quarta-feira, julho 16, 2008
Microcharts
Sou um fanático da utilização de gráficos, em detrimento do uso de tabelas, para apresentar e ilustrar a evolução do comportamento dos sistemas (as organizações), através do desempenho dos indicadores de um balanced scorecard.
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Há uns anos aprendi que é contraproducente, numa reunião de gestão, apresentar um gráfico por página... ao analisar o quarto gráfico, já nos esquecemos do que vimos nos três anteriores. Não conseguimos ter uma visão global do conjunto, até para comprovar, ou não, as hipóteses subjacentes ao mapa da estratégia (aprendi com Stephen Few).
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Foi nessa altura que descobri as microcharts, trabalhar com gráficos tipo "sparkline" (Edward Tufte own words), em especial com o software da BonaVista systems (que uso, mas sem ter comissão).
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Nesta página é possível consultar os premiados do concurso de 2008, de desenho de Business Dashboard com microcharts... a quantidade de informação que se pode meter numa página!!!
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Pormenores? Basta consultar o gráfico detalhado em anexo.
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Há uns anos aprendi que é contraproducente, numa reunião de gestão, apresentar um gráfico por página... ao analisar o quarto gráfico, já nos esquecemos do que vimos nos três anteriores. Não conseguimos ter uma visão global do conjunto, até para comprovar, ou não, as hipóteses subjacentes ao mapa da estratégia (aprendi com Stephen Few).
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Foi nessa altura que descobri as microcharts, trabalhar com gráficos tipo "sparkline" (Edward Tufte own words), em especial com o software da BonaVista systems (que uso, mas sem ter comissão).
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Nesta página é possível consultar os premiados do concurso de 2008, de desenho de Business Dashboard com microcharts... a quantidade de informação que se pode meter numa página!!!
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Pormenores? Basta consultar o gráfico detalhado em anexo.
Estratégias puras ou híbridas (parte I)
O que será mais rentável, apostar numa estratégia dedicada, concentrada em clientes-alvo ou numa estratégia de meio-termo, uma estratégia que se dirige, que abrange uma gama mais alargada e mais heterogénea de clientes?
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É sobre esta pergunta que Stewart Thornhil e Roderick White trabalham no artigo “Strategic Purity: A Multi-Industry Evaluation of Pure vs. Hybrid Business Strategies”, publicado no Strategic Management Journal (2007, pp. 553-561).
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Antes de entrarmos no desenho de um mapa da estratégia, alicerce de um qualquer balanced scorecard que se preze, temos de equacionar, temos de formular a estratégia de uma organização.
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A minha receita, para o desenho adequado de um mapa da estratégia, passa por equacionar previamente dois conceitos: a proposta de valor e a identidade dos clientes-alvo.
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Quando falamos de proposta de valor, falamos de três hipóteses extremas, três hipóteses “puras”: a do preço-baixo; a da intimidade com o cliente (serviço à medida) e a da liderança do produto (inovação).
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Será mais rentável trabalhar numa destas extremidades ou apostar no meio termo?
Empresas com estratégias puras (A e C) e empresa com estratégia mista ou híbrida (B).
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Várias vezes neste blogue chamei a atenção para as contradições em que se cai, quando se opta por estratégias híbridas (por exemplo: aqui, e aqui).
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A isto adiciona-se uma progressiva estratificação do mercado e o desaparecimento do mercado do meio-termo: o que está a dar é o mercado do preço-baixo, ou o mercado do topo de gama, da diferenciação.
Apostar no mercado do meio-termo é perigoso (segundo Porter):
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‘Becoming stuck in the middle is often a manifestation of a firm’s unwillingness to make choices about how to compete. It tries for competitive advantage through every means and achieves none, because achieving different types of competitive advantage usually requires inconsistent actions’
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Como demonstramos na figura 12 deste documento, apostar numa estratégia híbrida implica querer abraçar, meter no mesmo saco opções contraditórias:
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“Some value disciplines or configurations of value activities (i.e., strategies) are mutually exclusive. Trade-offs are involved. Doing one set of things precludes doing another”
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O abraçar de opções contraditórias torpedeia a capacidade competitiva, o abraçar de opções contraditórias diminui a capacidade de suportar, de manter, de prolongar vantagens competitivas:
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“A hybrid, or in-the-middle, strategy is vulnerable to attack by competitors on either flank with purer strategies (Chew, 2000; Treacy and Wiersema, 1995).
• Hybrid strategies are common and occupy a heavily contested or crowded region of strategic space—a situation unlikely to result in high performance (Reitsperger et al., 1993).
• Hybrid strategies are complex, making it difficult to set priorities and causing confusion and loss of direction (March 1991; Treacy and Wiersema, 1995) and may require the adoption of costly and difficult-to-manage matrixlike structures (Miles and Snow, 1978).”
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Como medir o grau de pureza estratégica?
Continua
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É sobre esta pergunta que Stewart Thornhil e Roderick White trabalham no artigo “Strategic Purity: A Multi-Industry Evaluation of Pure vs. Hybrid Business Strategies”, publicado no Strategic Management Journal (2007, pp. 553-561).
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Antes de entrarmos no desenho de um mapa da estratégia, alicerce de um qualquer balanced scorecard que se preze, temos de equacionar, temos de formular a estratégia de uma organização.
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A minha receita, para o desenho adequado de um mapa da estratégia, passa por equacionar previamente dois conceitos: a proposta de valor e a identidade dos clientes-alvo.
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Quando falamos de proposta de valor, falamos de três hipóteses extremas, três hipóteses “puras”: a do preço-baixo; a da intimidade com o cliente (serviço à medida) e a da liderança do produto (inovação).
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Será mais rentável trabalhar numa destas extremidades ou apostar no meio termo?
Empresas com estratégias puras (A e C) e empresa com estratégia mista ou híbrida (B).
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Várias vezes neste blogue chamei a atenção para as contradições em que se cai, quando se opta por estratégias híbridas (por exemplo: aqui, e aqui).
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A isto adiciona-se uma progressiva estratificação do mercado e o desaparecimento do mercado do meio-termo: o que está a dar é o mercado do preço-baixo, ou o mercado do topo de gama, da diferenciação.
Apostar no mercado do meio-termo é perigoso (segundo Porter):
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‘Becoming stuck in the middle is often a manifestation of a firm’s unwillingness to make choices about how to compete. It tries for competitive advantage through every means and achieves none, because achieving different types of competitive advantage usually requires inconsistent actions’
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Como demonstramos na figura 12 deste documento, apostar numa estratégia híbrida implica querer abraçar, meter no mesmo saco opções contraditórias:
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“Some value disciplines or configurations of value activities (i.e., strategies) are mutually exclusive. Trade-offs are involved. Doing one set of things precludes doing another”
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O abraçar de opções contraditórias torpedeia a capacidade competitiva, o abraçar de opções contraditórias diminui a capacidade de suportar, de manter, de prolongar vantagens competitivas:
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“A hybrid, or in-the-middle, strategy is vulnerable to attack by competitors on either flank with purer strategies (Chew, 2000; Treacy and Wiersema, 1995).
• Hybrid strategies are common and occupy a heavily contested or crowded region of strategic space—a situation unlikely to result in high performance (Reitsperger et al., 1993).
• Hybrid strategies are complex, making it difficult to set priorities and causing confusion and loss of direction (March 1991; Treacy and Wiersema, 1995) and may require the adoption of costly and difficult-to-manage matrixlike structures (Miles and Snow, 1978).”
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Como medir o grau de pureza estratégica?
Continua
Não faz coceira mental a ninguém?
Não faz confusão mental que num momento de pico dos preços dos produtos agricolas, os agricultores passem a vida a fazer o seu choradinho?
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Se num momento extremamente favorável não têm poder negocial... então, é porque nunca o vão ter.
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Sendo assim, porque não nacionalizar as terras e oficializar o que querem ser, ou já são: funcionários públicos. Com rendimento garantido e sem necessidade de queimarem as pestanas a pesquisar alternativas de produção onde possam ser competitivos e ter rendimento?
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Se num momento extremamente favorável não têm poder negocial... então, é porque nunca o vão ter.
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Sendo assim, porque não nacionalizar as terras e oficializar o que querem ser, ou já são: funcionários públicos. Com rendimento garantido e sem necessidade de queimarem as pestanas a pesquisar alternativas de produção onde possam ser competitivos e ter rendimento?
Adaptar-se a mudanças que ocorrem lentamente (parte IV)
Continuado daqui.
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Até que ponto é que os Simplexes e afins correspondem a respostas do tipo "innovating within the constraints of their existing systems and structures."?
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Até que ponto estamos a confiar em paliativos e correcções no âmbito do actual sistema, quando o que precisamos realmente é de um novo sistema?
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Até que ponto é que os Simplexes e afins correspondem a respostas do tipo "innovating within the constraints of their existing systems and structures."?
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Até que ponto estamos a confiar em paliativos e correcções no âmbito do actual sistema, quando o que precisamos realmente é de um novo sistema?
Encontro planeado com o cemitério*
Na indústria farmacêutica, na Liga da Big-Pharma, é assim que a obsolescência chega, planeada e de um dia para o outro "Genéricos atacam líder de mercado" (artigo de Mário Baptista no Diário Económico de hoje).
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Sempre que há propriedade intelectual/industrial protegida a obsolescência chega com data marcada... é a vida! Convém ter no pipeline novos produtos para suportar as vendas e a rentabilidade do futuro.
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Nas restantes indústrias, é todos os dias a toda a hora, sem agenda, por isso "é bom que corras depressa!"
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* Foi assim que Jean-Noel Kapferer classificou a indústria farmacêutica, num seminário no Porto em 2007.
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Sempre que há propriedade intelectual/industrial protegida a obsolescência chega com data marcada... é a vida! Convém ter no pipeline novos produtos para suportar as vendas e a rentabilidade do futuro.
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Nas restantes indústrias, é todos os dias a toda a hora, sem agenda, por isso "é bom que corras depressa!"
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* Foi assim que Jean-Noel Kapferer classificou a indústria farmacêutica, num seminário no Porto em 2007.
terça-feira, julho 15, 2008
Adaptar-se a mudanças que ocorrem lentamente (parte III)
Continuado daqui.
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"Over the course of centuries, the Greenland Norse had built an intricate social and economic structure that proved more successful and durable... Their reliance on agriculture over hunting, their top-down political system, the central role of the Church, and trade with Europe had all served them well for generations. As a result, when conditions began to sour, the Greenland Norse responded by innovating within the constraints of their existing systems and structures." (é impossível ler este trecho final e não associar logo a este texto de João Miranda no DN de sábado passado "Medidinhas").
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Because they could make these changes more rapidly than the rate at which various pressures were increasing, the Greenlad Norse stayed ahead of the need for fundamental restructuring. They had no way of knowing how adverse their conditions would become, what the adaptive limits of their culture and technology were, or when these limits would be reached. Innovating within their system was a perfectly reasonable thing to do. In fact, it worked for a very long time precisely because they were able to outrun nearly imperceptible environmental change.
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Eventually, however, the limits of their ingenuity were reached and the stresses placed on their society by the slowly changing environment overwhelmed them.
...
In contrast, if everything had collapsed before their last seaworthy vessel had rotted, the outcome might have been very different... Instead, it was the slow erosion of their society over decades, if not centuries, that did them in. The glacial pace of change made the need for a more radical response nearly impossible to see, and ultimately impossible to implement."
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"Over the course of centuries, the Greenland Norse had built an intricate social and economic structure that proved more successful and durable... Their reliance on agriculture over hunting, their top-down political system, the central role of the Church, and trade with Europe had all served them well for generations. As a result, when conditions began to sour, the Greenland Norse responded by innovating within the constraints of their existing systems and structures." (é impossível ler este trecho final e não associar logo a este texto de João Miranda no DN de sábado passado "Medidinhas").
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Because they could make these changes more rapidly than the rate at which various pressures were increasing, the Greenlad Norse stayed ahead of the need for fundamental restructuring. They had no way of knowing how adverse their conditions would become, what the adaptive limits of their culture and technology were, or when these limits would be reached. Innovating within their system was a perfectly reasonable thing to do. In fact, it worked for a very long time precisely because they were able to outrun nearly imperceptible environmental change.
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Eventually, however, the limits of their ingenuity were reached and the stresses placed on their society by the slowly changing environment overwhelmed them.
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In contrast, if everything had collapsed before their last seaworthy vessel had rotted, the outcome might have been very different... Instead, it was the slow erosion of their society over decades, if not centuries, that did them in. The glacial pace of change made the need for a more radical response nearly impossible to see, and ultimately impossible to implement."
Jongleurs: será mesmo assim?
Já aqui escrevi sobre a necessidade dos gestores de empresas serem jongleurs mentais capazes de jogarem com 4 empresas em simultâneo:
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Pois bem, acabo de receber uma machadada na minha ideia sobre os gestores.
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De acordo com Michael Raynor, no seu livro "The Strategy Paradox".
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Ao criticar o modelo de gestão da canadiana Bombardier Raynor escreve:
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"This is an extreme example of the general tendency among conventional approaches to this problem to accept that at least one level of the hierarchy must deal with duality of short- and long-term considerations. At least one - and in this model, all - managers must somehow either develop, or be blessed with, a combination of mental agility and powerful enough analytical frameworks to operate in multiple time horizons at once. In other words, they must both deliver on their existing commitments and position the organization for future success." ... "It turns out that the skills required to operate in multiple time horizons simultaneously are in terribly short supply; at best, 5 percent of the population is able to clear this cognitive hurdle. Building a model of management that requires such skills as a matter of course is optimistic enough, never mind a model that requires essentially every manager at every level to have that kind of intellectual and emotional capacity."
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Raynor escreve sobre corporações com várias divisões, com vários níveis hierárquicos. Trabalho com PME's em que a gestão, ou a equipa de gestão, lida com tudo, a começar pelas compras de matéria-prima para a próxima semana, ou o plano de produção em curso (coisas muito concretas, palpáveis e tangíveis) até à estratégia cheia de incerteza e abstracção... a ser assim, como dar a volta a isto?
- a empresa de hoje, a que paga as contas da mercearia;
- a empresa do futuro desejado;
- a empresa "em viagem", em transformação, do presente para o futuro;
- a empresa "da diferença", a que dá feedback;
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Pois bem, acabo de receber uma machadada na minha ideia sobre os gestores.
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De acordo com Michael Raynor, no seu livro "The Strategy Paradox".
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Ao criticar o modelo de gestão da canadiana Bombardier Raynor escreve:
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"This is an extreme example of the general tendency among conventional approaches to this problem to accept that at least one level of the hierarchy must deal with duality of short- and long-term considerations. At least one - and in this model, all - managers must somehow either develop, or be blessed with, a combination of mental agility and powerful enough analytical frameworks to operate in multiple time horizons at once. In other words, they must both deliver on their existing commitments and position the organization for future success." ... "It turns out that the skills required to operate in multiple time horizons simultaneously are in terribly short supply; at best, 5 percent of the population is able to clear this cognitive hurdle. Building a model of management that requires such skills as a matter of course is optimistic enough, never mind a model that requires essentially every manager at every level to have that kind of intellectual and emotional capacity."
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Raynor escreve sobre corporações com várias divisões, com vários níveis hierárquicos. Trabalho com PME's em que a gestão, ou a equipa de gestão, lida com tudo, a começar pelas compras de matéria-prima para a próxima semana, ou o plano de produção em curso (coisas muito concretas, palpáveis e tangíveis) até à estratégia cheia de incerteza e abstracção... a ser assim, como dar a volta a isto?
E se este cenário...
Evolução da economia europeia no Diário Económico de hoje.
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... for o resultado de correntes estruturais e não só de forças conjunturais?
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Como está a Ásia?
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... for o resultado de correntes estruturais e não só de forças conjunturais?
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Como está a Ásia?
segunda-feira, julho 14, 2008
Inovação e liderança do produto
No DN de hoje "Vinhos de quinta do Algarve renascem com aposta na qualidade".
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""Recentemente fui a uma apresentação de vinhos portugueses em Londres, com mais 10 produtores," - promoção.
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"E não é que, para ter sucesso, o detentor da marca Barranco Longo" e ""O nome Algarve, só por si, é uma marca que está feita e vende e que, também no vinho" - marca.
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"chegaram a um nível de apuramento e qualidade de que se orgulha " e "sublinha os prémios que recebeu nos últimos anos. "Há três anos consecutivos que ganho o painel de prova cega de vinhos rosés da garrafeira Coisas do Arco do Vinho [em Lisboa]", assinala, apresentando também o primeiro lugar ganho numa prova internacional de rosés na Dinamarca, em 2007, e a selecção do crítico britânico Charles Metcalfe, que classifica o Barranco Longo entre os "10 grandes vinhos portugueses"." - inovação.
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Escolher bem os clientes-alvo - "garante que não lhe interessa o mercado do grande consumo, de hipermercados e lojas discount,"
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E a cereja no topo do bolo, um elemento para compor a explicação da deriva, da ausência de estratégia dos hoteis de 5 estrelas (de que ainda há dias falamos):
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"Infelizmente, nesta região, há hotéis de cinco estrelas que apostam sobretudo na má qualidade, em garrafas que nos hipermercados custam um euro. E depois ainda me vêm dizer que eu não tenho preço para eles", lamenta."
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""Recentemente fui a uma apresentação de vinhos portugueses em Londres, com mais 10 produtores," - promoção.
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"E não é que, para ter sucesso, o detentor da marca Barranco Longo" e ""O nome Algarve, só por si, é uma marca que está feita e vende e que, também no vinho" - marca.
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"chegaram a um nível de apuramento e qualidade de que se orgulha " e "sublinha os prémios que recebeu nos últimos anos. "Há três anos consecutivos que ganho o painel de prova cega de vinhos rosés da garrafeira Coisas do Arco do Vinho [em Lisboa]", assinala, apresentando também o primeiro lugar ganho numa prova internacional de rosés na Dinamarca, em 2007, e a selecção do crítico britânico Charles Metcalfe, que classifica o Barranco Longo entre os "10 grandes vinhos portugueses"." - inovação.
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Escolher bem os clientes-alvo - "garante que não lhe interessa o mercado do grande consumo, de hipermercados e lojas discount,"
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E a cereja no topo do bolo, um elemento para compor a explicação da deriva, da ausência de estratégia dos hoteis de 5 estrelas (de que ainda há dias falamos):
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"Infelizmente, nesta região, há hotéis de cinco estrelas que apostam sobretudo na má qualidade, em garrafas que nos hipermercados custam um euro. E depois ainda me vêm dizer que eu não tenho preço para eles", lamenta."
Um mundo de oportunidades (parte III)
No DN de hoje a versão portuguesa do artigo da proximidade "Ursinhos estão de volta após cinco anos na China ".
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"Portugal pode não ser um destino de produção tão barato como a China ou a Índia, mas tem a vantagem de estar mais perto dos mercado."
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"Portugal pode não ser um destino de produção tão barato como a China ou a Índia, mas tem a vantagem de estar mais perto dos mercado."
So you don't like classical music!
Shining eyes!!!
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É um gosto ouvir este comunicador:
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Já aqui falei de Ben Zander e do seu livro "The Art of Possibility"
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É um gosto ouvir este comunicador:
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Já aqui falei de Ben Zander e do seu livro "The Art of Possibility"
domingo, julho 13, 2008
Adaptar-se a mudanças que ocorrem lentamente (parte II)
Continuado daqui:
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Comecemos pela apresentação da colónia viking.
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Por volta do ano 985 DC, Eric O Ruívo, acusado de matar umas pessoas, foi expulso da Islândia.
Rumou a norte tendo estabelecido duas colónias na ponta mais setentrional da Gronelândia com cerca de 5 000 almas.
Essas colónias prosperaram e sobreviveram durante quase 500 anos.
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Comerciavam com a Europa, construíam igrejas e uma catedral, irrigavam os seus campos, dedicavam-se à agricultura e à criação de gado, recolhiam recursos críticos, como madeira, na costa de Labrador (leste do actual Canadá).
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As colónias da Gronelândia eram europeias, sofisticadas e constituíam uma sociedade altamente interdependente.
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Algures na primeira metade do século XV morreu o último viking da Gronelândia. Não se conhecem com detalhe os pormenores do seu miserável fim, mas muito provavelmente terão morrido de fome. Mantiveram-se agarrados às suas tradições recusando-se a caçar ou pescar, apesar da abundância de vida selvagem.
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Como foi possível chegarem a este trágico desfecho?
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Invernos cada vez mais longos e frios tornaram cada vez mais difícil a manutenção das manadas de gado vacuum e os rebanhos de carneiros do qual dependia a sua sobrevivência.
As mesmas alterações metereológicas que estavam a arruinar a agricultura e pecuária tornavam mais difíceis e perigosas as viagens no Atlântico Norte. Assim, os navios mercantes com origem na Europa começaram a chegar com menos frequência, o que encareceu os bens que os colonos compravam. Pior ainda, as exportações da colónia tinham no marfim o seu bem mais precioso, com o caminho marítimo para a Índia, com o comércio africano, os marinheiros portugueses inundaram a Europa de marfim reduzindo o seu valor comercial.
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Com a queda do valor comercial do marfim, deixaram de poder comprar ferro e outros materiais necessários para a construção naval, o que os impediu de realizar as espedições madeireiras ao Labrador. O que fez com que a qualidade das habitações se deteriorasse e que tivessem de recorrer a vegetação seca como combustível, o que reduziu ainda mais a capacidade produtiva das pastagens e emagreceu os seus rebanhos.
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And so on.
O modo de vida da colónia não foi posto em causa por um acontecimento brusco, rápido, tipo meteorito do final do Cretácico Superior, foi sendo testado, esticado aos limites de forma gradual, de forma lenta.
Continua.
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Texto adaptado do livro de Michael Raynor "The Strategy Paradox"
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Comecemos pela apresentação da colónia viking.
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Por volta do ano 985 DC, Eric O Ruívo, acusado de matar umas pessoas, foi expulso da Islândia.
Rumou a norte tendo estabelecido duas colónias na ponta mais setentrional da Gronelândia com cerca de 5 000 almas.
Essas colónias prosperaram e sobreviveram durante quase 500 anos.
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Comerciavam com a Europa, construíam igrejas e uma catedral, irrigavam os seus campos, dedicavam-se à agricultura e à criação de gado, recolhiam recursos críticos, como madeira, na costa de Labrador (leste do actual Canadá).
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As colónias da Gronelândia eram europeias, sofisticadas e constituíam uma sociedade altamente interdependente.
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Algures na primeira metade do século XV morreu o último viking da Gronelândia. Não se conhecem com detalhe os pormenores do seu miserável fim, mas muito provavelmente terão morrido de fome. Mantiveram-se agarrados às suas tradições recusando-se a caçar ou pescar, apesar da abundância de vida selvagem.
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Como foi possível chegarem a este trágico desfecho?
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Invernos cada vez mais longos e frios tornaram cada vez mais difícil a manutenção das manadas de gado vacuum e os rebanhos de carneiros do qual dependia a sua sobrevivência.
As mesmas alterações metereológicas que estavam a arruinar a agricultura e pecuária tornavam mais difíceis e perigosas as viagens no Atlântico Norte. Assim, os navios mercantes com origem na Europa começaram a chegar com menos frequência, o que encareceu os bens que os colonos compravam. Pior ainda, as exportações da colónia tinham no marfim o seu bem mais precioso, com o caminho marítimo para a Índia, com o comércio africano, os marinheiros portugueses inundaram a Europa de marfim reduzindo o seu valor comercial.
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Com a queda do valor comercial do marfim, deixaram de poder comprar ferro e outros materiais necessários para a construção naval, o que os impediu de realizar as espedições madeireiras ao Labrador. O que fez com que a qualidade das habitações se deteriorasse e que tivessem de recorrer a vegetação seca como combustível, o que reduziu ainda mais a capacidade produtiva das pastagens e emagreceu os seus rebanhos.
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And so on.
O modo de vida da colónia não foi posto em causa por um acontecimento brusco, rápido, tipo meteorito do final do Cretácico Superior, foi sendo testado, esticado aos limites de forma gradual, de forma lenta.
Continua.
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Texto adaptado do livro de Michael Raynor "The Strategy Paradox"
Adaptar-se a mudanças que ocorrem lentamente (parte I)
Ando a ler um livro que faz a diferença, porque me levanta novas questões e desafios, porque me abre algumas frinchas, porque me revela alguns filões a explorar no futuro, porque me obriga a pensar, ou repensar, em algumas verdades que tinha por seguras (embora exista sempre o problema da língua, ás vezes torna-se difícil perceber que aquilo de que o autor está a falar não é o que na nossa terra significa a tradução literal: como por exemplo usar forecast para a definição de metas).
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O livro chama-se "The Strategy Paradox" e é de Michael Raynor.
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No quarto capítulo, o autor chama a atenção para os limites da adaptabilidade das organizações. Segundo o autor, as organizações só se conseguem adaptar ás mudanças externas que tenham uma velocidade semelhante àq velocidade de mudança das organizações. Ou seja, as organizações não conseguem fazer face a mudanças bruscas "The winners were not decided on the basis of who adapted better. The survivors were those who happened to satisfy current needs best.
Fast change, then, cannot be addressed through adaptability. It is simply too... fast." (isto é material para umas reflexões sobre a destruição criativa de Schumpeter e a utilidade dos subsidios para a modernização das empresas)
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Mas o que me captou a atenção foi sobretudo o subcapítulo "Slow change" e ao ler esse subcapítulo não pude deixar de pensar no nosso país.
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Michael Raynor parte da história do colapso da comunidade viking na Gronelândia após quase quinentos anos de permanência, para demonstrar que as organizações não conseguem lidar com mudanças muito lentas. Quem conta a história é Jared Diamond no seu livro "Collapse: How Societies Choose to Fail or Survive".... deixa-me ganhar folêgo para conseguir contar bem a relação entre os vikings e Portugal.
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O livro chama-se "The Strategy Paradox" e é de Michael Raynor.
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No quarto capítulo, o autor chama a atenção para os limites da adaptabilidade das organizações. Segundo o autor, as organizações só se conseguem adaptar ás mudanças externas que tenham uma velocidade semelhante àq velocidade de mudança das organizações. Ou seja, as organizações não conseguem fazer face a mudanças bruscas "The winners were not decided on the basis of who adapted better. The survivors were those who happened to satisfy current needs best.
Fast change, then, cannot be addressed through adaptability. It is simply too... fast." (isto é material para umas reflexões sobre a destruição criativa de Schumpeter e a utilidade dos subsidios para a modernização das empresas)
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Mas o que me captou a atenção foi sobretudo o subcapítulo "Slow change" e ao ler esse subcapítulo não pude deixar de pensar no nosso país.
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Michael Raynor parte da história do colapso da comunidade viking na Gronelândia após quase quinentos anos de permanência, para demonstrar que as organizações não conseguem lidar com mudanças muito lentas. Quem conta a história é Jared Diamond no seu livro "Collapse: How Societies Choose to Fail or Survive".... deixa-me ganhar folêgo para conseguir contar bem a relação entre os vikings e Portugal.
Um mundo de oportunidades (parte II)
O mundo muda. E quando muda, muda para todos.
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Quais são as oportunidades que podem emergir da mudança?
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Pensar para lá da escala temporal que medeia entre o almoço e o jantar, e procurar as oportunidades, e construir oportunidades:
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No semanário Vida Económica "Subida dos combustíveis pode ser oportunidade para carroçadores de autocarros a médio prazo ", reconhece o administrador-executivo da Caetano Bus.
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Chamo a atenção para este trecho, em sintonia perfeita com o que defendemos e promovemos neste espaço:
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"O que sei é que, por exemplo, o grande vendedor têxtil da Europa é a Alemanha. E o têxtil está associado a uma produção em que os custos com a mão-de-obra são muito importantes. No entanto, os alemães estão à frente. Isto porque têm design e, embora tenham plataformas de produção fora do país, também as têm na Alemanha. Portanto, têm produtos de alto valor acrescentado. Enfim, depende muito do rumo que dermos ao sector. Se, claramente, queremos apostar na produção de baixo custo para tentarmos ser competitivos apenas pelo preço, acho que não temos grande futuro. Por exemplo, em Marrocos o custo de mão-de-obra ronda os três euros por hora. Agora, se formos pelo caminho da diferenciação de produtos, com maior valor acrescentado, o sector carroçador português pode ter futuro."
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Na mesma onda este outro trecho:
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"Eu, como empresário, tenho subido nessa cadeia de valor porque é uma questão de sobrevivência, não há alternativa. Isto porque preciso de melhorar as minhas margens e só consigo fazê-lo se entrar, cada vez mais, em nichos de mercado."
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Retirado de "AFIA negoceia componentes portugueses para fábrica da Renault em Tânger ", também na Vida Económica... mas apetece fazer uma provocação:
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Se tivesse de começar de raiz, haveria alguma hipótese de produzir de forma competitiva artigos para o negócio do preço? Com mão-de-obra mais barata porque mais jovem, com matéria-prima mais barata porque com menos atributos, com máquinas mais produtivas e eficientes porque monoproduto e dedicadas, com overheads mais baixos?
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Se sim... será que vale a pena tentar criar uma empresa independente só para isso?
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Quais são as oportunidades que podem emergir da mudança?
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Pensar para lá da escala temporal que medeia entre o almoço e o jantar, e procurar as oportunidades, e construir oportunidades:
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No semanário Vida Económica "Subida dos combustíveis pode ser oportunidade para carroçadores de autocarros a médio prazo ", reconhece o administrador-executivo da Caetano Bus.
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Chamo a atenção para este trecho, em sintonia perfeita com o que defendemos e promovemos neste espaço:
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"O que sei é que, por exemplo, o grande vendedor têxtil da Europa é a Alemanha. E o têxtil está associado a uma produção em que os custos com a mão-de-obra são muito importantes. No entanto, os alemães estão à frente. Isto porque têm design e, embora tenham plataformas de produção fora do país, também as têm na Alemanha. Portanto, têm produtos de alto valor acrescentado. Enfim, depende muito do rumo que dermos ao sector. Se, claramente, queremos apostar na produção de baixo custo para tentarmos ser competitivos apenas pelo preço, acho que não temos grande futuro. Por exemplo, em Marrocos o custo de mão-de-obra ronda os três euros por hora. Agora, se formos pelo caminho da diferenciação de produtos, com maior valor acrescentado, o sector carroçador português pode ter futuro."
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Na mesma onda este outro trecho:
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"Eu, como empresário, tenho subido nessa cadeia de valor porque é uma questão de sobrevivência, não há alternativa. Isto porque preciso de melhorar as minhas margens e só consigo fazê-lo se entrar, cada vez mais, em nichos de mercado."
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Retirado de "AFIA negoceia componentes portugueses para fábrica da Renault em Tânger ", também na Vida Económica... mas apetece fazer uma provocação:
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Se tivesse de começar de raiz, haveria alguma hipótese de produzir de forma competitiva artigos para o negócio do preço? Com mão-de-obra mais barata porque mais jovem, com matéria-prima mais barata porque com menos atributos, com máquinas mais produtivas e eficientes porque monoproduto e dedicadas, com overheads mais baixos?
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Se sim... será que vale a pena tentar criar uma empresa independente só para isso?
O desenrolar da autópsia
Vem daqui. E tem continuação aqui:
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"Portugal deveria criar um "cluster" em torno da fileira casa " palavras de Stephan Morais, administrador-delegado da TemaHome, na Vida Económica.
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"Portugal deveria criar um "cluster" em torno da fileira casa " palavras de Stephan Morais, administrador-delegado da TemaHome, na Vida Económica.
sábado, julho 12, 2008
Fazer uma excursão até ao Futuro Imaginado
No livro "Think Better" de Tim Hurson encontrei a uma descrição muito próxima da minha abordagem inicial ao desafio da formulação de uma estratégia.
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Construir um balanced scorecard sem uma estratégia definida previamente... é um bom negócio para consultor e pouco mais.
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Tim Hurson propõe a seguinte bateria de questões:
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"The Target Future is the place you want to get to. It doesn't tell you how you'll get there; in other words it is not a solution. Rather, it is a brief description of a future in which your issue is resolved and your Itch no longer irritates you"
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A seguir o autor coloca um segundo grande desafio responder à questão "O que é o sucesso?"
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A linguagem que o autor utiliza é tão parecida com a que utilizo que até mete impressão, basta pesquisar neste blogue (o livro é de 2008): .
"The purpose of What's Success? is to create Future Pull: to make you care. Deeply. I like to think of this phase ... as throwing a grappling hook into the future. You wind up and hurl that hook into the most compelling future you can imagine. It latches on firmly, and then you start to pull yourself into that future.
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That's creating Future Pull." ...
"One of the most useful tools to establish Future Pull is the Imagined Future (IF) excursion. You can use IF excursions to generate what it would be like if you succeeded in resolving your Itch and reaching your Target Future.
...
"Tell yourself a story about a day in the life of your Imagined Future. Be as vivid and sensory as possible. The more robust your description is, the more compelling it will be for you. Don't worry about what's realistic or not realistic. Just imagine the ideal future you would like to see...
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"Close your eyes and imagine actually being in the future you've targeted."
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Construir um balanced scorecard sem uma estratégia definida previamente... é um bom negócio para consultor e pouco mais.
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Tim Hurson propõe a seguinte bateria de questões:
- Qual é a coceira? Qual é a comichão? Qual é a preocupação? Qual é a incomodidade? O que é que nos faz estar descontentes, ou sentir uma irritação que nos impele a fazer algo para mudar?
- Qual o impacte? Qual o efeito? Quais as consequências da coceira? Por que é que é importante?
- Qual a informação? O que sabemos acerca da coceira e das suas causas? O que mais precisamos de saber?
- Quem está envolvido? Quem são as partes interessadas? Quem pode ser afectado pela coceira? Quem pode influenciar a coceira?
- Qual a Visão? Qual é a nossa visão de um futuro em que a coceira já estará resolvida?
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"The Target Future is the place you want to get to. It doesn't tell you how you'll get there; in other words it is not a solution. Rather, it is a brief description of a future in which your issue is resolved and your Itch no longer irritates you"
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A seguir o autor coloca um segundo grande desafio responder à questão "O que é o sucesso?"
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A linguagem que o autor utiliza é tão parecida com a que utilizo que até mete impressão, basta pesquisar neste blogue (o livro é de 2008): .
"The purpose of What's Success? is to create Future Pull: to make you care. Deeply. I like to think of this phase ... as throwing a grappling hook into the future. You wind up and hurl that hook into the most compelling future you can imagine. It latches on firmly, and then you start to pull yourself into that future.
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That's creating Future Pull." ...
"One of the most useful tools to establish Future Pull is the Imagined Future (IF) excursion. You can use IF excursions to generate what it would be like if you succeeded in resolving your Itch and reaching your Target Future.
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"Tell yourself a story about a day in the life of your Imagined Future. Be as vivid and sensory as possible. The more robust your description is, the more compelling it will be for you. Don't worry about what's realistic or not realistic. Just imagine the ideal future you would like to see...
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"Close your eyes and imagine actually being in the future you've targeted."
sexta-feira, julho 11, 2008
São estas afirmações que me tiram do sério...
... tenho pena é que os jornalistas aceitem tudo o que lhes dizem, sem rebater, sem contraditório.
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No artigo "Governo trabalha demasiado para os rankings ", publicado pelo semanário Vida Económica, onde se relata uma entrevista ao director-geral da Associação dos Indústriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal - AIMMAP, pode ler-se:
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"A baixa produtividade atribuída aos trabalhadores portugueses não é um problema genético, mas antes o reflexo da enorme dificuldade dos nossos governantes de dotarem o país das condições ideais para que a produtividade seja maior "
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Como é que se aumenta a produtividade? Pondo os trabalhadores a correr mais depressa?
Isso, quando muito só pode trazer ganhos marginais praticamente desprezáveis.
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Então, como é que se aumenta a produtividade?
O mesmo presidente da AIMMAP refere:
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"atribui as culpas ao Governo. A falta de produtividade dos trabalhadores portugueses resulta de uma enorme dificuldade dos nossos governantes de dotarem das condições ideais para que a produtividade seja maior "
.
Enquanto se falar em produtividade dos trabalhadores julgo que seremos encaminhados para discussões que não trarão grandes resultados, porque acabamos na conversa de produzir mais do mesmo em menos tempo. Precisamos de pensar em produtividade das empresas, para que a discussão se encaminhe para a produção de bens e serviços de maior valor acrescentado (a minha habitual pregação do numerador em detrimento do denominador).
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E não é que o presidente da AIMMAP, mais à frente diz:
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"Problemas à parte, a competitividade das empresas portuguesas está a aumentar."
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Então e como é que isso está a ser conseguido?
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"Essa realidade verifica-se na crescente aposta na qualificação profissional, na certificação, na propriedade industrial (Portugal é dos países em que tem havido mais aumentos na propriedade industrial), no investimento, na investigação e desenvolvimento e na responsabilidade social . De facto, refere Rafael Campos Pereira, a indústria portuguesa já alguns anos adquiriu a consciência de que não pode competir com base no preço e tem que apostar nos produtos e nas empresas ."
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OK... então é o governo que é responsável pela qualificação profissional, pela certificação, pela propriedade industrial, pelo investimento, pela investigação e desenvolvimento e pela responsabilidade social?!?!?!?!
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Dá impressão que a legislação laboral é para a produtividade como os especuladores para o aumento do preço do petróleo, alvos fáceis a que se recorre quase que por instinto e que impedem a concentração no que é realmente importante.
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Propriedade industrial significa mais valor acrescentado, significa numerador mais elevado.
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No artigo "Governo trabalha demasiado para os rankings ", publicado pelo semanário Vida Económica, onde se relata uma entrevista ao director-geral da Associação dos Indústriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal - AIMMAP, pode ler-se:
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"A baixa produtividade atribuída aos trabalhadores portugueses não é um problema genético, mas antes o reflexo da enorme dificuldade dos nossos governantes de dotarem o país das condições ideais para que a produtividade seja maior "
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Como é que se aumenta a produtividade? Pondo os trabalhadores a correr mais depressa?
Isso, quando muito só pode trazer ganhos marginais praticamente desprezáveis.
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Então, como é que se aumenta a produtividade?
O mesmo presidente da AIMMAP refere:
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"atribui as culpas ao Governo. A falta de produtividade dos trabalhadores portugueses resulta de uma enorme dificuldade dos nossos governantes de dotarem das condições ideais para que a produtividade seja maior "
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Enquanto se falar em produtividade dos trabalhadores julgo que seremos encaminhados para discussões que não trarão grandes resultados, porque acabamos na conversa de produzir mais do mesmo em menos tempo. Precisamos de pensar em produtividade das empresas, para que a discussão se encaminhe para a produção de bens e serviços de maior valor acrescentado (a minha habitual pregação do numerador em detrimento do denominador).
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E não é que o presidente da AIMMAP, mais à frente diz:
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"Problemas à parte, a competitividade das empresas portuguesas está a aumentar."
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Então e como é que isso está a ser conseguido?
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"Essa realidade verifica-se na crescente aposta na qualificação profissional, na certificação, na propriedade industrial (Portugal é dos países em que tem havido mais aumentos na propriedade industrial), no investimento, na investigação e desenvolvimento e na responsabilidade social . De facto, refere Rafael Campos Pereira, a indústria portuguesa já alguns anos adquiriu a consciência de que não pode competir com base no preço e tem que apostar nos produtos e nas empresas ."
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OK... então é o governo que é responsável pela qualificação profissional, pela certificação, pela propriedade industrial, pelo investimento, pela investigação e desenvolvimento e pela responsabilidade social?!?!?!?!
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Dá impressão que a legislação laboral é para a produtividade como os especuladores para o aumento do preço do petróleo, alvos fáceis a que se recorre quase que por instinto e que impedem a concentração no que é realmente importante.
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Propriedade industrial significa mais valor acrescentado, significa numerador mais elevado.
Não há almoços grátis: Há que optar (parte II)
Um texto que reflecte um pouco a figura do postal de ontem pode ser encontrado aqui:
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"Leaders in Denial" de Richard S. Tedlow, publicado pela Harvard Business Review este mês.
Uma empresa com um elevado "grau de pureza estratégica", com reduzida "flexibilidade", por estar alheia à evolução do mercado, aumentou o "risco" e reduziu a "rentabilidade" até ao limite de obrigar a fechar a Ford durante meses:
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"But by 1927 sales had flagged so severely that Henry Ford discontinued the line in order to retool his factories for its successor, the Model A. To make the change, he shut down production for months, at a cost of close to $250 million. This chain of events was disastrous for the company, because it allowed Chrysler’s Plymouth to gain market share and permitted General Motors to seize market leadership."
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Acredito que é fundamental apostar na "pureza" estratégica para ser competitivo! Assim, o ponto fundamental na figura é o risco, é a incerteza sobre a evolução do mercado. Para onde vão as preferências dos clientes de amanhã? Para onde vai o mercado evoluir?
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Por exemplo, há 3/4 anos um kg de polipropileno (um dos plásticos, um dos polímeros mais utilizados na injecção de peças) custava 0,90€, hoje custa 1.40€. Que alternativas podem emergir? Que artigos deixam de ser competitivos? Que alternativas podem regressar?
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Ou seja, manter uma mente aberta e em permanente estado de questionar o real, não cristalizar, não defender o ontem porque resultou no passado... dúvida permanente.
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"Leaders in Denial" de Richard S. Tedlow, publicado pela Harvard Business Review este mês.
Uma empresa com um elevado "grau de pureza estratégica", com reduzida "flexibilidade", por estar alheia à evolução do mercado, aumentou o "risco" e reduziu a "rentabilidade" até ao limite de obrigar a fechar a Ford durante meses:
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"But by 1927 sales had flagged so severely that Henry Ford discontinued the line in order to retool his factories for its successor, the Model A. To make the change, he shut down production for months, at a cost of close to $250 million. This chain of events was disastrous for the company, because it allowed Chrysler’s Plymouth to gain market share and permitted General Motors to seize market leadership."
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Acredito que é fundamental apostar na "pureza" estratégica para ser competitivo! Assim, o ponto fundamental na figura é o risco, é a incerteza sobre a evolução do mercado. Para onde vão as preferências dos clientes de amanhã? Para onde vai o mercado evoluir?
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Por exemplo, há 3/4 anos um kg de polipropileno (um dos plásticos, um dos polímeros mais utilizados na injecção de peças) custava 0,90€, hoje custa 1.40€. Que alternativas podem emergir? Que artigos deixam de ser competitivos? Que alternativas podem regressar?
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Ou seja, manter uma mente aberta e em permanente estado de questionar o real, não cristalizar, não defender o ontem porque resultou no passado... dúvida permanente.
quinta-feira, julho 10, 2008
Quem não arrisca não petisca
No postal anterior escrevi sobre flexibilidade, rentabilidade, mortalidade...
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A Irlanda no espaço de um ano deve passar de um crescimento anual do PIB de 5.3% para -0.4%.
Portugal deve passar de 1.9% para 1.5% (valores do governo)...
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Estamos em plena temporada de concertos, problemas por cá?
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Nos EUA e isto.
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A Irlanda no espaço de um ano deve passar de um crescimento anual do PIB de 5.3% para -0.4%.
Portugal deve passar de 1.9% para 1.5% (valores do governo)...
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Estamos em plena temporada de concertos, problemas por cá?
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Nos EUA e isto.
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