Mostrar mensagens com a etiqueta estimulos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta estimulos. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, março 26, 2014

Não faz sentido torrar dinheiro dos contribuintes futuros a estimular a economia

"Most macroeconomists work with what they call "equilibrium models" - the idea is that a modern market economy is fundamentally stable. That is not to say nothing ever changes but it grows in a steady way.
.
To generate an economic crisis or a sudden boom some sort of external shock has to occur - whether that be a rise in oil prices, a war or the invention of the internet.
.
Minsky disagreed. He thought that the system itself could generate shocks through its own internal dynamics. He believed that during periods of economic stability, banks, firms and other economic agents become complacent. [Moi ici: Recordar "Uma preocupação genuína"]
.
They assume that the good times will keep on going and begin to take ever greater risks in pursuit of profit. So the seeds of the next crisis are sown in the good time.[Moi ici: A metáfora da exuberância... Recordar "Mais uma vítima da exuberância no tempo das vacas gordas" ou "A biologia é um manancial de lições sobre a economia"]"
Por isso é que, quando rebenta a crise, não faz sentido torrar dinheiro dos contribuintes futuros a estimular a economia, ela não consegue suportar a estrutura produtiva que ergueu no tempo das vacas gordas. Se não há dinheiro do Estado metido na criação da bolha, a bolha rebenta e a recuperação natural virá mais rapidamente do que se pensa. Se há dinheiro do Estado... fica tudo minado.

Trecho retirado de "Did Hyman Minsky find the secret behind financial crashes?"

quinta-feira, julho 11, 2013

Conversa da treta

Assim que o ministro Álvaro se for embora, quer seja substituído por um do PSD, ou do CDS ou do PS, vão-se abrir as comportas para, novamente, recomeçar a torrefacção de rendimento futuro dos saxões contribuintes, para animar os incumbentes rentistas.
"Para Melo Pires,[director-geral da Autoeuropa] a reanimação do mercado interno deveria passar pela aposta na reabilitação urbana de Porto e Lisboa, que na óptica do gestor daria o "click" rápido de crescimento que a economia interna necessita."
Sim, sim, ia mesmo compensar os 5 mil milhões de euros de crédito fácil que alimentava a compra de casas e automóveis.
.
BTW, qual a taxa de venda da habitação urbana recuperada no centro histórico do Porto? Quais são os preços praticados?
.
Trecho retirado de "Ricardo Salgado identifica uma nova dinâmica empresarial"

sexta-feira, abril 26, 2013

Acerca da estimulogia keinesiana

Acerca dos apoios e subsídios, acerca dos estímulos à oferta, acerca dos campeões nacionais, estas ideias de Nassim Taleb em "Antifragile":
"In a system, the sacrifices of some units - fragile units, that is, or people - are often necessary for the well-being of other units or the whole. The fragility of every startup is necessary for the economy to be antifragile, and that’s what makes, among other things, entrepreneurship work: the fragility of individual entrepreneurs and their necessarily high failure rate.
...
Restaurants are fragile; they compete with each other, but the collective of local restaurants is antifragile for that very reason. Had restaurants been individually robust, hence immortal, the overall business would be either stagnant or weak, and would deliver nothing better than cafeteria food - and I mean Soviet-style cafeteria food. Further, it would be marred with systemic shortages, with, once in a while, a complete crisis and government bailout. All that quality, stability, and reliability are owed to the fragility of the restaurant itself. So some parts on the inside of a system may be required to be fragile in order to make the system antifragile as a result.
...
In fact, the most interesting aspect of evolution is that it only works because of its antifragility; it is in love with stressors, randomness, uncertainty, and disorder - while individual organisms are relatively fragile, the gene pool takes advantage of shocks to enhance its fitness. So from this we can see that there is a tension between nature and individual organisms.
...
If nature ran the economy, it would not continuously bail out its living members to make them live forever.
...
Organisms Are Populations and Populations Are Organisms"

sábado, março 16, 2013

Estes apoios apenas adiam o corte epistemológico

Isto "CEO da Renault defende medidas de estímulo à economia e incentivo ao abate de veículos" quando o li ontem à noite fez-me sorrir.
.
Até parece que a indústria francesa de fabrico de automóveis é como a de fabrico de armas nos Estados Unidos e a da construção civil e obras públicas, precisam da ajuda do Estado por tudo e por nada.
.
Será que ele é funcionário da indústria alemã de fabrico de automóveis?
"In France, auto sales fell by 13.9 percent in 2012 to 1.899 million.
.
The drop was compounded by the end of government-funded buying schemes that had boosted sales between 2009 and early 2011.
.
The worst hit companies were Peugeot Citroen, where sales shrank by 17.5 percent, and Renault, down by 22 percent.
.
Foreign builders saw an overall drop of 6.7 percent, but deliveries by German luxury car companies Audi, BMW and Mercedes-Benz actually grew, while those by the South Korean group Hyundai-Kia literally took off."
A Renault e a Peugeot Citroen foram salvas pelo governo francês em 2009, a Peugeot Citroen voltou a ter de ser salva pelo governo francês em Outubro passado. Estes apoios apenas adiam o corte epistemológico que é necessário fazer.

Trecho retirado de "French car sales hit 15-year low"

sexta-feira, janeiro 18, 2013

A espiral recessiva

"A economia portuguesa terá mantido no final do ano o ritmo de recuperação que demonstrou ao longo de 2012, embora permaneça em terreno negativo, de acordo com os indicadores de conjuntura hoje divulgados pelo Banco de Portugal.
.
O indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade económica registou uma queda homóloga de 0,8% em Dezembro de 2012. De acordo com os dados do Banco de Portugal, esta queda no último mês do ano passado foi a mais baixa desde Maio de 2011, mês em que a descida foi de 0,7%."

Trecho retirado de "Economia fechou 2012 a cair ao ritmo mais brando desde Maio de 2011"

Recordar "Estimulogia e espiral recessiva".

sábado, janeiro 05, 2013

Estimulogia e a espiral recessiva

De onde virá a recuperação económica?
.
De onde virá a retoma da economia portuguesa?
.
Não vai ser do consumo interno.
.
Não vai ser da restauração, não vai ser da promoção imobiliária, não vai ser do desenho e construção de edifícios, não vai ser do comércio a retalho e por grosso, não vai ser do comércio automóvel. Por isso, estes números "Falências de empresas cresceram 39% em 2012" são o "cão que morde o homem".
.
Pena que não mostrem a evolução das falências nos sectores de onde virá a recuperação económica.
.
Pena que não mostrem a evolução ocorrida.
.
Há um ano, a radiografia das falências era esta:
"Falências diminuem mais de 30% na têxtil, vestuário e calçado"
Oh, wait!  De onde virá a recuperação económica?
Que sectores cresceram e até criaram emprego líquido durante 2012?
.
As empresas de bens transaccionáveis viradas para a exportação ultrapassaram o choque de 2009. As falências em 2012 foram de outro tipo, basta olhar lá para cima para perceber o que as sustentava: crédito fácil e a "festa" financiada pelo Estado (ontem, circulei pela primeira vez na A32. Um luxo com 3 faixas em cada sentido e quase sem trânsito)
.

O presidente da república, no discurso de Ano Novo disse:
"Temos urgentemente de pôr cobro a esta espiral recessiva, em que a redução drástica da procura leva ao encerramento de empresas e ao agravamento do desemprego"

.
O que será que o presidente da república quererá dizer com "espiral recessiva"?
.
Na próxima segunda, o programa do regime, o Prós e Contras vai falar sobre crescimento. Agora imaginem que o Estado resolve "promover o crescimento", à custa de dinheiro dos contribuintes futuros", para baixar o desemprego.
.
Onde é que esse crescimento vai ser estimulado?
.
Naqueles sectores mencionados lá em cima? (promoção imobiliária, desenho e construção de edifícios, comércio a retalho e por grosso, comércio automóvel). E voltaremos a "assar sardinhas com o lume de fósforos"
.
Noutros sectores? E esses outros, precisam?
.
Até parece que não estudam os números do desemprego (parte I, parte II e parte III)

sábado, abril 07, 2012

... a huge opportunity that awaits us

Este artigo "Why We Don't Yet See A "Whole Foods Economy" de Steve Denning reúne em si muitas ideias que têm presença habitual neste blogue.
  • 1º A seguir ás eleições de 4 de Novembro, os americanos vão acordar para o pesadelo das consequências da estimulogia;
  • 2º O que estamos a viver não é uma recessão, é uma recalibração, é uma mudança de fase, é uma mudança estrutural (e, por isso, é que os estímulos não servem de nada no longo prazo, porque os estímulos tentam ressuscitar um corpo gangrenado)
  • 3º Estamos a transferirmos-nos de uma economia industrial para uma economia criativa (acham que numa economia criativa a vantagem competitiva está nos preços mais baixos? Ou no horário mais longo?) 
"Most large firms of today are ill-equipped to compete in the emerging Creative Economy, in which globalization and the shift in power in the marketplace from seller to buyer have put the customer in charge. Most large firms still have a factory mindset oriented to economies of scale. They are focused principally on maximizing short-term shareholder value. They are not organized for continuous innovation."
  • 4º Os macro-economistas, em suma, a tríade, ainda não perceberam o que se está a passar, ainda continuam a propor as soluções que resultaram na batalha das guerra anterior 
"Americans in general are gradually coming to understand what has happened, perhaps more rapidly than the professional economists. That’s because they are seeing what’s occurring see in the workplace and the marketplace on a daily basis, rather than studying the aggregated monthly job numbers.
To flourish in the Creative Economy, a radically different kind of management needs to be in place, with a different role for the managers, a different way of coordinating work, a different set of values and a different way of communicating. This is not rocket science."
BTW, isto também se aplica aos senhores do FMI!!!
.
Por fim, um final optimista típico deste blogue:
"What is needed now is a realistic understanding of what is actually happening in the economy, and a sharp focus on the opportunities offered by the future. We need a clear understanding of the nature of the journey that we are negotiating and intelligent action to get through the transition as quickly and painlessly as possible. The Creative Economy is a huge opportunity that awaits us."
No twitter esta noite, Richard Florida escreveu:
"I see shift not only to creative economy but scaling down to local & diverse forms" 
A economia do futuro será mais criativa, será mais local e será mais diversificada ... digam-me lá se isto não é uma descrição de Mongo ou não!!!

domingo, janeiro 29, 2012

Os clones de Paulo Campos

"É notório, nas conversas com as personalidades do cavaquismo, o crescendo de preocupação sobre o que vêem como a "desestruturação da economia", pela ausência de investimento."
.
Esta frase é o retrato do paradigma que nos trouxe à beira do abismo, 30 anos de cainesianismo não resultaram na Madeira, não resultaram nos Açores e não resultaram por cá.
.
30 anos a assar sardinhas com a chama de fósforos é o que estes encalhados entendem por economia estruturada.
.
Estes cavaquistas pertencem, sem dúvida, ao mesmo clube de vultos como Paulo Campos, um grande estruturador de economias.
.
.

terça-feira, dezembro 06, 2011

Um retrato fiel do país que nos trouxe até aqui

"Executivos vêm o apoio às PME como o melhor estímulo para Portugal crescer"
.
"Portugal vai estar em profunda recessão em 2012, com a economia a cair 3%, segundo as previsões, mas como estimular o crescimento nos próximos dois anos? À pergunta, 33% dos 207 líderes empresariais inquiridos pela consultora Ernst & Young num estudo sobre a economia nacional responderam que o contributo passa pelo apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME).
...
24% consideraram que um dos melhores estímulos é o apoio às indústrias de alta tecnologia e inovação, (Moi ici: Não aprenderam nada com a Qimonda... o estado apoia sempre os perdedores) 19% seleccionaram a necessidade de ser facilitado o acesso ao crédito, 13% escolheram o investimento em projectos de infra-estruturas urbanas, (Moi ici: Que retorno teriam tais "investimentos"? Ainda não aprenderam? A adição é terrível...) 12% identificaram o estreitamento da ligação entre as universidades portuguesas e outras prestigiadas no estrangeiro (Moi ici: Na minha opinião, na relação empresas com universidades e centros de investigação, o problema não é de oferta, é de procura. As empresas não procuram... e mais, por vezes, procuram, e ficam com protótipos inovadores nas mãos que não conseguem rentabilizar... não têm estratégia, nem proposta de valor, nem gente preparada para essa empreitada) e 10% escolheram ainda a redução de custos com mão-de-obra. (Moi ici: Sem comentários...Houve 4% de inquiridos que responderam não saber; 3% não identificaram resposta(s). (Moi ici: A minoria a que estamos remetidos...)
.
Estão a imaginar políticos, que fazem afirmações deste calibre "'Não entendo porque não se fala em sanções para quem tem excedentes e não os coloca ao serviço da economia. Não percebo porque é que na União Europeia, os países não ajudam as exportações de economias em situação mais difícil'" (como se os países exportassem, como se não fossem pessoas anónimas como você e eu que ditam o que se compra ou não), a decidir que empresas têm futuro, ou não, e, por isso, "devem" ser apoiadas ou não.
.
Julgo que os crentes na estimulogia devem ler este postal sobre os influentes e estudar Goldratt.
.
BTW, "In some situations, doing nothing – forever – is the right response. With my tendonitis, doing nothing helped. Sometimes, not trying to fix something is precisely what’s needed to fix it.
.
It’s a hard strategy to follow because we have penchant for being proactive. If there’s a problem, we feel better when we attack it aggressively.
.
But consider the idea that we might spend a lot of time, effort, and money solving problems that can’t, in fact, be solved with time, effort, and money.
...
There’s a lot of talk these days about creating new businesses through incentives. Does the money and effort put into incentives help? According to astudy released by the Kauffman Foundation, the answer is no."
.
BTW, a propósito do título "Impostos elevados afugentam investidores estrangeiros", sabem como é que Henrique, O Leão, transformou Lubeck de um covil de piratas, literalmente, na cidade que veio a ser a líder da Liga Hanseática?

segunda-feira, novembro 14, 2011

#krugmanstimulus aposto

Olhar para este gráfico:

Não é propriamente muito abonatório sobre o valor do indicador  "PIB per capita".
.
Não conheço o suficiente sobre a economia grega para poder fazer afirmações peremptórias. No entanto, desconfio que durante o período 2001-2010 a Grécia terá sido um modelo de #krugmanstimulus atrás de #krugmanstimulus.

terça-feira, outubro 25, 2011

Nada mais falso!!!

""Não podemos reduzir défice e promover o crescimento ao mesmo tempo", diz Teixeira dos Santos"
.
Há anos que o Estado se endivida com as suas manias sobre o apoio à economia.
.
Qual o resultado? 
.
SCUTS, Aerosoles, Qimondas, Magalhães e outras histórias... aquilo a que chamo aqui no blogue "assar sardinhas com o lume dos fósforos"
.

Se o Estado não interferir na economia, se o Estado diminuir o seu peso, se o Estado deixar de sugar tanto a iniciativa privada, então, a economia que interessa,  a economia que não precisa do apoio do Estado há-de continuar a recuperação que se vê nas estatísticas e, sobretudo, no Norte do país.
.
Deus nos livre das tentativas de promoção da economia que emanam do Estado. Será bom que o Estado fique manietado por muitos e longos anos e, por isso, impossibilitado ou, pelo menos, muito limitado nas suas tentativas de promoção da economia.

terça-feira, agosto 23, 2011

É quase caricato

Num mundo aberto aplicar cainesianismo dá nisto:
.
"Asian Stocks Climb as Exporters Rise on Speculation Fed to Boost Stimulus"
.
Como quando o governo português dava estímulos para promover a importação de automóveis fabricados em França, Alemanha e Itália entre outros.
.
"exporters climbed on speculation that the Federal Reserve will announce additional measures to shore up the recovery in the U.S.
...
Exporters rose on speculation a stimulus plan could boost shipments to the U.S., the biggest market for Asian products."

terça-feira, outubro 05, 2010

Amanhem-se!!!

Atrevo-me a pensar que se fosse em Portugal Steve Jobs pediria apoios ao governo e à oposição, faria campanha contra o dumping social chinês, indiano e ... espanhol, ou alemão.
.
Gritaria que assim não pode ser, assim não há condições... o problema são sempre os outros, as oportunidades nunca estão em nós...
.
"KEEP YOUR FOOT ON THE GAS…"
.
Camilo Lourenço no RCP costumava dizer "Amanhem-se!"

sexta-feira, outubro 01, 2010

Estímulos e conversa da treta

Ouvi no noticiário das 17h numa rádio, o comentário de Van Zeller à prometida agitação social.
.
Houve um tempo em que julgava que esta gente tinha alguma vergonha na cara... ingenuidade minha.
.
A mesma gente que há um ano andava com este discurso todo cheio de "caines":
.
"O facto de o país poder voltar a entrar numa crise se o Governo decidir retirar os apoios estatais às empresas, preocupa bastante o presidente da Confederação da indústria Portuguesa (CIP), Francisco van Zeller. É preciso « manter os apoios que estão a ter lugar, porque se retiram os apoios há o perigo de se regressar à crise» afirma Francisco Van Zeller. Para o presidente da CIP ainda «não é seguro (retirar os apoios) e é preciso manter muita atenção», apesar da situação actual ser melhor do que há 6 meses."
.
Ainda hoje, João Miranda no Blasfémias chamou a atenção para a treta dos estímulos e do seu impacte na economia:
.
"Ou seja, por cada 5000 milhões de estímulo keynesiano o PIB cresce uns ridículos 800 milhões de euros. É necessário gastar 6 euros para que o PIB cresça 1 euro. E assim morre a mais recente encarnação do keynesianismo em Portugal. Morre com a confissão de que os políticos não sabem ao certo qual o impacto dos estímulos no PIB e com a admissão de que esse impacto é na melhor das hipóteses ridiculamente pequeno."
.
Pois...
.
"As painful as it may be, investing in innovation is what will get the pie growing again." (Moi ici: Não são os estímulos!!!)
...
"When faced with a shrinking pie, all leaders are faced with a similar calculus: how to focus inadequate resources (when a pie is shrinking resources are always inadequate)" (Moi ici: Com os estímulos, as empresas sustêm a respiração e em vez de se refazerem, aguardam até que tudo e todos volte ao antigo normal... podem tirar o cavalinho da chuva.)
...
"Change is never popular, and future investments cannot be completely evaluated until after they have been made, so the natural tendency is to avoid bold initiatives even when they are desperately needed." (Moi ici: E os estímulos só desestimulam a mudança necessária)
.
Trechos retirados de "Innovation Economics: The Pie Must Get Bigger"

quarta-feira, setembro 15, 2010

De que é que estavam à espera?

"No entanto, infelizmente, a gestão da procura ao estilo keynesiano também não é o medicamento certo, nem pode o governo ser sempre o empregador de último recurso. Se os cortes de impostos elevam a produtividade a longo prazo, já a expansão do sector governamental dificilmente pode ser vista como uma receita para a vitalidade económica. Certamente que há muitas actividades numa economia de mercado em que pode ser útil o governo empreender, mas uma orgia frenética de estímulos no pacote de despesas não leva a uma discussão racional de quais devem ser essas actividades. E claro, isto traz novamente o assunto da cada vez maior dívida nacional."
.
Estimular a produção de infraestruturas relevantes para a economia que está a expirar, a economia da massificação, nunca nos poderá levar longe.
.
Trecho destacado de "Por que é que os EUA não estão a funcionar"

quarta-feira, setembro 08, 2010

Financiar as infraestruturas adequadas à economia do século XX

O livro "The Power of Pull", a certa altura altura refere a obra de Carlota Perez "Technological Revolutions and Financial Capital: The Dynamics of Bubbles and Golden Ages".
.
"she examines the patterns associated with the deployment of new technologies in society - including the steam engine, electricity, and automobiles - Carlota Perez outlines three phases of change that must occur.
.
First, there is the innovation of the technological building blocks themselves. Second, the innovation causes a society to engage in a rethinking of the infrastructures required to deliver these new technologies most effectively to everyone.
.
As infrastructures begin to harness the power of the new technology, the third phase of change kicks in. In this phase, the rest of societyworks on discovering the best way to use the new technology in their professional and personal lives.
...
In the twentieth century, the Great Depression ended up being a key catalyst for change.
...

The twentieth-century firm scaled rapidly as a result of these efforts. ... They were built on the premise that the primary role of the firm was to arrive at lower costs by getting bigger - to make the most of the scale economies available through the new infrastructures of the day, what we call "Scalable efficiency."
.
Thanks to the long reach of the railroad, and, later, contanerized shipping and airfreight, large-scale manufacturing operations could be centralized and concentrated into fewer facilities and deliver lower-cost products on a national and eventually a global scale. The scale of manufacturing operations led inevitably to efforts to build comparable scale in marketing operations: If companies were going to mass-produce products, then they needed mass markets to consume them. The rise of the mass media in the forms of magazines, radio, and television helped to make mass marketing a viable proposition.
.
These push programs proved enormously successful and spread rapidly across the business landscape."
.
Não pude deixar de recordar este trecho quando li acerca disto "Barack Obama anuncia plano de investimentos em infra-estruturas para combater o desemprego nos EUA":
.
"O Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou ontem um ambicioso plano de investimento em infra-estruturas,"
...
"Obama revelou que o programa prevê a recuperação ou construção de 240 mil quilómetros de estradas, a construção ou manutenção de 6400 quilómetros de vias férreas e a reabilitação de 240 quilómetros de pistas em aeroportos, bem como a modernização de todo o sistema de controlo do tráfego aéreo."
.
Não acredito nestes programas para criação de emprego sustentado, mas adiante, o meu ponto aqui é que Obama está a financiar as infraestruturas adequadas à economia do século XX... e nós já estamos, graças a Deus, a abandonar a ditadura da escala, da eficiência, da massa.
.
Quais serão as infraestruturas da economia do século XXI?

quinta-feira, julho 08, 2010

E o que tem sido a economia portuguesa favorecida pelo centralismo dos governos?

"But let's be honest here. Nothing is being stimulated. All that's happening is that the government is taking over more and more of the economy, so as to keep more and more of it "moving" by centralized dictat. If that's the goal, then so be it, but to think that somehow demand is magically being created is silly."
.
"Let's Be Honest About What "Stimulated Demand" Really Means"

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Fora isto, tudo bem!

É sempre bom estimular com dinheiro dos contribuintes portugueses as economias dos países onde se fabricam os automóveis que os portugueses compram.
.
Além disso, contribui para o endividamento externo e para o agravamento da balança comercial.
.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Estímulos, lareiras e pinhas

Mais um estádio do Euro a caminho da implosão, agora é o do Algarve.
.
Quando os investimentos públicos são anunciados fala-se nos postos de trabalho criados "É hoje lançada, com a presença do primeiro-ministro, a obra de reforço de potência da Barragem Venda Nova III, na zona de Vieira do Minho, que deverá criar 2 mil postos de trabalho, dos quais 500 directos. "
.
Esses postos de trabalho são criados para o período da construção, uma vez terminada a construção desaparecem.
.
Esta estória dos estímulos faz-me lembrar o uso de uma pinha para acender uma lareira, se não houver madeira suficiente para alimentar a chama, a pinha arde, consome-se e a chama apaga-se com ela.
.

domingo, outubro 04, 2009

"Skating to where the puck is going, not where it is" (parte II)

Parte I.
.
Ontem no caderno de Economia do Expresso podia ler-se "Autoeuropa e CACIA recuperam da crise". Ao ler este título, fechei o jornal e na minha mente começaram a dançar as palavras: Gretzky e puck e, entretanto, apareceu-me a imagem de McGyver a jogar hoquei no gelo.
.
A parte I referida acima conta a razão por que Wayne Gretzky é referido em muitos livros de gestão americanos, por causa da frase "Skating to where the puck is going, not where it is".
.
Parece que os jornais já não investigam... relatam o que acontece agora, na jogada actual, mas embalam-nos numa falsa segurança. Não escrevem sobre as jogadas de bilhar futuras, mesmo quando parece certo que vão ser dolorosas.
.
Como é que está a capacidade de produção automóvel europeia? Um excesso de 27 milhões de automóveis!!!
.
27 milhões! (se ler alemão... ou usar o Babel fish)
.
Os estímulos alimentaram a ilusão da retoma automóvel, mas como na janela de Bastiat, há dinheiro que se gasta hoje e não se vai gastar no futuro. Daí que:
.
"says sales will fall by a million next year: "It will be the largest downturn ever suffered by the German car industry."
.
Se o Expresso seguisse os meus conselhos, devia mandar alguém aprender uma coisa que se chama cenarização, criação de futuros prováveis (não, não estou a falar de política politiqueira estilo homilias dominicais de certos políticos) estou a falar de uma técnica que lida com factores que podem influenciar o futuro: demografia, taxa de desemprego, evolução técnica, endividamento, impostos, ... e para não dizerem que estou a auto-promover-me, podem experimentar os cursos de prospectiva no ISEG.