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quinta-feira, junho 13, 2013

A mensagem mais antiga e mais corrente neste blogue

Já em 2007 por aqui se falava do "Red Queen effect", "Correr, correr, correr, só para não sair do sítio...".
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A maioria das pessoas e das empresas fica, está, prisioneira do "Red Queen effect". Farta-se de correr cada vez mais depressa para, simplesmente, conseguir ficar no mesmo sítio.
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E claro, como explica o dilema do prisioneiro, (2006) quanto mais correm pior ficam... e como esta prova não é para quem quer mas para quem pode... a maioria morre de anorexia.
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Há aqueles que aprendem a sair do filme!
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Há os que se apercebem da superioridade da eficácia sobre a eficiência!
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Esta é a mensagem mais antiga e mais corrente neste blogue: por favor, tentem o caminho menos percorrido!
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Assim, foi com um gosto enorme que li e saboreei "You can do anything if you stop trying to do everything":
"Productivity porn, that is. How to get more hours from your day.
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It's actually quite simple. The most accomplished people (Moi ici: E empresas) are simply experts at what they choose to do, not how they do it. Spend most of your time on the right things and the rest takes care of itself.
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DO NOT FOR A SECOND believe it is enough to ‘work hard’. Hard work is not inherently a good thing. Hard work is a disgusting waste of your life when it’s thrown at the wrong things.
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Spend most of your time on the right things. Don’t wait for permission. And get comfortable with declining everything by default."

terça-feira, agosto 05, 2008

A minha solução não passa por aqui (V)

O jogo do Dilema do Prisioneiro em que os jogadores têm memória e realizam iterações infinitas, ou aleatórias, como descrito neste texto da wikipédia aqui é uma base para investigar as economias, as civilizações e as vantagens da cooperação e a tentação do egoísmo.
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"Para o Dilema do Prisioneiro Iterado, nem sempre é correcto dizer que uma certa estratégia é a melhor. Por exemplo, considere-se uma população onde todos desertam sempre, excepto um único individuo que continua a estratégia Tit for Tat (olho por olho - fazer aos outros o que nos fizeram na rodada anterior, começando por cooperar). Este individuo tem uma pequena desvantagem porque perde a primeira ronda.
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Numa população com um certa percentagem de indivíduos que desertam sempre e outros que continuam a estratégia Tit for Tat, a estratégia óptima para um indivíduo depende da percentagem, e da duração do jogo. Realizaram-se simulações de populações, onde morrem os indivíduos com pontuações baixas e se reproduzem aqueles com pontuações altas. A mistura de algoritmos na população final depende da mistura na população inicial."
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Beinhocker refere "We discovered that there is no one best strategy; rather, the evolutionary process creates an ecosystem of strategies - an ecosystem that changes over time in Schumpeterian gales of creative destruction."
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É a competição económica que assegura a cooperação entre os actores económicos. Se não há competição, o vendedor pode sacar mais retorno da relação com o comprador do que este está disposto a oferecer livremente.

sábado, agosto 02, 2008

A minha solução não passa por aqui (III)

Continuado daqui.
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A propósito do comentário:
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"Esqueci-me... Em teoria aceito e tenho como interessante a teoria da destruição criativa... mas é uma proposta socialmente aceitável?"
Se alguém observar o esforço e a luta de uma jovem borboleta a tentar emergir para a liberdade, perante a força necessária, perante o aparente sofrimento, pode ser tentado a ajudá-la a libertar-se do casulo que a prende.
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Ao libertar a borboleta, ao poupá-la ao esforço da luta inicial, impedimos que ela exercite os músculos das asas e condenamo-la a uma morte rápida e a uma vida sem glória.
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Tenho uma pilha de livros em fila de espera para serem lidos, pelo que prometi a mim mesmo que não compraria nenhum livro durante este mês de Agosto. Assim, já por duas vezes fiz um esforço para não comprar um livro que utiliza linguagem e situações do futebol alemão para fazer o paralelismo com o mundo da gestão. A primeira vez que estive com o livro nas mãos li vários capítulos e fixei uma citação de Goethe que era algo do género "Sem sofrimento não há crescimento interior" algo na linha das palavras de "... as grandes aprendizagens da vida acontecem nos momentos de confronto e sofrimento."
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Não é nenhuma entidade inteligente que promove a destruição das empresas existentes que não evoluem (porque não querem, ou porque não podem, ou porque não sabem) ... somos todos nós no dia-a-dia, no quotidiano das nossas decisões, ao optar por aquilo que é melhor para nós, que premiamos, que recompensamos os que evoluem, com o prémio da nossa preferência e castigamos, avisamos, matamos aquelas organizações que não acompanham a evolução.
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Sem esta destruição criativa não é possível aspirar a saltos na produtividade, a única forma de sustentar o aumento do nível de vida de uma sociedade.
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Por exemplo, quando uma escola privada cria, desenvolve e mantém um ambiente, uma atmosfera especial, aposta num ensino de qualidade e na segurança das pessoas, e começa a captar alunos (não está a roubar alunos porque eles não pertencem a ninguém), os alunos que optam por essa escola, escolhem não ir para outras escolas... essas outras escolas, se forem também privadas acabam por fechar, porque sem alunos não há propinas e sem retorno económico não é possível pagar salários a docentes e não-docentes, não é possível pagar electricidade, água e gás.
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Essas escolas ao fecharem vão libertar recursos para serem investidos noutros projectos, noutros empreendimentos, eventualmente com melhores resultados.
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É este esforço permanente de ir mais além, de satisfazer clientes, de ser diferente que está na base do mundo ocidental. Um mundo em que dependemos da cooperação uns com os outros, a destruição criativa é uma forma de diminuir o risco de alguns parasitarem a relação de cooperação e quererem viver para sempre à sombra da bananeira dos feitos conseguidos no passado.
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Já agora, a outra instituição, para além do mercado, que promove e defende a cooperação entre humanos é ... a religião.
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Hei-de voltar ao postal anterior para reflectir sobre a aridez das propostas de melhoria incremental da eficiência. Mas depois, hei-de contar aqui a história, o jogo do "Dilema do Prisioneiro" e procurar mostrar que esse jogo é fundamental para perceber a cooperação entre humanos, para perceber as estratégias, para explicar o fim das civilizações.
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Enquanto que na informática tudo se resume à linguagem binária dos uns e dos zeros, julgo que muita coisa nas civilizações humanas se pode explicar como combinações de jogos e estratégias que decorrem do "Dilema do Prisioneiro" e do esforço de cooperar.