sábado, julho 13, 2013

Os socialistas* e uma questão final

Ainda a propósito de "Acerca do desemprego em Portugal (parte IV)"
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Entretanto, os socialistas* na rádio Renascença, perante a evolução do desemprego, a cair há 5 meses consecutivos, e a um ou dois meses de termos evolução homóloga negativa, escolhem para título "Desemprego aumentou em Junho. Há mais 44 mil pessoas inscritas"

O cidadão comum vai apanhar o soundbyte "Desemprego aumentou em Junho".

Se estas vagas "Ofertas de emprego por preencher aumentaram 47,5%, para 16.138" já tivessem sido preenchidas neste mês de Junho, estaríamos já ao nível do desemprego de Agosto de 2012 e talvez a minha previsão de "Agosto 2013" fosse batida com um mês de antecedência.

Claro que esta evolução não é agradável para os rentistas do costume que estavam à espera da Super Bock Economics.

BTW, a propósito disto:
"De acordo com a informação mensal do IEFP, as actividades económicas com mais expressão nas ofertas de emprego foram as actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, comércio por grosso e retalho, alojamento e restauração, administração pública, educação, saúde e apoio social e a construção."
Pensei nisto "Espiral recessiva ou, como a vida é complicada" e logo surgiu isto "Não é impunemente que se diz mal".
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Será que as pessoas preferem continuar no desemprego, com um subsídio ou sem ele, à espera que apareça algo "melhor", tentando fugir a um emprego nos sectores que os media e os próprios empresários dizem que estão mal e não têm futuro?

* Aqui a palavra "socialista" não cataloga como membros de um partido político mas como adeptos de uma ideologia em que o Estado é o papá.

Mais um exemplo

Ontem estive numa empresa pequena que ajuda a perceber e a conciliar estes comentários do Bruno Fonseca (acerca dos plásticos e acerca da indústria automóvel).
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Uma empresa pequena e quando digo pequena digo micro-empresa. Os seus clientes são fabricantes de moldes e os donos dos moldes. Assisti a um autêntico festival de apresentação de projectos recentes em que têm estado envolvidos com a indústria automóvel para automóveis e camiões. 
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Fiquei impressionado!
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Quando perguntei, porque é que vos escolhem a vós e não às multinacionais do sector?
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- Somos um bocadinho mais baratos mas sobretudo pela rapidez e pela flexibilidade. 
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Foi buscar uma guia e mostrou-me a hora de recepção do molde.
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- Vim cá, abri a fábrica só para recepcionar este molde vindo de Espanha...
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A hora registada: 23h00.

Acerca do desemprego em Portugal (parte IV)

Parte I, parte II e parte III.
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Tudo a correr, para já, de acordo com as nossas previsões! Chamem-me bruxo, mais uma vez!
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Evolução do número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego entre Janeiro de 2011 e Junho de 2013:

Evolução homóloga do desemprego e evolução mensal do desemprego entre Janeiro de 2011 e Junho de 2013:
A figura que se segue tira um retrato da evolução homóloga do desemprego em Junho de 2013 e mostra onde está a ser criado emprego líquido (barras negativas), um padrão cada vez mais impressionante:
Em resposta a um comentário feito na parte III desta série escrevi:
"marimbe-se para este governo e para os próximos..Tente não ser tão pessimista, não ligue aos produtos tóxicos dos media..No próximo mês o Algarve deve ser a primeira região do país a ter crescimento homólogo negativo do desemprego. Escreveu tudo isso e, apesar disso, o desemprego caiu 11,4% face a Abril passado..Percebo que não goste deste governo, mas tenha mais confiança na gente anónima que faz a economia real."
E aí está, em Junho de 2013 no Algarve o desemprego homólogo atingiu 0% de evolução:
E o Norte vai ser o próximo!!!
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Sem betão, sem TSU, apesar do Leviatã... se estas empresas pudessem acumular mais capital, actualmente impostado pelos normandos do costume, teriam muito mais dinheiro para subir na escala de valor.

sexta-feira, julho 12, 2013

Curiosidade do dia

Durante o jogging de hoje.

CAVENDISH!!!!


LOL, lançado pelo Sagan. (etapa 13)

Para dar ideias a alguém

"9 Start-Ups Disrupting Your Dinner"
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Pode ser uma opção bem sexy, se baseada em novos modelos de negócio e se pensada para ter em conta o valor acrescentado potencial, ou seja, a subida na escala de valor.

Perigosa espiral recessiva

"Indústria em Portugal registou a maior subida da UE de Abril para Maio"
"A produção industrial em Portugal foi a que, em termos europeus, mais aumentou em Maio, quando comparado com Abril, registando um acréscimo de 6,1%. Em termos homólogos, registou a terceira maior subida – 4,5% - na União Europeia que, no seu conjunto, recuou 1,6%, anunciou nesta sexta-feira o Eurostat.
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Comparando Maio deste ano com o do ano passado, a produção de bens de consumo duráveis caiu 6,2% por cento na zona euro e 5,1% no total da União Europeia. Em contraciclo, Portugal, apenas antecedido pela Lituânia (+ 21,6%) e pela Estónia (+6,3) viu a sua indústria crescer. É a segunda subida homóloga consecutiva do país, depois de, em Abril, a produção industrial ter crescido 2,3%."

Outra vez a receita do costume

A propósito do comentário do Bruno Fonseca:
"analisando os dados sectoriais, o grande destaque, a meu ver, é para o segmento plásticos. um crescimento de 10,5% em 2013 é fenomenal! pensar que em 10 anos este sector teve a evolução que teve é absurdo quase. e mantém-se essa pujança, e anunciam-se novos investimentos. fenomenal."
 Recordei-me desta história que li há pouco tempo:
"That’s what Andrew Liveris, the CEO of Dow Chemical, demonstrated when he bet the future of his business on the acquisition of Rohm and Haas in July 2008. Liveris saw changes brewing in the chemicals industry. Looking outside in and future back, he realized that sooner or later the playing field would tilt away from Dow’s long-held strengths. For decades it had been the dominant player in the commodities chemical business, processing crude oil into a range of petrochemicals sold to a multitude of industries. But new players from Asia and the Middle East were coming into the industry. At the same time, oil producers were getting interested in businesses that processed their raw materials. Liveris imagined how a direct competitor like SABIC, whose majority shareholder is the Saudi Arabian government, might combine with a Saudi Arabian oil producer’s drive for vertical integration. (Moi ici: Essa foi uma das diferenças que senti na minha vida profissional. Entre 1987 e 1993 estive ligado à indústria química de polímeros e nunca vi nada a sério a vir de marcas associadas aos países produtores de petróleo no Médio Oriente. Havia alguma coisa do México e da Venezuela... e até de Israel. Em 2003, voltei ao mundo dos polímeros ao fazer consultoria para uma empresa. E a marca SABIC entrou no meu vocabulário). He concluded that advantages in access to and pricing of crude would make it all but impossible for Dow to retain its number one position in the low-margin commodities business. Because of its pricing disadvantage, Dow couldn’t win in the new game, and at some point the company’s market value would decline. Liveris saw a brighter future for Dow in higher-margin specialty products. To win in that area, it would have to strengthen its limited capability. This would be the very essence of a big bet, requiring Dow to radically shrink its mainstay business in favor of something that was only a minor part of its business. And the bet had to be made quickly, ahead of the competition and before Dow’s market value took a nosedive. The Rohm and Haas acquisition would shore up Dow’s capabilities in specialty chemicals, but at $18.8 billion the all-cash deal required more than Dow had. Now Liveris had to really stick his neck out, tapping out Dow’s resources and patching together financing. To fill the gap, he signed an agreement for a joint venture with Kuwait’s state-run Petrochemical Industries Company (PIC), which would infuse Dow with $9 billion to partly finance the deal. It was the first joint venture between the two parties, and Liveris’s plan to acquire Rohm and Haas hinged on its success. Liveris had the stomach to make the strategic bet, which rested precariously on the deal with PIC.

Today specialty chemicals make up about two-thirds of Dow’s revenue, up from 50 percent before the merger, and Liveris says he is aiming to tilt the mix toward 80 percent.

If Liveris hadn’t been thinking outside in and future back, if he hadn’t had the courage to acknowledge that control of crude oil by foreign governments would favor Dow’s competitors, he would not have seen the need to make a sudden move, especially when he did. He positioned the company for the new game that was just beginning to take shape, not the old game Dow had already played. And while Dow’s move caused others in the industry to reconsider their positioning and competitive edge, it was far enough ahead that it didn’t have to fight its way through a bidding war. Earnings have become less volatile since then: Dow was able to raise prices 5 percent in 2011, which more than offset increases in purchased feedstock and energy costs."
É voltar ao esquema:
E perceber que existe uma vantagem competitiva clara no mundo das commodities, o preço mais baixo, e perceber que nunca poderemos jogar essa cartada com vantagem e, por isso, o melhor é preparar uma saída em estilo e procurar outros negócios.

Trechos retirados de "Global tilt: leading your business through the great economic power shift " de Ram Charan.

O perfil dos primeiros clientes

Mesmo para uma não start-up, mesmo para uma PME faz todo o sentido seguir as indicações de "The Ideal Profile of an Early Adopter":
"To find people with the problem you’re solving, look for five simple criteria:
1.They have the problem,
2.They know they have the problem,
3.EITHER they are paying for a solution currently
4.OR they have hacked their own together,
5.AND they are still unsatisfied."

quinta-feira, julho 11, 2013

Curiosidade do dia


Imagem retirada de "Why Engaged Companies Have a Competitive Advantage"

Conversa da treta

Assim que o ministro Álvaro se for embora, quer seja substituído por um do PSD, ou do CDS ou do PS, vão-se abrir as comportas para, novamente, recomeçar a torrefacção de rendimento futuro dos saxões contribuintes, para animar os incumbentes rentistas.
"Para Melo Pires,[director-geral da Autoeuropa] a reanimação do mercado interno deveria passar pela aposta na reabilitação urbana de Porto e Lisboa, que na óptica do gestor daria o "click" rápido de crescimento que a economia interna necessita."
Sim, sim, ia mesmo compensar os 5 mil milhões de euros de crédito fácil que alimentava a compra de casas e automóveis.
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BTW, qual a taxa de venda da habitação urbana recuperada no centro histórico do Porto? Quais são os preços praticados?
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Trecho retirado de "Ricardo Salgado identifica uma nova dinâmica empresarial"

Laboratório ou fábrica?

Costuma ouvir conversas com apelos ao aumento da eficiência?
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Em que mundo está a sua empresa, no mundo da fábrica ou no mundo do laboratório? No mundo da exploração (exploration) ou no mundo da exploração (exploitation)?
"You work at one, or the other.
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At the lab, the pressure is to keep searching for a breakthrough, a new way to do things. And it's accepted that the cost of this insight is failure, finding out what doesn't work on your way to figuring out what does. The lab doesn't worry so much about exploiting all the value of what it produces--they're too busy working on the next thing.
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To work in the lab is to embrace the idea that what you're working on might not work. Not to merely tolerate this feeling, but to seek it out.
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The factory, on the other hand, prizes reliability and productivity. The factory wants no surprises, it wants what it did yesterday, but faster and cheaper.
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Hard, really hard, to do both simultaneously. Anyone who says failure is not an option has also ruled out innovation."
Sabem que este blogue acredita que o pensamento da fábrica pura e dura não tem grande futuro neste país. Gostava de poder colocar aqui uma foto que ilustra bem o meu pensamento acerca disto, o de uma fábrica do tamanho de uma pequena sala.
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Durante anos trabalhei numa fábrica com reactores com 29 metros de altura, com produções contínuas de mais de uma centena de milhar de toneladas por ano. Anos depois, a trabalhar com uma empresa cliente, fiquei apaixonado por uma fábrica toda de vidro e de aplicações de azul e amarelo, esteticamente era tão bonita, uma fábrica do tamanho de uma cama, capaz de produzir alguns quilogramas por ano de um ingrediente farmacêutico activo... o preço por quilograma praticado por uma fábrica e por outra... não tinham nada a ver.
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Sabe como pode transformar a sua empresa num laboratório?
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Trecho retirado de "The lab or the factory"

O elemento realmente diferenciador

A propósito de "Every Company a Tech Company?"
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Este é um dos equívocos mais comuns que encontro no discurso de políticos, académicos, comentadores e mesmo alguns empresários.
"Will every company, as Cisco’s John Chambers put it, use technology as their core point of differentiation?"
IMHO, a tecnologia não é o elemento diferenciador, a tecnologia é o que vem a seguir. O elemento diferenciador é o conhecimento e a interacção com os clientes.
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O elemento realmente diferenciador passa pela capacidade de diferenciar clientes e fazer ofertas personalizadas a cada um, em vez de tentar esmagá-los e surpreendê-los com a superioridade tecnológica.

Apesar dos políticos e dos rentistas que temos...

Apesar dos políticos que temos, apesar do Leviatã que temos, os anónimos deste país vão fazendo pela vida:
"Em Maio, as exportações aumentaram 5,6% e as importações diminuíram 3,2%,
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Face a Abril, as exportações cresceram 3,5%  devido principalmente ao Comércio intra-UE, sobretudo em resultado dos acréscimos registados no calçado e nos veículos e outro material de transporte. As importações aumentaram 0,8%, em reflexo da evolução do comércio intra-UE (em especial devido às máquinas e aparelhos, produtos alimentares e plásticos e borrachas), dado que no Comércio Extra-UE se registou uma diminuição."
Apesar dos políticos que temos, apesar do Leviatã que temos, os anónimos deste país vão fazendo pela vida:
"Economia portuguesa terá interrompido um período de dez trimestres consecutivos de quebra em cadeia do PIB, e terá crescido 0,6% entre Abril e Junho."
Apesar da conversa da treta dos dirigentes das associações patronais e empresariais, reféns da actividade rentista neste país de incumbentes.
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E veremos, dentro de dias, a sexta queda mensal consecutiva no desemprego.
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E tudo isto sem obras grandes a "compor" os números, sem desvalorização da moeda, sem TSU e com o saque "liberal" que o Leviatã continua a fazer.
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Trecho inicial retirado de "Exportações cresceram 5,6% em Maio e as importações caíram 3,2%".
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Trecho final retirado de "Católica estima que economia portuguesa cresceu no segundo trimestre".

BTW, este trecho:
"Em valor absoluto, o registo de Maio (4,26 mil milhões de euros) é o mais elevado de sempre, confirmando que as exportações portuguesas continuam a crescer a bom ritmo,"
Apetece dizer, talvez seja consequência de termos Natal em Dezembro.

quarta-feira, julho 10, 2013

Curiosidade do dia

"The explosive growth of China’s emerging middle class has brought sweeping economic change and social transformation—and it’s not over yet. By 2022, our research suggests, more than 75 percent of China’s urban consumers will earn 60,000 to 229,000 renminbi ($9,000 to $34,000) a year.
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In purchasing-power-parity terms, that range is between the average income of Brazil and Italy. Just 4 percent of urban Chinese households were within it in 2000—but 68 percent were in 2012. In the decade ahead, the middle class’s continued expansion will be powered by labor-market and policy initiatives that push wages up, financial reforms that stimulate employment and income growth, and the rising role of private enterprise, which should encourage productivity and help more income accrue to households. Should all this play out as expected, urban-household income will at least double by 2022."


Para desmaquilhar alguns mitos.
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Trecho retirado de "Mapping China’s middle class"

Por todo o lado a mesma receita

Por todo o lado a mesma receita, a receita deste blogue, a resistência contra o vómito industrial, a paixão pela arte:
"I don't like any ham that's not at least a year old.
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A lot of the hams made in this country are made in seventy, eighty, maybe ninety days, at the most. When I started out, I thought that the quick-cure industry would put me out of business. One day my father told me, he said, Son, if you play the other man's game, you lose every time. Stick with what you know. There will always be a demand for quality.
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The move back to quality has been my salvation."
Pobres PMEs que só sabem competir no terreno que dá vantagem aos Golias do seu sector, são carne para canhão.
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Trecho retirado de "Allan Benton: What I've Learned"

A propósito do "efeito China"

"Over the last decades, China’s massive entry into the international market has come at the expense of a large number of countries, and somehow as a surprise, also at the expense of more developed ones. Italy – whose structural composition of exports is based on so-called low tech, “traditional” goods – seems to be one of the developed countries most at risk.
This paper, using a gravity approach, shows that in OECD and in the middle up income countries, markets that account currently for over 85% of Italian exports, there is a significant competitive effect of Chinese exports on Italian exports. This effect seems to be concentrated (at least for the moment and despite the increasing sophistication of Chinese exports) on low tech, traditional products. This paper also shows that higher value added products – especially in traditional sectors and in more advanced markets – are more resilient to the Chinese pressure. Hence, the shifting of the Italian specialization within sectors rather than between sectors seems to have somehow protected Italian goods from a tougher competition from Chinese products, still lagging behind in terms of quality. A likely implication is, therefore, that qualitative upgrading of Italian exports can offset at least part of the competitive pressure coming from China."
Exactamente o que o aumento dos preços médios do sector do calçado nos diz.
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Exactamente o que o aumento em mais 40% do preço das T-shirts made in Portugal nos últimos anos nos diz.
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Subir na escala de valor!!!
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Trecho retirado de "The “China effect” on Italian Exports"

A contrariar os profetas da desgraça

Ontem, ao chegar a casa, tinha finalmente à minha espera o último livro de Rita Mcgrath, "The End of Competitive Advantage".
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Já não sei porquê, há dias tirei da estante um livro que li durante a primeira metade da década de 90 do século passado, "A Gestão em Tempo de Mudança" de Tom Peters, no original "Thriving on Chaos".
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Na primeira página pode ler-se:
"Nenhuma empresa está em segurança. (Moi ici: Perigosa propaganda neoliberal, dirão uns). Em 1987, e no futuro previsível, não existe aquilo a que se poderá chamar um avanço "sólido", ou até substancial, em relação à concorrência. Existem grandes mudanças para que alguém possa ser complacente. Além disso, os ciclos de "vencedor a vencido" vão-se tornando cada vez mais curtos."
Já não me lembrava de ter lido isto... isto já faz parte de mim.
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Quando comecei a ler este livro de Tom Peters era, literalmente, operário da indústria química, fazia turnos na nova unidade de produção de PVC da CIRES em Estarreja. Li estas coisas e esqueci-as... não me esqueci delas, esqueci-me de as ter lido. Assim, elas deixaram de ser algo exterior a mim e passaram a fazer parte de mim, moldaram o meu pensamento e influenciam-no até hoje.
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Já na altura tinha a mania de sublinhar os livros:
Em 1987 os EUA viviam os efeitos do choque das exportações japonesas. Penso que já aqui fiz no blogue, por mais de uma vez, o paralelismo entre as exportações japonesas e a economia americana dos anos 80 do século passado e a nossa economia da primeira década do século XXI e as exportações chinesas.
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Tom Peters na página sublinhada compara dois mundos, o mundo que era e é e o mundo que deverá ser. Reparem no que ele escreveu em 1987:
"Era/É
Mercados de massas, publicidade para as massas...
Deverá ser
Criação especialmente de nichos de mercado, inovação em termos de aproximação aos mercados, aproveitamento da fragmentação do mercado, constante diferenciação de todos os produtos  (por muito implantados que estejam)"
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Interessante pensar como Tom Peters estava muito à frente... e perceber como isto me influenciou. Li, esqueci-me que li mas algures em 2005 ou 2006 saiu-me cá de dentro como meu, como a resposta para explicar e enquadrar os sintomas que via a contrariar os profetas da desgraça.

Falta colocar Mongo na escola

Em Fevereiro de 2007 em ""as human beings, we are responsible for our own lives"" escrevi:
"Todos os cursos são necessários, no entanto, quando a oferta de licenciados é superior à procura, é superior aquilo que o mercado é capaz de absorver... o licenciado perde valor. Depois, como as escolas modernas são máquinas de uniformização, parece que o ideal é todos os alunos saírem a saber o mesmo do mesmo, o recém-licenciado aterra num mercado em que é visto como uma "commodity" e tratado como tal, já que é tudo igual."
Hoje, em "GPA, SAT, ACT…RIP" encontro:
"The biggest problem with standardized testing is that it seeks standardized answers. We’re not just overinvesting in standardized testing, we’re actually testing standardization. That is to say, most standardized tests are designed to have students come up with the same answers. We’re teaching them how to be similar, not different. And although we need to test certain competencies and intelligence, it is becoming quite clear that there are many kinds of competencies and many forms of intelligence that we are not picking up on with our current testing approaches.
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As a parent, I want my kids to be uncommon, not common. I want them to be unique, not the same. I want them to discover different solutions to the problem, as opposed to the same answer. As an education expert, I want my country to espouse the same. America’s economy is fundamentally about entrepreneurship -- boldly and bravely striking out in new directions. But we have lost sight of that in our schools and colleges. We have a system that encourages the opposite -- working within narrowly defined rules, teaching to the test, and we are ultimately aiming at standardized answers and outcomes."
Falta colocar Mongo na escola... mas isso é um estilhaçar do modelo mental básico que criou a escola moderna, essa máquina de criar operários para o mundo do século XX.
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Ontem, ouvi na rádio alguém defender que devem ser as escolas a escolher o percurso dos alunos... engraçado que nunca ouvi um estudioso do ensino propor a expulsão do ensino de gente que manifestamente não nasceu para ser professor.

terça-feira, julho 09, 2013

Curiosidade do dia

Coisa mais estranha, com este tempo seco e muito quente, encontrei este tritão seco, durante o meu jogging deste final de tarde.