasizes efficiency and predictability. The sense-and-respond taxi company emphasizes flexibility and responsiveness.
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The make-and-sell bus company employs centralized operational decision-making, and cascades procedural instructions down to the drivers, who carry them out. The sense-and-respond taxi company relies on distributed decision-making: its employees respond independently to customer requests and changing conditions, with the context established by the company.
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Information from a company plan determines the activities of bus drivers. Information from customer requests establishes what a taxi driver does.
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Bus companies functions as mechanisms for efficiently generating unchanging (or gradually changing) products and service. Taxi companies function as adaptive systems for responding to unanticipated requests.”
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A metáfora é muito interessante, já a estou a ver aplicada ao mundo da consultoria.
O que é que o cliente quer: um autocarro ou um táxi?
O que é que o cliente está disposto a investir: um autocarro ou um táxi?

sábado, agosto 09, 2008

Nichos - a minha receita também passa por aqui

Nichos!
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Pequenas quantidades, pequenas doses, alto valor acrescentado.
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"Do not make the common mistake of growing too big too fast. You will risk discovering you do not have the cash flow to buy the equipment that you need to meet the orders.
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Choose a “value added” niche product, like gourmet mushrooms, that is not sold widely in your area.
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“Make sure they’re unique enough for people to buy them and eat them,” Ms. Aubrey said. “If it’s unusual and tastes good, people will buy it.”"
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Mais um exemplo do desaparecimento do mercado do meio-termo e da consequente polarização dos mercados?
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"Another Research Service study indicated that despite the consolidation of American agriculture, tiny farms were holding their own. The number of farms with annual sales of more than $250,000 in inflation-adjusted dollars nearly doubled to 152,000 in 2002 from 85,000 in 1982, the survey showed. (o negócio do preço, da produção em massa).
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While midsize and small farms, with revenue ranging from $10,000 to $250,000, declined, operations with sales of less than $10,000 jumped 14 percent over those years, to 2.5 million, from 2.2 million. The reports authors cautioned, though, that technical changes in its methodology exaggerated the increase."
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Uma pequena exploração agricola não pode competir de igual para igual com a grande exploração intensiva, e vice-versa. A grande exploração agricola não pode competir com a produção dedicada de delicatessen: no terreno, nos canais de distribuição, na marca, nas prateleiras.
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E quando uns e outros reconhecem isso, está aberto o caminho para o desenvolvimento de um intrincado ecossistema de explorações, produções, propostas de valor, estratégias, um mundo de diferenciação.
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Trechos retirados do artigo "Niche Farming Offers Way Back to the Land" no The New York Times.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Persuasão

Continua daqui.
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“The other way to persuade people – and ultimately a much more powerful way – is by uniting an idea with an emotion. The best way to do that is by telling a compelling story”
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Para os aprendizes de spin:
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What’s wrong with painting a positive picture?
It doesn’t ring true.” … “Positive, hypothetical pictures and boilerplate press releases actually work against you because they foment distrust among the people you’re trying to convince.”

Caro Raul ainda há dias escrevemos sobre isto, recorrendo a palavras de Paula Campos.
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"The energy to live comes from the dark side. It comes from everything that makes us suffer. As we struggle against these negative powers, we’re forced to live more deeply, more fully.
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“So, a story that embraces darkness produces a positive energy in listeners?
Absolutely. We follow people in whom we believe. The best leaders I’ve dealt with have come to terms with dark reality.” … “CEOs, likewise, have to sit at the head of the table or in front of the microphone and navigate their companies through the storms of bad economies and tough competition. If you look your audience in the eye, lay out your really scary challenges, and say, “We’ll be lucky as hell if we get through this, but here’s what I think we should do”, they will listen to you.
To get people behind you, you can tell a truthful story.”

Desire is the blood of a story. Desire is not a shopping list but a core need that, if satisfied, would stop the story in its tracks.”
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Os gestores de topo não gostam de falar aos seus colaboradores sobre o lado negativo, têm receio do pânico.
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Julgo que o pânico só surge quando, perante os factos negativos, não é apresentado um caminho com alguma possibilidade de sucesso.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Andragogia versus Pedagogia

Uma das coisas que me arrelia solenemente no negócio da formação de formadores, e no da renovação da formação de formadores é a demonstração de atraso intelectual continuado ao continuar a martelar a tecla da pedagogia.
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Pedagogia é para professores que lidam com crianças e jovens sem experiência de vida.
Pedagogia é para quem pode transmitir conhecimento para receptores que não o põem em causa.
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Contudo, na formação de adultos, receptores acríticos e sem experiência de vida é a última coisa que um formador pode esperar ter entre os formandos.
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Quando se dá formação a adultos procura-se transmitir conhecimento. No entanto, o conhecimento só por si não muda o comportamento dos adultos. É preciso persuadir os adultos a mudar os seus comportamentos.
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“Why is persuasion so difficult and what can you do to set people on fire?”
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“There are two ways to persuade people. The first is by using conventional rhetoric, which is what most executives are trained in” … “But there are two problems with rhetoric. First, the people you’re talking to have their own set of authorities, statistics, and experiences. While you’re trying to persuade them, they are arguing with you in their heads. Second, if you do succeed in persuading them, you’ve done so only on an intellectual basis. That’s not good enough, because people are not inspired to act by reason alone.”
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E é isto que falha quando se procura a pedagogia para formar adultos, é ignorar que o formando não é um vaso vazio à espera de ser enchido. É ignorar que o formando não está disposto a aceitar sem reservas tudo o que lhe despejam durante uma acção de formação. Daí que não cesse de me admirar com a tão pouca atenção que se dá em Portugal à andragogia.
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Trechos retirados do artigo “Storytelling that moves people – A Conversation with Screenwriting Coach Robert McKee” publicado em Junho de 2003 na revista Harvard Business Review.
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Continua

quarta-feira, agosto 06, 2008

A perspectiva de Recursos & Infra-estruturas

Quando olho para a estrutura, para a sequência causal de perspectivas de um balanced scorecard, e me concentro na zona de trabalho (nas perspectivas de Processos e de Recursos & Infra-estruturas) instintivamente visualizo uma imagem deste tipo:
Resultados financeiros são uma consequência de clientes-alvo satisfeitos de forma sustentada.
Clientes-alvo satisfeitos resultam do desempenho adequado de processos críticos.
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A identificação dos processos críticos é uma função da proposta de valor adoptada.
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Um processo é um conjunto de actividades, um conjunto de tarefas que transformam entradas em saídas. Um processo é como um caminho traçado que os intervenientes têm de seguir e respeitar.
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Para que um processo funcione é preciso que intervenham pessoas, que actuem equipamentos e sistemas de informação.
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É na perspectiva de Recursos & Infra-estruturas que enquadramos estes três factores:
  • Pessoas;
  • Informação; e
  • Equipamentos.
O artigo "From Partners to Players: Extending the HR Playing Field" de Dave Ulrich e Dick Beatty, publicado por Human Resources Management no Inverno de 2001, ilustra a relação entre a proposta de valor e as características desejadas para as pessoas que operam nesses processos (retratado aqui).
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Acho particularmente interessante a sistematização da componente humana em três vertentes:
  • Competências;
  • Comportamentos;
  • Cultura (mindset).
Continua.

terça-feira, agosto 05, 2008

A minha solução não passa por aqui (V)

O jogo do Dilema do Prisioneiro em que os jogadores têm memória e realizam iterações infinitas, ou aleatórias, como descrito neste texto da wikipédia aqui é uma base para investigar as economias, as civilizações e as vantagens da cooperação e a tentação do egoísmo.
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"Para o Dilema do Prisioneiro Iterado, nem sempre é correcto dizer que uma certa estratégia é a melhor. Por exemplo, considere-se uma população onde todos desertam sempre, excepto um único individuo que continua a estratégia Tit for Tat (olho por olho - fazer aos outros o que nos fizeram na rodada anterior, começando por cooperar). Este individuo tem uma pequena desvantagem porque perde a primeira ronda.
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Numa população com um certa percentagem de indivíduos que desertam sempre e outros que continuam a estratégia Tit for Tat, a estratégia óptima para um indivíduo depende da percentagem, e da duração do jogo. Realizaram-se simulações de populações, onde morrem os indivíduos com pontuações baixas e se reproduzem aqueles com pontuações altas. A mistura de algoritmos na população final depende da mistura na população inicial."
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Beinhocker refere "We discovered that there is no one best strategy; rather, the evolutionary process creates an ecosystem of strategies - an ecosystem that changes over time in Schumpeterian gales of creative destruction."
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É a competição económica que assegura a cooperação entre os actores económicos. Se não há competição, o vendedor pode sacar mais retorno da relação com o comprador do que este está disposto a oferecer livremente.

segunda-feira, agosto 04, 2008

A minha solução não passa por aqui (IV)

Continuado daqui.
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Trechos retirados do livro “Reframing Business – When the Map Changes the Landscape” de Richard Normann.
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“A first and elementary level of learning and knowledge development process is what Argyris and Schon have called single-loop learning. Such learning does not require change of the basic model that is being applied, only an adjustment of the values of existing parameters. It leads to increased efficiency within a frame work.”
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Algo semelhante à melhoria continua, algo que leva a melhorias incrementais do desempenho. Existe uma determinada paisagem competitiva (business landscape) e tenta-se melhorar a produtividade, aumentar a eficiência nesse cenário sem o pôr em causa. É aqui que actua a Comissão Europeia, é aqui que operam todos aqueles que apenas conseguem associar aumento da produtividade a redução de custos, a aumento da eficiência.
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“For the first level of outcome – basically incremental improvement within an essentially stable framework – the type of political leadership that best seems to reflect the situation is what Weber would have called ‘rational leadership’. It is based on an intellectual understanding of the productive processes of the organization, and supports the efficiency and continuous, adaptive improvement of those processes.”
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A tese de Weber defendia que o mundo devia convergir para a ‘rational leadership’ abandonando as formas tradicionais de liderança baseadas na atribuição de poderes por outros factores que não os racionais. Segundo ele a lógica deveria reinar, não as emoções, não as tradições ou posições herdadas
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Contudo a ‘rational leadership’ não é suficiente em situações de mudança estrutural disruptiva.
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“The immune system may become too strong for a company to break out of the frames. Reorientation of a company, changing its business idea or business model, requires a realignment of both the cognitive processes and the power system.”
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Precisamos de melhorias, de aumentos radicais da produtividade das nossas organizações. Esses saltos quânticos necessários não são compatíveis com melhorias incrementais da eficiência, precisamos de um outro nível de conhecimento.
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“To achieve frame-breaking reconfiguration a company needs to engage in what Argyris and Schon have called double-loop learning. The outcome is what I refer to as ‘reorientation’ as opposed to ‘variation’. In this case we are talking about more than adjustment within a given mind frame. Thomas Khun would have called this a ‘revolution’, a result of ‘extraordinary problem solving as opposed to ‘puzzle laying’. In the history of science this process corresponds to the great changes of world view: from the world as earth centred to the world as sun centred, from the world as a ‘clock’ mechanism to the world as an ‘organism’, etc."
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Na base deste double-loop learning está a capacidade de reflectir sobre o que fazemos, sobre o que somos, a tal capacidade de fazer e viver a experiência de sair do corpo e apreciar o que se passa no contexto competitivo em que vivemos. Não é só olhar, é olhar e articular as observações tangíveis, concretas, dentro de um universo conceptual e abstracto.
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“At our second level, then, we need political leadership that can break up old structures. The role of the leader in such a situation is to extract, create or co-create, and then articulate a vision and direction which breaks the frame and creates a new one. And, in particular, leadership at this level always means using power to redistribute power and change the power system.”
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É preciso mais do que a razão, mais do que a lógica, mais do que cálculos...
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“Leaders who are able to do this must act either as entrepreneurs who stand for their own new vision themselves, or as ‘midwives’ able to put together fragments already existing within people in and outside the organization into a new coherent direction.
The need for such visionary leadership is very strong in today’s structurally changing value-creation landscape. The challenges are essentially two. One is to articulate and propagate the new direction; the other is to manage the transition.
The latter part is particularly devious and difficult today, since re-orientations now often tend to imply not just moving from a ‘mature’ area with a slowly declining future into some other area with higher prospects of growth, but to actually replace an existing business model with another, in the process literally killing or destroying many of the elements of an organization while retaining a certain hub of the reframing. The new is built on the ruins of the old."

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Ou seja, é preciso conhecimento em primeira mão para ter o substracto mental suficiente para enveredar pelo double-loop learning, algo como o mental scaffolding de Vygotsky.
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Quem não tem esse conhecimento, essa experiência, só pode confiar na razão, e a razão encaminha-o para as melhorias incrementais da eficiência, melhorias incrementais da produtividade, quando precisamos de saltos quânticos, autênticos impulsos de Dirac.
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Continua com o dilema do prisioneiro e a cooperação.

Reflexões sobre um filme - parte I: A música

Tive oportunidade de ver o filme "The Mist" e não pude deixar de apreciar a banda sonora.
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Este requiem soberbo pela humanidade, cantado por Lisa Gerrad dos DEAD CAN DANCE é espectacular.
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Quando o ouvia recordei-me do som de Le Mystère des Voix Bulgares
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domingo, agosto 03, 2008

Empresas que não querem ganhar dinheiro...

Comecemos pelas notícias da estação:
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"o agravamento do custo de vida está a levar os portugueses a reduzir para metade o número de dias de férias."
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Onde é que esses portugueses passam a outra metade do tempo de férias?
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Em casa!
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Assim, as empresas de distribuição que não reformularem a sua política de stocks vão perder a oportunidade de ganhar algum dinheiro extra.
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Se continuarem a manter na prateleira o inventário que era costume manter nos outros anos... vão permitir que pontualmente se esgote o fornecimento nas prateleiras.
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Bem pelo menos esta é a justificação que eu, humano, encontro para o facto do Pingo Doce cá da terra ter uma fila de cerca de 30 números à espera de frango de churrasco esgotado (quantas pessoas, como eu, alteraram a sua opção e foram a outro lado), para o facto do pão do dia estar esgotado, para o facto do inventário de Donuts estar reduzido a uma caixa, ...
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Quem gere uma empresa deve estar sempre a pensar "Como é que posso aproveitar as alterações que estão a ocorrer no contexto onde estamos inseridos?" e não comportar-se como um peão desgovernado arrastado pela torrente do tsunami.
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Para reflexão de quem opera na distribuição: "Whole Foods Looks for a Fresh Image in Lean Times" no The New York Times de hoje.

Proximidade, um trunfo a aproveitar

A ler no The New York Times de hoje um artigo que interessa às PME's portuguesas:
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"Shipping Costs Start to Crimp Globalization "
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Quando pensamos em proposta de valor devemos cada vez mais pensar na importância da proximidade.
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"The cost of shipping a 40-foot container from Shanghai to the United States has risen to $8,000, compared with $3,000 early in the decade, according to a recent study of transportation costs. Big container ships, the pack mules of the 21st-century economy, have shaved their top speed by nearly 20 percent to save on fuel costs, substantially slowing shipping times."
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"shipping costs is on average the equivalent of a 9 percent tariff on trade"
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"The industries most likely to be affected by the sharp rise in transportation costs are those producing heavy or bulky goods that are particularly expensive to ship relative to their sale price. Steel is an example. China’s steel exports to the United States are now tumbling by more than 20 percent on a year-over-year basis, their worst performance in a decade, while American steel production has been rising after years of decline. Motors and machinery of all types, car parts, industrial presses, refrigerators, television sets and other home appliances could also be affected.
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Plants in industries that require relatively less investment in infrastructure, like furniture, footwear and toys, are already showing signs of mobility as shipping costs rise. "
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Há que pensar nas oportunidades que estes acontecimentos abrem...
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Há que pensar nas possibilidades que se podem materializar...
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Outro artigo "Are Oil Costs Creating a ‘Made Here’ Movement?"

sábado, agosto 02, 2008

A ler

Dedicado a todos aqueles que acreditam no Grande Planeador, no Grande Geometra:
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"A DIRECÇÃO COMERCIAL", por João Miranda no DN de hoje.

A minha solução não passa por aqui (III)

Continuado daqui.
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A propósito do comentário:
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"Esqueci-me... Em teoria aceito e tenho como interessante a teoria da destruição criativa... mas é uma proposta socialmente aceitável?"
Se alguém observar o esforço e a luta de uma jovem borboleta a tentar emergir para a liberdade, perante a força necessária, perante o aparente sofrimento, pode ser tentado a ajudá-la a libertar-se do casulo que a prende.
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Ao libertar a borboleta, ao poupá-la ao esforço da luta inicial, impedimos que ela exercite os músculos das asas e condenamo-la a uma morte rápida e a uma vida sem glória.
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Tenho uma pilha de livros em fila de espera para serem lidos, pelo que prometi a mim mesmo que não compraria nenhum livro durante este mês de Agosto. Assim, já por duas vezes fiz um esforço para não comprar um livro que utiliza linguagem e situações do futebol alemão para fazer o paralelismo com o mundo da gestão. A primeira vez que estive com o livro nas mãos li vários capítulos e fixei uma citação de Goethe que era algo do género "Sem sofrimento não há crescimento interior" algo na linha das palavras de "... as grandes aprendizagens da vida acontecem nos momentos de confronto e sofrimento."
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Não é nenhuma entidade inteligente que promove a destruição das empresas existentes que não evoluem (porque não querem, ou porque não podem, ou porque não sabem) ... somos todos nós no dia-a-dia, no quotidiano das nossas decisões, ao optar por aquilo que é melhor para nós, que premiamos, que recompensamos os que evoluem, com o prémio da nossa preferência e castigamos, avisamos, matamos aquelas organizações que não acompanham a evolução.
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Sem esta destruição criativa não é possível aspirar a saltos na produtividade, a única forma de sustentar o aumento do nível de vida de uma sociedade.
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Por exemplo, quando uma escola privada cria, desenvolve e mantém um ambiente, uma atmosfera especial, aposta num ensino de qualidade e na segurança das pessoas, e começa a captar alunos (não está a roubar alunos porque eles não pertencem a ninguém), os alunos que optam por essa escola, escolhem não ir para outras escolas... essas outras escolas, se forem também privadas acabam por fechar, porque sem alunos não há propinas e sem retorno económico não é possível pagar salários a docentes e não-docentes, não é possível pagar electricidade, água e gás.
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Essas escolas ao fecharem vão libertar recursos para serem investidos noutros projectos, noutros empreendimentos, eventualmente com melhores resultados.
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É este esforço permanente de ir mais além, de satisfazer clientes, de ser diferente que está na base do mundo ocidental. Um mundo em que dependemos da cooperação uns com os outros, a destruição criativa é uma forma de diminuir o risco de alguns parasitarem a relação de cooperação e quererem viver para sempre à sombra da bananeira dos feitos conseguidos no passado.
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Já agora, a outra instituição, para além do mercado, que promove e defende a cooperação entre humanos é ... a religião.
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Hei-de voltar ao postal anterior para reflectir sobre a aridez das propostas de melhoria incremental da eficiência. Mas depois, hei-de contar aqui a história, o jogo do "Dilema do Prisioneiro" e procurar mostrar que esse jogo é fundamental para perceber a cooperação entre humanos, para perceber as estratégias, para explicar o fim das civilizações.
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Enquanto que na informática tudo se resume à linguagem binária dos uns e dos zeros, julgo que muita coisa nas civilizações humanas se pode explicar como combinações de jogos e estratégias que decorrem do "Dilema do Prisioneiro" e do esforço de cooperar.